13 dezembro, 2009

TRISTES CENAS DA VIDA

Órfão





Observo luzes piscando em vários lugares.
Em edifícios, em casas, em árvores.
Formando figuras em diversas cores.
Verdes, azuis, vermelhas, amarelas,
Em forma de anjos, estrelas, sinos e velas.
Enquanto martirizo-me nos meus dissabores.

Crianças em suas casas olham para o céu...
Pedem não a Deus, mas a papai Noel,
O presente de sua ilusão.
Todavia eu, sem casa, sem lar,
Suplico, imploro, para ver se alguém me dá,
Um miséro pedaço de pão.

Quem pode, compra pernil, peru para a ceia.
Vinho, champanhe, tudo que a carne anseia.
Viaja, festeja, comemora.
E eu, sem amigos, sem família, sem ninguém,
A espera de um presente que não vem,
Sem honra vou mendigando pelo o mundo afora.

Uns compram, não porque precisam, por vaidade.
Eu, eu vendo minha dignidade,
Pelo o preço que a fome cobra.
E fazendo parte deste abandono,
Sinto-me um cão esquecido pelo o dono,
Comendo das migalhas que lhe sobra.

Todos, todos olham as luzes piscando,
Mas para mim, quem está olhando?
Eu me pergunto olhando para o céu.
Senhor, Senhor não me queira mal,
Observe, observe Senhor, é época de natal,
Mas onde está meu papai Noel?

Ah! Perdoe-me, é que às vezes eu esqueço,
Que ele não sabe meu endereço,
E por isso não pode me atender.
É que nesta angustia que me abrasa,
Eu esqueço que não tenho casa,
Nem chaminé por onde ele possa descer.

Todos, todos tem o direito de nascer,
Tem o direito de viver
Mas ninguém tem o direito de ser esquecido.
Se eu soubesse que viver era tão ruim,
Que até papai Noel se esqueceria de mim,
Eu juro, juro que não queria ter nascido.

Por que, por que, que mamãe não me abortou?
Já que ao me ter me abandonou,
Como se eu fosse à perdição de sua vida!
Porque melhor me fora não ter nascido,
Do que nascer para depois ser esquecido,
Como uma coisa que alguém deixa caída.

Mas eu nasci, nasci, e agradeço ao Senhor,
Pois eu penso, se Ele me enviou...
É porque tenho uma missão para cumprir.
É verdade para muitos nem existo,
Mesmo assim, eu agradeço a Jesus Cristo,
Pelo simples direito de existir.













Francis Gomes
tchekos@ig.com.br
76154394/ 47490384

O NATALNÃO É PRA TODOS

O natal da criança pobre




O fim do ano se aproximando...
Pensava entristecido e desolado,
Joaquim, mais um desempregado.
Então ele falou quase chorando:
Oh meu Deus! Que rumo eu trilho?
O que vou dar para meu filho?
O natal está chegando.

Dias passaram, o natal chegou,
Joaquim tinha um problema,
E para aumentar seu dilema,
O seu filho perguntou:
- Papai, papai, fala pra gente,
Será que o meu presente,
Papai Noel já comprou?

E o Joaquim muito triste,
Sem dinheiro, desempregado,
Falou pro o filho amado:
- Filho, papai Noel não existe.
- Existe sim, papaizinho,
O Carlos, nosso vizinho,
Já o viu, ele me disse.

Continuou o filho inocente:
- Carlinhos me disse como ele é,
Que ele entra pela chaminé,
Com cuidado, pra não acordar a gente.
Então papai, o bom velhinho,
Assim como para o Carlinhos,
Vai me trazer um presente?

Joaquim não suportou,
Sofrendo amargamente
Pegou seu filho carente
Em seus braços, e o beijou.
Com o coração partido
Deu boa noite ao ente querido,
Entrou no quarto, bateu no peito e falou:

- Deus, oh Deus! Eu te peço humildemente,
Já que eu estou desempregado,
Ao menos para meu filho amado,
Ajude-me dar um presente.
Tu bem sabes o quanto eu o amo,
E não quero destruir este sonho
De uma criança inocente.

Então a noite passou;
E no outro dia cedinho,
Lá, lá na casa do Carlinhos,
O papai Noel presenteou,
Mas aquele bom velhinho,
Nem Joaquim, nem seu filhinho,
Ele se quer visitou.

E quando a criança acordou...
Olhou para um lado, para outro,
E falou pra seu pai: - de novo!
Papai Noel não passou!
E com os olhos encharcados,
Em sua humilde cama sentado,
Chorando, desabafou:

- Oh Deus! Desculpe o que eu vou dizer:
Papai Noel não existe, não, existe não,
O meu papai tem razão,
Olha, eu vou explicar porque:
Ele nunca visitou a gente,
E nem me trouxe um presente,
Nunca, nunca um dia veio me ver.

E se ele existe, ele é muito ocupado,
Ou talvez seja orgulhoso,
Um velhinho rancoroso,
Pois não veio neste ano, nem no ano passado,
Quem sabe ele é muito nobre,
Não entra em casa de pobre,
E nem de um desempregado.






Francis Gomes tchekos@ig.com.br
76154394/ 4749

09 dezembro, 2009

É sábado!

Pavio da Cultura terá lançamento de revista e vídeo

No próximo sábado (12/12) será realizada mais uma sessão do tradicional Pavio da Cultura, a partir das 20h, no Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi (Rua Benjamin Constant, 682 – Centro – Suzano - SP).
O Pavio da Cultura é um sarau cultural com música, literatura, cinema, teatro e dança, que virou tradição na cidade de Suzano, sendo realizado todos os sábados em um centro cultural da cidade. Nesta edição o escritor Gil Vicente será o homenageado do mês.
Haverá o lançamento da revista "Trajetória Literária nº5" e contaremos com a presença dos 22 autores que participam da revista com contos e poesias, além dos ilustradores.
A revista é o resultado do 5º Concurso Literário de Suzano. Cada pessoa presente no lançamento terá direito a um exemplar autografado pelos autores e ilustradores.
O outro lançamento da noite trata-se do "Vídeo-Literatura", documentário que conta com 8 escritores interpretando seus próprios textos.
Os interessados em se apresentar devem chegar com 30 minutos de antecedência.
Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (11) 4749-7556.



Como Chegar

DE CARRO:

Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi

Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano, SP.

Referência: Prédio de tijolos vermelho, de arquitetura antiga. Ou pergunte pela Biblioteca de Suzano

1- Pegar a Marginal Tietê, sentido Rodovia Ayrton Senna
2- Na Ayrton Senna seguir até o pedágio
3- Após o pedágio pegar a primeira entrada para Suzano
4- Após entrar você vai atravessar por um pequeno túnel.
5- Lá na frente haverá uma placa: "Suzano via Poá à direita" e "Suzano via Centro à esquerda". Você vem seguindo "via Poá".

6- Após passar por baixo de um viaduto você estará na Rodovia Henrique Eroles - SP, Rio. Segue direto sentido Suzano.

7- Lá na frente, após subir e descer o viaduto Rio Mizuno, terá um farol, no segundo farol, que é temporizado, entre à direita e estará na Rua Benjamin Constant.

8- No 5º farol é o Centro Cultural. Pronto, você chegou.


DE CONDUÇÃO:

Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi

Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano, SP.

Referência: Prédio de tijolos vermelho, de arquitetura antiga. Ou pergunte pela Biblioteca de Suzano

1- Pegar o trem no Brás ou na Luz, sentido Guaianazes;
2- Em Guaianazes fazer baldeação sentido Estudantes;
3- Após 4 estações descer em Suzano pelo lado do centro;
4- Você sairá pela Rua General Francisco Glicério;
5- Atravesse a Praça João Pessoa e você estará na Rua Benjamin Constant. Daí à 5 minutos subindo, você chegou.


Cine-Cultura Boa Vista

Centro Cultural Boa Vista exibe "Pixote - A lei do mais fraco"

Sempre no segundo sábado decada mês, o Centro Cultural Boa Vista exibe um filme para a comunidade local. Durante a exibição é servido pipoca ao público. Neste mês o filme escolhido foi "Pixote - A lei do mais fraco" – dirigido por Hector Babenco. O filme tem duração de 127 minutos. A entrada é gratuita e todos terão direito a pipoca que será servida no local. O evento será realizado no dia 12/12 no Centro Cultural Boa Vista (Rua Katsutosh Naito, 957 – Boa Vista - Suzano - SP), a partir das 15h. A entrada é gratuita.
Informações através do telefone: (11) 4749-7556

07 dezembro, 2009

Cinema Nordestino

Filmes nordestinos serão exibidos em Suzano

Mostra Paulista de Cinema Nordestino será nesta quarta (9/12), das 14h às 22h, no Centro Cultural, com entrada gratuita

Na próxima quarta-feira (09/12), das 14h às 22h a Prefeitura de Suzano, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, realiza a Mostra Paulista de Cinema Nordestino. Serão exibidos curta e longa-metragens que retratam o cotidiano do nordeste brasileiro no Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi (Rua Benjamin Constant, 682 – Centro). A entrada é gratuita. A Mostra Paulista de Cinema Nordestino foi criada para aproximar o maior contingente de nordestinos fora da região Nordeste, presente na Grande São Paulo, à produção audiovisual de seus estados de origem. Não há classificação etária para os filmes.
Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone 4749-7556 ou pelo blog da mostra: http://mostracinepaulistane.blogspot.com

Poesia nos muros

                                                               Inveja A idade adulta me trouxe a dor de cotovelo. As crianças são o meu alvo...