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29 outubro, 2008
Informe!
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27 outubro, 2008
[EXALTATIONE]
Non debebas mihi charlare,
Non debebas m ihi odiare,
Sed debebas ad-sic amare.
Amare Psidium Guayava,
Amare Perséa Americana,
Amare Magnífica Indica,
Amare Tabebuia Impetiginosa,
Et totus arboris terrestris.
Ab mesissimus hactenus,
Discebat quae Iesus Nazarenus,
Non fuit supra Deus,
Caeser non fuit supra Iesus Nazarenus,
Antipater non fuit supra Caeser,
Sed humanitatis,
Humanitatis encontrabit; lud,
In demonstratio et in amor...
De homine!
[O PILOTO MAIS HÁBIL DO MUNDO].
Bem, caminhemos a passos lentos sob a névoa da história, e analise-se a cada dia, a cada semana, a cada mês, a cada ano, a cada século, a cada milênio, alcancemos os primórdios da civilização, e, de lá, retornemos, em estudo e pesquisa, ao século vinte para assistir as arriscadas manobras dos pilotos no decurso da Primeira Grande Guerra Mundial.
Na oportunidade, usemos de toda a nossa astúcia para escapar do inferno dos petardos representados pelas destruidoras granadas, pelos disparos arrasadores dos canhões, pelos detonar dos fuzis e de toda a parafernália bélica no sentido particular de preservar a vida.
Demais disso, acalmados os ventos da guerra insana; quatro anos depois, assistamos a Sacadura Cabral e a Gago Coutinho tomar o grafite da ousadia para escrever nos anais da história o grande feito – a primeira travessia do Oceano Atlântico – um pequeno passo para o homem, mas um gigantesco salto para a humanidade.
Não obstante, não nos surpreendamos com a ignonímia e a insensatez do homem moderno nas figuras de [Von Braum e seus asseclas], além, naturalmente, da irreverência dos grandes ditadores [Adolf Hitler, Winston Churchill e Benito Mussolini], estopins reais do holocausto de Auschivitz e responsáveis pela antológica aniquilação de parte das raças.
Ouçamos o detonar da bomba atômica, e, paralelamente, o florescer das rosas vermelhas tanto de Hisroshima quanto de Nagasaki, e, atentemos para o tardio arrependimento implícito na alocução interrogativa– My God, what have we done... – Meu Deus, o que nós fizemos – ignóbil represália ao inoportuno ataque japonês à Base Naval de Pearl Harbor, isto; com a singela dose do mortal veneno da radiação.
Vivamos o lapso da paz pós Segunda Grande Guerra Mundial e solvamos do cálice do vinho da tranqüilidade, entravemos o tempo para, no vislumbre das irreverentes manobras, admitir, de uma vez por todas, a destreza e a habilidade de um ignoto piloto.
Nele; o vôo veloz e elegante, a asa caída, ora à direita, ora à esquerda, o se elevar e o regredir, a distinta inversão do nadir em zênite, o centro disposto em todas as direções, o referencial da circunferência em nenhuma, é-nos, por assim dizer, o nirvana especial para os nossos olhos de expectadores.
Intrigante é...
Intrigante; a flutuação enquanto voa sob o seu próprio eixo de gravidade; não – é demais!
Jamais se teve noticias da existência de um piloto que, com tamanha qualificação, tenha alcançado tal façanha...
Afinal, mil e duzentos fluxos e refluxos por minuto giram ao derredor de suas asas, vinte fluxos e refluxos por segundo, os movimentos de precessão e de recessão, o de translação e o de mutação, o de objeção e o de repulsão em perfeita consonância com o seu vôo, o bico de forma pontiagudo e extenso como um eficaz elemento de força e de equilíbrio; associado a manete de comando da direção; simulacro da perfeição e da improbabilidade de uma queda acidental são, evidentemente agora, não as características do majestoso e irreverente piloto, mas do seu aparelho de vôo.
Demais disso, por todos esses inigualáveis qualificativos, por esse inegável rol de irrefutáveis aptidões técnicas, por essa destreza impoluta é que não se tenha duvidas.
O colibri, ou, beija-flor é o piloto mais hábil do mundo – conteste se tiver coragem!
24 outubro, 2008
Suzano
Centro de Educação e Cultura "Francisco Carlos Moriconi"
Rua Benjamin Constant, 682 – Centro – Suzano – SP
Fone: 4747-4180
08/11 – 20h
Pavio da Cultura – Sessão Negra
Dentro das comemorações do Mês da Consciência Negra o tradicional sarau focará o tema da questão racial. O homenageado dessa vez é o poeta Castro Alves.
Realização: Associação Cultural Literatura no Brasil e Prefeitura de Suzano
Local: Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi
GRATUITO
25/11 – 20h
Trocando Idéias
Atividade da Associação Cultural Literatura no Brasil que tem como objetivo promover o debate à cerca do livro e do autor.
Livro do mês: Graduado em Marginalidade, de Ademiro Alves (Sacolinha).
Facilitador: Cákis
Realização: Associação Cultural Literatura no Brasil
Local: Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi
GRATUITO
29/11 – 20h
Pavio Erótico
Este sarau é realizado a cada três meses é feito em parceria com a Secretaria de Saúde que traz informações sobre DSTs e disponibiliza preservativos.Realização: Associação Cultural Literatura no Brasil e Prefeitura de Suzano
Local: Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi
GRATUITO
Centro Cultural Boa Vista
Rua Katsutosh Naito, 957 – Sesc-Boa Vista – Suzano – SP
Fone: 4749-7556
04 à 30/11
Varal literário
Todo mês é exposto no corredor do Centro Cultural Boa Vista os trabalhos de um autor da cidade. Neste mês a exposição fica por conta do poeta e cordelista Denivaldo Araújo.
Realização: Associação Cultural Literatura no Brasil e Prefeitura de Suzano
GRATUITO
01/11 – 16h
Pavio da Cultura
Todos os primeiros sábados de cada mês, o Centro Cultural Boa Vista, desenvolve o seu sarau com a presença da comunidade recitando poesias, cantando, dançando e se manifestando com sua arte.
Realização: Associação Cultural Literatura no Brasil e Prefeitura de Suzano
GRATUITO
21/11 – 19h
Fogueira, Literatura e Pipoca
Projeto que tem o objetivo de incendiar o debate e pipocar as idéias. Numa roda envolta da fogueira, os participantes discutem sobre literatura durante 1h. Depois, durante 30 min. acontece um sarau encerrando a atividade.
Tema do mês: Literatura Afro-brasileira
Realização: Associação Cultural Literatura no Brasil e Prefeitura de Suzano
GRATUITO
[UMA CARTA INESPERADA]
Caro mancebo!
Há algum tempo lhe observo pela forma e pela maneira de proceder e me pergunto:... – [Por que hesita tanto em seguir aos meus conselhos?]... – Afinal...
Como se sabe, não sou um personagem qualquer. Eu sou o reitor de uma Universidade, formado na eternidade, Mestre e Doutor na Ciência do Mal, e, assim, pretendo-lhe graduar-lhe na cátedra da marginalidade.
Eu lhe louvo, por ser bom filho, bom marido, bom pai; trabalha, ganha a vida com um salário de fome, estuda, se diverte, mas pode ser que lhe falte o essencial – dinheiro – talvez!
Por causa dele, ultimamente, você tem se desentendido com a sua companheira e, confesso; incitei-a a lhe dar um par de chifres. O pagamento é por sua extremada rebeldia – mas você está sempre preferindo ser o bom moço e, então, somente tem arranjado problemas para sua vida.
Quanto a minha pessoa; continuo no propósito de ensinar-lhe a portar um revolver, não importa se calibre 32 ou 38, acionar o gatilho, matar... – quero ministrar os conhecimentos necessários para arrombar as portas das casas – sejam as residenciais ou as comerciais – clonar cartões eletrônicos – de conta corrente, de crédito e afins – documentos pessoais e toda a parafernália de elementos facilitadores da vida moderna.
[Tanto eu quanto os asseclas – mestres como eu – e que me rodeiam lhe ensinarão as técnicas para furtar, a roubar, a estuprar, a seqüestrar, e, acima de tudo, promover as maracutaias e as falcatruas, e, como se não bastasse, reconhecer as falhas existentes tanto nas Regras do Direito quanto no que tange as falhas da Filosofia do Direito e nos dispositivos dos Direitos humanos ditados pela [Organização das Nações Unidas] que, ao longo de sua história, tem levado os seres viventes a se beneficiar das prerrogativas e das impropriedades.].
Contudo, não há tempo hábil ou estipulado, se decidir, venha, em dois ou três meses, garanto; você receberá o seu Diploma e, assim, será graduado em marginalidade.
Quem é o que fala contigo?
Bem, é [Apolion]; um norte--americano?
Não!
Apolion – sou o chefe de uma legião de anjos – decaídos – discípulo e enviado de satanás para arregimentá-lo às nossas fileiras.
Juntos, eu e meus asseclas faremos de você um respeitável matador, um temível estuprador, um sagaz ladrão, um astuto traficante, um escorregadio estelionatário – essas coisas...
O curso é grátis, mas há um acordo implícito em suas cláusulas contratuais. Ao graduar-se em marginalidade, escolher uma especialidade; começar a agir; opta por um dos caminhos que o outro falou – o estreito – e, então, você passa a ser um dos nossos – não há retorno.
Assim, comece por entrar na política, eleja-se Vereador, Deputado, Senador ou assemelhados – garanto – é um bom caminho...
Compensa?
Bem; com o direito da livre escolha, você decide!
23 outubro, 2008
[HELENA NA ZONA... - QUEM DIRIA?]
Sigamos o nosso vôo em direção ao nosso argumento de hoje...
Se bem me lembro, é um domingo...
O dia amanhece, completamente, nublado, intermediando tanto momentos de estia e quanto de uma chuvinha fina, gelada e insistente que molha até aos nossos ossos retesados pelo intenso frio primaveril.
Empolgado, levanto-me às seis horas e trinta e dois minutos, tomo um banho rápido, engulo, literalmente, um pão com margarina e bebo uma chávena de café, e, eufórico, eu calço os meus sapatos – o direito e o esquerdo – lógico, tomo o guarda-chuva que dorme no guarda-roupa e saio...
Vou à zona!
Carro, ônibus, moto, bicicleta; não – nada disso é necessário – eu moro a pouco mais do que quinhentos metros da zona; vou a pés.
Creio que não se passa quinze minutos e, ainda que não tenha vergonha, entro na zona pela porta dos fundos; nada traumático.
Não obstante, ao chegar, noto uma fila com cerca de vinte mulheres – penso...
Pode ser?... – Oito horas da manhã e já vinte mulheres se entregam às suas responsabilidades na zona!
Bem, crio um clima com uma loira, balzaquiana, esbelta, elegante, escultural e que, pelo menos, me parece ser muito boa; conversamos por quinze ou vinte minutos antes de entrar.
Onde?
Ora, ainda não sabe?
Pense um pouco e chegue à conclusão.
Quando entramos, claro, apalpo, bulino, meto o dedo, aliso, faço tudo quanto não havia, previamente, imaginado enquanto vejo a loira extasiada – rapidinho – o suficiente para satisfazer o meu desejo.
Desço a quarenta anos do passado, lembro-me da caserna, faço – meio volta-volver – o meu olhar cruza ao de Helena; fico estático.
Por que não?
Um clima, duas ou três palavras levadas pelo vento; realidade...
Helena ainda está na zona, acaba de votar....
[MAGISTER]
- Unde esse sperientia sua?
Sed, se magister meo veturum est... – penso...
- Jam deberit esse superatum...
Hagora, se magister meo non tenerit automobile... – penso...
Non superavit malitia sua nec malitia ad mundus ephemerus.
Se o meu mestre é jovem... – penso...
- Onde está a sua experiência?
Mas, se o meu mestre é velho... – penso...
- Já deveria ser superado...
Agora, se o meu mestre não tem automóvel... – penso...
- Não superou a sua malícia nem a malícia do mundo efêmero
22 outubro, 2008
[DÊ UM AFAGO... - NÃO CUSTA NADA!]
Todos os dias eu tenho a necessidade de sentir-me abraçado, de um carinho, de alguém que me pegue no colo;... – que me entenda.
Ao longo da minha existência insólita e efêmera como um ser humano sobre o Terra tudo faço para observar os dispositivos e as artimanhas do amor... – o amor em filhotes das cãs, o amor em filhotes das gatas, o amor em filhotes de macacas, o amor em filhotes de éguas e onde a experiência tática tem, paralelamente, o valor análogo ao alimento no aprendizado e no comportamento.
Se eu trocar os filhotes das cãs, das gatas, das macacas e das éguas, pelos filhotes de outras espécies; de que isto me adiantará?... – Cada qual reconhece a sua própria cria, logo, se conclui:... – o tato é muito importante para a vida.
Esses filhotes se relacionam com o mundo exterior, mas, na hora da mamadeira, correm para a mãe porque reconhecem, nela, nada mais, menos do que – o toque do amor.
Portanto, um filhote criado na solidão e no abandono será, sempre, um animal estressado, problemático, de difícil relacionamento;... – evita o contato social, está sempre amedrontado, tem uma postura de recolhimento, e, pasmem, parece tocar a si mesmo – como forma de suprimento de suas próprias carências.
Eu chamaria a isso, simplesmente, de falta de identidade.
Por essa razão, a estimulação tátil deve ser sempre algo satisfatório, afetuoso, propiciando proteção e segurança porque é a cédula, a tinta, o registro geral, a impressão digital que condiz com a identidade.
Por isso, ainda que sejamos economistas, contadores, ou, simplesmente financistas, não se deve aplicar os conceitos econômicos à complexa plenitude da vida.
Na economia lidamos com a oferta e a demanda, na contabilidade com os efeitos dessa oferta e dessa demanda, porém a meta principal outra não o é que não seja o lucro financeiro.
No entanto, a vida tem como dualidade – o amor e o ódio – e, nesse caso, a nossa meta nada mais, nada menos é a satisfação pessoal.
Demais disso, na economia, a moeda e o lucro, na vida a moeda é a paz, e, não se pode fugir de uma singela verdade; na economia o lucro virá sempre das vendas, na vida a paz virá sempre do afago... – por isso, não economize o afago!
O maior dos afagos começa na criação não do homem que Deus não criou, mas da humanidade que Deus criou, configura-se no julgamento de Adão e Eva, de Satanás e do Terra, e, consolida-se no resgate da cruz... – pense-se nisso!
[SONETO PARA LINDEMBERG]
E, dois ouvidos, um cérebro, e, entrementes,
A ciência me vem com a balela; é gente,
Pois, menino, criança, bebê, usou touca.
Tem dois braços, duas mãos, dez dedos, e, insano,
É o simulacro da morte, do crime, e, somente,
A ciência insiste em dizer:... – que é gente,
Porque, na verdade, é demônio – ledo engano.
Tem duas pernas, dos pés, dez artelhos,
Por isso, à ciência oferto um conselho,
Pare – é do demônio em imagem de gente.
Tem um sexo para o gozo e a reprodução,
Tudo mais, porém não se iluda – isso não,
Porque, nele, o coração é ausente.
[UM ESTADO DE COMPLETA INSENSATEZ]
Primeiro cursa os estudos mais elementares, isto é, os iniciais que se rotulam como fundamentais e neles permanece durante nada mais, nada menos do que cinco anos.
Terminado os primeiros cinco anos de aprendizado, ingressa nos estudos em médios é aí permanece por longos três anos, e, então, sente que a escalada junto as suas habilidades e vocações abre-lhe as portas da Universidade e, em razão direta da sua aplicação, adentrando ao mundo mágico da Universidade, estuda a Filosofia do Direito.
O Direito Romano, o Direito Civil, o Direito Comercial, o Direito Financeiro, o Direito Público, o Direito Privado e as demais cadeiras da Filosofia do Direito são companheiras e cúmplices em sua vida estudantil.
Certo dia, experiente, o Velho Mestre, disse-lhe:... – Venha cá, deixe de lado um minuto os livros, o código civil, e, puxe a cadeira; precisamos conversar...
O Velho Mestre o inquire:... – [Estás terminando o curso; é ou não é verdade?].
O Candidato a jurista responde:... – [Sim, Mestre, por certo, amanhã é a minha ultima aula!].
O Velho Mestre contra-argumenta:... – [E depois que tomares na mão o teu Diploma, o que farás da vida?].
O ex-aluno considera:... – [Bem; aplicar os meus conhecimentos, juntar fortuna, e, entrementes, procurar fazer o meu nome como jurista; quem sabe um juiz?].
O Velho Mestre reitera, e, depois?
O ex-aluno primeiro é hesitante, mas infere:... – [Depois me aposentar, viver com folga, viajar, gozar a vida.].
O Velho Mestre, prolixo e redundante; e, depois?
O ex-aluno já com um cálice do vinho da insegurança... – [Depois ser abraçado pela morte!].
O Velho Mestre, insistente, e, depois?
O ex-aluno perdido no universo de suas mais crassas ineficácias... – [Não sei...].
A idéia, no âmbito da humanidade, sempre foi uma idéia comum; há aqueles que planejam e não se interessam por aquilo que, realmente, tem valor.
Destarte, diante disso, a nossa meditação sensata e coerente figura na luz da sabedoria e não nas trevas da ignorância, pois... –[Abundancia e vida eterna são como duas estradas que não se encontram porque são paralelas e não obliquas.].
É isso!
21 outubro, 2008
[SONETO PARA ELOÁ CRISTINA]
Privam-lhe do corpo, mas como privar-lhe da candura?
A do anjo dócil que habita em sua alma lívida e pura,
Ou, na nobreza do caráter da rosa chamada Eloá Cristina.
Creio, um ledo engano há naquela alma ignota e morta,
Que nos braços frágeis da altivez se julga uma celebridade,
Por derramar em fluxo o seu sangue na cruel mediocridade,
Que de tão insana e invulgar há de pensar; ela está morta.
E imaginar... - o enorme grau da infame insanidade,
Que rouba-lhe o corpo por julgar-lhe sua propriedade,
E olvida, nesse sentido; nada existe de formal.
E imaginar... - a total ausência do senso e da lisura,
Em arroubos esquizofrênicos puros flashes de loucura,
Que faz desse carrasco um ignóbil animal.
[AMOR ADOLESCENTE]
Que la sol me venirá cón más calor,
Y que en nosotros hubiera más amor,
Aún que sea una locura; más yo no creo.
Yo contemplaré en cielo azul ese lunar,
Y la sol y la diosa luna estarán presentes,
Bendecindo el nuestro amor adolescente,
Aún que tenamos los cuarenta años tán vulgar.
Y la noche... - será hermoza y muy linda,
El cielo será estrellado y más encantador,
Y la caida de la sol llenará calor a la tarde.
El dia seguiente, las estrellas serán más brillante,
Y la sol, la luna, el lunar estarán adelante,
De nuestro amor adolescente.
[UNE ESSERE VIVENTE AMBIGUO]
I lei stessa parlò a me di amore,
Domandai ché parlasse a me di amore,
Allora, lei stessa parlò a me di fiores.
Domandai ché levasse a me a passeggiare,
I lei stessa levò a me a uno albergo,
Domandai ché me levasse a uno albergo,
Dunque lei stessa levò a me a passeggiare.
Elle è Sophia i piu tanto spiezza,
Ma Sophia è la genuina belezza,
De suo piano a suo sorriso.
Elle è Sophia i piu bella dona,
Ma Sophia dunque la maddona,
De suo píano a suo sorriso.
18 outubro, 2008
[DILEMA]
Como forma de preveni-los, necessário é-nos expô-los, pois, como se sabe; ambos, entre si, estão ligados ao sexo.
Tarefa difícil? – Talvez! – Fácil? – Não se sabe! Afinal, se não estivéssemos nos expressando para adolescentes...
No entanto, se aceite o desafio, e, para tanto, tome-se como referência uma flor – qualquer uma das flores – não – a mais adorada dessas flores – a rosa.
Portanto, puxe-se a cadeira, sente-se, cale-se a boca, aguce-se os ouvidos, e, acompanhe o raciocínio, considere-se – não será impossível.
Não obstante, aceitável é-nos amigo leitor (a), ainda que não se tenha percebido, dir-se-á que o surgimento de uma rosa se inicia diante de uma singela transformação na extremidade de um ramo.
Algum tempo depois, aquilo que, antes, se assemelha a uma verruga, dá origem a um botão que, antes fechado, se abre e expõe, no primeiro instante, uma pétala, depois outra, em seguida mais uma, e, sucessivamente, até que a flor se abra por inteiro.
O processo exige, aproximadamente, quinze dias e a flor, agora, rosa adulta, figura como pronta para a reprodução e sob esse ponto de vista, o ser humano é o único, dentre todas as criaturas, ao qual, é concedido o direito de escolha; aos demais a obediência é uma espécie de lei.
Pois bem, sabe-se que a mulher atinge a maturidade plena em torno dos seus vinte e cinco anos quando, entenda-se, o seu corpo atinge o desenvolvimento pleno e total.
Ora, se isto é verdade, uma adolescente, ao engravidar, pode enfrentar sérios riscos, tanto para si mesma quanto para o embrião – isto conforme se afirma nas linhas anteriores – o seu corpo é, ainda, uma verdadeira incógnita quando se refere a formação. Além disso, a falta de experiência associada a falta de maturidade já é, por assim dizer, um obstáculo, pois toda a mocidade estará comprometida pela eterna renúncia em favor do bebê.
Ângela Gabriela engravidou e agora? – Que fazer? – Assumir? – Claro! – Não há alternativa...
No entanto, há algo pior em toda essa história; Ângela Gabriela engravidou e, alem disso, contraiu uma doença sexualmente transmissível – herpes, gonorréia, sífilis; um delas – lástima – [Síndrome da Imunodeficiência adquirida – AIDS] – não – não é possível! O que acontecerá? – Quem sabe? – Os anticorpos decidirão.
Quanto à Grazielle, ela, infelizmente, correrá de, não como uma nova rosa; sadia, perfeita, vir ao mundo com, por exemplo, e, menos mal, com sífilis, herpes ou, ainda, algo assim.
Outra criança poderá nascer privada da visão por influência de uma gonorréia inoportuna e aí; não convêm lamentos fora do tempo.
Demais disso, já que somos diferentes da rosa, aquela sujeito ao tempo exato e nós sujeito ao nosso tempo já que possuímos direito de escolha; que tal vestir a capa branca de careta, e, pelo menos se prevenir no que diz respeito ao risco de uma gravidez fora da época e do nosso real desejo, ou, ainda de uma doença sexualmente transmissível – fica aqui a sugestão.
Fuja do dilema!
[CAMINHADA PARA O SUCESSO]
[CONTROVERSIAS]
Pedi que falasse de flor, então ela falou de amor.
[SE]
Se não houvesse o Big Bang, como surgiria o universo?
Se não surgisse o universo, como se formaria o Terra?
Se não se formasse o Terra, como surgiria o carbono?
Se não surgisse o carbono, como se criaria a humanidade?
Se não se criasse a humanidade, até surgiria o mal...
Se não surgisse o mal, a vida seria, apenas, amor.
E, se a vida fosse, apenas, amor...
Então, eu seria deus!
17 outubro, 2008
Fogueira, Literatura e Pipoca
O projeto, que conta com o apoio da Prefeitura de Suzano, é realizado pela Associação Cultural Literatura no Brasil. O Centro Cultural Boa Vista fica na rua Katsutosh Naito, 957, Sesc, Suzano.
Outras informações pelo telefone 4749-7556.
ACLB & PMS
Um dos usuários
Estagiária do restaurante e o Yoseph
A galera fazendo uma boquinha
16 outubro, 2008
Próximo evento
DIA 6/11 (QUINTA-FEIRA)
Das 14h às 15h
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
Com Cláudio Oliveira, ator, diretor teatral, diretor da Cia Padedê e contador de histórias.
TEATRO: A Cidade das Cantigas
Baseado no livro homônimo, do educador, poeta e escritor Marciano Vasquez, o espetáculo conta as aventuras das meninas Melissa e Celina no universo de uma cidade encantada.
Das 15h30 às 17h30
CONVERSA COM O AUTOR
Literatura, escola e educação: um contexto de ensino ou de aprendizagem?
Com Ricardo Azevedo, Sonia Madi e Nelson de Oliveira.
Mediação: Maria Alice Setubal
Essa mesa tem como objetivo refletir sobre em que medida a literatura contribui para que educadores, educandos e comunidade escolar redescubram o prazer de estar com o mundo, relendo os seus fazeres a partir dos diversos saberes que a literatura traz para a vida cotidiana.
Ricardo Azevedo
Escritor e ilustrador, tem mais cem livros para crianças e jovens, publicados em diversos países. Doutor em Teoria Literária pela Universidade de São Paulo, escreve artigos sobre o uso da literatura de ficção na escola.
Sonia Madi
Pedagoga e mestre em Didática pela Universidade São Paulo, é autora de livros e vídeos didáticos sobre alfabetização e língua portuguesa e coordenadora da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro.
Nelson de Oliveira (CONFIRMADO)
Consultor editorial da LGE Editora, coordena oficinas de criação literária em diversas instituições e é membro do conselho editorial do jornal Rascunho e da revista Coyote.
Maria Alice Setubal
Socióloga e presidente do Cenpec e da Fundação Tide Setubal.
Das 17h30 às 19h
LANÇAMENTO: Almanaque Um olhar sobre São Miguel Paulista - As manifestações culturais, ontem e hoje
O Almanaque é resultado do projeto São Miguel Paulista e Brasileiro, realizado pela Fundação Tide Setubal em 2006 e 2007, com o objetivo de formar jovens pesquisadores sócio-culturais moradores de São Miguel. O Almanaque traz as manifestações culturais existentes no bairro, as comunidades étnicas, aspectos religiosos, artísticos e das artes visuais, que denotam a riqueza cultural do bairro.
Das 19h30 às 21h
CONVERSA COM O AUTOR
Literatura e rock n’roll: leituras, cabeças cultas e ocultas conversam e se afinam.
Com Kid Vinil e Pedro Autran
Mediação: Vicente Scopacasa
O que há de comum entre literatura e rock n’roll? Ler pode ser tão bom quanto ouvir rock? Como tem sido o desenvolvimento do mercado editorial sobre o tema? Essas e outras questões serão abordadas na segunda mesa de debates, que traz dois grandes conhecedores dos dois assuntos.
Kid Vinil
Músico, jornalista, radialista e DJ. Foi líder do grupo Magazine, apresentador do programa Som Pop, na TV Cultura, diretor artístico das gravadoras Eldorado e Trama e VJ da MTV.
Pedro Autran
Jornalista e estudioso da música anglo-americana, foi editor da revista Jam e, nos anos 60, participou dos musicais da TV Record e do circuito de shows em São Paulo com a banda Código 90.
Vicente Scopacasa
Engenheiro, baterista amador e aficcionado por rock, coleciona vinis de rock desde 1963 e é um dos maiores especialitas em rock inglês do país.
DIA 7/11 (SEXTA-FEIRA)
Das 14h às 15h
CONTAÇÃO DE HISTÓRIA
Com Isis Madi, atriz, arte-educadora e contadora de histórias, é fundadora e integrante do Grupo Teatro de Senhoritas, e Carlos Godoy, ator, contador de histórias e manipulador de bonecos.
Das 15h30 às 17h30
CONVERSA COM O AUTOR
Esporte, literatura e desenvolvimento humano
Com Ana Moser, Marcelo Duarte e Fernando Meligeni
Mediação: André Kfouri
Articular esporte e literatura para o desenvolvimento humano e a melhoria da qualidade de vida. Essa mesa busca refletir sobre as práticas esportivas na formação do cidadão e qual seu papel no estímulo à formação de leitores.
Ana Moser
Ex-jogadora da seleção brasileira de vôlei, é presidente do Instituto Esporte e Educação, sócia-fundadora da ONG Atletas pela Cidadania e vice-presidente da Comissão Nacional de Atletas.
Marcelo Duarte
Jornalista e autor da série de livros O Guia dos Curiosos, é um dos Loucos por Futebol na ESPN Brasil e comanda o Fanáticos por Futebol, diariamente na Rádio Bandeirantes.
Fernando Meligeni
Um dos principais nomes do tênis brasileiro, 4º lugar nas Olimpíadas de Atlanta, foi eleito o melhor atleta nacional pelo Comitê Olímpico Brasileiro em 2003 e acaba de lançar um livro sobre sua carreira (Aqui tem!).
André Kfouri
Jornalista, é repórter da ESPN Brasil, onde já cobriu três Olimpíadas e duas Copas do Mundo, e colunista do jornal Lance. Autor, com Fernando Meligeni, do livro “Aqui tem!”.
Das 17h30 às 19h
LANÇAMENTO: MUNDO JOVEM
Com Alexandre Isaac, Diego Albino Figueiredo e Tide Souza e Silva
Com o intuito de disseminar os conhecimentos gerados nos projetos Espaço Menina-Mulher e Espaço Jovem, a Fundação Tide Setubal lança os livros Mundo Jovem, voltado para adolescentes, e Mundo Jovem – Desafios e possibilidades, dirigido a educadores, psicólogos, ONGs, hospitais, bibliotecas, etc.).
Alexandre Isaac
Sociólogo, pesquisador e coordenador de projetos do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), é assessor em assuntos da infância, adolescência e juventude.
Diego Albino Figueiredo
Estagiário do CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de São Miguel Paulista), é aluno da Faculdade de Rádio e TV na Unisantana.
Tide Souza e Silva
Psicóloga e psicanalista, responsável pelas publicações Mundo Jovem.
Das 18h às 19h
PREMIAÇÃO CONCURSO PRODUÇÃO LITERÁRIA E IDÉIAS INOVADORAS DE INCENTIVO À LEITURA
A Fundação Tide Setubal premia os melhores trabalhos de produção literária dos alunos do Ensino Fundamental II e Ensino Médio e as melhores idéias para desenvolvimento dos espaços de leitura das escolas públicas de São Miguel e região.
Das 19h30 às 21h
CONVERSA COM O AUTOR
A Literatura e o local no contexto da cidade
Com Max B.O., Sacolinha e Bruno Paes Manso
Mediação: Mônica Herculano
Essa mesa buscará refletir sobre a literatura na periferia, fazendo um contraponto ao estigma de que o cotidiano da periferia é apenas de criminalidade e miséria. O objetivo é mostrar que o bairro é parte da cidade e, portanto, dotado de informação e conhecimento.
Max B.O.
Famoso por suas rimas nos circuitos do hip hop brasileiro, já gravou com nomes como Thaíde & DJ Hum, Marcelo D2 e Seu Jorge. Participa de projetos sociais ligados à música na zona norte de São Paulo
Sacolinha
Formado em Letras, é agitador cultural, faz palestras sobre literatura e questão racial e ministra oficinas literárias. Autor de dois livros, um romance e um de contos, em 2006 foi indicado ao Prêmio Jabuti.
Bruno Paes Manso
Jornalista, mestre em ciências políticas pela USP, é repórter do jornal O Estado de S. Paulo e autor do livro O Homem X - Uma reportagem sobre a alma do assassino em São Paulo.
Mônica Herculano
Jornalista, atua nas áreas de comunicação para o terceiro setor e produção cultural. É colaboradora da revista e do programa de rádio Conexões Urbanas, do AfroReggae.
DIA 8/11 (SÁBADO)
Das 14h às 15h
LANÇAMENTO: Cenas – Trajetos, vivências, histórias de ser jovem
Publicação que reúne 15 cenas elaboradas e escritas pelos participantes do Núcleo de Formação Sócio-cultural do Projeto ArteCulturAção, promovido pela Fundação Tide Setubal. O projeto tomou como ponto de partida a linguagem teatral para trabalhar a construção da cidadania.
Das 15h30 às 17h30
LEITURA DRAMÁTICA
O teatro de Mário Bortolotto
Com Fernanda D’Umbra, Marcos Gomes e Javert
Mediação: Paula Chagas Autran
A leitura dramática é um momento no qual o público pode ouvir os textos do autor e imaginar junto com os atores toda a representação ali sugerida. Assim, a magia do texto teatral é reforçada. Apenas com a leitura dos atores é possível visualizar cenário, figurino e todas as ações indicadas no texto. A leitura dos textos de Mário Bortolotto, com atores acostumados a trabalhar com seu universo, faz com que o público se aproxime de um autor atuante e com uma obra calcada em uma poesia urbana e atual, que tem baseado diversas formas literárias: roteiros de filmes, romances, poesia e letras de música.
Fernanda D’Umbra
Atriz, fez mais de 40 peças com o grupo Cemitério de Automóveis. É vocalista da banda Fábrica de Animais e atua na série Mothern, do canal GNT.
Marcos Gomes
Ator e dramaturgo, formado em ciências sociais pela PUC, integra a Cia dos Dramaturgos e o Teatro da Curva.
Paula Chagas Autran
Dramaturga e jornalista, ministra aulas de teatro, é colaboradora do jornal O Estado de S. Paulo e autora do livro A Volta dos Mutantes.
Das 17h30 às 19h
LANÇAMENTOS: UM NORDESTE EM SÃO PAULO, O PENSADOR E A NOITE DOS CRISTAIS
No livro Um Nordeste em São Paulo, o professor e pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Paulo Fontes, analisa e descreve a vida dos migrantes nordestinos que vieram para o bairro de São Miguel Paulista em meados do século XX. Ele mostra a importância das redes sociais e de um espaço público para a criação de identidades e luta por direitos por parte dos trabalhadores.
João Martins de Oliveira nasceu na Bahia há 73 anos e é uma figura conhecida em São Miguel Paulista. Com o livro O pensador, realiza o sonho de ver publicadas suas poesias, que retratam a vida cotidiana.
A noite dos cristais, de Luís Fulano de Tal (Luís Carlos de Santana), é uma novela escrita a partir do manuscrito encontrado em Caiena, na Guiana Francesa, por um estudante. Conta a história do negro Gonçalo, um brasileiro que nasceu na primeira metade do século XIX.
Das 19h30 às 21h
CONVERSA COM O AUTOR
Literatura e Cinema: Afinidades, dissonâncias e emoções contadas
Com Fernando Bonassi e Jeferson De
Mediação: Ivana Arruda Leite
Esta mesa buscará refletir sobre a relação da literatura com o cinema, seja pela adaptação de textos narrativos, seja pelo processo de incorporação de elementos poéticos na construção da linguagem cinematográfica. Para tanto, serão abordadas questões referentes a essa articulação e em que medida essas práticas contribuem para o desenvolvimento cultural de uma população.
Fernando Bonassi
Roteirista, dramaturgo, cineasta e escritor, foi co-roteirista dos filmes Os Matadores, Castelo Rá-Tim-Bum, Carandiru e Cazuza. Autor de 19 livros, teve algumas de suas obras literárias adaptadas para o cinema.
Jeferson De
Diretor de premiados curtas, já fez produções para MTV, SBT e Globo. Autor do livro Dogma Feijoada e o Cinema Negro Brasileiro, está finalizando seu longa de estréia (Bróder!), filmado no Capão Redondo.
Ivana Arruda Leite (CONFIRMADA)
Mestre em Sociologia pela Universidade de São Paulo, tem diversos livros publicados e participou de dezenas de antologias.Ministra oficinas de conto.
15 outubro, 2008
[AS APARÊNCIAS ENGANAM... - SIM OU NÃO?
O dia estava ensolarado e calmo, e, entrementes, os dois olhavam desatentos e absortos a paisagem enquanto ouviam a melodia entoada pelos pássaros; ia ao chá das cinco horas da tarde com os demais integrantes da realeza.
De repente, lightning, este o nome do cavalo marrom, solou um estrondoso pum que, inclusive, sacudiu não somente a charrete, mas, também, aos nobres viajantes.
Constrangida diante da ocorrência, a rainha virou-se, apressadamente, para o conde, e, disse:... – [Fogive me Lord! As far as give concerned, the nature is even so… - Perdoe-me Senhor! No que me diz respeito a natureza é assim mesmo.].
O conde, fitando os olhos azuis da rainha, replicou:... – [Pooh, isn’t necessary to stay from that way, so much ashamed! Verily, verily, I’s have thinked which there was been one the horses; do not apologize… - Ora, não é necessário ficar desse jeito; tão envergonhada! Em verdade, em verdade, eu teria pensado que houvesse sido um dos cavalos; não me peça desculpas!].
A rainha perturbada em seu íntimo, disse:... – [Shut up! If I were you, I wouldn’t doubt that horse is tehe unexpected event... - Cale a boca! Se eu fosse você não duvidaria que o cavalo é o responsável por este acontecimento imprevisto.].
Verdade e...- as aparências enganam... – sim ou não?
[SONETO DA TRANSIÇÃO]
O céu obscuro e opaco, sem a luz solar e sem luar,
Que inflama o caminho na imensidão tão invulgar,
E, dos meus enganos venho e componho esse enredo.
Toco o estranho céu, sim, com a ponta dos meus dedos,
Impregnado da inércia ausente de qualquer galáxia estelar,
E, na ausência de alor, eu, sóbrio, me pego a sonhar,
E, torno aos tempos em que o meu cerne era o medo.
O medo por deixar o conforto do quente útero materno,
O medo de ver as cores, as luzes, o estado sempiterno,
E, viver na ilusão de uma chupeta e de uma touca.
O medo de descobrir no crasso estímulo que me incita,
O medo de saber que já não sou mais reles um parasita,
E, de sentir o dedo aposto em meu céu da boca.
[SONETO PARA MINHA AGONIA]
Tu que, insinuante, exalas o perfume de uma flor,
E, me lanças aos obscuros alores e devaneios do amor,
Onde estás; agora?... – Dize-me... – Ó flor do campo?
Estás no oceano lúbrico entre a inércia dos rochedos?
Estás entre os chumaços de algodão que há no ignoto céu,
Ou, entre as gotas gélidas, prateadas do luar que é teu véu?
Onde estás?... – No inimaginável universo dos teus medos?
Não; estás nos sustenidos e nos bemóis que vêem do vento,
Estás no pensamento e no retrocesso de um vil lamento,
Que a minha alma cândida não ouça um só lamento.
Estás em cada uma das gotas salgadas que brota no oceano,
E, do zênite do pensamento sou eu o teu único e fiel decano,
A sucumbir nas ondas bruscas do oceano em lúdica fúria.
[SONETO PARA TANIA MARA]
Tu que pelas letras cruzas o meu tortuoso caminho,
Eivo de pontiagudas pedras e de sutis, cruéis espinhos,
Fazes-me pensar, e, assim, escrever com tal lisura.
Que flor és tu?... – De que perfume é a minha cara?
De poesia? De virtude? De religião, ou, de sendo puro?
Nem mesmo eu sei; mas és a flor que tanto auguro,
Que sejas tu, ó tão romântica poetisa – Tânia Mara.
De que me importa, agora, se és a for de Jundiaí?
E se o perfume que exalas é de rosa, ou, de manacás?
Diante das vernáculas que o caminho talha.
De que me importa se tu és a flor cândida e pura?
Se tu és a Tânia Mara de alma volátil e pura?
Que perdes a vida, mas ganhas a batalha.
14 outubro, 2008
13 outubro, 2008
[SONHO]
País exótico de preconceito eficaz,
Cumprimentam-me à frente; mas por trás,
Dão-me uns tiros em um singelo ato vil.
Ó que agonia é o viver nesse Brasil!
Predominância da desigualdade social,
Onde sobe ao pódio o preconceito racial,
Que macula o simulacro da pátria varonil.
Ó que surpresa é esse ledo engano!
O que fazer se não sou eu; decano?
Nessa vida infame e enfadonha.
O que fazer em prol da humanidade?
Para insuflar-lhe o amor e a fraternidade,
É isso que a minha alma sonha.
[Vita Ingrata]
Que tira do chorume, do lixo o alimento,
Que sofre sem o escape de um só lamento,
Diante da agonia da existência inata.
Eu sou aquele que usa serpente como gravata,
Que tem cinqüenta anos, mas não tem registro,
Que não tem documento e nem assim por isto,
Desespera-se diante desta sua vida ingrata.
Eu sou aquele que tem setenta; já envelhecido,
Que dorme ao relento e pelo frio encolhido,
Que cuida do lixo sim... – senhor!
Porque dele é o proveito do estomago comedor,
Porque é ele que me inspira no real alor,
Perante as vidas infames, ressentidas.
[ADMINISTRAÇÃO TUPINIQUIM... - UMA CONTROVÉRSIA À VISTA.].
Diante da necessidade de entender um dos grandes problemas da Administração Brasileira, decidimos, mais uma vez, como integrntes do grupo de Estudos Sociológicos, da "Universidade da História Humana e Social" , de todos os tempos, descer a época da formação de uma nação de, exatamentente, quinhentos e seis anos de existência, chamada, simplesmente "Brasil!".
Assim é que, eu, o José, nascido em Manaus, a Simone, nascida em Santa Maria de Belém do Grão Pará, o João, nascido em Floripeira de Nossa Senhora das Neves, atual João Pessoa, a Raquel, nascida em São João da Ponta e a Dalva, nascida em São Luiz do maranhão, decidimos tomar o trem da eternidade pilotado por ninguem mais ninguem menos do que Deus na estância Arujá, na Estação dezembro, do dia oito para, viajando, ao tempo de Alexandre Vi, Rosa Vanoza Catanei e seus filhos mais famosos Lucrezzia Bórgia, mas, na realidade Tais Bórgia e Cesare Borgia, o Duque de Valentinois" e, para tanto caminhando o equivalente a trinta e oito milhões de quilômetros para apear no Vaticano, de 1492.
A esse tempo a "Igreja Católica Apostólica Romana" é, ao mesmo tempo, o Clero e o Estado e, nessas condições, detém plenos poderes em uma amplitude inimaginável nos distantes dias do contexto do século vinte e um.
Investido dos poderes, tanto Eclesiásticos quanto políticos, Alexandre VI, o papa nefando,nefasto, leviano e avarento, assina e Lucrezzia Bórgia, Secretária para assuntos políticos do Vaticano, expede a "Bula Inter Coetera".
O documento leviano, eivo de avareza e corrupto ao mais crasso extremo, mescla os interesses escusos de Rodrigo Lenzuolo Bórgia, nome apostólico Alexandre VI, que, "como se sabe em nossa modernidade do Terceiro milênio", divide o mundo entre Portugal e Espanha, ainda que de forma irônica e indecorosa, venha a contemplar a Espanha, a sua Pátria, com as mais profundas lucernas da riqueza.
Não nos podemos furtar, como pesquisadores do século vinte e um, a tomada do conhecimento da hipocrisia, do grego 'IPOCISIS, do extremado zelo do poder papal levado à efeito em sua "Bula Inter Coetera" e cuja determinação, em junho de 1493 (não se sabe ao certo o dia e o mês) com relação aos limites do que viria a pertencer a Portugual e do que evidenciaria a propriedade da Espanha é retificado, em 07 de juhnho de 1494, ás 10h 00m, perante a anuência do Rei D.João III, de Portugal e Fernán de Aragon e Isabel de Castella, da Espanha, e a assinatura do notável Tratado de Tordesilhas.
Se assim o fora e o é, as calmarias de Pero Vaz de Caminha e de Pedro Alvarez de Gouveia, o célebre Cabral, hoje um nome, mas, a época, não mais do que um título de nobreza, usurpado pelo personagem que integra a história de Portugal e do Brasil, a seu próprio irmão, Fernão Alvarez de Gouveia - este, sim, que é o legal detentor do título e do verdadeiro nome Cabral - não passam de meras alocuções eivas de justificativas para a alteração da rota original traçada para - a expedição às Índias - em detrimento dos louros e da fama de descobridores.
O descobrimento da "Ilha de Vera Cruz", pouco tempo depois "Terra de Santa Cruz" e, finalmente, Brasil é algo surreal que se constitui no simulacro da ausência dos ventos providenciais da justificação tanto de a de Pero quanto a de Pedro, um o escrivão e o outro o comandante da expedição portuguêsa, pois, paradoxalmente, se nos encanta com a riqueza dos detalhes observados na missiva enviada à Dom Manuel I que havia assumido ao reinado em substituição à D.João III, oferecendo a esse informações acerca da nova terra.
Na verdade, o que se vislumbra nas linhas históricas, é que o Brasil pertence à Portugal desde o acordo firmado pelo "Tratado de Tordesilhas" e, como os portuguêses sabiam da ancoragem, nestas terras, tanto de "Vincente Pinzon" quanto de "Cristóban Columbus", resolveram antecipar a posse da colônia com a sua conquista definitiva e com o consequente hasteamento do lábaro português em solo brasileiro à vinte e seis de abril do ano de mil e quinhentos, durante a celebração da missa de Frei Henrique, de Coimbra.
A periodicidade dessas expedições culminaram por revelar que a nova colônia ostenta minas de ouro, pedras preciosas e, pasmemo-nos, da tal procurda "... - "Ecchinata Saginata, o importante "Pau Brasil!"
A corte portuguêsa decide.
Ouvimos quando o soberano ordena que se levante o contingente de prostitutas (raparigas) que existem, informem o quantitativo de homossexuais (paneleiros) e, sobretudo, promovam um recenseamento da comunidade carcerária; a Simone inquire:... - "Para que?"
O rei responde, cedo é... - "Cedo é, depois saberão!".
Por oportuno, algum tempo mais tarde, cerca de trinta dias, os lacaios trouxeram-lhe os numerários sob a forma de singelas respostas... - "Nossa pátria ostenta, nos dias da atualidade, de 1508 , uma população de cerca de mil, quinhentos e noventa e duas prostitutas (raparigas) tanto as declaradas quanto as dissimuladas e cujo percentual das não declarantes é ínfimo. Encontramos novecentos e oitenta e dois homossexuais (paneleiros) e, ainda, cerca de vinte mil, duzentos e noventa e oito condenados, presos e encarcerados em nossas prisões dentre toda a sorte de marginais, ladrões, estrupadores, assassinos em potencial e demais modalidades de crimes.
O monarca pensa por alguns segundos e, com voz firme e decidida, ordena:... - "Prendam todas as prostitutas, capturem todos os homossexuais, dêem voz de prisão a todos os condenados fugitivos e, junte-os à comunidade encarcerada e, depois os ex-patriem a todos para que, assim, possamos povoar, em tempo recorde, a colônia antes que algum corsário ou pirata tente tomá-la para si mesmo.".
Ordem dada; ordem executada!
Não se tenha dúvidas, aqui é o início de tudo, da colonização, da facaltrua, do asturiano falcatruá, da maracutaia, do tupi-guarany mara´cu´ taia, da corrupção, do latim corruptione, da formação do povo brasileiro, aqui o adjetivo pátrio e não o designativo da antiga profissão do Brasil-colônia... - "Extrator do Pau Brasil.".
O tempo urge, cronologicamente, o Terra caminha no dia-a-dia o equivalente a vinte e nove virgula setenta e nove quilômetros lineares por segundo, mil, setecentos e oitenta e sete virgula quatro quilômetros lineares por minuto, cento e sete mil, duzentos e quarenta e quatro quilômetros lineares por hora ou dois milhões, quinhentos e setenta e três mil, oitocentos e cinquenta e seis quilômetros lineares por dia em sua órbita elíptica de novecentos e trinta e nove milhões, quatrocentos e cinquenta e sete mil, quatrocentos e quarenta quilômetros lineares em anos não bissextos... - para os bissextos somar-se-á mais dois milhões, quinhentos e setenta e três mil, oitocentos e cinquenta e seis quilômetros.
O povo brasileito é formado por degredados, ladrões, assassinos, prostitutas e pederastas?
Dir-se-ia que, sem dúvidas, a raiz da árvore da estirpe brasileira outra não é senão degredados, ladrões, assassinos, prostitutas e pederastas e, em detrimento disso sofre de um mal congênito... - " Syndrome ac corruptione acuta et congenita non reversa - Sindrome da corrupção aguda e congênita irreversível.".
Estamos de retorno ao contexto de nossa historicidade do séculovinte e um, assim como caminhamos para lá, caminhamos para cá os quatrocentos e oitenta e três bilhões, duzentos e onze milhões, oitocentos e sessenta e quatro mil, seiscentos e noventa e seis quilômetros lineares que nos separam do ano 1492 ao ano 2006 para, novamente, viver no século vinte e um.
Demais disso, não me furto a admitir que, durante o exercício do coito, ao ocorrer a ejaculação intra-vaginal, sem exceção, os trezentos milhões de espermatozóides por milímetro cúbico conduzem, em seus cromossomos, o simulacro da vida nefanda e nefasta da sociedade brasileira em sua estranha faina de mandos e desmandos que tanto aniquila os mais carentes.
A "Syndrome ac beneficiu propriu non dissimulata - a síndrome do benefício próprio não dissimulada, ainda que identificada pelos integrantes da sociedade brasileira deste século, não pode ser combatida e jamais erradicada do seio canceroso social antes que o Terra esteja girando através de sua órbita 1.002.006.
Vergonhoso é, mas é verdade que a falcatrua, do asturiano falcatruá, a maracutaia, do tupi-guarany mara´ cu´ taia, a corrução, do latim corruptione, circulam, livremente, pelos corredores das Câmaras e do Senado onde os Diploma Legais "ad referendatu populi de ista natione" - a prévio referendo do povo desta nação - não são cumpridos pelos homens públicos que os rejeitam ou os aprovam, primeiro como projetos e que, depois, sancionados, se transformam em leis que o Presidente promulga no exercício de suas atividades... - a nossa pergunta é para quem?
Como se sabe, tramita no âmbito do Governo Federal a discursorréia acerca da decretação do novo salário mínimo a vigir em abril próximo vindouro... - "Estamos em janeiro.".
Fala-se em R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais) pela boca de alguns dos governantes, R$ 375,00 (trezentos e setenta e cinco) reais segundo a avaliação de outros ou R$ 367,00 (trezentos e sessenta e sete) de conformidade com o desejo de poucos.
Não obstante, qualquer dessas proposições, deitando-se à margem da "Via abnegatione aut confirmatione" - do caminho da negação ou da confirmação - quanto aos índices reais da inflação, lemos nos periódicos e revistas que tratam do assunto ou ouvimos falar do escândalo, do grego e do descalabro quanto a proposição e postera aprovação de um substancial incremento nos rendimentos da classe dos deputados, senadores da ordem de noventa e um porcento.
Diante do nosso peculiar repúdio, juntam-se ao grupos dos deputados e dos senadores, os promotores, os magistrados e na desabalada carreira que se gerou, os diplomatas e todo o primeiro escalão.
A maior personalidade da historicidade humana, certo dia, em mais um dos seus sermões, quase sempre à margem do Mar de Tiberíades, alertou para que se separe o joio do trigo e isto é exatamente, o que se pretende demonstrar quando nós nos propomos a separar o joio (corrupção) do trigo (trabalho), pois, seriamos nós injustos e tão incorretos quanto, se não contestássemos a responsabilidade, o zelo, a distinção, a nobreza do trabalho dos homens públicos em benefício próprio, haja vista que, são eles que ou quem deveriam zelar pela boa condução dos destinos da nação através do cumprimento das leis que eles mesmos ajudam a promulgar, mas, convenhamos, um implemento nos salários dessa monta para a classe dos privilegiados é, no mínimo, caótico, leviano e, acima de tudo, atemporal.
Pergunta-se... - "E se um Diploma legal viesse a acabar com os salários dos deputados, dos senadores e correlatos?".
Se os homens públicos não recebessem pelo que fazem e pelo que deixam de fazer... - "Habebant homines quia sibi proponerent ab opera ex-gratia - haverão homens que se proporão ao trabalho de graça?"
Duvide-se... - até porque com o fim da economia de escambo e a conseqüente e providencial invenção da moeda, não se adquire "bem de consumo" algum sem se utilizar a 13a praga da humanidade, mais uma depois das doze faraônicas... - "O dinheiro!".
Destarte, no século XIX, o filósofo alemão Karl Marx, através de um texto "sui generis" propos e difundiu a "Teoria do capitalismo" que, em tempo postero, é importada pelos adeptos do chamado regime comunista. Contudo, advoga-se que os comunistas tiram o texto do contexto quando optam por, literalmente, tentar tomar do rico para ofertar ao pobre.
Tome-se por modelo a maior personalidade da historicidade humana e, paralelamente, as idéias emanadas de um filósofo francês que, em seu livro "Ni Marx, ni Jesus" sugere que se induza e se conscientize ao rico a semear um pouco de sua riqueza na mesa do pobre, muitas vezes vazia... - "E aí sim, reside a essência do bem comum entre os seres humanos criados não como homem, mas como humanidade através do homem Adão, do hebraico ךּדּאָ.
Adminsitração Tupiniquim, do latim Admnistratione e do tupi-guarany Tupi´ naki é uma alocução que criamos no sentido anti-literal, pois os tupiniquins, silvícolas da Bahia, se comparados a esta estirpe negativa, nefasta e nefanda de políticos, nada fazem que não seja em prol do bem comum, mas os homens públicos brasileiros desde a sua origem pouco louvável, labutam dia-a-dia visando, em primeiro lugar, eu, em segundo lugar, eu, em terceiro lugar, eu, indefinidamente, eu... - "Que lástima!".
Por oportuno, entenda-se a sociedade neófita e desprezada, opta, discute, degladia, fere e mata na defesa dos Alckmins da política, dos Lulas da vida, dos Serras da história, dos Malufes da falácia e dos políticos em geral, enfim, da vida... - note-se o uso pluralício, pois assim como uma gota de chuva nada representa dianta dos trezentos e cinco quatrilhões de litros de água, alguns milhões de metros cúbicos de "Icebergs", ainda que por algum tempo mais, que compõem o Oceano Atlântico; que é o ser humano perante o universo de eleitores?".
Entrementes, o que se torna necessário externar deve ser externado e, elevar os próprios rendimentos a um percentual dessa natureza, é, no mínimo, caótico, leviano e atemporal, por isso; se uma lei acabasse com os salários dos deputados, dos senadores, dos magistrados e dos promotores, ainda que não se discuta a importância e a responsabilidade do cargo desses homens, três seriam, talvez, as consequências imediatas:
O enterro em caráter de perpetuidade da política e dos homens públicos, uma vez que o interesse por assentar-se em uma cadeira, seja na Câmara ou no Congresso diminuiria, consideravelmente, e já não haveria disputas para ocupação de cargos polítocos; ademais, a reforma que pretende reduzir o número de siglas partidárias ficaria sem função, pois a sua importância seria mínima;
Haveria um aumento geral nos trabalhos dessas entidades e o acúmulo de serviço provocaria o caos no serviço público, pois não haveria quem levasse em linha de conta a necessidade de execução dos trabalhos; por outro lado estariam interessados dois tipos de indivíduos... – “Os ideológicos e os salafrários de sempre, ladrões em potencial. O último grupo, com toda a certeza, compensaria a falta de pagamento de salários com um substancial aumento da corrupção;
A aprovação do Projeto de Renda Mínima do Senador Eduardo Suplicy obteria o êxito esperado porque os políticos, afinal, lhe dariam o necessário crédito para a aprovação, pois na iminência de não receber salários, seria esta uma grata opção para se locupletar;
O assunto da moda nos dias da atualidade, o aumento dos próprios salários. Os promotores lutam pela remuineração de R$ 24.500,00 (vinte e quatro mil e qunhentos reais) de teto, o Conselho de Justiça almeja uma gratificação da ordem de R$ 5.800,00 (cinco mil e oitocentos reais), Parlamentares que, hoje, ganham dos cofres públicos o equivalente a R$ 12.800,00 (doze mil e oitocentos reais) desejam, simplesmente, elevar os próprios salários para o dobro dessa valor, mas, no entanto, o salário mínimo, o percebido pela maior parte dos trabalhadores espoliados pelas Empresas, não chegará a 10% (dez por cento)... – “Isto é desigual!”
O que você acha?
Fica aqui a minha modesta opinião!
Fui...
[DEFINHANDO]
Que se senta ao meu lado?
Que me fala e eu ouço calado,
Em sua fala mansa dispersa.
Oh... – que mulher é essa,
Que me vem da lúdica Micena?
E em silencio, calada, encena,
O reverso da vida, a vida reversa.
Será de Atenas; ou será a Milena?
Será de Tróia a lendária Helena?
E... – isto, lamento – não sei!
Será a Ione da enigmática pompéia?
Ou será a patrícia, a nobre ou a plebéia?
Sei lá... – o que sei... – eu me dei!
II
Não obstante, por que a ovação se não sou decano?
A não ser da dor que em meu peito se inflama,
E insana, a alma, inerte, derrama,
A teus pés em fiel e justo reclamo.
O reclamo que atinge a mulher feita jóia,
A jóia que exala o perfume da flor,
A jóia que brilha em tom multicor,
E outra não é senão a Helena de Tróia.
E eu que sinto; minha alma definha,
Sabendo que sou uma pomba que caminha,
Sem amor, sem Deus e sem paz!
E a culpa é tua querida,
Contigo deixei a minha vida,
Em troca dos singelos beijos teus!
[NOEL ROSA... - UNIDOS DE VILA ISABEL...- BOEMIA...-A FAMA DE UM BAIRRO... - UMA VISÃO SETENTA ANOS DEPOIS...!]
Imagine-se toda a população do mundo, hoje, em torno dos seis bilhões e meio de pessoas vivendo em paz, imagine-se que não existam nações, que todo o mundo fale a mesma língua, que todos os seres tenham o mesmo ideal, os mesmos desejos (a paz), a mesma filosofia de vida, que valorizem tanto os valores transcendentais quanto os valores reais, que ame tanto o branco quanto o negro ou o amarelo... – “Isto é sonho ou é realidade?”.
O astro da música Pop americana John Lennon pensava assim em muitos dos temas acima descritos... – sim ou não?
Pois bem, na sociedade humana, aliás, toda a sociedade é humana, portanto aquele que disser “sociedade humana” não deixa de ser um verdadeiro prolixo, há um emaranhado de pensamentos, uma faina de personalidades, uma aglutinação de razões e de sentimentos.
Quero falar de um desses sentimentos, de uma dessas razões de existência, de um mito... – “Noel Rosa”.
Estamos no limiar do século vinte, a República Federativa do Brasil é uma realidade, do dia da proclamação da república, fato que pôs fim à monarquia iniciada por Pedro de Alcântara Francisco Antônio João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Serafim Cipriano de Bragança e Bourbon, até agora, se passaram longos vinte e dois anos e o planeta Terra tramita, no espaço, no ano de mil, novecentos e onze depois de Cristo em derredor da estrela Sol.
Neste ano, ali mesmo, no lendário bairro de Vila Isabel surge no “Teatro da Existência” o artista “Noel Rosa”, solteiro convicto, boêmio, talentoso, poeta... – et coetera!
De sua pena, de suas pautas e dos seus acordes quer no violão ou no cavaquinho saíram versos ou melodias do tipo:
“Nosso amor que eu não esqueço”,
“e que teve o seu começo,”
“numa festa de São João,”
“morre hoje sem requinte, sem foguete,”
“sem retrato na parede,”
“sem luar e sem violão,”
“perto de você me calo,”
“tudo penso e nada falo”
“tenho medo de errar,”
“diga que você me adora,”
“que você lamenta e chora,”
“a nossa separação,”
“e as pessoas que eu detesto,”
“diga sempre que eu não presto,”
“que o meu lar é um botequim,”
“que eu arruinei a sua vida,”
“que eu não mereço a comida,”
“que você paga para mim!”.
De sua mente fértil e privilegiada jamais foi alijada a idéia e a razão de uma atividade chamada “boemia” porque a maioria de suas canções nasceu entre copos de cerveja apostas as mesas de um bar ou no silêncio sepulcral das madrugadas banhadas pelo orvalho gélido das noites Vila Isabelenses. A grande maioria de seus versos se estruturou diante do giro orbital de um planeta chamado “Etílismo” e teve o inspirar do álcool como um verdadeiro bálsamo para a vida Noelina... – “Assim era o Noel Rosa!”.
O grande mal do século vinte; a “Síndrome da Imunodeficiência Adquirida – AIDS não havia, ainda, dito:... – “Eis-me aqui!”.
Na contramão de todos os nossos pensamentos, o mal do século dezenove, o “Bacilo de Koch”, fazia tantas vítimas quanto nos anos mil e oitocentos quando surgira, pois a doença, como aspecto de epidemia, não havia, ainda e até então, sido erradicada.
Qualquer descuido poderia ser transformado em uma fatalidade com a morte vindo, simplesmente, buscar mais um para dormir com ela no túmulo frio da inexistência.
Assim, a boemia, a alimentação inadequada, a falta dela, o descanso irregular, o excesso das farras e a falta de cuidados especiais fizeram de “Noel Rosa” uma presa fácil para que a “Tuberculose”, esse o mal do século dezenove e, pelo menos, início do vinte adquirisse o nefando “Bacilo de Koch”.
O maior vilão de morte daquela época, a tuberculose, fazia, via de regra, uma faina de vítimas e com a personalidade aqui personificada não poderia ser diferente; “Noel Rosa”, presa fácil, nada fez para se cuidar e, com isso, desenvolveu o mal que, não muito tempo depois, haveria deitá-lo, eternamente, no túmulo frio da inexistência.
A fatalidade o estreita, cada vez mais, em seus braços ameaçadores; deseja levá-lo até as pedras gélidas do túmulo e deitar-se com ele para o gozo pleno na eternidade... – está resoluta!
Que fazer?
Nada!
Aguço os meus tímpanos e, por instantes, pareço ouvir as palavras do célebre “Imperador Romano Julius Caesar”... – “Alea jacta est! (A sorte está lançada!). ou vence o” Noel Rosa “ou vence a fatalidade...”.
Se vencer a fatalidade, certamente, o gênio irá compor junto aos anjos dos céus, se vencer o “Noel Rosa” o mundo desfrutará um pouco mais da sua companhia, da sua boemia e das suas maravilhosas canções; contudo, a incógnita está instalada, o abismo está aberto ante nós... – “Quem vencerá esta contenda?”.
Os dias são como as pérolas dos rios, os dias fluem diante da eternidade da existência como as pérolas fluem sobre o fundo lodoso dos rios, os perfumes da vida transformam-se, lentamente, nos não agradáveis odores da morte; estamos, agora, nos idos de mil, novecentos e trinta e sete e o jovem na primavera de sua existência, no profícuo estado de jovialidade à luz dos seus vinte e seis anos sente, e por que não, o lento subjugar da morte sobre a vida.
Ele está diante de uma pergunta crucial...
Quem herdará os frutos do seu talento?
O filho?
Que filho?
Como se sabem, na ausência de um herdeiro legal, os bens que possuímos são herdados pelo governo
Pai...
Um “pê”, um “a” e um “i”,
Três letras, apenas, estendidas,
Três letras que fazem sentir,
A sensação de o real prazer,
Pai...
A ele o que devo eu dizer?
Devo falar da sua dignidade?
Devo considerar sua justiça?
Devo enfatizar-lhe a responsabilidade.
Pai...
O que sei é que és um pai maravilhoso,
Que me trás sim essas lembranças eternas,
A encher no plenilúnio todos os corações,
De uma luz tão uma quão fraterna.
Pai...
Permita-me dizer... – você falhou comigo,
Quando se foi só ao encontro da eternidade,
Eu sei a sua ida até lá já estava programada,
Mas você deixou comigo o cálice da saudade.
Pai...
Quero te agradecer pelas muitas horas,
Os muitos dias, os meses, os ledos anos,
Em que me deste as gotas de amor e alor,
Ainda que tu não fosses o único, o decano.
11 outubro, 2008
[FINE JUST THE WAY IT IS]
It's the life as no one understand,
It's the life as something,
As my proper life, so, as it is.
Fine just the way it is,
It's love you of way I love you,
Isn't blow the coals and neither, too,
Evil just the way it is.
But, fine just the way it is,
The hate and love no is,
So fine just the way it is,
Now fine just the way it is,
The God's purpose of way it is,
So fine just the way it is.
10 outubro, 2008
09 outubro, 2008
08 outubro, 2008
Próximo evento
OUTUBRO DE 2008
CENTRO CULTURAL DA JUVENTUDE
ATIVIDADES GRATUITAS
A terceira edição do projeto Semanas Temáticas promoverá atividades variadas para discutir estratégias de produção e circulação literárias alternativas, marginais ou independentes com relação ao grande mercado editorial.
Organização: Dolores Biruel
Curadoria: Érica Peçanha do Nascimento
Exposição: Manifestações literárias independentes e marginais
De 12 a 25/10 - das 10h às 20 (terça a sábado) e das 10h às 18h (domingo) Biblioteca
Com textos, revistas e livros de autores ligados a movimentos literários independentes ou marginais.
Debate: Independência, Marginalidade ou Resistência? Estratégias de publicação e circulação
Dia 11/10, sábado - das 16h às 17h30 Biblioteca 80 vagasCom:
Allan da Rosa – escritor, educador, radialista, cineasta comunitário e organizador do selo independente Edições Toró, voltado para a publicação da literatura periférica e financiado pelo VAI - Valorização de Iniciativas Culturais da Prefeitura de São Paulo.
Eduardo Lacerda – poeta e produtor cultural, também é editor do jornal de literatura O Casulo (financiado pelo VAI), membro do coletivo de jovens escritores Vacamarela e um dos organizadores da FLAP! Festa Literária Alternativa.
Esmeralda
Ribeiro – jornalista, escritora e presidente da Quilombhoje Literatura, ONG responsável pela publicação dos Cadernos Negros, coletânea que há 30 anos divulga a produção literária afrobrasileira.
Debate: Literatura e WEB: os meios de publicação em tempos digitais
Dia 11/10, sábado - das 18h às 19h30 Biblioteca 80 vagas
Com:
Branco Leone – escritor, editor e criador da editora virtual Os Viralata, especializada na divulgação do trabalho de escritores independentes.
Clarah Averbuck – escritora que iniciou sua carreira literária publicando em blog, é autora dos livros Vida de Gato, Das Coisas Esquecidas Atrás da Estante, Máquina de Pinball, entre outros.
Olivia Maia – escritora e blogueira, é autora dos livros Desumano e Operação P-2.
Palestra: Literatura marginal no Brasil
Dia 12/10, domingo - das 15h às 16h30 Biblioteca 80 vagas
Palestra sobre diferentes movimentos e expressões literárias marginais no Brasil com a professora titular da Escola de Comunicação da UFRJ, ensaísta, crítica literária, pesquisadora e editora Heloísa Buarque de Hollanda.
Café Cultural com Ferréz
Dia 12/10, domingo - às 17h Biblioteca 50 vagas. Inscrições na recepção. Grátis.
O Projeto Café Cultural promove encontros mensais para troca de informações sobre diversas temáticas. Para o mês de outubro convidamos Ferréz, escritor, roteirista e cronista da Revista Caros amigos. É apresentador do quadro de entrevista Interferência no Programa Manos e Minas da TV Cultura e publicou diversos livros, entre eles Capão Pecado e Manual Prático do Ódio. Nos seus escritos, reivindica voz própria e dignidade para os habitantes das periferias das grandes cidades brasileiras.
Workshop: Literatura periférica e criação literária
Dia 14/10, terça-feira - às 14h 25 vagas
Com Alessandro Buzo, escritor com cinco livros lançados, arte-educador, agente cultural e apresentador do quadro Buzão - Circular Periférico no programa Manos & Minas da TV Cultura.
Workshop: Comunicação, informação e literatura no mundo dos blogs
Dia 15/10, quarta-feira - às 17h Biblioteca 12 vagas
Qual o papel dos sites e blogs na divulgação da informação e da literatura? Como montar um blog? Essas e outras questões serão respondidas neste workshop ministrado por Ana Carolina Lementy, jornalista, blogueira e gerente júnior de uma agência de comunicação corporativa.
Diálogos com Marcelino Freire
Dia 17/10, sexta-feira - às 18h30 Biblioteca 50 vagas. Inscrições na recepção. Grátis.
O projeto Diálogos promove encontros mensais com personalidades dispostas a compartilhar suas experiências com público jovem. Em outubro o convidado é o escritor Marcelino Freire. Com uma literatura forte e intrometida, ele foge dos padrões literários. Autor de livros como: eraOdito, Contos Negreiros e Rasif. Organizou Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século e a série Paralelepípedos.
Apresentação musical: Alice Ruiz e Alzira E.
Dia 17/10, sexta-feira - às 20h30 Anfiteatro
A poetisa e compositora Alice Ruiz e a cantora, compositora e instrumentista Alzira E. irão fazer uma apresentação que mistura música e poesia.
Sarau Verbos Curtos
Dia 24/10, sexta-feira - às 19h Espaço Sarau
Apresentação performática poético-musical, criada por Bebeto Cicas e Maicknuclear, baseada no antigo sarau Viola na Vela, surgido e realizado no Cicas (Centro Independente de Cultura Alternativa e Social). A dupla traz também alguns convidados para este encontro de literatura marginal independente. Após o sarau, os alunos da oficina de DJ demonstrarão um pouco do que aprenderam com o mestre Xdee.
Faça você mesmo
Dia 25/10, sábado - às 14h Espaço Sarau
Oficina com o coletivo Sinfonia de Cães que conta com o apoio do VAI (Programa para a Valorização de Iniciativas Culturais). Durante o encontro, serão analisadas as diferentes formas, sociais e culturais, de ação independente.
Inscrições na recepção ou pelo e-mail oficinas@sinfoniadecaes.org
Local: Centro Cultural da Juventude Vila Nova Cachoeirinha Zona Norte
Avenida Deputado Emilio Carlos, 3641
Próximo ao Terminal de Ônibus Cachoeirinha
Tel.: 3984-2466 http://centrodajuventude.prefeitura.sp.gov.br
COMO CHEGAR:
Largo do Paissandu / Centro
9563 Pedra Branca (35 min)
9501 Terminal Cachoeirinha (30 min)
Táxi Executivo Pedra Branca (20 min)
Pinheiros / Teodoro Sampaio
117x Cohab Jd. Antártica (40 min)
Metrô Barra Funda
117Y Cohab Jd. Antártica (20 min)
978l Terminal V. N. Cachoeirinha (30 min)
De carro
Marginal Tietê / Ponte da Freguesia do Ó / Av. Inajar de Souza / Av. Deputado Emílio Carlos
Sessão de autógrafos
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