Atenção região do Alto Tietê – São Paulo
Ferraz de Vasconcelos, Poá, Suzano, Itaquaquecetuba, Arujá, Jundiapeba, Brás Cubas e Mogi das Cruzes.
Moradores desses municípios podem adquirir os produtos do Literatura no Brasil, na loja Contacto Sport – Rua General Francisco Glicério, 27 – Centro de Suzano – Ao lado da estação de trem.
Lá você encontra camisas infantis e adultas, masculinas e femininas das mais variadas cores e com os dois slogans do projeto. Também tem livros e adesivos.
Camisas de algodão á 10,00 – Livros á 5,00 e Adesivos á 1,00
Compre e valorize a cultura de periferia.
E pra quem quer informação do L.B através do rádio, sintonize: 103,5 Fm
29 dezembro, 2004
26 dezembro, 2004
Á venda
Atenção
Já está á venda a antologia de contos, poesias e crônicas, “No limite da palavra” da editora Scortecci. São 48 autores em 167 páginas. Entre eles Letrados, professores, advogados, filósofos, compositores e militantes. O valor dessa obra é de R$12,00.
O Sacolinha abre esta antologia com um conto erótico. Leia trechos á seguir:
“No fim desse encontro deram um beijo, aliás, um beijo demorado, no que deu a entender que já se conheciam há tempos. O beijo foi premeditado, pensado e planejado. Os lábios frios do sorvete napolitano que acabaram de tomar, se tocaram carinhosamente e ficaram um bom tempo assim, curtindo a sensação das línguas a se tocarem, viajando na sensação do primeiro beijo de duas pessoas que acabaram de se conhecer.”
“Lá fora, as estrelas no céu anunciam um fim de semana caloroso. A avenida deserta recebe vez por outra um carro a passar apressadamente. Pássaros e borboletas dormem.
Três horas da matina.
Dentro do motel, o office-boy e a secretária.”
“A saia desceu suavemente, e agora o que sobe é a camisa de Railson, que sem perder o fôlego tirou a mini-blusa da grande mulher. Ficou mais excitado ao ver a lingerie de cor branca que ela está usando. Após um pequeno esforço, ele consegue despir os seios da beldade. A língua do office-boy desceu abusadamente da boca dela para o queixo e depois para o pescoço, onde ficou dando mordidas enquanto descia a calça.”
Para adquirir este livro entre em contato com o projeto Literatura no Brasil
literaturanobrasil@bol.com.br / fones: 47495744 / 83252368
Também á venda a coletânea:
ARTEZ Vol. V – Antologia literária e artística
Contos, Crônicas e Poesias
Participação: Ademiro Alves (Sacolinha)
Valor: 10,00
Fazemos venda pelo correio
Já está á venda a antologia de contos, poesias e crônicas, “No limite da palavra” da editora Scortecci. São 48 autores em 167 páginas. Entre eles Letrados, professores, advogados, filósofos, compositores e militantes. O valor dessa obra é de R$12,00.
O Sacolinha abre esta antologia com um conto erótico. Leia trechos á seguir:
“No fim desse encontro deram um beijo, aliás, um beijo demorado, no que deu a entender que já se conheciam há tempos. O beijo foi premeditado, pensado e planejado. Os lábios frios do sorvete napolitano que acabaram de tomar, se tocaram carinhosamente e ficaram um bom tempo assim, curtindo a sensação das línguas a se tocarem, viajando na sensação do primeiro beijo de duas pessoas que acabaram de se conhecer.”
“Lá fora, as estrelas no céu anunciam um fim de semana caloroso. A avenida deserta recebe vez por outra um carro a passar apressadamente. Pássaros e borboletas dormem.
Três horas da matina.
Dentro do motel, o office-boy e a secretária.”
“A saia desceu suavemente, e agora o que sobe é a camisa de Railson, que sem perder o fôlego tirou a mini-blusa da grande mulher. Ficou mais excitado ao ver a lingerie de cor branca que ela está usando. Após um pequeno esforço, ele consegue despir os seios da beldade. A língua do office-boy desceu abusadamente da boca dela para o queixo e depois para o pescoço, onde ficou dando mordidas enquanto descia a calça.”
Para adquirir este livro entre em contato com o projeto Literatura no Brasil
literaturanobrasil@bol.com.br / fones: 47495744 / 83252368
Também á venda a coletânea:
ARTEZ Vol. V – Antologia literária e artística
Contos, Crônicas e Poesias
Participação: Ademiro Alves (Sacolinha)
Valor: 10,00
Fazemos venda pelo correio
24 dezembro, 2004
Release do Idealizador
Uma overdose de cultura em 2005
Baseado na frase, “O escritor tem que ser o retratista do seu tempo”, é que eu empenhei em me besuntar de todos os tipos de escrita. O resultado não poderia ser diferente.
Participo das seguintes publicações: Revista Caros Amigos Literatura Marginal edição 2004, com o conto urbano contemporâneo “Um dia comum”.
Antologia literária e artística “Artez” volume V, com o mesmo conto da revista, mas em edição revisada.
Antologia de contos, crônicas e poesias “No limite da palavra” editora Scortecci, com um conto erótico intitulado “Sexo é cultura”.
E pra fechar o pacote de publicações vem a Antologia poética “O Rastilho da Pólvora” da Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa), onde participo com uma poesia em homenagem ao meu município, “Senhora cidade”.
Á convite de Alessandro Buzo e recepção calorosa de Dudu de Morro Agudo, passei a fazer parte e honrar a lista de colunistas do site do Rio de Janeiro: www.enraizados.com.br.
Nos primeiros meses de 2005, estarei preparando o lançamento do meu primeiro livro, um romance intitulado “Graduado em Marginalidade”.
Alessandro Buzo, o escritor de “Suburbano Convicto”, me presenteou com um magnífico prefácio onde já no começo injeta a excitação e curiosidade no leitor para que ele mergulhe gulosamente na obra.
Com certeza o poeta Sérgio Vaz seria questionado se não desse um pingo de sua essência poética nesse livro. Com uma poesia inédita especial para o Graduado em Marginalidade, com o nome “O Alquimista”, Sérgio Vaz faz uma metáfora filosófica com o livro de Paulo Coelho e o protagonista principal do meu romance.
Sem dúvida terei que me armar de argumentos mil para debater com os maldosos.
O livro que está nas mãos de especialistas (sem modéstia), aguarda a resposta final.
Uma editora se mostrou interessada em publicar a obra, mas devido um pequeno detalhe, e que detalhe, o lançamento só seria feito em junho de 2005. Enquanto isso segue as negociações.
Agradeço ao escritor Fernando Bonassi pela indicação feita. Independente do resultado dessa indicação trabalharemos muitos e muitos anos juntos.
Nos meus debates e nas minhas palestras, procuro dizer sempre que se for para esse ou aquele entrar na literatura, que entre com vários objetivos, porém, um deles deve ser ressaltado: O objetivo de entender a si mesmo, depois a humanidade.
Ademiro Alves (Sacolinha)
Idealizador do projeto cultural
Literatura no Brasil!
Baseado na frase, “O escritor tem que ser o retratista do seu tempo”, é que eu empenhei em me besuntar de todos os tipos de escrita. O resultado não poderia ser diferente.
Participo das seguintes publicações: Revista Caros Amigos Literatura Marginal edição 2004, com o conto urbano contemporâneo “Um dia comum”.
Antologia literária e artística “Artez” volume V, com o mesmo conto da revista, mas em edição revisada.
Antologia de contos, crônicas e poesias “No limite da palavra” editora Scortecci, com um conto erótico intitulado “Sexo é cultura”.
E pra fechar o pacote de publicações vem a Antologia poética “O Rastilho da Pólvora” da Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa), onde participo com uma poesia em homenagem ao meu município, “Senhora cidade”.
Á convite de Alessandro Buzo e recepção calorosa de Dudu de Morro Agudo, passei a fazer parte e honrar a lista de colunistas do site do Rio de Janeiro: www.enraizados.com.br.
Nos primeiros meses de 2005, estarei preparando o lançamento do meu primeiro livro, um romance intitulado “Graduado em Marginalidade”.
Alessandro Buzo, o escritor de “Suburbano Convicto”, me presenteou com um magnífico prefácio onde já no começo injeta a excitação e curiosidade no leitor para que ele mergulhe gulosamente na obra.
Com certeza o poeta Sérgio Vaz seria questionado se não desse um pingo de sua essência poética nesse livro. Com uma poesia inédita especial para o Graduado em Marginalidade, com o nome “O Alquimista”, Sérgio Vaz faz uma metáfora filosófica com o livro de Paulo Coelho e o protagonista principal do meu romance.
Sem dúvida terei que me armar de argumentos mil para debater com os maldosos.
O livro que está nas mãos de especialistas (sem modéstia), aguarda a resposta final.
Uma editora se mostrou interessada em publicar a obra, mas devido um pequeno detalhe, e que detalhe, o lançamento só seria feito em junho de 2005. Enquanto isso segue as negociações.
Agradeço ao escritor Fernando Bonassi pela indicação feita. Independente do resultado dessa indicação trabalharemos muitos e muitos anos juntos.
Nos meus debates e nas minhas palestras, procuro dizer sempre que se for para esse ou aquele entrar na literatura, que entre com vários objetivos, porém, um deles deve ser ressaltado: O objetivo de entender a si mesmo, depois a humanidade.
Ademiro Alves (Sacolinha)
Idealizador do projeto cultural
Literatura no Brasil!
Ganhadores
Ganhadores da promoção
Resposta: Machado de Assis
Ana Botelho / Ferraz de Vasconcelos – S.P
Luiz Valdeci / São Thomé das Letras – M.G
Rodrigo Francis Carmeliano / Itapevi – S.P
Esses ganhadores receberão o kit no prazo máximo de cinco dias úteis.
Resposta: Machado de Assis
Ana Botelho / Ferraz de Vasconcelos – S.P
Luiz Valdeci / São Thomé das Letras – M.G
Rodrigo Francis Carmeliano / Itapevi – S.P
Esses ganhadores receberão o kit no prazo máximo de cinco dias úteis.
21 dezembro, 2004
Promoção L.B
Atenção
Quem foi o criador da Academia Brasileira de Letras?
Envie a resposta para o e-mail abaixo, os três primeiros que responderem certo, irão ganhar um kit Literatura no Brasil: 1Camisa L.B – 2 adesivos p/ carro e bicicleta e 2 livros, O amante do Vulcão, de Susan Sotang e Antologia de contos, crônicas e poesias de vários autores.
Mas atenção, é só os três primeiros. Envie junto com a resposta o endereço residencial para o envio do kit.
Os ganhadores terão espaço aqui no site para comentar o prêmio.
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Quem foi o criador da Academia Brasileira de Letras?
Envie a resposta para o e-mail abaixo, os três primeiros que responderem certo, irão ganhar um kit Literatura no Brasil: 1Camisa L.B – 2 adesivos p/ carro e bicicleta e 2 livros, O amante do Vulcão, de Susan Sotang e Antologia de contos, crônicas e poesias de vários autores.
Mas atenção, é só os três primeiros. Envie junto com a resposta o endereço residencial para o envio do kit.
Os ganhadores terão espaço aqui no site para comentar o prêmio.
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Em 2005
Um livro de degraus
O romance Graduado em Marginalidade, primeiro livro do escritor Sacolinha, nos leva a refletir os degraus do ódio e do amor.
O que seria necessário para a Pessoa Amor se tornar numa Pessoa Ódio?
O que significa a palavra Graduado?
Quais são os limites de um ser humano?
Por que o homem é podre e cheio de mistérios?
Todas as respostas serão encontradas nesta obra. Não é um livro de filosofia e nem é essa a intenção do autor. A intenção do autor que se diz ser uma pessoa muito confusa, é de tentar entender um pouco de si e da humanidade.
No livro percebemos a crueza de detalhes, mas passa longe de chocar.
A estória gira em torno de um jovem que cedo perdeu os pais, amigos e sem nada ter feito é enjaulado como se fosse um animal de alto perigo para as pessoas. Um amadurecimento precoce.
O degrau seguinte é o limite da paciência, o preparo de uma cobra rumo ao patamar da ignorância. É aí que a Pessoa Amor se transforma em Pessoa Ódio.
Nada foge aos olhos do narrador, nem mesmo a pornografia explícita em certas partes desse nosso mundo misterioso.
Quem não esperava começa a aguardar, e quem já aguarda não perde por esperar.
O romance Graduado em Marginalidade, primeiro livro do escritor Sacolinha, nos leva a refletir os degraus do ódio e do amor.
O que seria necessário para a Pessoa Amor se tornar numa Pessoa Ódio?
O que significa a palavra Graduado?
Quais são os limites de um ser humano?
Por que o homem é podre e cheio de mistérios?
Todas as respostas serão encontradas nesta obra. Não é um livro de filosofia e nem é essa a intenção do autor. A intenção do autor que se diz ser uma pessoa muito confusa, é de tentar entender um pouco de si e da humanidade.
No livro percebemos a crueza de detalhes, mas passa longe de chocar.
A estória gira em torno de um jovem que cedo perdeu os pais, amigos e sem nada ter feito é enjaulado como se fosse um animal de alto perigo para as pessoas. Um amadurecimento precoce.
O degrau seguinte é o limite da paciência, o preparo de uma cobra rumo ao patamar da ignorância. É aí que a Pessoa Amor se transforma em Pessoa Ódio.
Nada foge aos olhos do narrador, nem mesmo a pornografia explícita em certas partes desse nosso mundo misterioso.
Quem não esperava começa a aguardar, e quem já aguarda não perde por esperar.
Indicação do mês
Dedo-duro e meninão do caixote
(João Antônio)
É uma obra onde você encontra os contos do excelentíssimo senhor João Antônio. Contos como: “Tony Roy Show”, “Milagre chué”, “Excelentíssimo”, “Uma memória imodesta no coração da pouca vergonha”, “Paulo melado do chapéu mangueira serralha”, “Bruaca”, “Frio”, “Lambões de caçarola”, “Bolo na garganta” e o título que dá nome a esta obra.
São dez contos suburbanos escritos por quem foi personagem desse mundo de horrores.
A crítica está bordada com linha corrente, porém, só quem vive nesse meio para entender. Jamais João Antônio foi perseguido por suas críticas. Precisa dizer o por quê?
Querô – Uma reportagem maldita
(Plínio Marcos)
Uma estória suja, totalmente marginal, onde os personagens não ocupam bancos de teatros e nem poltrona de cinema. Um livro limitado ao mundinho de uma essência mundana.
Uma obra de fácil leitura com linguagem totalmente humilde e sem censura alguma. Uma literatura sem papas na língua.
(João Antônio)
É uma obra onde você encontra os contos do excelentíssimo senhor João Antônio. Contos como: “Tony Roy Show”, “Milagre chué”, “Excelentíssimo”, “Uma memória imodesta no coração da pouca vergonha”, “Paulo melado do chapéu mangueira serralha”, “Bruaca”, “Frio”, “Lambões de caçarola”, “Bolo na garganta” e o título que dá nome a esta obra.
São dez contos suburbanos escritos por quem foi personagem desse mundo de horrores.
A crítica está bordada com linha corrente, porém, só quem vive nesse meio para entender. Jamais João Antônio foi perseguido por suas críticas. Precisa dizer o por quê?
Querô – Uma reportagem maldita
(Plínio Marcos)
Uma estória suja, totalmente marginal, onde os personagens não ocupam bancos de teatros e nem poltrona de cinema. Um livro limitado ao mundinho de uma essência mundana.
Uma obra de fácil leitura com linguagem totalmente humilde e sem censura alguma. Uma literatura sem papas na língua.
Lançamento
LANÇAMENTO DA ANTOLOGIA POÉTICA DO SARAU DA COOPERIFA DIA 22 DE DEZEMBRO A PARTIR DAS 2OHS VÁRIOS AUTORES 110 PÁGS. R$ 15,00 (SUGESTÃO) LOCAL: BAR DO ZÉ BATIDÃO RUA BARTOLOMEU DOS SANTOS, 797 jD. GUARUJÁ (CHAC. SANTANA) REF. PERTO DA IGREJA DE PIRAPORINHA SP-SP Entrada: Um brinquedo novo ou usado, para as crianças simples do bairro do mini cine tupy do Zagati INFS. 9333.6508 (SERGIO VAZ)
18 dezembro, 2004
Um poema
O natal da criança pobre
(Francisco Pereira)
O fim do ano se aproximando...
Pensava entristecido e desolado,
Joaquim, mais um desempregado.
Então ele pediu quase chorando:
Oh meu Deus! Que rumo eu trilho?
O que vou dar para meu filho?
O natal esta chegando.
Dias passaram, o natal chegou,
Joaquim tinha um problema,
E para aumentar seu dilema,
O seu filho perguntou:
Papai, papai fala pra gente,
Será que o meu presente,
Papai Noel já comprou?
E o Joaquim muito triste,
Sem dinheiro, desempregado,
Falou pro filho amado:
“Filho; papai Noel não existe,”
“Existe sim, papaizinho,
O Carlos, nosso vizinho,
Já o viu, ele me disse!”
Continuou o filho inocente:
“Carlinhos me disse como ele é,”
“Que ele entra pela chaminé,
Com cuidado, pra não acordar a gente,
Então papai, o bom velhinho,
Assim como para o Carlinhos,
Vai me trazer um presente?,”
Joaquim não suportou,
Sofrendo amargamente
Pegou seu filho carente
Em seus braços, e o beijou,
Com o coração partido
Deu boa noite ao ente querido
Entrou no quarto, bateu no peito e falou:
Deus, oh Deus! Eu te peço humildemente,
Já que eu estou desempregado,
Ao menos para meu filho amado
Ajude-me dar um presente,
Tu bem sabes o quanto eu o amo,
E não quero destruir este sonho
De uma criança inocente.
Então a noite passou;
E no outro dia cedinho,
Lá, lá na casa do Carlinhos,
O papai Noel presenteou,
Mas aquele bom velhinho
Nem Joaquim, nem seu filhinho,
Ele se quer visitou.
E quando a criança acordou...
Olhou pra um lado pra outro
E falou pra seu pai: de novo!
Papai Noel não passou?
E com os olhos encharcados
Em sua humilde cama sentado
Chorando desabafou:
Oh Deus! Desculpe o que eu vou dizer:
Papai Noel não existe, não, existe não,
O meu papai tem razão,
Olha, eu vou explicar por que:
“Ele nunca visitou agente,
E nem me trouxe um presente,
Nunca, nunca um dia veio me ver”.
E se ele existe, ele é muito ocupado,
Ou talvez seja orgulhoso,
Um velhinho rancoroso,
Pois não veio neste ano nem no ano passado,
Quem sabe ele é muito nobre,
Não entra em casa de pobre,
E nem de um desempregado.
Francisco Pereira Gomes é morador de Suzano, Alto Tietê.
Poeta e compositor não pensa em ganhar dinheiro e
nem reconhecimento pelo que escreve. Tem em sua vida
o prazer da escrita, porém, odeia ler.
(Francisco Pereira)
O fim do ano se aproximando...
Pensava entristecido e desolado,
Joaquim, mais um desempregado.
Então ele pediu quase chorando:
Oh meu Deus! Que rumo eu trilho?
O que vou dar para meu filho?
O natal esta chegando.
Dias passaram, o natal chegou,
Joaquim tinha um problema,
E para aumentar seu dilema,
O seu filho perguntou:
Papai, papai fala pra gente,
Será que o meu presente,
Papai Noel já comprou?
E o Joaquim muito triste,
Sem dinheiro, desempregado,
Falou pro filho amado:
“Filho; papai Noel não existe,”
“Existe sim, papaizinho,
O Carlos, nosso vizinho,
Já o viu, ele me disse!”
Continuou o filho inocente:
“Carlinhos me disse como ele é,”
“Que ele entra pela chaminé,
Com cuidado, pra não acordar a gente,
Então papai, o bom velhinho,
Assim como para o Carlinhos,
Vai me trazer um presente?,”
Joaquim não suportou,
Sofrendo amargamente
Pegou seu filho carente
Em seus braços, e o beijou,
Com o coração partido
Deu boa noite ao ente querido
Entrou no quarto, bateu no peito e falou:
Deus, oh Deus! Eu te peço humildemente,
Já que eu estou desempregado,
Ao menos para meu filho amado
Ajude-me dar um presente,
Tu bem sabes o quanto eu o amo,
E não quero destruir este sonho
De uma criança inocente.
Então a noite passou;
E no outro dia cedinho,
Lá, lá na casa do Carlinhos,
O papai Noel presenteou,
Mas aquele bom velhinho
Nem Joaquim, nem seu filhinho,
Ele se quer visitou.
E quando a criança acordou...
Olhou pra um lado pra outro
E falou pra seu pai: de novo!
Papai Noel não passou?
E com os olhos encharcados
Em sua humilde cama sentado
Chorando desabafou:
Oh Deus! Desculpe o que eu vou dizer:
Papai Noel não existe, não, existe não,
O meu papai tem razão,
Olha, eu vou explicar por que:
“Ele nunca visitou agente,
E nem me trouxe um presente,
Nunca, nunca um dia veio me ver”.
E se ele existe, ele é muito ocupado,
Ou talvez seja orgulhoso,
Um velhinho rancoroso,
Pois não veio neste ano nem no ano passado,
Quem sabe ele é muito nobre,
Não entra em casa de pobre,
E nem de um desempregado.
Francisco Pereira Gomes é morador de Suzano, Alto Tietê.
Poeta e compositor não pensa em ganhar dinheiro e
nem reconhecimento pelo que escreve. Tem em sua vida
o prazer da escrita, porém, odeia ler.
17 dezembro, 2004
Demagogia
Os contadores de mentiras
“Ocultarão os fatos, inventarão mentiras, lançarão livros didáticos para distorcerem a história, e quem sabe, não queimarão os documentos verdadeiros?”
- Ás vezes eu fico indignada com os negros...
- Por que?
- Por que ao invés de idolatrarem a princesa Isabel, eles a amaldiçoam. Coitada, sofreu tanto para libertar eles, e agora leva xingos e mais xingos.
- Eu também estou indignado com eles. Onde já se viu dizer que a escola não ensina a verdadeira história?
- Isso é porque eles não sabem que os responsáveis do navio negreiro, queriam mostrar aos negros de vida selvagem, como era bom viver ao modo dos brancos. Mas como houve resistência, aí deu no que deu.
- Outro dia, eu vi um jovem revoltado dizer, que tem que haver cotas para os negros. Será que ele não percebe, os negros estão em todos os lugares: Faculdades, gerência de bancos, na política, enfim, estão levando a maior parte do bolo.
- Esse negócio de cota é estratégia. No fundo, no fundo estão é querendo ser os maiorais.
- Mas isso eles não conseguem. No passado, quando fugiam das senzalas não conseguiam viver em solidariedade com eles mesmos. Viviam brigando por comida e pedaços de terras.
- Consideram Zumbi dos Palmares, como rei.
- Zumbi se jogou de um penhasco para não ser escravizado.
- Mais isso não é mentira?
- Que nada. Li no livro que meu filho ganhou na escola.
- Então é verdade.
- Li também, que a igreja foi a principal defensora dos negros na época da escravidão.
- Isso não precisa nem comprovar né. Além do mais, eles não eram tão maltratados como dizem por aí. Até parece que casa e comida são maltrato.
- Falando em comida, os negros dizem que foram seus antepassados que inventaram a feijoada...
- Há, há, há... Acho que não assistem televisão. Mal sabem eles que foi um cozinheiro carioca que inventou a feijoada na década de 60.
- Uma vez, um garoto disse pra minha filha que o autor da “Turma da Mônica”, é um tanto preconceituoso, por que não tem negro nos gibis.
- É lógico que tem. Aquele Pelézinho é negro e está em todas as páginas da “Turma da Mônica”.
- Isso é verdade.
- Certa vez, eu assisti um teatro sobre a escravidão, e não acreditei quando disseram que a escrava Anastácia foi obrigada a usar uma máscara de ferro por que era muito bonita e isso despertou a ira dos senhores...
- Não é verdade, ela foi obrigada a usar a máscara por que falava demais.
- Era exatamente isso o que eu ia dizer.
- Só porque as pessoas sofreram no passado, acham que o presente deve alguma coisa pra eles.
- É.
- Alguns meses atrás, eu estava lendo Dom Casmurro do escritor Machado de Assis, e num capítulo...
- Machado de Assis era negro né?
- Que nada. Era mulato. E tem mais, ele não foi o criador da Academia Brasileira de Letras.
- Não?
- Não. Foi um dos criadores.
- Ah, sim!
- É como dizem sobre uma tal de doença Falciforme. Falam que ela só dá em pessoas de pele escura, mas muitos de pele branca estão com essa doença.
- Isso é fato. Mas o pior é que dizem que o país não dá atenção especial para ela.
- Como não? O Brasil está em segundo lugar como o país mais preocupado e estruturado com a saúde.
- É, a verdade é que se fazem de coitados, dizendo que sofrem preconceito racial.
- Ô povo que não enxerga. Não vêem que estamos no mundo moderno, e assim como a mentira, o racismo não mais existe.
Ademiro Alves (Sacolinha) Escritor do livro:
Graduado em Marginalidade, que aguarda
Análise na editora!
“Ocultarão os fatos, inventarão mentiras, lançarão livros didáticos para distorcerem a história, e quem sabe, não queimarão os documentos verdadeiros?”
- Ás vezes eu fico indignada com os negros...
- Por que?
- Por que ao invés de idolatrarem a princesa Isabel, eles a amaldiçoam. Coitada, sofreu tanto para libertar eles, e agora leva xingos e mais xingos.
- Eu também estou indignado com eles. Onde já se viu dizer que a escola não ensina a verdadeira história?
- Isso é porque eles não sabem que os responsáveis do navio negreiro, queriam mostrar aos negros de vida selvagem, como era bom viver ao modo dos brancos. Mas como houve resistência, aí deu no que deu.
- Outro dia, eu vi um jovem revoltado dizer, que tem que haver cotas para os negros. Será que ele não percebe, os negros estão em todos os lugares: Faculdades, gerência de bancos, na política, enfim, estão levando a maior parte do bolo.
- Esse negócio de cota é estratégia. No fundo, no fundo estão é querendo ser os maiorais.
- Mas isso eles não conseguem. No passado, quando fugiam das senzalas não conseguiam viver em solidariedade com eles mesmos. Viviam brigando por comida e pedaços de terras.
- Consideram Zumbi dos Palmares, como rei.
- Zumbi se jogou de um penhasco para não ser escravizado.
- Mais isso não é mentira?
- Que nada. Li no livro que meu filho ganhou na escola.
- Então é verdade.
- Li também, que a igreja foi a principal defensora dos negros na época da escravidão.
- Isso não precisa nem comprovar né. Além do mais, eles não eram tão maltratados como dizem por aí. Até parece que casa e comida são maltrato.
- Falando em comida, os negros dizem que foram seus antepassados que inventaram a feijoada...
- Há, há, há... Acho que não assistem televisão. Mal sabem eles que foi um cozinheiro carioca que inventou a feijoada na década de 60.
- Uma vez, um garoto disse pra minha filha que o autor da “Turma da Mônica”, é um tanto preconceituoso, por que não tem negro nos gibis.
- É lógico que tem. Aquele Pelézinho é negro e está em todas as páginas da “Turma da Mônica”.
- Isso é verdade.
- Certa vez, eu assisti um teatro sobre a escravidão, e não acreditei quando disseram que a escrava Anastácia foi obrigada a usar uma máscara de ferro por que era muito bonita e isso despertou a ira dos senhores...
- Não é verdade, ela foi obrigada a usar a máscara por que falava demais.
- Era exatamente isso o que eu ia dizer.
- Só porque as pessoas sofreram no passado, acham que o presente deve alguma coisa pra eles.
- É.
- Alguns meses atrás, eu estava lendo Dom Casmurro do escritor Machado de Assis, e num capítulo...
- Machado de Assis era negro né?
- Que nada. Era mulato. E tem mais, ele não foi o criador da Academia Brasileira de Letras.
- Não?
- Não. Foi um dos criadores.
- Ah, sim!
- É como dizem sobre uma tal de doença Falciforme. Falam que ela só dá em pessoas de pele escura, mas muitos de pele branca estão com essa doença.
- Isso é fato. Mas o pior é que dizem que o país não dá atenção especial para ela.
- Como não? O Brasil está em segundo lugar como o país mais preocupado e estruturado com a saúde.
- É, a verdade é que se fazem de coitados, dizendo que sofrem preconceito racial.
- Ô povo que não enxerga. Não vêem que estamos no mundo moderno, e assim como a mentira, o racismo não mais existe.
Ademiro Alves (Sacolinha) Escritor do livro:
Graduado em Marginalidade, que aguarda
Análise na editora!
13 dezembro, 2004
Literatura Negra
Lançamento do livro
Cadernos Negros volume 27
Poemas afro-brasileiros
Dia 15 de dezembro/04 Quarta-feira ás 19hrs
Local: Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 – Centro de São Paulo
(Estação Brigadeiro do metrô)
Maiores informações: (11) 9386-2310
quilombhoje@bol.com.br
www.quilombhoje.com.br
"Se o papai noel não trazer boneca preta neste natal,
de-lhe um chute no saco" Cuti (escritor)
"Caminhava com o saco na cabeça, a Vera vinha sorrindo
e eu lembrei do Casimiro de Abreu que dizia: Ri criança que a vida é bela.
Só se a vida era bela naquele tempo, por que hoje a época
está apropriada para dizer:
Chora criança que a vida é amarga". Maria Carolina
Cadernos Negros volume 27
Poemas afro-brasileiros
Dia 15 de dezembro/04 Quarta-feira ás 19hrs
Local: Itaú Cultural – Av. Paulista, 149 – Centro de São Paulo
(Estação Brigadeiro do metrô)
Maiores informações: (11) 9386-2310
quilombhoje@bol.com.br
www.quilombhoje.com.br
"Se o papai noel não trazer boneca preta neste natal,
de-lhe um chute no saco" Cuti (escritor)
"Caminhava com o saco na cabeça, a Vera vinha sorrindo
e eu lembrei do Casimiro de Abreu que dizia: Ri criança que a vida é bela.
Só se a vida era bela naquele tempo, por que hoje a época
está apropriada para dizer:
Chora criança que a vida é amarga". Maria Carolina
11 dezembro, 2004
Seminário
Cooperifa promove seminário no boteco.
Quarta feira - Dia 15/12
Tema: Hip-hop
Expositores: Thaíde (Rapper) e Adunias da Luz (Jornalista)
Quinta feira - Dia 16/12
Tema: Literatura
Expositores: Sacolinha e Alessandro Buzo
Sexta feira - Dia 17/12 Tema: Cinema
Expositores: Jefferson De e Zadati
O seminário acontecerá na zona sul de São Paulo, á partir das 19h:00: Bar do Zé Batidão - Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Jd Guarujá – Próximo á igreja de Piraporinha
Inf: poetavaz@ig.com.br
Quarta feira - Dia 15/12
Tema: Hip-hop
Expositores: Thaíde (Rapper) e Adunias da Luz (Jornalista)
Quinta feira - Dia 16/12
Tema: Literatura
Expositores: Sacolinha e Alessandro Buzo
Sexta feira - Dia 17/12 Tema: Cinema
Expositores: Jefferson De e Zadati
O seminário acontecerá na zona sul de São Paulo, á partir das 19h:00: Bar do Zé Batidão - Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Jd Guarujá – Próximo á igreja de Piraporinha
Inf: poetavaz@ig.com.br
09 dezembro, 2004
Portas abertas
O projeto cultural Literatura no Brasil, está aceitando textos para serem divulgados na “Quinta Fase” do projeto, que será lançada no começo de Fevereiro de 2005.
Todo texto que o projeto recebe, é analisado por uma comissão literária e se aprovado for, será trabalhado durante quatro meses (Uma fase).
Debates, palestras, rádios comunitárias, eventos, feiras literárias, saraus, encontros sociais, e Internet, são os ambientes onde o Literatura no Brasil divulga os textos.
Áqueles que trabalham com literatura, ou seguem a carreira de escritor, não percam essa oportunidade, são mais de 1.250 leitores de todo o Brasil, cadastrados com o projeto.
Á direção.
Todo texto que o projeto recebe, é analisado por uma comissão literária e se aprovado for, será trabalhado durante quatro meses (Uma fase).
Debates, palestras, rádios comunitárias, eventos, feiras literárias, saraus, encontros sociais, e Internet, são os ambientes onde o Literatura no Brasil divulga os textos.
Áqueles que trabalham com literatura, ou seguem a carreira de escritor, não percam essa oportunidade, são mais de 1.250 leitores de todo o Brasil, cadastrados com o projeto.
Á direção.
07 dezembro, 2004
Lançamento
Atenção
Já está á venda a antologia de contos, poesias e crônicas, “No limite da palavra” da editora Scortecci. São 48 autores em 167 páginas. Entre eles Letrados, professores, advogados, filósofos, compositores e militantes. O valor dessa obra é de R$12,00
O Sacolinha abre esta antologia com um conto erótico. Leia trechos á seguir:
“No fim desse encontro deram um beijo, aliás, um beijo demorado, no que deu a entender que já se conheciam há tempos. O beijo foi premeditado, pensado e planejado. Os lábios frios do sorvete napolitano que acabaram de tomar, se tocaram carinhosamente e ficaram um bom tempo assim, curtindo a sensação das línguas a se tocarem, viajando na sensação do primeiro beijo de duas pessoas que acabaram de se conhecer.”
“Lá fora, as estrelas no céu anunciam um fim de semana caloroso. A avenida deserta recebe vez por outra um carro a passar apressadamente. Pássaros e borboletas dormem.
Três horas da matina.
Dentro do motel, o office-boy e a secretária.”
“A saia desceu suavemente, e agora o que sobe é a camisa de Railson, que sem perder o fôlego tirou a mini-blusa da grande mulher. Ficou mais excitado ao ver a lingerie de cor branca que ela está usando. Após um pequeno esforço, ele consegue despir os seios da beldade. A língua do office-boy desceu abusadamente da boca dela para o queixo e depois para o pescoço, onde ficou dando mordidas enquanto descia a calça.”
Para adquirir este livro entre em contato com o projeto Literatura no Brasil
literaturanobrasil@bol.com.br / fones: 47495744 / 83252368
Também á venda a coletânea:
ARTEZ Vol. V – Antologia literária e artística
Contos, Crônicas e Poesias
Participação: Ademiro Alves (Sacolinha)
Valor: 10,00
Já está á venda a antologia de contos, poesias e crônicas, “No limite da palavra” da editora Scortecci. São 48 autores em 167 páginas. Entre eles Letrados, professores, advogados, filósofos, compositores e militantes. O valor dessa obra é de R$12,00
O Sacolinha abre esta antologia com um conto erótico. Leia trechos á seguir:
“No fim desse encontro deram um beijo, aliás, um beijo demorado, no que deu a entender que já se conheciam há tempos. O beijo foi premeditado, pensado e planejado. Os lábios frios do sorvete napolitano que acabaram de tomar, se tocaram carinhosamente e ficaram um bom tempo assim, curtindo a sensação das línguas a se tocarem, viajando na sensação do primeiro beijo de duas pessoas que acabaram de se conhecer.”
“Lá fora, as estrelas no céu anunciam um fim de semana caloroso. A avenida deserta recebe vez por outra um carro a passar apressadamente. Pássaros e borboletas dormem.
Três horas da matina.
Dentro do motel, o office-boy e a secretária.”
“A saia desceu suavemente, e agora o que sobe é a camisa de Railson, que sem perder o fôlego tirou a mini-blusa da grande mulher. Ficou mais excitado ao ver a lingerie de cor branca que ela está usando. Após um pequeno esforço, ele consegue despir os seios da beldade. A língua do office-boy desceu abusadamente da boca dela para o queixo e depois para o pescoço, onde ficou dando mordidas enquanto descia a calça.”
Para adquirir este livro entre em contato com o projeto Literatura no Brasil
literaturanobrasil@bol.com.br / fones: 47495744 / 83252368
Também á venda a coletânea:
ARTEZ Vol. V – Antologia literária e artística
Contos, Crônicas e Poesias
Participação: Ademiro Alves (Sacolinha)
Valor: 10,00
03 dezembro, 2004
Exclusivo
Marcos Pezão é um dos organizadores da Cooperifa. É considerado um dos melhores poetas da cidade de São Paulo.
Íntimas e bêbadas (Conto inédito)
(Adaptação) Marcopezão
Paula e Andressa cursaram o colegial e amizade intensa brotou em comunhão. Embora tenham escolhido faculdades diferentes, ambas prestaram cursinho e optaram pela mesma universidade. Desde essa época tornaram-se cúmplices quanto aos direitos feminis, e politicamente exerciam pensamentos esquerdistas sempre almejando a revolução, ainda que fictícia, a tomada do poder em prol dos menos favorecidos.
Terminado os estudos, Paula formou-se em Sociologia e Andressa diplomou-se em Direito Criminal. Devido às dificuldades de emprego imediato resolveram lecionar e conseguiram algumas aulas em uma escola, na zona leste da capital paulista.
Um dia, num barzinho de classe média, em Pinheiros, conheceram dois amigos também professores, e o relacionamento entre os casais acalentou enorme paixão. Depois de certo tempo, noite de sábado, quando reunidos na mesma curtição, como normalmente faziam, o duplo pedido de casamento fez crescer ainda mais o sentimento mútuo.
O consentimento veio selado por beijos apaixonados, porém, uma ressalva ficou esclarecida. Elas exigiam que, ao menos uma vez por mês, teriam liberdade de encontrarem-se sozinhas; resguardando, assim, o direito de mulheres livres e independentes.
O dúplice matrimônio não demorou acontecer, sem pompas maiores. Após a viagem de lua de mel, o prosseguimento das atividades e o bom relacionamento constante davam mostras de planejamento familiar. Os filhos viriam quando a situação econômica estivesse mais sólida.
Passado um ano de feliz convivência e respeito, Paula e Andressa mantiveram o combinado. Com regularidade percorriam a cidade paulistana indo a bairros longínquos, sempre com atenção voltada ao desenvolvimento. Em certas ocasiões, porém, o empobrecimento que tomou conta da periferia às deprimia e em algum bar desabafam toda sorte de críticas à sociedade dominante e a política de globalização. Mas, na maioria das vezes, bebiam pela alegria de viver, e pela felicidade encontrada cada qual em seu marido, que, até então, respeitavam o direito adquirido; não sem sentir uma ponta de ciúmes, pois, claro, trata-se de duas belas e fogosas mulheres. Mas, definitivamente, não havia sombra de leviandades nas atitudes. Elas empunhavam a bandeira feminista, sem deixar de serem femininas, e, com certeza, adoravam tomar um pileque.
Um dia, a trajetória às levou para as bandas da Vila Formosa. Se por prazer ou depressão, não se sabe, o fato é que as duas exageraram nas cervejas e caipirinhas. As horas passaram e ao darem conta os ponteiros do relógio marcavam meia-noite.
Andressa, se dizendo mais sóbria, assumiu o volante do carro. Dez minutos depois, a irresistível vontade de urinar às incomodou no ponto de desespero. Decidiram estacionar e quando desceram, perceberam que estavam à frente do maior cemitério de São Paulo. Íntimas e bêbadas caminharam até um portão e, que, ocasionalmente, estava entreaberto. Na escuridão plena entraram, e ao lado de um túmulo desaguaram. Andressa, ao terminar, usou a própria calcinha para se enxugar e limpar os respingos que atingiram as coxas.
Paula, de cócoras, demorou mais no ato. Viu que a amiga jogara fora a calcinha usada e sorriu zonza olhando sua lingerie, lembrando que o esposo adorava essa peça. Então, sobre o mausoléu, pegou uma fita da coroa de flores e secou-se. Desajeitadamente foram embora.
No desenrole aconteceu o seguinte: por volta das 9 horas da manhã os maridos falaram-se ao telefone:
-“Alô, Agenor! Porra, acabei! Porra, acabou meu casamento! Andressa chegou em casa de madrugada, embriagada e sem calcinha!”
-“E eu Carlão, e eu Carlão? A Paula me aparece às duas horas da manhã, com uma faixa presa na bunda escrito assim: - Jamais te esqueceremos – João, Paulo, Lucas e toda a turma da faculdade! - Não deu pra segurar, quebrei ela de porrada!”
Íntimas e bêbadas (Conto inédito)
(Adaptação) Marcopezão
Paula e Andressa cursaram o colegial e amizade intensa brotou em comunhão. Embora tenham escolhido faculdades diferentes, ambas prestaram cursinho e optaram pela mesma universidade. Desde essa época tornaram-se cúmplices quanto aos direitos feminis, e politicamente exerciam pensamentos esquerdistas sempre almejando a revolução, ainda que fictícia, a tomada do poder em prol dos menos favorecidos.
Terminado os estudos, Paula formou-se em Sociologia e Andressa diplomou-se em Direito Criminal. Devido às dificuldades de emprego imediato resolveram lecionar e conseguiram algumas aulas em uma escola, na zona leste da capital paulista.
Um dia, num barzinho de classe média, em Pinheiros, conheceram dois amigos também professores, e o relacionamento entre os casais acalentou enorme paixão. Depois de certo tempo, noite de sábado, quando reunidos na mesma curtição, como normalmente faziam, o duplo pedido de casamento fez crescer ainda mais o sentimento mútuo.
O consentimento veio selado por beijos apaixonados, porém, uma ressalva ficou esclarecida. Elas exigiam que, ao menos uma vez por mês, teriam liberdade de encontrarem-se sozinhas; resguardando, assim, o direito de mulheres livres e independentes.
O dúplice matrimônio não demorou acontecer, sem pompas maiores. Após a viagem de lua de mel, o prosseguimento das atividades e o bom relacionamento constante davam mostras de planejamento familiar. Os filhos viriam quando a situação econômica estivesse mais sólida.
Passado um ano de feliz convivência e respeito, Paula e Andressa mantiveram o combinado. Com regularidade percorriam a cidade paulistana indo a bairros longínquos, sempre com atenção voltada ao desenvolvimento. Em certas ocasiões, porém, o empobrecimento que tomou conta da periferia às deprimia e em algum bar desabafam toda sorte de críticas à sociedade dominante e a política de globalização. Mas, na maioria das vezes, bebiam pela alegria de viver, e pela felicidade encontrada cada qual em seu marido, que, até então, respeitavam o direito adquirido; não sem sentir uma ponta de ciúmes, pois, claro, trata-se de duas belas e fogosas mulheres. Mas, definitivamente, não havia sombra de leviandades nas atitudes. Elas empunhavam a bandeira feminista, sem deixar de serem femininas, e, com certeza, adoravam tomar um pileque.
Um dia, a trajetória às levou para as bandas da Vila Formosa. Se por prazer ou depressão, não se sabe, o fato é que as duas exageraram nas cervejas e caipirinhas. As horas passaram e ao darem conta os ponteiros do relógio marcavam meia-noite.
Andressa, se dizendo mais sóbria, assumiu o volante do carro. Dez minutos depois, a irresistível vontade de urinar às incomodou no ponto de desespero. Decidiram estacionar e quando desceram, perceberam que estavam à frente do maior cemitério de São Paulo. Íntimas e bêbadas caminharam até um portão e, que, ocasionalmente, estava entreaberto. Na escuridão plena entraram, e ao lado de um túmulo desaguaram. Andressa, ao terminar, usou a própria calcinha para se enxugar e limpar os respingos que atingiram as coxas.
Paula, de cócoras, demorou mais no ato. Viu que a amiga jogara fora a calcinha usada e sorriu zonza olhando sua lingerie, lembrando que o esposo adorava essa peça. Então, sobre o mausoléu, pegou uma fita da coroa de flores e secou-se. Desajeitadamente foram embora.
No desenrole aconteceu o seguinte: por volta das 9 horas da manhã os maridos falaram-se ao telefone:
-“Alô, Agenor! Porra, acabei! Porra, acabou meu casamento! Andressa chegou em casa de madrugada, embriagada e sem calcinha!”
-“E eu Carlão, e eu Carlão? A Paula me aparece às duas horas da manhã, com uma faixa presa na bunda escrito assim: - Jamais te esqueceremos – João, Paulo, Lucas e toda a turma da faculdade! - Não deu pra segurar, quebrei ela de porrada!”
01 dezembro, 2004
Indicação
Suburbano Convicto
O subtítulo diz, “O cotidiano do Itaim Paulista”, portanto Alessandro Buzo, o autor do livro, deixa bem claro que não é apenas o cotidiano de um jovem, mas de um bairro, onde a esperança dos acomodados morreu primeira.
Com sua narrativa única e social, Buzo descreve a pasmaceira de um local dotado de desânimo, onde o futebol e a novela são a válvula de escape de um povo sem memória. A vida de um cidadão que nasceu, cresceu, casou e teve filho num local sem perspectiva de melhoras. Um protagonista que passou por diversas provas na vida, e acabou de um jeito ou de outro, superando todas elas.
Entre várias mensagens que este livro passa, uma delas, é para àqueles que tem o poder em mãos. Observem “Senhores”, o que uma cidade sem lazer ou ponto de cultura, pode fazer na vida de um jovem.
Para muitos, a leitura de um livro só se dá pelo motivo de nele ter os frutos de uma degradação contínua, a droga, a prostituição, desentendimentos e a polícia. Então leitor, seja seduzido por essa obra de Alessandro Buzo, o “marginalismo” de uma vida suburbana, a adaptação de Quarto de despejo-Diário de uma favelada nos dias de hoje. O ódio, o amor, o entretenimento, a crítica e a solução, sapecadas com palavras.
O subtítulo diz, “O cotidiano do Itaim Paulista”, portanto Alessandro Buzo, o autor do livro, deixa bem claro que não é apenas o cotidiano de um jovem, mas de um bairro, onde a esperança dos acomodados morreu primeira.
Com sua narrativa única e social, Buzo descreve a pasmaceira de um local dotado de desânimo, onde o futebol e a novela são a válvula de escape de um povo sem memória. A vida de um cidadão que nasceu, cresceu, casou e teve filho num local sem perspectiva de melhoras. Um protagonista que passou por diversas provas na vida, e acabou de um jeito ou de outro, superando todas elas.
Entre várias mensagens que este livro passa, uma delas, é para àqueles que tem o poder em mãos. Observem “Senhores”, o que uma cidade sem lazer ou ponto de cultura, pode fazer na vida de um jovem.
Para muitos, a leitura de um livro só se dá pelo motivo de nele ter os frutos de uma degradação contínua, a droga, a prostituição, desentendimentos e a polícia. Então leitor, seja seduzido por essa obra de Alessandro Buzo, o “marginalismo” de uma vida suburbana, a adaptação de Quarto de despejo-Diário de uma favelada nos dias de hoje. O ódio, o amor, o entretenimento, a crítica e a solução, sapecadas com palavras.
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