







...Sérgio Vaz
2º PRÊMIO COOPERIFA
A Cooperifa (cooperativa cultural da periferia) realiza pelo segundo ano consecutivo, a entrega do prêmio Cooperifa. Uma homenagem às pessoas e entidades que, através de suas ações, direta ou indiretamente, ajudaram a construir uma periferia melhor para viver, neste ano de 2006. Vários nomes foram sugeridos a uma comissão julgadora, entre poetas e coordenadores, para a confirmação, ou não, dos homenageados deste ano. Todos passaram por uma votação (tem gente brigando até agora). É um prêmio entregue pela periferia para a periferia, e para os que se sentem parte dela. Um prêmio do Sarau da Cooperifa a todos aqueles que se entrincheiraram no nosso quilombo cultural e recusam-se a deixar de sonhar. Um Prêmio da resistência e da determinação, deste povo lindo e inteligente, que, apesar de tudo e de todos, ainda fazem poesia. Um prêmio para elevar a auto-estima, um prêmio à vida, nada mais! E para este dia a Cooperifa mandou confeccionar um lindo troféu para ser entregue nesta data tão especial a esses guerreiros e guerreiras, que passaram esse ano empinando pipas nos dias sem vento. A entrega do prêmio será no dia 20 de dezembro no bar do Zé Batidão, a partir das 20hs.
É tudo nosso!
Confira a lista dos indicados: www.colecionadordepedras.blogspot.com
Saudades
Em meu peito carrega saudades:
Saudades do amor perdido, do amor não vivido.
Saudade daquele que carreguei em meu ventre, e não pude ver.
Saudade da criança que não adotei, e não pude embalar.
Saudade do pai que não soube amar.
Saudade da criança de pé no chão, que não pude acariciar.
Saudade do adolescente, levado pelo doce fel do entorpecente.
Saudades daqueles nas ruas frias, nuas do amor de quem um dia os acalentou.
Saudade dos velhos sábios, calejados pelo tempo, esquecido por quem um dia lhe disse amor.
Saudades da varanda, onde numa só voz gritávamos gôool.
Saudades da vida não vivida, da noite mal dormida, do dia e o entardecer.
Saudade da gota de orvalho, que atravessava o telhado e como véu de seda deitava em meu ser.
Saudades do ouvido do surdo, da voz do mundo, me dizendo prazer;
Saudades do bêbado nu, coberto com algodão cru, pela solidariedade do amigo.
Saudades da ajuda que não pude oferecer.
Saudades do moribundo que não pude ver.
Saudades do jardim cheio de flores, inalando entre as cores, o aroma que me da prazer;
Saudades do tempo em que os animais não tinham jaulas, nem curral, eram livres em seu ambiente natural.
Saudades do tempo que deitava em meu leito, sem lagrimas por ti, com dor no peito.
Saudades daquele homem, com a paz em seu semblante,
Derramou todo seu sangue para salvar seu semelhante;
Saudades sinto eu, da Saudade de você.
MAUÁ, ENTRE MORRO E SUBIDA QUASE CHEGANDO PERTO DO CÉU ENCONTRAMOS ESTA POETISA!
TETE SILVA
Intervenção Literatura e Paisagismo - Revitalizando a Quebrada - Jd. Revista - Suzano - São Paulo - SP Texto: Escritor Sacolinha Arte: Ore...