27 fevereiro, 2005

Última chamada!

Cooperifa em Suzano

05 de Março (Sábado) ás 19h:00 no Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi
Rua Benjamin Constant, nº 682 – Centro de Suzano.

Todas às quartas-feiras a Cooperativa Cultural da Periferia, (Cooperifa) se reúne num boteco em Piraporinha, na Zona Sul de São Paulo. Muitos acharam que não daria certo, mas já são três anos de sarau no boteco e o resultado não poderia ser diferente. Muitas peças teatrais foram apresentadas na Cooperifa, vários artistas renomados foram prestigiar o sarau. Já se apresentaram em canais de televisão e em diversos municípios. No final do ano passado foi realizado no boteco, um seminário de 03 dias, com os temas: Literatura, Hip-Hop e Cinema. Recentemente acabaram de lançar a Antologia poética “O Rastilho da Pólvora”.
E agora eles vêm se apresentar em Suzano.
Sérgio Vaz é um dos organizadores da Cooperifa.


Apresentações teatrais – Recital – MPB – E muita surpresa
Distribuição de camisetas, livros e Cd´s

Entrada Gratuita

Informações: 47495744/47492140 (Sacolinha)

Realização: Projeto Cultural Literatura no Brasil.

26 fevereiro, 2005

Novo texto

5ª Fase
Amor de urna

O domingo amanheceu choroso. A garoa fina carregada pelo vento embaçando o dia. De posse dos instrumentos de trabalho, colocou a bolsa tiracolo e caminhou porta afora. Já no portão, a falta de entusiasmo para enfrentar o tempo adverso o fez recuar.
De volta à cozinha tomou outro café. Acendeu mais um cigarro. Vai não vai? Melhor ficar. Angústia querendo atolar. Estresse! Toma coragem, valente. Caminha, avante. Não deixe o bicho pegar, sussurrou a si mesmo.
Na rua, inúmeros cartazes nos postes emporcalham a molhada visão. Democracia, as eleições se aproximam. Os carros de sons apregoam candidatos; males e benefícios, projetos e milagres.
O bate-bola enfocado na câmera fotográfica. O futebol sendo jogado. Disputado em baixo de fina água, no terreno lamacento. A várzea fria aquecida pelos amigos que encontra. A mesma batida dominical. Religiosidade. Marmanjos feito crianças. Rotina semanal. Segue anotando gols em partidas várias. O empate de Rejeitados do Maria Rosa versus Meninos do Taboão. O Bangu vencendo o Santos do Piraju. E, no final da tarde, a vitória do Morro sobre o Pirapora.
Os afazeres poderiam ter terminado naquele copo de cerveja. O ônibus leva seu corpo, mas a cabeça já está em outro plano. De volta ao doce lar sem mel, o banho refaz. Almoço e janta pontuam 18 horas. A friagem aumenta e ele volta a ter o pé na estrada. Renova as pilhas, preparando o flash noturno.
Um circular pára ao seu aceno. Retomado o sacolejo, uma moça oferece o lugar: “Senhor quer sentar?” Negou com agradecimento a gentileza, mas certamente pensou: “Será que estou tão velho assim?” Preocupado, buscou encarar a imagem refletida no vidro à sua frente.
Agora outra balada. Pessoas reunidas à praça no Jardim Clementino acompanham o showmício eleitoral. Uma Brahma lhe é servida. Saboreia apreciando o movimento, esperando o momento de clicar ação. Mais rápido que o abrir e fechar da cortina do diafragma entra em cena um certo Domingues; saído de uma história teatral. O aborda e lhe diz inverdades, ferindo a razão de sujeito sério. Como uma facada vil e cortante, as palavras o atingiram denotando seu semblante. A resposta aguda e irada sapecou e despachou o desafiante. O sangue no rosto vermelho se misturou ao gosto do Capeta, batida com champanhe e amendoim.
“Ai de mim” - disse a moça chorosa, ao lado, observando-o com insatisfação. Nervoso e procurando conter outro drama, refugiou-se com ela num canto atrás de uma Kombi.
- O que tem você, criatura? Primeiro aquele imbecil, agitado por esse clima de disputa eleitoreira, pela falta de ética, de boatos, patifarias, e mentiras mil, me diz desaforos e rompe uma amizade que até então era franca e cordial. E, assim, num instante, a afeição jaz fraca cerceada de pensamentos maus. Diga, o que você tem criatura?
Enxugando a lágrima murmurou: “Eu ouvi a discussão. Para que se preocupar? Amizade é apego que passa e volta sem maior apreço, se encontra sem esforço, de graça.” E acrescentando ávida por dengos e beijos: “Mas o nosso caso é diferente. Pela sua indiferença em não me ligar durante a semana, dói muito constatar que amor conquistado na campanha de eleição sempre e tão somente acaba na urna”.
E desatou a chorar.
Marcopezão, é um dos
coordenadores da Cooperifa.

Vem aí o livro “Graduado em Marginalidade”, um romance urbano contemporâneo, primeiro livro do escritor Sacolinha!

21 fevereiro, 2005

Detalhes...

A próxima entrevista será publicada no início do mês de março e o entrevistado será o escritor Ferréz, autor de três livros, colunista da revista Caros Amigos, criador do gênero Literatura Marginal, Rapper e morador do bairro Capão Redondo, Zona Sul de São Paulo.

Para fazer qualquer comentário favor direcioná-lo para o e-mail: literaturanobrasil@bol.com.br

20 fevereiro, 2005

Mais texto

5ª Fase

Células de uma canção


Eis aqui, a pedra no sapato/ bem no meio da palmilha do engravatado/ eu tô ligado que pego firme/ mas o motivo eu sempre tive/ no meu país falta emprego, luz, água/ aquela que quando chove sem pedir licença invade as casas/ é triste saber que a vida é frágil de ser vivida/ apenas um disparo, bum, já era a alma está despedida/ na minha escrivaninha/ que nada mais é que a mesa da cozinha/ eu escrevo/ escrevo sobre o mendigo que usa a calçada como colchão/ o moleque de rua que por causa de um saco tem várias alucinações/ cachorro de madame vive melhor que eu/ nasceu no berço da miséria problema é seu/ o meu computador que é a caneta/ aja tinta pra escrever a inocência de quem chupa chupeta/ um ser humano que com treze ou catorze anos terá que segurar a barra/ a grande responsabilidade dentro de casa/ não sou Nostradamus não sei o futuro/ mas o que esperar desse nosso mundo/ temos que enriquecer a CPU da nossa cabeça/ através de debate, palestra, idéias que nos fortaleçam/ gostaria de encontrar uma lâmpada mágica/ apenas três pedidos seria uma coisa básica/ emprego, lazer e educação/ o fulano não teria motivo para exercer mal profissão/ mas desse jeito tem que ficar só em pensamento/ a criança não tem estudo, diversão e muito menos exemplo/ médico, juiz, advogado, o que que tem/ estou falando de algo que vai mais além/ solução é o que mais tenho/ pras minhas idéias peço um tempo/ pois eu vi meu padrasto desaparecer e as autoridades nada fazer/ também vi minha bisavó morrer por causa da Santa Casa de Suzano/ cadê os investimentos onde foram os planos/ eu vejo os Estados Unidos dominando nossa terra, conforto tecnológico dominou aí já era/ pra mim tem três drogas liberadas no meio da população/ o dinheiro, o aparelho televisor e a falta de informação/ com o controle remoto você pensa que domina a TV/ tá enganado é ela que domina você/ informação é o que mais falta/ pergunte a um adolescente por que o dólar tem alta/ do dinheiro todo mundo corre atrás/ seja roubando, matando ou trabalhando demais/ a tremedeira das pernas é a dança do medo/ olha a criança e o idoso no meio do tiroteio/ vendo essa bomba de palavras o que você me considera/ um cabeça pensante ou cientista da favela/ talvez ouvindo isso você até me tira, mas é verdade/ conteúdo informação e qualidade/ materiais de construção aumentou/ o sonho da casa própria desabou/ cuidado á noite na rua depois das nove e meia/ quer saber por quê/ leia o livro Rota 66/ casa dos artistas é ibope outra vez/ artista somos nós que sobrevivemos com um salário mínimo por mês/ de manhã é a babá tecnológica/ á noite uma putaria sem lógica/ a crítica é grande pra que minha solução/ os gravatas não aceitam sou do lixão/ a minha inspiração é outra não é a quadrada/ Quarto de despejo – Diário de uma favelada/ talvez dessa idéia você tire uma solução/ o nome dela células de uma canção.

Bibliografia do autor

Ademiro Alves (Sacolinha) nasceu em 09 de Agosto de 1983, na cidade de São Paulo. Começou a ter interesse pela leitura e pela escrita no ano de 2001, estava então com 18 anos de idade.
É idealizador e atuante do projeto cultural “Literatura no Brasil”, que trabalha com 1.250 leitores cadastrados.
Participa das seguintes publicações: Revista Caros amigos "Literatura Marginal" ato III lançada em Maio de 2004. Antologias “No limite da palavra” da editora Scortecci. “ARTEZ - vol. V” da Meireles editorial e “O Rastilho da Pólvora” antologia da Cooperifa, (Cooperativa Cultural da Periferia).
Colunista dos sites: www.enraizados.com.br (Rio de Janeiro) / literaturanobrasil.blogspot.com (São Paulo)
Presidente do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Sócio Cultural Negro Sim.
Atualmente prepara o lançamento do seu primeiro livro, “Graduado em Marginalidade”, livro que foi escrito em 08 meses, á mão e com folhas retiradas do lixo.
Foi através da literatura que Sacolinha conseguiu achar respostas para algumas de suas perguntas, e é através dela que ele vai tentar entender o mundo em que vive.

16 fevereiro, 2005

Notas importantes

Entrem no site do projeto Leia Brasil (www.leiabrasil.org.br) e leia os contos que estão participando do concurso. No tema Amor, o Sacolinha está participando com o conto “Filosofia do sentimento maior”. Leia texto por texto e indique os três melhores de cada tema.

Atenção para estes sites, blogs e fotologs, acessem um de cada vez, pois a comissão literária do projeto adverte: Muita cultura pode dar overdose de informação.

www.enraizados.com.br
www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
www.otaboense.com.br/sergiovaz
www.suzanocultural.zip.net
www.paulomauricio.zip.net
www.abarata.com.br/sites
www.ferrez.blogspot.com
www.1dasul.blogspot.com
www.leialivro.com.br
www.fotolog.terra.com.br/biancavieira_tyl
www.leiabrasil.org.br
www.fimdesemananoar.zip.net
www.omalvindo.weblogger.com.br
www.wlimonada.hpg.com.br
www.movimentoliterário.com.br

14 fevereiro, 2005

Entrevista do mês

Sérgio Vaz

L.B- Até agora os seus leitores só leram poesias, você não escreve outros estilos literários?
Vaz: Por enquanto só publiquei poesias, mas tenho algumas crônicas, e já escrevi uma peça de teatro.
L.B- Aqui no Brasil o índice de leitores é muito baixo. Isso é falta de iniciativas do governo ou é a falta de interesse da população?
Vaz: De tudo um pouco. O governo nunca vai incentivar a leitura, por motivos óbvios e o povo (uma parcela), se deixa render à mediocridade. Não acredito que somos vitimas.
L.B- Realismo, Simbolismo, Modernismo e agora a época Contemporânea. Como poderíamos chamar a próxima época?
Vaz: Acho que não devíamos rotular a poesia.
L.B- O Sacolinha lançará este ano o romance “Graduado em Marginalidade”, você escreveu uma poesia para este livro. Nos fale sobre esta participação.
Vaz: Coube a mim a parte poética, e contei, no poema, a história de um marginal inspirado no livro do Paulo Coelho "O alquimista". Acho que ficou legal. O livro do Sacola tá muito aguardado e eu quero aproveitar uma caroninha para me promover ás custas dele. he! he!
L.B- A poesia sofre um grande preconceito por parte das editoras. 80% dos leitores brasileiros declararam não ler poesia por não entenderem. Fernando Pessoa foi um grande poeta, mas só vendeu um livro em vida. Como você vê essa situação?
Vaz: As editoras comportam-se como as gravadoras, e só se importam com lucro imediato. Só isso. As pessoas que não gostam de poesia não gostam de literatura de uma forma geral. É preciso cavar espaço. Quanto a Fernando Pessoa (grande poeta) quero ter mais sorte em vida.
L.B- Toda quarta-feira ás nove da noite, vários artistas escritores da periferia da Zona Sul se reúnem num bar para declamar poesias. Por conta de vizinhos, policiais e a visão ruim que um bar tem, tudo contribuía para dar errado. Por que deu certo?
Vaz: Deu certo porque a gente quis. Quando todo mundo quiser realmente mudar as coisas elas vão mudar. Tem muita gente fingindo que quer a mudança, mas nem ele muda. Deu certo porque a gente quis.
L.B- Nos fale do livro “O Rastilho da Pólvora”.
Vaz: É o resumo poético de três anos de Sarau na Cooperifa com alguns convidado como, Sacolinha, Buzo, Erton, Du gueto, entre outros.
L.B- Já diz o Sacolinha, “Não há literatura que descreva a figura Sérgio Vaz”. Quem é essa figura?
Vaz: Vindo dele é um grande elogio. Mas não sou nada mais fruto do meio em que vivo. Só que, com um pouco de coragem e muita ousadia.
L.B- Você já está preparando um próximo livro?
Vaz: Estou preparando uns poemas para uma exposição de fotos para o aniversário de Taboão da Serra e aguardando o livro do Sacola.

13 fevereiro, 2005

Literatura no Brasil 5ª Fase

Inimigo


O inimigo está aqui, cara a cara comigo, com uma arma na mão apontada para mim.
Ele não me ouve ele me critica, ele me diz não, ele quer me destruir. Atrasa meu lado, me faz sentir inútil.
O responsabilizo pelos meus erros e por todos os meus fracassos. Por tudo que desisti por tudo que perdi.
O que mais dói saber, é que meu inimigo está mais que perto e que o enfrento todos os dias quando me olho no espelho todas as manhãs...

Sonho em fase de crescimento

Vou alimentar meu sonho para que ele cresça grande, forte e bonito.
Tenho sonhos pequenos, que estão em fase de crescimento. Será que o sonho é reflexo do dono?
Se for, os meus vão demorar a crescer. Ouço muitas mães dizendo:
- Come moleque!
E eu todos os dias digo:
- Me arruma aí um prato de comida...
Acho que sempre precisarei pedir para alguém me ajudar a alimentar meus sonhos. O mais triste é ver tanta comida e tantos sonhos desperdiçados no lixão.

Valéria Gíggia, é professora. Integra a comissão
literária do projeto Literatura no Brasil e edita o
fanzine "Fita Cabulosa".




Aos escritores e interessados
Mandem seus trabalhos para serem divulgados na 6ª Fase do projeto. Os critérios de avaliações são: Cunho social, informação e texto literário.
Todo texto que o projeto recebe, é avaliado por uma comissão literária e se aprovado for, será trabalhado durante quatro meses (Uma fase).Debates, palestras, rádios comunitárias, cartas enviadas, eventos, feiras literárias, saraus, encontros sociais, e Internet, são os ambientes que o Literatura no Brasil usa para divulgar os textos.Aqueles que trabalham com literatura, ou seguem a carreira de escritor, não percam essa oportunidade, são mais de 1.250 leitores de todo o Brasil, cadastrados com o projeto.


Vem aí, o primeiro livro do escritor Sacolinha

Graduado em Marginalidade é um romance urbano contemporâneo. Obra de 27 capítulos, 140 páginas e 62 personagens. Terá a participação do escritor Alessandro Buzo e do poeta Sérgio Vaz. A capa será uma foto de um jovem negro sem camisa e calça branca (capoeira) segurando o amor. A imagem será do umbigo pra baixo.Todos os que já leram esse livro, entre eles, Fernando Bonassi, Buzo, Ferréz, João Capozolli e Sérgio Vaz, acharam fantástico o jogo literário que o autor fez na estória. Sem dúvida uma bela e triste estória.

Próximo evento!

Cooperifa em Suzano

É dia 05 de Março (Sábado) ás 19h:00 no Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi
Rua Benjamin Constant, nº 682 – Centro de Suzano.


Todas ás quarta-feira a Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia), se reúne num boteco em Piraporinha, na Zona Sul de São Paulo. Muitos acharam que não daria certo, mas já são três anos de Sarau no boteco e o resultado não poderia ser diferente. Muitas peças teatrais foram apresentadas na Cooperifa, vários artistas renomados foram prestigiar o Sarau. Já se apresentaram em canais de televisão e em diversos municípios. No final do ano passado foi realizado no boteco, um seminário de 03 dias, com os temas: Literatura, Hip-Hop e Cinema. Recentemente acabaram de lançar a Antologia poética “O Rastilho da Pólvora”.
E agora eles vêm se apresentar em Suzano.
Sérgio Vaz é um dos organizadores da Cooperifa.

Apresentações teatrais – Recital – MPB – E muita surpresa
Distribuição de camisetas, livros e Cd´s


Entrada Gratuita

Apoio: Secretaria Municipal de Cultura
Rádio Comunidade FM 103,5

Realização: Projeto Cultural Literatura no Brasil.

09 fevereiro, 2005

Muitas novidades!

Logo teremos uma entrevista exclusiva com o poeta da periferia, Sérgio Vaz.
Cooperifa em Suzano no dia 05/03/05.

Literatura no Brasil 5ª Fase

Sentimentos.
Sentimentos, motivo pelo qual, as palavras fluem naturalmente, motivo pelo qual a minha escrita respira.
Mas quem vai saber, ou sentir, o sentimento que brota, de uma essência infinita e inexplicável.
Assim como um contador de estrelas, um sonhador que sonha acordado.
Sentado em um jardim, ou em um lugar qualquer, sentindo a grandiosidade do universo, tendo a solidão dos pensadores e as frustrações dos lutadores.
Mais, um olhar no meio da multidão, apenas mais um, enquanto o vento toca meu rosto, o sol queima minha pele, e a saudade machuca meu peito.
Lembrei-me da canção que diz: É complicado está só, quem está sozinho que o diga, quando a tristeza é sempre o ponto de partida, quando tudo é solidão.
Derepente o céu, ficou cinza, e vi enormes gotas de água molharem o meu corpo, acho que é hora de ir embora.
Amanhã, será novo dia , novo sentimento, e estarei no meio da multidão, apenas mais um, anônimo, aquele que ninguém vê, ninguém sabe quem é.
Mas sei que estarei, do lado do bem, com a luz, e com os Anjos.
E jamais darei uma cobra, a aquele que me pede um pão.

Everaldo Ferreira,
morador de Suzano - Alto Tietê – S.P





Graduado em Marginalidade
Este é o título do primeiro livro do escritor Sacolinha. Um romance que engloba variados tipos de cultura, desde as religiões, passando pela dança, a comida, o teatro e a música.
É a tragédia exposta com conhecimento de causa, a paisagem da periferia, tão esquecida dos nossos letrados. Um romance urbano contemporâneo, sem frescura, como deve ser.
Em análise na editora. Aguardem!

07 fevereiro, 2005

5ª Fase

Lançamento de mais uma fase

Coisas da vida

Hoje eu vi uma criança acordada comendo pão dormido.
Um homem desempregado empregando uma arma.
Uma mulher vestida de trapos lavando roupa cara.
Um policial desalmado separando um corpo da alma.
Uma menina desnutrida com a barriga cheia.
Uma bala perdida procurando uma veia.
Senhoras de joelhos andando sem destino.
Velhos com olhos vermelhos chorando como menino.
Poetas loucos cuspindo razão.
Anjos e demônios na mesma religião.
A miséria na coleira da fartura.
A vida fácil às custas da vida dura.
Gente sorrindo com o coração em pranto.
Surdos ouvindo a canção dos falsos santos.
Vi mãos calejadas beijando mãos macias.
José nas enxadas no cabo delas, Maria.
Com mansos olhos de fel e a boca dura de fera vi um país no céu e o inferno na terra.

Sérgio Vaz é poeta e participa
do livro “Graduado em Marginalidade”,
do escritor Sacolinha,
que será lançado neste ano de 2005.


Para enviar textos, fazer críticas, comentários, ou comprar os produtos do projeto, entre em contato com os endereços e telefones abaixo:

Rua Guarani, nº 413 – Jd. Revista - Suzano – S.P – Cep: 08694-030
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Fones: (11) 47495744 / 83252368


Projeto Cultural Literatura no Brasil, valorizando a cultura de periferia!

05 fevereiro, 2005

Notas do mês...

Dia 05 de Março a Cooperifa vai estar em Suzano, abrindo a Semana da Mulher (Municipal). Aguardem maiores informações.
Segunda-feira dia 07/02 estaremos lançando a "Quinta Fase" do projeto, especial pré-lançamento do livro "Graduado em Marginalidade", o primeiro romance do escritor Sacolinha, que será lançado nesse ano.
Acreditando que o intercâmbio cultural é a melhor ferramenta para a divulgação dos trabalhos, logo divulgaremos aqui uma lista de vários blogs e sites que fazem parte da nossa cultura. Anote, e acesse um de cada vez, pois é muita informação.
Viva a cultura de periferia!
O próximo entrevistado será o poeta da periferia, Sérgio Vaz. Uma entrevista exclusiva e provocativa.
Na segunda quinzena do mês, estará no ar.
Agradecemos á todos os 950 internautas que acessaram este blog desde o seu lançamento, em Novembro de 2004. Continuem acessando por que vem novidades por aí, e que novidades!

Sessão de autógrafos

Escritor Sacolinha lança livro na Bienal de SP na próxima quarta-feira   “A Alanda ainda está de pijama” novo livro infantil do escritor s...