Projeto O AUTOR NA PRAÇA...
Apresenta
Guilherme Azevedo & Daniel Funes
O Autor na Praça recebe no dia 10 de setembro Daniel Funes & Guilherme Azevedo, autografando os livros Histórias Secretas e As Aventuras de Alencar Almeida. O cartunista Junior Lopes participa do evento realizando caricaturas. Informações sobre os convidados abaixo.
SERVIÇO:
O AUTOR NA PRAÇA - Daniel Funes & Guilherme Azevedo
Dia 10 de setembro, Sábado, 14h - Entrada Franca.
Espaço Plínio Marcos - Feira de Artes da Praça Benedito Calixto
Informações: Edson Lima - Tel. 3085 1502 / 9586 5577 - oautornapraca@oautornapraca.com.br
Realização e Produção: Edson Lima e Associação dos Amigos da Praça Benedito Calixto
Daniel Funes - Escritor e roteirista. Em 1988 lançou seu primeiro livro, Bawakawa - o livro dos objetos inviáveis do futuro. Em 2001 teve sua crônica Brotas Para Principiantes incluída na antologia Crônica dos Anjos de Prata. Em 2002 escreveu textos para o show de humor Terça Insana, dirigido por Grace Gianoukas.Escreveu também para o show Os Cretinos e Terça Para Mulheres. Em junho de 2005 lançou pela Editora Siciliano o livro Histórias Secretas. http://www.edarx.com.br. Toda semana Funes escreve uma crônica em seu sítio www.danielfun.com.br
Histórias Secretas é um livro de humor que conta as "versões extra-oficiais" de várias invenções dos tempos modernos, como o controle remoto, o air bag, as filas, a boneca inflável etc. São ao todo 20 histórias onde misturo realidade e ficção, fazendo com que o leitor não saiba até que ponto a história é inventada ou verídica. Entre outras coisas, conto no livro que o primeiro congestionamento de que se tem notícia surgiu quando um motorista surdo parou para pedir informação a um pedestre gago.
Guilherme Azevedo - sua trajetória como jornalista rendeu-lhe alguns prêmios. Um deles, recente, o cobiçado Imprensa Embratel. Hoje ele trabalha como repórter free-lancer (especializou-se na cobertura de assuntos ligados à periferia, tema de sua predileção) e também como consultor de textos. Em 2002 publicou Entrevista com o Diabo pela Editora Tupynanquim. Contato: alencar.almeida@uol.com.br .
As Aventuras de Alencar Almeida - O livro conta a história de Alencar Almeida e de seu jornal, A Verdade. Um ambiente em que jornalistas lutam para mudar os rumos de fatos escabrosos. Investem em um jornalismo mais sério e conseqüente. O país dos companheiros de Alencar não é tão imaginário assim.O autor, Guilherme Azevedo, é repórter de longo curso. Seu personagem, Alencar Almeida, idem. O livro recém-lançado pela Casa Amarela, reúne uma seleção de textos publicados na revista Caros Amigos. Textos que, segundo o jornalista Mylton Severiano, autor da apresentação, ora divertem, ora emocionam.
Junior Lopes - Nasceu em Castanhal - PA, 33 anos, há 15 vem trabalhando na área do Cartum. Fez caricaturas esportivas para o jornal De Gerderlander, em Nijmegen, Holanda. De volta o Brasil em 1997, foi ilustrador do jornal A Província do Pará. Em São Paulo fez ilustrações para diversos veículos de comunicação, destacando-se: Folha de S.Paulo, Rede Globo (Vinheta Jogo da Velha, 2003), editora Cia. das Letrinhas, Gazeta Mercantil, revistas Superinteressante, Caros Amigos, Veja, VIP.
Participou de diversos salões de humor no Brasil e Exterior, recebendo vários prêmios: Salão de Humor do Rio de Janeiro, Volta Redonda, Piauí. Em 2004 recebeu menção honrosa no 30º Salão de Humor de Piracicaba, na categoria Caricatura. No mesmo salão em sua 31ª. edição, em 2004 ganhou o prêmio pelo 2º. lugar na categoria Caricatura. Em 2005 ganhou o prêmio de melhor caricatura no VII Salão Internacional de Humor de Pernambuco.Na área publicitária foi o autor das ilustrações para a campanha da LEVI´S, produzida pela Agência de Publicidade NEOGAMA, que ganhou o prêmio Leão de Ouro em Cannes em 2003, na categoria Pôster. Trata-se de um trabalho pioneiro no design gráfico, desenvolvido através da aplicação de recorte de tecidos na criação de imagens, integrando a particularidade de seu traço às propriedades e técnicas utilizadas, com o objetivo de uma familiaridade estética com o elemento/personagem retratado. Para conhecer esta nova proposta do cartunista: http://fotolog.terra.com.br/jugular:6 / Contatos juniorlopes1@ig.com.br / Tel. 8502 9870
31 agosto, 2005
30 agosto, 2005
Próximo lançamento
Pensando NO Brasil Preto NO Branco
Festa de Lançamento da 24ª edição do PNOB Número 23 – VeM di Treis!!
Dia 32 de Agosto, na quinta-feira das 19 horas até o Sol raiar!
Afinal 32 é depois do dia 31, na quinta mesmo! É primeiro e pioneiro! Único!
No Novíssimo Dry Martini Bar, na Av. Jurema, 34 em Moema
Tel: 11 5055-4493 www.drymartinibar.com.br
Uma data única para compartilharmos um caldeirão de amigos, arte e pensamentos.
Tu vê se vem, nem que seja de trem, e aproveita e traz três... Tendeu?! (sic)
A contribuição ao PNOB será de R$ 10,00 em prol de toda esta produção e ainda terás direito a uma lata de Cerveja Guitts, sorteios de regalos!
ATIVIDADES AUTÊNTICAS, singulares, multifacetadas, multiarte, unas:::::::
· Canja Musical do Grupo Rossa Nova
· Toninho Vivolo no violão em Bossa Inova
· Artes Visuais: Manoel Britto Agora e Tião Maria Constelações Triangulares
· Bonecas expressivas de Cláudia Lamberti
· Lançamento de livros: Sacolinha com o livro Graduado em Marginalidade
· Tejon Megido com o livro O Beijo da Realidade
· Bira Dantas com sua coletânea de Quadrinhos
· Intervenção de Humor do Deboshow com Sidney Rodrigues
· Desfile do Beco da Gata Brechó
· Esculturas em Acrílico de Horácio da CR Acrílicos
· Luminárias de Joana Germani
· Bia Lobo apresentará o atelier joalheria alternativa
· Sarau poético – traga sua poesia
· Sorteio de presentes
· Você!
Esta edição contou com o DESIGN GRÁFICO de Paulo Fernando. ponto90@uol.com.br
O PNOB contará com os pensamentos dos pensartistas:::::
Ademiro Alves (Sacolinha), Bia Lobo, Bira Dantas, Cláudio Portella, Clóvis Bezerra, Eber de Góis, Ibrahim Abi-Ackel, Dna. Jaci Vivolo, José Aloise, José Dirceu, Julio Carvalho, Leonardo Carmo, Manoel Meirelles, Nilton Bustamante, Paulo Fernando, Rosana Braga, Selma, Sidney Rodrigues, Suzana Jardim, Tércio, Thiago Auarek, Tom Coelho, Vidal Lannes, Vanessa Morelli, e outros selecionados até a fechamento do arquivo, Cartoons de Cassio Manga.
DRY MARTINI BAR Av. Jurema, 34 Moema 11 5055-4493
Festa de Lançamento da 24ª edição do PNOB Número 23 – VeM di Treis!!
Dia 32 de Agosto, na quinta-feira das 19 horas até o Sol raiar!
Afinal 32 é depois do dia 31, na quinta mesmo! É primeiro e pioneiro! Único!
No Novíssimo Dry Martini Bar, na Av. Jurema, 34 em Moema
Tel: 11 5055-4493 www.drymartinibar.com.br
Uma data única para compartilharmos um caldeirão de amigos, arte e pensamentos.
Tu vê se vem, nem que seja de trem, e aproveita e traz três... Tendeu?! (sic)
A contribuição ao PNOB será de R$ 10,00 em prol de toda esta produção e ainda terás direito a uma lata de Cerveja Guitts, sorteios de regalos!
ATIVIDADES AUTÊNTICAS, singulares, multifacetadas, multiarte, unas:::::::
· Canja Musical do Grupo Rossa Nova
· Toninho Vivolo no violão em Bossa Inova
· Artes Visuais: Manoel Britto Agora e Tião Maria Constelações Triangulares
· Bonecas expressivas de Cláudia Lamberti
· Lançamento de livros: Sacolinha com o livro Graduado em Marginalidade
· Tejon Megido com o livro O Beijo da Realidade
· Bira Dantas com sua coletânea de Quadrinhos
· Intervenção de Humor do Deboshow com Sidney Rodrigues
· Desfile do Beco da Gata Brechó
· Esculturas em Acrílico de Horácio da CR Acrílicos
· Luminárias de Joana Germani
· Bia Lobo apresentará o atelier joalheria alternativa
· Sarau poético – traga sua poesia
· Sorteio de presentes
· Você!
Esta edição contou com o DESIGN GRÁFICO de Paulo Fernando. ponto90@uol.com.br
O PNOB contará com os pensamentos dos pensartistas:::::
Ademiro Alves (Sacolinha), Bia Lobo, Bira Dantas, Cláudio Portella, Clóvis Bezerra, Eber de Góis, Ibrahim Abi-Ackel, Dna. Jaci Vivolo, José Aloise, José Dirceu, Julio Carvalho, Leonardo Carmo, Manoel Meirelles, Nilton Bustamante, Paulo Fernando, Rosana Braga, Selma, Sidney Rodrigues, Suzana Jardim, Tércio, Thiago Auarek, Tom Coelho, Vidal Lannes, Vanessa Morelli, e outros selecionados até a fechamento do arquivo, Cartoons de Cassio Manga.
DRY MARTINI BAR Av. Jurema, 34 Moema 11 5055-4493
29 agosto, 2005
Mais novidades
Dia 08 de outubro, o Projeto Cultural Literatura no Brasil, estará lançando o seu vídeo-documentário contando toda a história do projeto, suas vitórias e conquistas.
O vídeo está sendo produzido pelo cineasta e ator Roniê Lucca.
08 de outubro ás 20h:00 - Centro Cultural de Suzano.
Assista ao programa Black TV todos os sábados ás 21h00 no site: www.alltv.com.br
Vem aí o livro: O Trem - Contestando a versão oficial do escritor e ativista Alessandro Buzo.
Aguardem!!!
O vídeo está sendo produzido pelo cineasta e ator Roniê Lucca.
08 de outubro ás 20h:00 - Centro Cultural de Suzano.
Assista ao programa Black TV todos os sábados ás 21h00 no site: www.alltv.com.br
Vem aí o livro: O Trem - Contestando a versão oficial do escritor e ativista Alessandro Buzo.
Aguardem!!!
27 agosto, 2005
Feliat...
Prezados,
Informamos que do dia 01 à 11 de setembro do corrente ano estará acontecendo a 1º FEIRA DE LIVROS DO ALTO TIETÊ - FELIAT.A feira já obteve apoio:
SUZANO SHOPPING, local onde será realizada
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE SUZANO
PROJETO CULTURAL LITERATURA NO BRASIL
Colocamo-nos a disposição para mais informações e aproveitamos para solicitar-lhes que repassem aos livreiros e editores associados à informação deste importante acontecimento para a região do Alto Tietê e para todo o mercado editorial.
1ª FELIAT HOMENAGEIA ÉRICO VERÍSSIMO
ESTÃO ABERTAS INSCRIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO NA FELIAT E NO ENCONTRO DE ESCRITORES DO ALTO TIETÊ
PAULO MAURÍCIO ESTÁ A FRENTE DOS EVENTOS
Atenciosamente,Projeto Cultural Literatura no Brasil.
Interessados podem obter informações através do site:http://www.feliat.zip.net
Fone: (11) 4741-2656
Informamos que do dia 01 à 11 de setembro do corrente ano estará acontecendo a 1º FEIRA DE LIVROS DO ALTO TIETÊ - FELIAT.A feira já obteve apoio:
SUZANO SHOPPING, local onde será realizada
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE SUZANO
PROJETO CULTURAL LITERATURA NO BRASIL
Colocamo-nos a disposição para mais informações e aproveitamos para solicitar-lhes que repassem aos livreiros e editores associados à informação deste importante acontecimento para a região do Alto Tietê e para todo o mercado editorial.
1ª FELIAT HOMENAGEIA ÉRICO VERÍSSIMO
ESTÃO ABERTAS INSCRIÇÕES PARA PARTICIPAÇÃO NA FELIAT E NO ENCONTRO DE ESCRITORES DO ALTO TIETÊ
PAULO MAURÍCIO ESTÁ A FRENTE DOS EVENTOS
Atenciosamente,Projeto Cultural Literatura no Brasil.
Interessados podem obter informações através do site:http://www.feliat.zip.net
Fone: (11) 4741-2656
26 agosto, 2005
Últimas notícias.
Vem aí o livro “VÃO” do escritor Allan Santos da Rosa. Lançamento dia 21 de setembro no projeto Cooperifa, ás 21hrs.
Toda quarta-feira às 21h tem Sarau da Cooperifa
Local: Bar do Zé Batidão - Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana – Jd. Guarujá – S.P.
Ao lado da Igreja de Piraporinha na Zona Sul.
Informações: (11) 5891-7403 / 9333-6508
Já está funcionando a biblioteca comunitária Suburbano Convicto.
Informações: 8218-7512
alessandrobuzo@terra.com.br
DGT VIVA vai estar realizando a partir de Setembro no Itaim Paulista a IMAGEM VIVA - OFICINA DE VIDEO "Liberado para menores". Uma oficina que irá ensinar na pratica a concepção e a realização de um vídeo no período de 3 meses, neste tempo serão 12 aulas que irão desde a idéia (pauta), produção, captação, edição e finalização. Ou seja, a cada 3 meses uma turma de jovens do Itaim Paulista vai produzir um documentário, com a sua visão e interpretação dos fatos da comunidade. PENSE NISSO !!!
Informações com Alessandro Buzo.
Vem aí a 1ª Feliat ( Feira de livros do Alto Tietê)
Maiores informações: www.feliat.zip.net
ATENÇÃO ESCRITORES DE TODO O BRASIL...
Façam suas inscrições para participarem da "1ª Feira de Livros do Alto Tietê - 1ª FELIAT" e do "I Encontro de Escritores do Alto Tietê" que acontecerá de primeiro à 11 de setembro no Suzano Shopping (Suzano - SP).
As inscrições podem ser feitas pelo email jorpmauricio@gmail.com
Pavio da Cultura
Dia 10 de setembro acontecerá o 5° Pavio da Cultura (Sarau literário) em sessão solene. Além das atrações, haverá a divulgação do resultado e entrega dos prêmios do 1° Concurso Literário de Suzano.Literatura - Música - Cinema - TeatroLocal: Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi - Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano.Ás 20h:00.
Nas livrarias/lançamento.
Livro: LITERATURA MARGINAL, TALENTOS DA ESCRITA PERIFÉRICA
Editora Agir - 136 paginas - R$ 29,90. Organização: FERRÉZ com textos de Preto Ghóez, Eduardo Dum Dum (Facção Central), Dona Laura, Gato Preto, Ridson, Mauricio Marques, Allan Santos da Rosa, Alessandro Buzo, Luiz Alberto Mendes e Erton Moraes. Saiba mais: www.agir.com.br
Toda quarta-feira às 21h tem Sarau da Cooperifa
Local: Bar do Zé Batidão - Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana – Jd. Guarujá – S.P.
Ao lado da Igreja de Piraporinha na Zona Sul.
Informações: (11) 5891-7403 / 9333-6508
Já está funcionando a biblioteca comunitária Suburbano Convicto.
Informações: 8218-7512
alessandrobuzo@terra.com.br
DGT VIVA vai estar realizando a partir de Setembro no Itaim Paulista a IMAGEM VIVA - OFICINA DE VIDEO "Liberado para menores". Uma oficina que irá ensinar na pratica a concepção e a realização de um vídeo no período de 3 meses, neste tempo serão 12 aulas que irão desde a idéia (pauta), produção, captação, edição e finalização. Ou seja, a cada 3 meses uma turma de jovens do Itaim Paulista vai produzir um documentário, com a sua visão e interpretação dos fatos da comunidade. PENSE NISSO !!!
Informações com Alessandro Buzo.
Vem aí a 1ª Feliat ( Feira de livros do Alto Tietê)
Maiores informações: www.feliat.zip.net
ATENÇÃO ESCRITORES DE TODO O BRASIL...
Façam suas inscrições para participarem da "1ª Feira de Livros do Alto Tietê - 1ª FELIAT" e do "I Encontro de Escritores do Alto Tietê" que acontecerá de primeiro à 11 de setembro no Suzano Shopping (Suzano - SP).
As inscrições podem ser feitas pelo email jorpmauricio@gmail.com
Pavio da Cultura
Dia 10 de setembro acontecerá o 5° Pavio da Cultura (Sarau literário) em sessão solene. Além das atrações, haverá a divulgação do resultado e entrega dos prêmios do 1° Concurso Literário de Suzano.Literatura - Música - Cinema - TeatroLocal: Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi - Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano.Ás 20h:00.
Nas livrarias/lançamento.
Livro: LITERATURA MARGINAL, TALENTOS DA ESCRITA PERIFÉRICA
Editora Agir - 136 paginas - R$ 29,90. Organização: FERRÉZ com textos de Preto Ghóez, Eduardo Dum Dum (Facção Central), Dona Laura, Gato Preto, Ridson, Mauricio Marques, Allan Santos da Rosa, Alessandro Buzo, Luiz Alberto Mendes e Erton Moraes. Saiba mais: www.agir.com.br
24 agosto, 2005
Graduado!!!
Atenção, devido a grande procura do livro Graduado em Marginalidade, o Projeto Cultural Literatura no Brasil, começou á pouco a distribuir o livro nas livrarias do Alto Tietê e região. São elas:
Livraria Nobel: Suzano Shopping – Centro - Suzano.
Livraria Musicultural: Rua Gal. Francisco Glicério, 1001 – Centro – Suzano – S.P
Livraria Book Brasil: Centro – Poá – S.P
Livraria Alpharrábio: Rua Eduardo Monteiro, 151 – Centro – Santo André – S.P
Próximos lançamentos do livro do escritor Sacolinha:
O autor na praça – Dia 01 de outubro.
Livraria Alpharrábio em Santo André – Dia 07 de outubro.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 8325-2368
Lançamento do ZINE VOZ PERIFÉRICA em Morro Agudo
Integrantes do Movimento Enraizados/Mhhob(RJ) dão mais um passo importante na comunicação alternativa da comunidade em que vivem. Após colocarem no ar o portal www.enraizados.com.br e a Rádio Comunitária Mídia FM 90,9, agora se preparam para mais uma empreitada, o ZINE VOZ PERIFÉRICA, (piloto do jornal VOZ PERIFÉRICA), que como o nome já diz será a voz da comunidade, protestando e informando sobre tudo o que acontece na região. A idéia do Movimento Enraizados é que o ZINE seja uma importante ferramenta da comunidade, que chegue onde o portal e a rádio não chegam, além de ser mais uma forma de fomentar a leitura no local. No dia 27 de agosto acontecerá o ENCONTRÃO (Música-Grafite-Dança-Bagunça) para apresentação do ZINE, onde DJS, RAPPERS, GRAFITEIROS, B. BOYS e pessoas que abraçam a causa, se reunirão em Morro Agudo para uma manifestação em prol de mais cultura na comunidade.
ENCONTRÃO Dia 27 de Agosto A Partir das 14:00hs Rua Turíbio da Silva - Morro Agudo Próximo ao Hipermercado MAKRO, na Dutra.
Informações: (21)8703-1648 (21)8476-9810 - (21)9778-2929
www.enraizados.com.br
Livraria Nobel: Suzano Shopping – Centro - Suzano.
Livraria Musicultural: Rua Gal. Francisco Glicério, 1001 – Centro – Suzano – S.P
Livraria Book Brasil: Centro – Poá – S.P
Livraria Alpharrábio: Rua Eduardo Monteiro, 151 – Centro – Santo André – S.P
Próximos lançamentos do livro do escritor Sacolinha:
O autor na praça – Dia 01 de outubro.
Livraria Alpharrábio em Santo André – Dia 07 de outubro.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 8325-2368
Lançamento do ZINE VOZ PERIFÉRICA em Morro Agudo
Integrantes do Movimento Enraizados/Mhhob(RJ) dão mais um passo importante na comunicação alternativa da comunidade em que vivem. Após colocarem no ar o portal www.enraizados.com.br e a Rádio Comunitária Mídia FM 90,9, agora se preparam para mais uma empreitada, o ZINE VOZ PERIFÉRICA, (piloto do jornal VOZ PERIFÉRICA), que como o nome já diz será a voz da comunidade, protestando e informando sobre tudo o que acontece na região. A idéia do Movimento Enraizados é que o ZINE seja uma importante ferramenta da comunidade, que chegue onde o portal e a rádio não chegam, além de ser mais uma forma de fomentar a leitura no local. No dia 27 de agosto acontecerá o ENCONTRÃO (Música-Grafite-Dança-Bagunça) para apresentação do ZINE, onde DJS, RAPPERS, GRAFITEIROS, B. BOYS e pessoas que abraçam a causa, se reunirão em Morro Agudo para uma manifestação em prol de mais cultura na comunidade.
ENCONTRÃO Dia 27 de Agosto A Partir das 14:00hs Rua Turíbio da Silva - Morro Agudo Próximo ao Hipermercado MAKRO, na Dutra.
Informações: (21)8703-1648 (21)8476-9810 - (21)9778-2929
www.enraizados.com.br
23 agosto, 2005
O LIVRO!
Graduado em Marginalidade
Já está liberado pra venda, o livro Graduado em Marginalidade de Ademiro Alves (Sacolinha). Quem quiser adquirir a obra é só fazer o pedido pela Internet ou pelo correio e receberá em casa em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 25,00 + Carta registrada: R$ 4,99 = 29,99
Deposite este valor no banco Bradesco:
Agência: 0101-5
Conta Poupança: 1009809-2
Ademiro Alves de Sousa
Envie o comprovante ou xerox do comprovante para:
Ademiro Alves
Rua Guarani, n° 413 – Jd. Revista – Suzano – S.P.
Cep: 08694-030
Assim que o depósito for confirmado enviaremos o livro.
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 25,00
Participações:
· Juan Perone (escritor cubano)
· Fernando Bonassi
· Ferréz
· Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
· Alessandro Buzo
· Sérgio Vaz
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Site/Blog: www.literaturanobrasil.blogspot.com
Já está liberado pra venda, o livro Graduado em Marginalidade de Ademiro Alves (Sacolinha). Quem quiser adquirir a obra é só fazer o pedido pela Internet ou pelo correio e receberá em casa em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 25,00 + Carta registrada: R$ 4,99 = 29,99
Deposite este valor no banco Bradesco:
Agência: 0101-5
Conta Poupança: 1009809-2
Ademiro Alves de Sousa
Envie o comprovante ou xerox do comprovante para:
Ademiro Alves
Rua Guarani, n° 413 – Jd. Revista – Suzano – S.P.
Cep: 08694-030
Assim que o depósito for confirmado enviaremos o livro.
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 25,00
Participações:
· Juan Perone (escritor cubano)
· Fernando Bonassi
· Ferréz
· Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
· Alessandro Buzo
· Sérgio Vaz
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Site/Blog: www.literaturanobrasil.blogspot.com
22 agosto, 2005
Notas!!!
Vem aí um projeto literário que irá revolucionar a literatura nas escolas e faculdades da cidade de São Paulo; trata-se de 03 escritores da nova geração. Aguardem.
Leia o livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha).
Informações: (11) 4749-5744 / 8325-2368
Leia o livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha).
Informações: (11) 4749-5744 / 8325-2368
19 agosto, 2005
Literatura de periferia
Quem lhe dera fosse apenas um pesadelo!
I
A intenção daquele homem era de sair do serviço, chegar no bairro e tomar uma dose de bagaceira. Depois, em casa, tomar banho gelado. Jantar e dormir profundamente.
Mas, aquela prostituta da Praça da Sé, mudou todo o seu pensamento. Pensamento voltado nas duas grandes coxas bronzeadas, corpo gostoso, seguido de seios naturais, ou de silicone? Sabe-se lá.
Agora a intenção é de se refugiar no quarto com essa mulher da vida e esquecer tudo o que aconteceu neste dia... E o que ainda está por vir. Ejacular o esporro que levou do patrão hoje de manhã, o fim do seu casamento, a infertilidade que o impede de ser pai e tudo o mais.
Já está fodido mesmo! O que importa ficar fodido e meio gastando o que tem no bolso, com essa mulher.
Entraram no hotel ao lado da catedral. Ela ia pensando na grana e, ele, apenas tentando se concentrar.
Os 30 minutos pagos por Juvenal, passaram... E, agora, ele, homem de 37 anos de idade caminha relaxado em direção a estação do metrô. Indiferente aos meninos cheirando cola de sapateiro no escadão da igreja. Indiferente aos mendigos pedindo esmolas com garrafas de pinga nas mãos. E, indiferente, aos comércios que abaixavam suas portas.
A noite estava apenas começando...
II
Juvenal embarcou no metrô sentido Itaquera, desceu no Brás e seguiu seu caminho. Queria tomar uma pinga, mas, no comércio dentro da estação, no trecho que liga o metrô ao trem não vende bebida alcoólica.
O prazer do sexo que fez com a garota de programa estava indo embora e no seu lugar vinha um sentimento confuso sobre o fim do seu casamento. Abalado, por que sua mulher queria filhos e, ele, não podia ter. Mas isso não justificava, ela ter lhe trocado pelo Milton; seu amigo de infância. Bateu uma tremenda dor de corno, e Juvenal queria vingança ou se acabar de beber nesta noite.
O povo anda apressado e, ele, viajando na maionese, atrapalha o caminho.Uns trombam com ele. Outros reclamam. Até que Juvenal chega no trem, encosta numa porta fechada, e fica imaginando o que fazer? Se sentiu mal de ter aceitado, calado, as ofensas que recebeu de manhã do patrão. Devia ter respondido. Pedido a conta. Mas, calou, humilhado. Ele agora tinha certeza. Era um fracassado, e por isso fora abandonado pela mulher que tanto ama.
Ficou olhando os rostos das pessoas, naquela composição velha que segue sentido Calmon Viana. Ele irá desembarcar em Itaquaquecetuba.
Em cada rosto um olhar cansado. Parece que ali só tem gente com problemas. Ninguém sorri. Ninguém se destaca na multidão, a não ser uma garota. Extremamente bonita, e que está sentada longe. Ela lê um livro, e nem dá bola para o restante daquele povo. Ela parece um ser superior.
Passa um camelô, e Juvenal compra uma cerveja. Confere o dinheiro, e o pouco que tem é suficiente para se embebedar. Foda-se o trabalho. Amanhã, irá faltar. Pensou que poderia comprar umas pedras de crack, e como nos velhos tempos esquecer seus problemas.
Toma a cerveja, decidindo o que fará em Itaquá.
III
Juvenal se sente no próprio navio negreiro dentro desse trem; embora nunca tenha lhe passado pela cabeça o que fora um. Também, pouco importava o sofrimento dos outros, quando, ele parecia carregar as dores do mundo.
Bebe um gole da cerveja quase sem gelo, e sente o gosto amargo da solidão apesar do trem estar super lotado. Na cabeça, o pensamento percorre no trilho do seu dia de merda que não consegue esquecer. O patrão, a puta, a cachaça, a vida miserável que leva, tudo ao mesmo tempo e na mesma velocidade com que a vida passa pela janela.
À sua frente uma mulher implica com a criança que se inquietava no colo. Pensou na criança como seu filho, e que a mulher jamais ralharia com ele. Mas lembrou que não pode ter filhos, e que não tem mais mulher. Bebe outro gole de cerveja e o álcool incita o ódio que cresce em seu coração.
Pensa na mulher do livro, alheia ao mundo. E a vê com olhos de quem a despiu inteira. O suor nas mãos, só de pensar nos seios dela.
Mais ao lado, um gordo segura uma bíblia. Mas, não lê, talvez, porque, já saiba tudo de cor ou descansa sua fé por um instante. Impotente, Juvenal não havia pensado em Deus durante todo o dia. Talvez nunca tenha pensado. Foda-se, pensou: “O gordo acredita nele mais do que eu, e está no mesmo trem! Então, foda-se mesmo!”.
Ficou surpreso com a coragem desafiando o divino. Não enfrentou o patrão, mas enfrentava Deus. A cerveja acabou.
As estações ficando para trás. Mas o futuro não saía da cabeça, e o trem lotado de gente que mais parece ir para o cadafalso. O trem parecendo o quarto de despejo da sociedade. A gostosa lendo o livro. A criança chorando, a bíblia do gordo, o patrão filho da puta. A puta, o camelô que sumiu e tudo mais girando em sua cabeça na velocidade da luz.Tudo ali num imenso furacão e ele só conseguiu murmurar: “Amanhã eu não vou trabalhar”.
Na confusão dos pensamentos lembrou-se de Milton, seu ex-amigo, agora com sua ex-mulher, e se arrependeu de não tê-los matados quando teve oportunidade. A essa hora, a vagabunda da mulher deve estar acariciando o safado com a ternura que lhe subtraiu. O camelô retorna ao vagão, e ele pega outra cerveja. Agora mais quente que a primeira.
Em pé, uma senhora esfrega-lhe a sacola em seu rosto à espera de uma gentileza e só o que ele pensa é: “Se encostar de novo derramo a cerveja nela, não se pode nem sofrer em paz”!
A gostosa tira os olhos do livro, para ver se a estação está perto. - “Quem sabe...”, pensa ele - Mas a rainha da literatura apenas passa os olhos sem descansar nos dele, aliás, olhava pra todos, mas não enxergava ninguém. Arrogante, foi assim que a definiu. Imaginou-a nos braços recitando um trecho do livro e, ele, afagando-a. Os seios sob a blusa. Esse pensamento lascivo quase o tira da solidão, mas o trem pára bruscamente numa estação esparramando no chão esse único segundo sem dor, desse dia infernal.
Nesse momento, chegou a conclusão que o inferno só poderia ser um trem a caminho de casa; depois de um dia fodido de trabalho. Ali, remoendo sua mísera existência desconfiou que o condutor seria o próprio demo em pessoa. Discretamente, fez o sinal da cruz. Mas, esquecera que minutos atrás ofendera o senhor e, provavelmente, não teria proteção divina. Sem Deus, nem diabo, o destino agora estava por sua conta.
A criança dormiu, a mulher do livro parece não trocar de página e Itaquaquecetuba se aproxima.
IV
Na chegada das luzes da cidade, Juvenal, por um momento, se distraiu e recordou antiga passagem de infância...
Sentados no banco, ele e o pai retornando com as compras. O rosto pequeno colado no vidro, contando o brilho das lâmpadas nas extremidades dos postes de madeira que vinham e se perdiam seguidamente. Juvenal segura pequenos embrulhos, no colo mirrado. Presentes às duas irmãs mais velhas.
O "velho", assim o chamavam, com sacolas entre as pernas envolvia nos braços um boneco inflável, cheio, enorme! Do tipo "João Teimoso", daqueles que nunca ficam deitados. Por mais que apanhem, tombem, voltam a ficar em pé. Em meio ao vácuo da saudade se viu feliz.
Ouviu o mesmo som do apito anunciando a chegada. O mesmo freio de ar. A mesma plataforma, mas, a expectativa, agora, é diferente. Olhou ao lado e não havia ninguém. As pessoas aglomeradas à porta de saída. Sentiu vontade de se deixar ficar. Desejou que o trem continuasse viajando eternamente. Em seu íntimo, o pavor de sair dali; ultrapassar a catraca e chegar na rua.
Sentindo certo torpor ficou observando a noite tingir o céu de estranha pintura. Estrelas cintilando o centro global. Nuvens densas e escuras recobrindo o horizonte no sul e oeste, crescendo a leste. Ao norte, o azul infinito. O dia se fez quente, agora o frio de outono abrangendo conotações de inverno. - Será que vai chover? - Na calçada, Juvenal olhou o tráfego intenso. Os faróis e buzinas. Indeciso, qual rumo tomar? Atravessar a avenida? Descer até o largo? Ou parar no bar da praça? O relógio no pulso, presente da ex mulher por ocasião do noivado, agora o irritava. Em desprezo a essa vaga lembrança cuspiu no chão. - Maldita! - falou entre dentes. Os ponteiros marcavam 20h45.
Se deixou levar por impulso e em uma barraca próxima da estação pediu bagaceira. - Bagaceira? Não tem, respondeu o homem.
- Então me dê uma cachaça com limão - Contou o minguado dinheiro. Sobravam R$ 8,00. Dava pra tomar outras. Ficaria bêbado, legal.
O gole absorveu meia dose. Sentiu queimar por dentro e um calor instantâneo vaporizou a mente. A conversa rolava entre os fregueses, mas, Juvenal, mantinha o olhar dirigido ao recanto ao lado; a uma pontiaguda faca, onde o sujeito desossava um porco expondo as partes sobre o balcão. Sorveu um pouco mais da cachaça, deixando um resto para depois de acender o cigarro. Os olhos grudados na faca manuseada pelo homem que limpava a barrigada. Em seguida, com um golpe de machado separa o pernil. A canção no rádio chamou sua atenção: "Pelo amor de uma mulher eu mato. Eu morro”. Estranha química. Nas partes destrinchadas viu Dora, e o amante. E, ele, Juvenal, os esfaqueando, os esquartejando. Milton, gemendo. Dora sangrando. Sentiu o prazer dos golpes e o sangue brotar das vísceras: - Malditos - Bebeu o restante da pinga e seguiu caminho.
Percorrendo paralelo ao muro que circunda a linha do trem, os estranhos pensamentos o atormentavam:
- Vingança - bradava seu interior. O cérebro projetando imagens. Como num filme, Juvenal se via com um revólver na mão. Disparando contra o peito do patrão, suplicante...
Em seguida, arrombando a casa onde até um mês atrás, ele, Juvenal, reinava. E, naquele instante, viviam os desafetos de seu amor próprio. Gozando na cama onde tantas vezes, ele, Juvenal, a amou, sinceramente.
Os tinha em mente, nus. Rindo dele, felizes. E, na aparição, ele, Juvenal, de arma em punho. Ameaçador, os faz ficar de joelhos pedindo clemência. Punição, repetia a si mesmo. E os tiros, um após outro, mortificando a desesperada paixão. Terminou a débil narrativa, esvaziando novo copo.
Aguardando o sinal pra cruzar a linha do trem, sua alma estremeceu com a velocidade dos pesados vagões carregando centenas de vivas fotografias. Imaginou-se suicida. Ter o corpo dilacerado sob as rodas de ferro seria uma forma de autopunição, de acabar com todo o sofrimento. Viu a locomotiva sumir no meio da noite, e continuou a solitária marcha.
Juvenal sempre foi um cara reservado. Concluiu somente o curso primário. Aprendeu a profissão que exercia, mecânico de manutenção, na montadora de carros onde trabalhou durante oito anos. Época boa. O salário recebido permitia almejar um futuro promissor. Porém, com a morte repentina do pai, sua vida começou a se tornar nebulosa. A mãe, passado algum tempo, iria morar na Vila Nhocuné, em São Paulo, com a irmã já casada. A outra, a mais velha, formada professora, havia se mudado para o interior paulista.
Devido ao trabalho, Juvenal permaneceu em Itaquaquecetuba. Sozinho, começou a beber com mais freqüência. Sem ter consciência do fato, flagelado espírito o incomodava.
Saía com os colegas de trabalho para curtir a noitada, mas pouco se divertia. E numa dessas baladas, os companheiros o apresentaram ao mundo das drogas. Com o uso, sentiu-se super. E querendo cada vez mais sentir a surpreendente empolgação, o vício o absorveu. Deixou de ser aquele empregado responsável, e problemas na empresa surgiram. Então, para esquecer os problemas, ele fumava. Queimava... Aos 28 anos, foi despedido.
Só se deu conta do estrago causado e o tempo perdido, quando conheceu Dora. Balconista que o serviu, na compra de uma camisa. Atenciosa, despertou em Juvenal algo nunca sentido. Enamorou-se. Havia recebido a indenização, tinha recurso no banco. Procurou a família, resolvido vender a moradia. Queria esquecer o passado recente. Venderam, e a mãe lhe deu parte do dinheiro. Dona Joana, que, embora distante, sabia do problemático desvio de Juvenal, aconselhou: "Não deixe de procurar a felicidade. Ela existe. Basta perceber".
Levado pelo encanto, Dora percebeu a vulnerável capa. Juvenal comprou calças, meias, cuecas, pagando a vista; só para impressioná-la. Dora deu a colher de chá esperada.
O convite para comer pizza. Começaram a namorar. Envolveram-se. Surgiram planos, e juntando as economias compraram uma casa. Casaram-se. E viveram agradáveis passagens. Desfeitas ao fim de oito anos, e, que, hoje, martirizam Juvenal.
Passava da meia noite e os depressivos passos aventuram-se nos degraus da escada, em número de seis, até chegar na porta de entrada de sua residência. Resistência de habitação coletiva, antigamente curtiço. À Juvenal cabe o aluguel de um quarto, cozinha e banheiro; juntamente com mais nove locações divididas no mesmo quintal.
Ali mora desde a separação. Juvenal teve que mudar. Pra tirar Dora, da casa onde residiram, só matando. - Milton filho da puta!
O ranger da porta. Acesa a cozinha, maior tristeza. Um fogão de segunda, comprado com o armário que estava no chão; esperando por ser pendurado. Louça por lavar. Apoiou-se na cadeira, olhou em torno. Restos de comida, pratos sujos em cima da mesa. Tudo rodava. Parou na entrada do quarto. A cama desarrumada. As roupas espalhadas, amontoadas ao canto. Solidão imensa se apossa de Juvenal. Ele deitou e chorou copiosamente.
O patrão não pode ser odiado pela bronca. Fora merecido. Juvenal esqueceu de desligar a máquina de solda e os cabos tinham se derretido. Dora também não era culpada. Juvenal sabia do desejo de ter filhos. Quando souberam de sua infertilidade, o médico receitou tratamento. Podia estar curado em alguns meses, um ano...
Talvez por sentimento egoísta, de não querer dividir Dora com ninguém, mesmo com um filho; ou quem sabe desleixo, Juvenal não se incomodou com o problema e enrolou a solução. Deu no que deu.
Não havia de matar. Pelo menos, então, morrer aos poucos. Assim, agonizante igual ao que sentia naquele momento. Em que o mundo parecia desabar do teto imóvel sobre ele. O veredicto o apontava culpado. Adormeceu profundamente.
Quem dera explicar as tramas do subconsciente. A imagem do boneco João Teimoso vagou nos olhos cerrados. Deitando e levantado. Caindo pra ficar em pé. Constante movimento... A respiração tensa tornou-se tranqüila e nem os latidos dos cães próximos à janela, ou o miado dos gatos sobre o telhado, foram capazes de acordá-lo.
Às cinco horas, os relógios das locações vizinhas, feito sinfonia, despertaram o amanhecer. Na porta, ouve-se batidas e voz feminina. "Juvenal, Juvenal! Acorda, homem. Vai perder a hora".
Demorou alguns minutos até entender o chamado. Zonzo, girou a fechadura e o ar da manhã soprou-lhe no rosto cheiro bom.
Ângela, vizinha da casa em frente, declara sonoro - Bom dia!
Mesmo com a cara inchada, a cabeça pesada, e as vestes do dia anterior amarrotadas. Ainda assim, Juvenal ouviu um galo cantar, distante.
Vestindo claro roupão de banho levemente molhado, colado ao excitante corpo, os cabelos curtos e respingados. Olhos grandes e castanhos. Os seios querendo saltar pra fora do tecido úmido. Ângela, negra. A tez, negra, negra... O sorriso alvo. Alvíssimo. Feição forte exalando beleza. Simpatia. Delirante perfume.
Sonolento ou atordoado pela visão concebida, Juvenal respondeu: "O que aconteceu?".
- "Ô Juvenal, empresta duas colher do pó de café. A água tá fervendo e só agora percebi que acabou".
Procurou no deslocado armário e, em seguida, diante dela, entregou o pote: "Use, depois você devolve".
Ângela falou:"Se agita, homem. Senão, você perde o tempo do trem". Ó palavras saídas daqueles lábios carnudos. Sorrindo tornou à porta defronte, separada por dois metros de cimentado.
Juvenal no banheiro, olha-se no espelho. Se despe, e, na água do chuveiro busca o fio de agonia sentida, ontem. Ao inverso: Juvenal sentiu dentro de si, estremecimento. Enquanto se ensaboava lembrou do sonho, e não soube distinguir o significado. Tentou escovar os dentes e ânsia de vômito do âmago aflorou. A vaga lembrança de Dora escorreu azeda boca afora. A puta, Milton, o patrão, foram-se noutra golfada...
Invadindo, o cheiro do café passado no coador e o doce cantar se prolongando: "Vem meu preto, quero sentir teu corpo. Dar meu colo. Me banhar, te enxaguar de prazer". O rastro...
Juvenal estava vestido quando colocou no pulso o relógio dado pela ex-mulher; eram 5h45. Saiu à porta. Olhou as plantas fortalecidas em oxigênio, aguardando o sol. Tirou do maço, o cigarro. Antes de acender, por costume, o socou na unha três vezes e o segurou no canto esquerdo da boca. Em quietude, ouvia o cantarolar de Ângela: "Vem meu preto, quero sentir teu corpo..."
Viu, humilde flor despontando no vaso mal cuidado. Retirou a erva daninha à sufocá-la. Surpreendido, pensou em Deus. No pai, no trem, no João Teimoso teimando em ficar erguido... A mãe e o eco: "Nunca deixe de procurar a felicidade. Ela existe. Basta perceber...”
- Está esperando o café pra acender o cigarro?
Meiguice que o fez refletir por um instante nos pesares vividos; bom se fosse apenas um pesadelo. Não o é. É a realidade. "A realidade existe para ser transformada", pensou firmemente.
Segurando a asa da xícara, Ângela falou:
- "Se demorar, vai esfriar".
Acesa a chama. A fumaça do cigarro contrapondo ao aroma de ar fresco. Seguiram ao encontro dos primeiros raios de luz. Há vida em movimento. Um novo dia começou...
Autores deste trabalho:
Ademiro Alves (Sacolinha),
Alessandro Buzo, Sérgio Vaz e Marcopezão.
20:15 14/05/05
I
A intenção daquele homem era de sair do serviço, chegar no bairro e tomar uma dose de bagaceira. Depois, em casa, tomar banho gelado. Jantar e dormir profundamente.
Mas, aquela prostituta da Praça da Sé, mudou todo o seu pensamento. Pensamento voltado nas duas grandes coxas bronzeadas, corpo gostoso, seguido de seios naturais, ou de silicone? Sabe-se lá.
Agora a intenção é de se refugiar no quarto com essa mulher da vida e esquecer tudo o que aconteceu neste dia... E o que ainda está por vir. Ejacular o esporro que levou do patrão hoje de manhã, o fim do seu casamento, a infertilidade que o impede de ser pai e tudo o mais.
Já está fodido mesmo! O que importa ficar fodido e meio gastando o que tem no bolso, com essa mulher.
Entraram no hotel ao lado da catedral. Ela ia pensando na grana e, ele, apenas tentando se concentrar.
Os 30 minutos pagos por Juvenal, passaram... E, agora, ele, homem de 37 anos de idade caminha relaxado em direção a estação do metrô. Indiferente aos meninos cheirando cola de sapateiro no escadão da igreja. Indiferente aos mendigos pedindo esmolas com garrafas de pinga nas mãos. E, indiferente, aos comércios que abaixavam suas portas.
A noite estava apenas começando...
II
Juvenal embarcou no metrô sentido Itaquera, desceu no Brás e seguiu seu caminho. Queria tomar uma pinga, mas, no comércio dentro da estação, no trecho que liga o metrô ao trem não vende bebida alcoólica.
O prazer do sexo que fez com a garota de programa estava indo embora e no seu lugar vinha um sentimento confuso sobre o fim do seu casamento. Abalado, por que sua mulher queria filhos e, ele, não podia ter. Mas isso não justificava, ela ter lhe trocado pelo Milton; seu amigo de infância. Bateu uma tremenda dor de corno, e Juvenal queria vingança ou se acabar de beber nesta noite.
O povo anda apressado e, ele, viajando na maionese, atrapalha o caminho.Uns trombam com ele. Outros reclamam. Até que Juvenal chega no trem, encosta numa porta fechada, e fica imaginando o que fazer? Se sentiu mal de ter aceitado, calado, as ofensas que recebeu de manhã do patrão. Devia ter respondido. Pedido a conta. Mas, calou, humilhado. Ele agora tinha certeza. Era um fracassado, e por isso fora abandonado pela mulher que tanto ama.
Ficou olhando os rostos das pessoas, naquela composição velha que segue sentido Calmon Viana. Ele irá desembarcar em Itaquaquecetuba.
Em cada rosto um olhar cansado. Parece que ali só tem gente com problemas. Ninguém sorri. Ninguém se destaca na multidão, a não ser uma garota. Extremamente bonita, e que está sentada longe. Ela lê um livro, e nem dá bola para o restante daquele povo. Ela parece um ser superior.
Passa um camelô, e Juvenal compra uma cerveja. Confere o dinheiro, e o pouco que tem é suficiente para se embebedar. Foda-se o trabalho. Amanhã, irá faltar. Pensou que poderia comprar umas pedras de crack, e como nos velhos tempos esquecer seus problemas.
Toma a cerveja, decidindo o que fará em Itaquá.
III
Juvenal se sente no próprio navio negreiro dentro desse trem; embora nunca tenha lhe passado pela cabeça o que fora um. Também, pouco importava o sofrimento dos outros, quando, ele parecia carregar as dores do mundo.
Bebe um gole da cerveja quase sem gelo, e sente o gosto amargo da solidão apesar do trem estar super lotado. Na cabeça, o pensamento percorre no trilho do seu dia de merda que não consegue esquecer. O patrão, a puta, a cachaça, a vida miserável que leva, tudo ao mesmo tempo e na mesma velocidade com que a vida passa pela janela.
À sua frente uma mulher implica com a criança que se inquietava no colo. Pensou na criança como seu filho, e que a mulher jamais ralharia com ele. Mas lembrou que não pode ter filhos, e que não tem mais mulher. Bebe outro gole de cerveja e o álcool incita o ódio que cresce em seu coração.
Pensa na mulher do livro, alheia ao mundo. E a vê com olhos de quem a despiu inteira. O suor nas mãos, só de pensar nos seios dela.
Mais ao lado, um gordo segura uma bíblia. Mas, não lê, talvez, porque, já saiba tudo de cor ou descansa sua fé por um instante. Impotente, Juvenal não havia pensado em Deus durante todo o dia. Talvez nunca tenha pensado. Foda-se, pensou: “O gordo acredita nele mais do que eu, e está no mesmo trem! Então, foda-se mesmo!”.
Ficou surpreso com a coragem desafiando o divino. Não enfrentou o patrão, mas enfrentava Deus. A cerveja acabou.
As estações ficando para trás. Mas o futuro não saía da cabeça, e o trem lotado de gente que mais parece ir para o cadafalso. O trem parecendo o quarto de despejo da sociedade. A gostosa lendo o livro. A criança chorando, a bíblia do gordo, o patrão filho da puta. A puta, o camelô que sumiu e tudo mais girando em sua cabeça na velocidade da luz.Tudo ali num imenso furacão e ele só conseguiu murmurar: “Amanhã eu não vou trabalhar”.
Na confusão dos pensamentos lembrou-se de Milton, seu ex-amigo, agora com sua ex-mulher, e se arrependeu de não tê-los matados quando teve oportunidade. A essa hora, a vagabunda da mulher deve estar acariciando o safado com a ternura que lhe subtraiu. O camelô retorna ao vagão, e ele pega outra cerveja. Agora mais quente que a primeira.
Em pé, uma senhora esfrega-lhe a sacola em seu rosto à espera de uma gentileza e só o que ele pensa é: “Se encostar de novo derramo a cerveja nela, não se pode nem sofrer em paz”!
A gostosa tira os olhos do livro, para ver se a estação está perto. - “Quem sabe...”, pensa ele - Mas a rainha da literatura apenas passa os olhos sem descansar nos dele, aliás, olhava pra todos, mas não enxergava ninguém. Arrogante, foi assim que a definiu. Imaginou-a nos braços recitando um trecho do livro e, ele, afagando-a. Os seios sob a blusa. Esse pensamento lascivo quase o tira da solidão, mas o trem pára bruscamente numa estação esparramando no chão esse único segundo sem dor, desse dia infernal.
Nesse momento, chegou a conclusão que o inferno só poderia ser um trem a caminho de casa; depois de um dia fodido de trabalho. Ali, remoendo sua mísera existência desconfiou que o condutor seria o próprio demo em pessoa. Discretamente, fez o sinal da cruz. Mas, esquecera que minutos atrás ofendera o senhor e, provavelmente, não teria proteção divina. Sem Deus, nem diabo, o destino agora estava por sua conta.
A criança dormiu, a mulher do livro parece não trocar de página e Itaquaquecetuba se aproxima.
IV
Na chegada das luzes da cidade, Juvenal, por um momento, se distraiu e recordou antiga passagem de infância...
Sentados no banco, ele e o pai retornando com as compras. O rosto pequeno colado no vidro, contando o brilho das lâmpadas nas extremidades dos postes de madeira que vinham e se perdiam seguidamente. Juvenal segura pequenos embrulhos, no colo mirrado. Presentes às duas irmãs mais velhas.
O "velho", assim o chamavam, com sacolas entre as pernas envolvia nos braços um boneco inflável, cheio, enorme! Do tipo "João Teimoso", daqueles que nunca ficam deitados. Por mais que apanhem, tombem, voltam a ficar em pé. Em meio ao vácuo da saudade se viu feliz.
Ouviu o mesmo som do apito anunciando a chegada. O mesmo freio de ar. A mesma plataforma, mas, a expectativa, agora, é diferente. Olhou ao lado e não havia ninguém. As pessoas aglomeradas à porta de saída. Sentiu vontade de se deixar ficar. Desejou que o trem continuasse viajando eternamente. Em seu íntimo, o pavor de sair dali; ultrapassar a catraca e chegar na rua.
Sentindo certo torpor ficou observando a noite tingir o céu de estranha pintura. Estrelas cintilando o centro global. Nuvens densas e escuras recobrindo o horizonte no sul e oeste, crescendo a leste. Ao norte, o azul infinito. O dia se fez quente, agora o frio de outono abrangendo conotações de inverno. - Será que vai chover? - Na calçada, Juvenal olhou o tráfego intenso. Os faróis e buzinas. Indeciso, qual rumo tomar? Atravessar a avenida? Descer até o largo? Ou parar no bar da praça? O relógio no pulso, presente da ex mulher por ocasião do noivado, agora o irritava. Em desprezo a essa vaga lembrança cuspiu no chão. - Maldita! - falou entre dentes. Os ponteiros marcavam 20h45.
Se deixou levar por impulso e em uma barraca próxima da estação pediu bagaceira. - Bagaceira? Não tem, respondeu o homem.
- Então me dê uma cachaça com limão - Contou o minguado dinheiro. Sobravam R$ 8,00. Dava pra tomar outras. Ficaria bêbado, legal.
O gole absorveu meia dose. Sentiu queimar por dentro e um calor instantâneo vaporizou a mente. A conversa rolava entre os fregueses, mas, Juvenal, mantinha o olhar dirigido ao recanto ao lado; a uma pontiaguda faca, onde o sujeito desossava um porco expondo as partes sobre o balcão. Sorveu um pouco mais da cachaça, deixando um resto para depois de acender o cigarro. Os olhos grudados na faca manuseada pelo homem que limpava a barrigada. Em seguida, com um golpe de machado separa o pernil. A canção no rádio chamou sua atenção: "Pelo amor de uma mulher eu mato. Eu morro”. Estranha química. Nas partes destrinchadas viu Dora, e o amante. E, ele, Juvenal, os esfaqueando, os esquartejando. Milton, gemendo. Dora sangrando. Sentiu o prazer dos golpes e o sangue brotar das vísceras: - Malditos - Bebeu o restante da pinga e seguiu caminho.
Percorrendo paralelo ao muro que circunda a linha do trem, os estranhos pensamentos o atormentavam:
- Vingança - bradava seu interior. O cérebro projetando imagens. Como num filme, Juvenal se via com um revólver na mão. Disparando contra o peito do patrão, suplicante...
Em seguida, arrombando a casa onde até um mês atrás, ele, Juvenal, reinava. E, naquele instante, viviam os desafetos de seu amor próprio. Gozando na cama onde tantas vezes, ele, Juvenal, a amou, sinceramente.
Os tinha em mente, nus. Rindo dele, felizes. E, na aparição, ele, Juvenal, de arma em punho. Ameaçador, os faz ficar de joelhos pedindo clemência. Punição, repetia a si mesmo. E os tiros, um após outro, mortificando a desesperada paixão. Terminou a débil narrativa, esvaziando novo copo.
Aguardando o sinal pra cruzar a linha do trem, sua alma estremeceu com a velocidade dos pesados vagões carregando centenas de vivas fotografias. Imaginou-se suicida. Ter o corpo dilacerado sob as rodas de ferro seria uma forma de autopunição, de acabar com todo o sofrimento. Viu a locomotiva sumir no meio da noite, e continuou a solitária marcha.
Juvenal sempre foi um cara reservado. Concluiu somente o curso primário. Aprendeu a profissão que exercia, mecânico de manutenção, na montadora de carros onde trabalhou durante oito anos. Época boa. O salário recebido permitia almejar um futuro promissor. Porém, com a morte repentina do pai, sua vida começou a se tornar nebulosa. A mãe, passado algum tempo, iria morar na Vila Nhocuné, em São Paulo, com a irmã já casada. A outra, a mais velha, formada professora, havia se mudado para o interior paulista.
Devido ao trabalho, Juvenal permaneceu em Itaquaquecetuba. Sozinho, começou a beber com mais freqüência. Sem ter consciência do fato, flagelado espírito o incomodava.
Saía com os colegas de trabalho para curtir a noitada, mas pouco se divertia. E numa dessas baladas, os companheiros o apresentaram ao mundo das drogas. Com o uso, sentiu-se super. E querendo cada vez mais sentir a surpreendente empolgação, o vício o absorveu. Deixou de ser aquele empregado responsável, e problemas na empresa surgiram. Então, para esquecer os problemas, ele fumava. Queimava... Aos 28 anos, foi despedido.
Só se deu conta do estrago causado e o tempo perdido, quando conheceu Dora. Balconista que o serviu, na compra de uma camisa. Atenciosa, despertou em Juvenal algo nunca sentido. Enamorou-se. Havia recebido a indenização, tinha recurso no banco. Procurou a família, resolvido vender a moradia. Queria esquecer o passado recente. Venderam, e a mãe lhe deu parte do dinheiro. Dona Joana, que, embora distante, sabia do problemático desvio de Juvenal, aconselhou: "Não deixe de procurar a felicidade. Ela existe. Basta perceber".
Levado pelo encanto, Dora percebeu a vulnerável capa. Juvenal comprou calças, meias, cuecas, pagando a vista; só para impressioná-la. Dora deu a colher de chá esperada.
O convite para comer pizza. Começaram a namorar. Envolveram-se. Surgiram planos, e juntando as economias compraram uma casa. Casaram-se. E viveram agradáveis passagens. Desfeitas ao fim de oito anos, e, que, hoje, martirizam Juvenal.
Passava da meia noite e os depressivos passos aventuram-se nos degraus da escada, em número de seis, até chegar na porta de entrada de sua residência. Resistência de habitação coletiva, antigamente curtiço. À Juvenal cabe o aluguel de um quarto, cozinha e banheiro; juntamente com mais nove locações divididas no mesmo quintal.
Ali mora desde a separação. Juvenal teve que mudar. Pra tirar Dora, da casa onde residiram, só matando. - Milton filho da puta!
O ranger da porta. Acesa a cozinha, maior tristeza. Um fogão de segunda, comprado com o armário que estava no chão; esperando por ser pendurado. Louça por lavar. Apoiou-se na cadeira, olhou em torno. Restos de comida, pratos sujos em cima da mesa. Tudo rodava. Parou na entrada do quarto. A cama desarrumada. As roupas espalhadas, amontoadas ao canto. Solidão imensa se apossa de Juvenal. Ele deitou e chorou copiosamente.
O patrão não pode ser odiado pela bronca. Fora merecido. Juvenal esqueceu de desligar a máquina de solda e os cabos tinham se derretido. Dora também não era culpada. Juvenal sabia do desejo de ter filhos. Quando souberam de sua infertilidade, o médico receitou tratamento. Podia estar curado em alguns meses, um ano...
Talvez por sentimento egoísta, de não querer dividir Dora com ninguém, mesmo com um filho; ou quem sabe desleixo, Juvenal não se incomodou com o problema e enrolou a solução. Deu no que deu.
Não havia de matar. Pelo menos, então, morrer aos poucos. Assim, agonizante igual ao que sentia naquele momento. Em que o mundo parecia desabar do teto imóvel sobre ele. O veredicto o apontava culpado. Adormeceu profundamente.
Quem dera explicar as tramas do subconsciente. A imagem do boneco João Teimoso vagou nos olhos cerrados. Deitando e levantado. Caindo pra ficar em pé. Constante movimento... A respiração tensa tornou-se tranqüila e nem os latidos dos cães próximos à janela, ou o miado dos gatos sobre o telhado, foram capazes de acordá-lo.
Às cinco horas, os relógios das locações vizinhas, feito sinfonia, despertaram o amanhecer. Na porta, ouve-se batidas e voz feminina. "Juvenal, Juvenal! Acorda, homem. Vai perder a hora".
Demorou alguns minutos até entender o chamado. Zonzo, girou a fechadura e o ar da manhã soprou-lhe no rosto cheiro bom.
Ângela, vizinha da casa em frente, declara sonoro - Bom dia!
Mesmo com a cara inchada, a cabeça pesada, e as vestes do dia anterior amarrotadas. Ainda assim, Juvenal ouviu um galo cantar, distante.
Vestindo claro roupão de banho levemente molhado, colado ao excitante corpo, os cabelos curtos e respingados. Olhos grandes e castanhos. Os seios querendo saltar pra fora do tecido úmido. Ângela, negra. A tez, negra, negra... O sorriso alvo. Alvíssimo. Feição forte exalando beleza. Simpatia. Delirante perfume.
Sonolento ou atordoado pela visão concebida, Juvenal respondeu: "O que aconteceu?".
- "Ô Juvenal, empresta duas colher do pó de café. A água tá fervendo e só agora percebi que acabou".
Procurou no deslocado armário e, em seguida, diante dela, entregou o pote: "Use, depois você devolve".
Ângela falou:"Se agita, homem. Senão, você perde o tempo do trem". Ó palavras saídas daqueles lábios carnudos. Sorrindo tornou à porta defronte, separada por dois metros de cimentado.
Juvenal no banheiro, olha-se no espelho. Se despe, e, na água do chuveiro busca o fio de agonia sentida, ontem. Ao inverso: Juvenal sentiu dentro de si, estremecimento. Enquanto se ensaboava lembrou do sonho, e não soube distinguir o significado. Tentou escovar os dentes e ânsia de vômito do âmago aflorou. A vaga lembrança de Dora escorreu azeda boca afora. A puta, Milton, o patrão, foram-se noutra golfada...
Invadindo, o cheiro do café passado no coador e o doce cantar se prolongando: "Vem meu preto, quero sentir teu corpo. Dar meu colo. Me banhar, te enxaguar de prazer". O rastro...
Juvenal estava vestido quando colocou no pulso o relógio dado pela ex-mulher; eram 5h45. Saiu à porta. Olhou as plantas fortalecidas em oxigênio, aguardando o sol. Tirou do maço, o cigarro. Antes de acender, por costume, o socou na unha três vezes e o segurou no canto esquerdo da boca. Em quietude, ouvia o cantarolar de Ângela: "Vem meu preto, quero sentir teu corpo..."
Viu, humilde flor despontando no vaso mal cuidado. Retirou a erva daninha à sufocá-la. Surpreendido, pensou em Deus. No pai, no trem, no João Teimoso teimando em ficar erguido... A mãe e o eco: "Nunca deixe de procurar a felicidade. Ela existe. Basta perceber...”
- Está esperando o café pra acender o cigarro?
Meiguice que o fez refletir por um instante nos pesares vividos; bom se fosse apenas um pesadelo. Não o é. É a realidade. "A realidade existe para ser transformada", pensou firmemente.
Segurando a asa da xícara, Ângela falou:
- "Se demorar, vai esfriar".
Acesa a chama. A fumaça do cigarro contrapondo ao aroma de ar fresco. Seguiram ao encontro dos primeiros raios de luz. Há vida em movimento. Um novo dia começou...
Autores deste trabalho:
Ademiro Alves (Sacolinha),
Alessandro Buzo, Sérgio Vaz e Marcopezão.
20:15 14/05/05
18 agosto, 2005
Mais!!!
Amanhã publicaremos novamente o texto literário feito pelos escritores e poetas: Sérgio Vaz, Alessandro Buzo, Sacolinha e Marcopezão. O trabalho chama-se "Quem lhe dera fosse apenas um pesadelo".
Atenção para estes sites, blogs e fotologs, acessem um de cada vez, pois a comissão literária do projeto adverte: Muita cultura pode dar overdose de informação.
www.jornalestrutura.com.br
fragmento.zip.net
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www.cotaeditorial.cjb.net
www.enraizados.com.br
www.recantodaspalavras.com.br/autores/sacolinha
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www.otaboense.com.br/sergiovaz
www.abarata.com.br/sites
www.leialivro.com.br
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www.fimdesemananoar.zip.net
www.omalvindo.weblogger.com.br
www.imprensalivre.net
www.wlimonada.hpg.com.br
www.movimentoliterário.com.br
ferrez.blogspot.com
1dasul.blogspot.com
www.usinadaspalavras.com
www.capao.com.br
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17 agosto, 2005
Escritor Urbano.
Um ilustre desconhecido
João Antônio tinha verdadeiro ódio da classe média, a que se referia como "classe mérdia"
Quando João Antônio Ferreira Filho morreu, em novembro de 1996, alguns diriam que ali entrava para a eternidade uma pessoa de vida desregrada, amante da sinuca e das tardes de conversa à toa pelos botequins de São Paulo e do Rio de Janeiro. Um malandro como tantos outros, que só deixa de herança uma trajetória recheada de passagens pitorescas e lendárias, mas que tão logo o caixão é fechado se soma ao anonimato das multidões. Entretanto, poderia ser levantado outro fato bem mais relevante. Aquele homem, batizado com o mesmo nome comum do pai, um comerciante de posses humildes de Presidente Altino, distrito da cidade de Osasco, na Grande São Paulo, também havia sido um dos dez maiores escritores brasileiros do século 20.
Se essa informação é de fato verdadeira, por que hoje João Antônio é tão desconhecido do público em geral? Como alguém que logo com sua obra de estréia, publicada em 1963, abocanhou dois Jabuti – o mais cobiçado prêmio literário do país – de autor revelação e de melhor livro do ano caiu em tamanho ostracismo?
“Eu tenho uma hipótese. Ele era de origem proletária e, na época da ditadura, tudo que os intelectuais da classe média queriam era expressar a opinião do povo. João Antônio fazia isso naturalmente. Esse aspecto ideológico o ajudou muito. Porém, nos anos 1980, houve uma desmobilização política e esse ambiente que o favorecia se desfez”, analisa Rodrigo Lacerda, editor da “Cosac & Naify”, que vem relançando os títulos mais importantes de João Antônio no mercado.
2005 marca o aniversário de 30 anos da novela, escrita na verdade uma década antes, considerada sua obra-prima: “Paulinho Perna Torta”. O enredo – uma espécie de biografia criminosa de um bandido sanguinário que dá nome à história, ambientada na boca do lixo da capital paulista – resume a contribuição de João Antônio para a literatura brasileira. Ele construiu uma obra consistente que retrata com precisão os tipos e a linguagem dos marginais, com todas as acepções que a palavra “marginal” pode conter. Porém, essa opção deliberada de eleger os excluídos como protagonistas de suas narrativas, que garantiu tanto sucesso e reconhecimento nos anos de 1960 e 1970, definiu um estilo que acabou rotulado. João Antônio morreu escritor consagrado e jornalista experiente, mas sem o mesmo prestígio do início da carreira.
Raízes
Um ferro de passar roupa esquecido na tomada e a besteira estava feita. O incêndio na casa de Presidente Altino custou os originais do livro “Malagueta, Perus e Bacanaço”, com que João Antônio nasceria para o mundo da literatura. É bem verdade que ele já havia publicado em jornais e revistas boa parte dos contos que compunham a obra e, além disso, tinha o hábito de mandar longos trechos de seus textos para ouvir a opinião das pessoas com as quais tinha se habituado a trocar cartas sobre os mais diversos assuntos – de memoráveis partidas de sinuca a tocantes ensaios sobre a solidão humana. Na verdade, não seria difícil recuperar o tempo perdido. Mas a versão de que o livro acabou reescrito por inteiro, em uma sala reservada da biblioteca municipal de São Paulo, construiu um mito que impulsionou as vendas.
A tarde de autógrafos, realizada em junho de 1963, contou com a presença de várias de suas amigas prostitutas da boca do lixo. Aquelas amizades que o filho cultivava desde os 15 anos deixavam a família – daquelas bem humildes que prezava pela dedicação ao trabalho honesto – de cabelos em pé. “De certa forma, podemos dizer que João Antônio foi uma ovelha negra, já que o pai o queria comerciante e, no início, ficou bem decepcionado com o veio literário do menino. Não via futuro algum neste sistema para quem enveredasse pela literatura. Ainda mais com o adolescente João Antônio já freqüentando o meretrício e fazendo amizades na malandragem”, conta o jornalista Mylton Severiano, amigo íntimo e autor de um livro que deve sair ainda este ano sobre a vida do escritor falecido em 1996.
Sua mãe era das mais preocupadas com os rumos que o filho boêmio vinha tomando. Além das incursões pela noite paulistana, desde pequeno ele tinha verdadeiro fascínio pelas rodas de choro de que seu pai participava, levando o bandolim. Por isso aprendeu por conta própria, só de ver e escutar, a tocar o mesmo instrumento do senhor João Antônio. “Mas ele comentava em entrevistas que sua mãe o proibia de sair com o pai, por achar aqueles encontros musicais coisa de ‘vagabundo’. Até um certo momento, ele comprou a idéia de que precisava ser um filho produtivo. Tanto é que cursou a faculdade de jornalismo”, explica Ana Maria de Oliveira, professora da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).
Ferréz: "João Antônio é eterno e único"
A publicação de “Malagueta, Perus e Bacanaço” por uma das mais conceituadas editoras do país, a “Civilização Brasileira”, somada ao sucesso de público e crítica, abriu muitas portas ao jovem escritor. A época de vacas magras, driblada por toda sorte de empregos, de bancário a office-boy de frigorífico, começava a ficar para trás com o sucesso do seu primeiro livro. João Antônio abandonou o posto de redator que então ocupava em uma agência de publicidade pouco expressiva – e que tanto o incomodava – e partiu para o Rio de Janeiro, contratado como repórter especial do caderno de cultura do “Jornal do Brasil”, o periódico mais influente naqueles tempos.
Tem início então um dos capítulos decisivos de sua vida: o jornalismo. Sua contribuição para os meios de comunicação ecoou mais forte durante o período da ditadura militar. Ele foi um dos principais ativistas da imprensa alternativa – batizada por ele de “imprensa nanica” – e passou por publicações importantes como os jornais “Movimento” e “O Pasquim”. De volta a São Paulo em meados da década de 1960, integrou a equipe que concebeu a melhor revista já feita no Brasil: a “Realidade”.
“Segundo sua esposa Marília, mãe do seu filho Daniel, foi o único momento em que ela o viu realmente feliz. Na ‘Realidade’ havia inovação estética, atitude política e o caixa de um grande grupo empresarial, a editora ‘Abril’. Lá ele conseguiu viver de escrever textos aos quais dava o status de literatura. No começo dos anos 1970, ele decide nunca mais ter emprego fixo e passa a fundir totalmente a literatura com o jornalismo”, conta Lacerda.
O segundo livro de João Antônio, “Leão-de-chácara”, só chegou às livrarias 12 anos depois de “Malagueta, Perus e Bacanaço”. Os contos e as novelas ainda refletiam vivências passadas nos salões de sinuca e nos bordéis que ele se habituara a freqüentar, mas já não estavam tão impregnados da dose autobiográfica que caracterizava sua primeira obra. Mais tarde, quando decidiu desenvolver as técnicas do jornalismo – como se pode ver em “Ô, Copacabana”, de 1978 – restringindo seu universo ficcional, João Antônio criou uma espécie de armadilha para a si próprio. “Ele foi muito associado a essa idéia da literatura de fundo jornalístico, que ficou um pouco datada. Isso também contribuiu para esse processo de esquecimento”, comenta Ana Maria.
Proletário intelectual
“Amo. Malucamente adoro três vagabundos numa noite paulistana com suas misérias, camaradagens e um relógio de pulso. É nessa batida o conto. Vai num intenso rebolado em que Bacanaço é rufião, Malagueta é um trapo e Perus, um menino. Os três vagabundos correm Lapa, Água Branca, Perdizes, cidade, Pinheiros à cata de algum dinheiro. Voltam quebrados, quebradinhos. Entra um naco de filosofia no conto e são apresentadas várias personalidades típicas da baixa malandragem – o patrão, o trouxa, o gaiato, as piranhas”. A passagem de uma das cartas, sempre redigidas com letra fina e caprichada, enviada à poetisa Ilka Lauritto, com quem ele travou intensa correspondência, evidencia o envolvimento visceral de João Antônio com a criação de suas personagens.
“Ele se fez porta-voz dos ‘desdentados’, como ele dizia. Foi desses casos que acontecem de cem em cem anos, uma pessoa que vem lá de baixo do barro do chão para mostrar a genialidade de seu povo, sem artificialismo algum, já que de lá vinha ele também”, analisa Severiano.
A obra de João Antônio preencheu uma lacuna que se arrastava há algum tempo: a criação de uma literatura urbana que desenhasse o cotidiano das pessoas que sobrevivem à correria frenética das grandes metrópoles. Tanto é que, logo de cara, foi comparado a outros escritores paulistanos que já haviam manifestado uma preocupação semelhante, como Mário de Andrade e Alcântara Machado. Porém, ser reconhecido como herdeiro desses grandes autores da literatura nacional era uma formalidade – para não dizer responsabilidade – que o incomodava demais. Por essa razão, sentia-se pouco à vontade em São Paulo. Além disso, também se achava pertencente ao mar, onde poderia se dedicar à atividade que considerava a mais linda do mundo: assistir ao vôo das gaivotas. Depois da breve passagem pela “Realidade”, não teve alternativa senão mudar para o Rio de Janeiro, no início da década de 1970.
Rodrigo Lacerda: "João Antônio era de origem proletária e expressava a opinião do povo naturalmente"
Na sua nova cidade, João Antônio consolidou sua atividade de jornalista e definitivamente entrou para a classe média, que ele tanto odiava – e a que se referia como classe “mérdia”. Na sua opinião, era dela a culpa pelas injustiças sociais do país, por desejar e reproduzir os valores da elite que comandava o Brasil há séculos, oprimindo ainda mais as pessoas que, como sua família, se amontoavam na periferia das grandes cidades ou eram esquecidos nos sertões país afora. “Desaprendi a pobreza dos pobres e aprendi a pobreza envergonhada da classe média”, escreve ele em “Abraçado ao meu rancor”, livro que narra uma de suas viagens à capital paulista, depois de sua mudança definitiva para o Rio de Janeiro. Em São Paulo, ele havia deixado a mãe semi-analfabeta e o pai que fora roubado pelos sócios depois de abrir uma pedreira. “A distância cultural entre ele e a sua família era difícil de suportar. Ficar em outra cidade era uma maneira de não sofrer com isso”, pondera Lacerda.
Além da opção em retratar aqueles que vivem à margem da sociedade, a obra de João Antônio também apresenta outra decisiva contribuição para a literatura nacional: as inovações de linguagem. Ele era um grande pesquisador do modo de falar típico das ruas e conseguia transportar para o papel uma realidade que até então era desconhecida do público em geral – mas com um domínio impressionante da norma culta. Essa capacidade de reproduzir de maneira natural a dicção popular era garantida por uma disciplina típica dos intelectuais. Em uma dessas agendas de telefone, João Antônio tinha o hábito de usar o índice alfabético para anotar as gírias que ouvia nas suas andanças pelas quebradas de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Isso contradiz absolutamente a imagem do homem que vivia de porre, jogando sinuca. Ele construiu duas máscaras ao longo da vida. Primeiro, colocava-se como personagem de sua obra, como um malandro, o que tem um efeito muito interessante para o mercado editorial. Em segundo lugar, há o intelectual que está preparando a sua posteridade”, afirma Ana Maria. A professora é uma das responsáveis pela organização do acervo do escritor, abrigado no campus da Unesp, em Assis – interior de São Paulo. De acordo com ela, chama a atenção o zelo com que João Antônio arquivava todas as matérias de sua autoria publicadas em jornais e revistas, assim como as críticas da imprensa sobre seus livros. Sem dúvida, ele sabia que sua obra seria alvo de muitos estudos.
Legado
A primeira vez em que o ex-vigilante e ex-funcionário da cadeia de lanchonetes Bob’s – que atende pelo apelido de Ferréz – ouviu falar de João Antônio, estava domando a ansiedade por conta do lançamento de “Capão Pecado”, seu primeiro romance. A trama, um triste porém fiel panorama do cotidiano do seu bairro, o Capão Redondo, um dos mais pobres da cidade de São Paulo, é marcada pela forte carga de realismo. Nos corredores da editora Labortexto, responsável pela publicação do livro, ele escutou um comentário sobre a semelhança entre seus personagens e os tipos criados por aquele suposto mestre da literatura de que nunca tinha ouvido falar. Será que alguém já tinha se dedicado profundamente a retratar a vida dos marginais e dos excluídos, assim como ele? A curiosidade bateu fundo e o jeito então foi correr atrás de alguma obra daquele tal de João Antônio.
Passados cinco anos de sua chegada às livrarias, “Capão Pecado” pode ser considerado um best-seller para uma editora de porte modesto, com três edições e oito mil exemplares vendidos. Ferréz se tornou um escritor profissional, tem prestígio entre a crítica especializada por falar com propriedade sobre temas como pobreza e violência urbana. Atualmente, é dos poucos felizardos que consegue “sobreviver” apenas de literatura, assim como se propusera João Antônio em vida. Seu segundo romance, “Manual Prático do Ódio” – que traça o perfil psicológico de um bando de assaltantes – saiu em 2003 e conseguiu uma boa recepção no mercado. Além dos direitos autorais que recebe pela venda desses dois livros, Ferréz também tira algum dinheiro com sua coluna mensal na revista “Caros Amigos”, fora as palestras para as quais é convidado, quase sempre a fim de debater assuntos relacionados a exclusão social. Desde a primeira vez em que topou com “Abraçado ao meu rancor” em um sebo da capital, obra que inaugurou seu contato com o submundo de João Antônio, reconhece nele uma de suas principais influências.
O autor de “Malagueta, Perus e Bacanaço” pode ser considerado o precursor de um tipo de literatura que recentemente vem florescendo com um olhar sobre a periferia das grandes cidades brasileiras, com destaque para Paulo Lins – de “Cidade de Deus” – além do próprio Ferréz. No caso do escritor do Capão Redondo, as semelhanças entre sua vida pessoal e a trajetória de João Antônio saltam aos olhos.
Ele também perdeu os originais de seu primeiro livro por conta de um acidente. Só que no seu caso o vilão não foi o fogo. O telhado do barraco onde morava com a mãe, no bairro da zona sul de São Paulo, não resistiu a uma tempestade durante uma madrugada. Atordoado com a possibilidade de perder todos os bens da casa, deixou para trás a primeira versão de sua obra. Porém, a fatalidade também serviu para injetar sangue novo na imaginação de Ferréz, e ele reelaborou o enredo que se lê em “Capão Pecado”. Mas as semelhanças com João Antônio não param por aí. Os empregos pouco valorizados para conseguir algum dinheiro que sempre faltava no final do mês; a vontade furiosa de incomodar as elites; a defesa das origens proletárias. Hoje, Ferréz mora em uma residência um pouco mais confortável e resistente ao mau humor da natureza, mas não abandona por nada o Capão Redondo, onde passou a maior parte de sua vida. “A cada dia que passa, fico mais maloqueiro”, brinca.
Quando perguntado sobre as características comuns entre sua obra e a de João Antônio, Ferréz também identifica como principal ponto de tangência a marca do submundo das personagens. Tanto é que costuma se referir à sua produção como “literatura marginal”, expressão que dá nome a uma editora fundada por ele para veicular os textos de outros jovens moradores da periferia que engatinham na carreira – além de representar uma homenagem ao mestre.
Mas há importantes diferenças estilísticas entre os dois. A narrativa de Ferréz é mais documental, quase que uma transposição literal da fala das ruas. A ação também se revela mais intensa e dramática. “João Antônio, por outro lado, apresenta um caráter lírico que não tem lugar na literatura do Ferréz. Além disso, possui uma consciência da linguagem que é impressionante. Seu valor está menos no tema do que na forma com que esse tema é trabalhado. Com a linguagem usada para falar sobre sinuca, ele poderia discorrer sobre bridge. Essa é a grande novidade”, analisa Ana Maria.
João Antônio segue a trilha de outros escritores considerados malditos, como Lima Barreto, uma de suas principais inspirações. Porém, ao menos para a atual geração que desponta cheia de vontade de cutucar as feridas da precária justiça social brasileira através da literatura, ele é “eterno e único” – como o define Ferréz.
João Antônio tinha verdadeiro ódio da classe média, a que se referia como "classe mérdia"
Quando João Antônio Ferreira Filho morreu, em novembro de 1996, alguns diriam que ali entrava para a eternidade uma pessoa de vida desregrada, amante da sinuca e das tardes de conversa à toa pelos botequins de São Paulo e do Rio de Janeiro. Um malandro como tantos outros, que só deixa de herança uma trajetória recheada de passagens pitorescas e lendárias, mas que tão logo o caixão é fechado se soma ao anonimato das multidões. Entretanto, poderia ser levantado outro fato bem mais relevante. Aquele homem, batizado com o mesmo nome comum do pai, um comerciante de posses humildes de Presidente Altino, distrito da cidade de Osasco, na Grande São Paulo, também havia sido um dos dez maiores escritores brasileiros do século 20.
Se essa informação é de fato verdadeira, por que hoje João Antônio é tão desconhecido do público em geral? Como alguém que logo com sua obra de estréia, publicada em 1963, abocanhou dois Jabuti – o mais cobiçado prêmio literário do país – de autor revelação e de melhor livro do ano caiu em tamanho ostracismo?
“Eu tenho uma hipótese. Ele era de origem proletária e, na época da ditadura, tudo que os intelectuais da classe média queriam era expressar a opinião do povo. João Antônio fazia isso naturalmente. Esse aspecto ideológico o ajudou muito. Porém, nos anos 1980, houve uma desmobilização política e esse ambiente que o favorecia se desfez”, analisa Rodrigo Lacerda, editor da “Cosac & Naify”, que vem relançando os títulos mais importantes de João Antônio no mercado.
2005 marca o aniversário de 30 anos da novela, escrita na verdade uma década antes, considerada sua obra-prima: “Paulinho Perna Torta”. O enredo – uma espécie de biografia criminosa de um bandido sanguinário que dá nome à história, ambientada na boca do lixo da capital paulista – resume a contribuição de João Antônio para a literatura brasileira. Ele construiu uma obra consistente que retrata com precisão os tipos e a linguagem dos marginais, com todas as acepções que a palavra “marginal” pode conter. Porém, essa opção deliberada de eleger os excluídos como protagonistas de suas narrativas, que garantiu tanto sucesso e reconhecimento nos anos de 1960 e 1970, definiu um estilo que acabou rotulado. João Antônio morreu escritor consagrado e jornalista experiente, mas sem o mesmo prestígio do início da carreira.
Raízes
Um ferro de passar roupa esquecido na tomada e a besteira estava feita. O incêndio na casa de Presidente Altino custou os originais do livro “Malagueta, Perus e Bacanaço”, com que João Antônio nasceria para o mundo da literatura. É bem verdade que ele já havia publicado em jornais e revistas boa parte dos contos que compunham a obra e, além disso, tinha o hábito de mandar longos trechos de seus textos para ouvir a opinião das pessoas com as quais tinha se habituado a trocar cartas sobre os mais diversos assuntos – de memoráveis partidas de sinuca a tocantes ensaios sobre a solidão humana. Na verdade, não seria difícil recuperar o tempo perdido. Mas a versão de que o livro acabou reescrito por inteiro, em uma sala reservada da biblioteca municipal de São Paulo, construiu um mito que impulsionou as vendas.
A tarde de autógrafos, realizada em junho de 1963, contou com a presença de várias de suas amigas prostitutas da boca do lixo. Aquelas amizades que o filho cultivava desde os 15 anos deixavam a família – daquelas bem humildes que prezava pela dedicação ao trabalho honesto – de cabelos em pé. “De certa forma, podemos dizer que João Antônio foi uma ovelha negra, já que o pai o queria comerciante e, no início, ficou bem decepcionado com o veio literário do menino. Não via futuro algum neste sistema para quem enveredasse pela literatura. Ainda mais com o adolescente João Antônio já freqüentando o meretrício e fazendo amizades na malandragem”, conta o jornalista Mylton Severiano, amigo íntimo e autor de um livro que deve sair ainda este ano sobre a vida do escritor falecido em 1996.
Sua mãe era das mais preocupadas com os rumos que o filho boêmio vinha tomando. Além das incursões pela noite paulistana, desde pequeno ele tinha verdadeiro fascínio pelas rodas de choro de que seu pai participava, levando o bandolim. Por isso aprendeu por conta própria, só de ver e escutar, a tocar o mesmo instrumento do senhor João Antônio. “Mas ele comentava em entrevistas que sua mãe o proibia de sair com o pai, por achar aqueles encontros musicais coisa de ‘vagabundo’. Até um certo momento, ele comprou a idéia de que precisava ser um filho produtivo. Tanto é que cursou a faculdade de jornalismo”, explica Ana Maria de Oliveira, professora da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).
Ferréz: "João Antônio é eterno e único"
A publicação de “Malagueta, Perus e Bacanaço” por uma das mais conceituadas editoras do país, a “Civilização Brasileira”, somada ao sucesso de público e crítica, abriu muitas portas ao jovem escritor. A época de vacas magras, driblada por toda sorte de empregos, de bancário a office-boy de frigorífico, começava a ficar para trás com o sucesso do seu primeiro livro. João Antônio abandonou o posto de redator que então ocupava em uma agência de publicidade pouco expressiva – e que tanto o incomodava – e partiu para o Rio de Janeiro, contratado como repórter especial do caderno de cultura do “Jornal do Brasil”, o periódico mais influente naqueles tempos.
Tem início então um dos capítulos decisivos de sua vida: o jornalismo. Sua contribuição para os meios de comunicação ecoou mais forte durante o período da ditadura militar. Ele foi um dos principais ativistas da imprensa alternativa – batizada por ele de “imprensa nanica” – e passou por publicações importantes como os jornais “Movimento” e “O Pasquim”. De volta a São Paulo em meados da década de 1960, integrou a equipe que concebeu a melhor revista já feita no Brasil: a “Realidade”.
“Segundo sua esposa Marília, mãe do seu filho Daniel, foi o único momento em que ela o viu realmente feliz. Na ‘Realidade’ havia inovação estética, atitude política e o caixa de um grande grupo empresarial, a editora ‘Abril’. Lá ele conseguiu viver de escrever textos aos quais dava o status de literatura. No começo dos anos 1970, ele decide nunca mais ter emprego fixo e passa a fundir totalmente a literatura com o jornalismo”, conta Lacerda.
O segundo livro de João Antônio, “Leão-de-chácara”, só chegou às livrarias 12 anos depois de “Malagueta, Perus e Bacanaço”. Os contos e as novelas ainda refletiam vivências passadas nos salões de sinuca e nos bordéis que ele se habituara a freqüentar, mas já não estavam tão impregnados da dose autobiográfica que caracterizava sua primeira obra. Mais tarde, quando decidiu desenvolver as técnicas do jornalismo – como se pode ver em “Ô, Copacabana”, de 1978 – restringindo seu universo ficcional, João Antônio criou uma espécie de armadilha para a si próprio. “Ele foi muito associado a essa idéia da literatura de fundo jornalístico, que ficou um pouco datada. Isso também contribuiu para esse processo de esquecimento”, comenta Ana Maria.
Proletário intelectual
“Amo. Malucamente adoro três vagabundos numa noite paulistana com suas misérias, camaradagens e um relógio de pulso. É nessa batida o conto. Vai num intenso rebolado em que Bacanaço é rufião, Malagueta é um trapo e Perus, um menino. Os três vagabundos correm Lapa, Água Branca, Perdizes, cidade, Pinheiros à cata de algum dinheiro. Voltam quebrados, quebradinhos. Entra um naco de filosofia no conto e são apresentadas várias personalidades típicas da baixa malandragem – o patrão, o trouxa, o gaiato, as piranhas”. A passagem de uma das cartas, sempre redigidas com letra fina e caprichada, enviada à poetisa Ilka Lauritto, com quem ele travou intensa correspondência, evidencia o envolvimento visceral de João Antônio com a criação de suas personagens.
“Ele se fez porta-voz dos ‘desdentados’, como ele dizia. Foi desses casos que acontecem de cem em cem anos, uma pessoa que vem lá de baixo do barro do chão para mostrar a genialidade de seu povo, sem artificialismo algum, já que de lá vinha ele também”, analisa Severiano.
A obra de João Antônio preencheu uma lacuna que se arrastava há algum tempo: a criação de uma literatura urbana que desenhasse o cotidiano das pessoas que sobrevivem à correria frenética das grandes metrópoles. Tanto é que, logo de cara, foi comparado a outros escritores paulistanos que já haviam manifestado uma preocupação semelhante, como Mário de Andrade e Alcântara Machado. Porém, ser reconhecido como herdeiro desses grandes autores da literatura nacional era uma formalidade – para não dizer responsabilidade – que o incomodava demais. Por essa razão, sentia-se pouco à vontade em São Paulo. Além disso, também se achava pertencente ao mar, onde poderia se dedicar à atividade que considerava a mais linda do mundo: assistir ao vôo das gaivotas. Depois da breve passagem pela “Realidade”, não teve alternativa senão mudar para o Rio de Janeiro, no início da década de 1970.
Rodrigo Lacerda: "João Antônio era de origem proletária e expressava a opinião do povo naturalmente"
Na sua nova cidade, João Antônio consolidou sua atividade de jornalista e definitivamente entrou para a classe média, que ele tanto odiava – e a que se referia como classe “mérdia”. Na sua opinião, era dela a culpa pelas injustiças sociais do país, por desejar e reproduzir os valores da elite que comandava o Brasil há séculos, oprimindo ainda mais as pessoas que, como sua família, se amontoavam na periferia das grandes cidades ou eram esquecidos nos sertões país afora. “Desaprendi a pobreza dos pobres e aprendi a pobreza envergonhada da classe média”, escreve ele em “Abraçado ao meu rancor”, livro que narra uma de suas viagens à capital paulista, depois de sua mudança definitiva para o Rio de Janeiro. Em São Paulo, ele havia deixado a mãe semi-analfabeta e o pai que fora roubado pelos sócios depois de abrir uma pedreira. “A distância cultural entre ele e a sua família era difícil de suportar. Ficar em outra cidade era uma maneira de não sofrer com isso”, pondera Lacerda.
Além da opção em retratar aqueles que vivem à margem da sociedade, a obra de João Antônio também apresenta outra decisiva contribuição para a literatura nacional: as inovações de linguagem. Ele era um grande pesquisador do modo de falar típico das ruas e conseguia transportar para o papel uma realidade que até então era desconhecida do público em geral – mas com um domínio impressionante da norma culta. Essa capacidade de reproduzir de maneira natural a dicção popular era garantida por uma disciplina típica dos intelectuais. Em uma dessas agendas de telefone, João Antônio tinha o hábito de usar o índice alfabético para anotar as gírias que ouvia nas suas andanças pelas quebradas de São Paulo e do Rio de Janeiro. “Isso contradiz absolutamente a imagem do homem que vivia de porre, jogando sinuca. Ele construiu duas máscaras ao longo da vida. Primeiro, colocava-se como personagem de sua obra, como um malandro, o que tem um efeito muito interessante para o mercado editorial. Em segundo lugar, há o intelectual que está preparando a sua posteridade”, afirma Ana Maria. A professora é uma das responsáveis pela organização do acervo do escritor, abrigado no campus da Unesp, em Assis – interior de São Paulo. De acordo com ela, chama a atenção o zelo com que João Antônio arquivava todas as matérias de sua autoria publicadas em jornais e revistas, assim como as críticas da imprensa sobre seus livros. Sem dúvida, ele sabia que sua obra seria alvo de muitos estudos.
Legado
A primeira vez em que o ex-vigilante e ex-funcionário da cadeia de lanchonetes Bob’s – que atende pelo apelido de Ferréz – ouviu falar de João Antônio, estava domando a ansiedade por conta do lançamento de “Capão Pecado”, seu primeiro romance. A trama, um triste porém fiel panorama do cotidiano do seu bairro, o Capão Redondo, um dos mais pobres da cidade de São Paulo, é marcada pela forte carga de realismo. Nos corredores da editora Labortexto, responsável pela publicação do livro, ele escutou um comentário sobre a semelhança entre seus personagens e os tipos criados por aquele suposto mestre da literatura de que nunca tinha ouvido falar. Será que alguém já tinha se dedicado profundamente a retratar a vida dos marginais e dos excluídos, assim como ele? A curiosidade bateu fundo e o jeito então foi correr atrás de alguma obra daquele tal de João Antônio.
Passados cinco anos de sua chegada às livrarias, “Capão Pecado” pode ser considerado um best-seller para uma editora de porte modesto, com três edições e oito mil exemplares vendidos. Ferréz se tornou um escritor profissional, tem prestígio entre a crítica especializada por falar com propriedade sobre temas como pobreza e violência urbana. Atualmente, é dos poucos felizardos que consegue “sobreviver” apenas de literatura, assim como se propusera João Antônio em vida. Seu segundo romance, “Manual Prático do Ódio” – que traça o perfil psicológico de um bando de assaltantes – saiu em 2003 e conseguiu uma boa recepção no mercado. Além dos direitos autorais que recebe pela venda desses dois livros, Ferréz também tira algum dinheiro com sua coluna mensal na revista “Caros Amigos”, fora as palestras para as quais é convidado, quase sempre a fim de debater assuntos relacionados a exclusão social. Desde a primeira vez em que topou com “Abraçado ao meu rancor” em um sebo da capital, obra que inaugurou seu contato com o submundo de João Antônio, reconhece nele uma de suas principais influências.
O autor de “Malagueta, Perus e Bacanaço” pode ser considerado o precursor de um tipo de literatura que recentemente vem florescendo com um olhar sobre a periferia das grandes cidades brasileiras, com destaque para Paulo Lins – de “Cidade de Deus” – além do próprio Ferréz. No caso do escritor do Capão Redondo, as semelhanças entre sua vida pessoal e a trajetória de João Antônio saltam aos olhos.
Ele também perdeu os originais de seu primeiro livro por conta de um acidente. Só que no seu caso o vilão não foi o fogo. O telhado do barraco onde morava com a mãe, no bairro da zona sul de São Paulo, não resistiu a uma tempestade durante uma madrugada. Atordoado com a possibilidade de perder todos os bens da casa, deixou para trás a primeira versão de sua obra. Porém, a fatalidade também serviu para injetar sangue novo na imaginação de Ferréz, e ele reelaborou o enredo que se lê em “Capão Pecado”. Mas as semelhanças com João Antônio não param por aí. Os empregos pouco valorizados para conseguir algum dinheiro que sempre faltava no final do mês; a vontade furiosa de incomodar as elites; a defesa das origens proletárias. Hoje, Ferréz mora em uma residência um pouco mais confortável e resistente ao mau humor da natureza, mas não abandona por nada o Capão Redondo, onde passou a maior parte de sua vida. “A cada dia que passa, fico mais maloqueiro”, brinca.
Quando perguntado sobre as características comuns entre sua obra e a de João Antônio, Ferréz também identifica como principal ponto de tangência a marca do submundo das personagens. Tanto é que costuma se referir à sua produção como “literatura marginal”, expressão que dá nome a uma editora fundada por ele para veicular os textos de outros jovens moradores da periferia que engatinham na carreira – além de representar uma homenagem ao mestre.
Mas há importantes diferenças estilísticas entre os dois. A narrativa de Ferréz é mais documental, quase que uma transposição literal da fala das ruas. A ação também se revela mais intensa e dramática. “João Antônio, por outro lado, apresenta um caráter lírico que não tem lugar na literatura do Ferréz. Além disso, possui uma consciência da linguagem que é impressionante. Seu valor está menos no tema do que na forma com que esse tema é trabalhado. Com a linguagem usada para falar sobre sinuca, ele poderia discorrer sobre bridge. Essa é a grande novidade”, analisa Ana Maria.
João Antônio segue a trilha de outros escritores considerados malditos, como Lima Barreto, uma de suas principais inspirações. Porém, ao menos para a atual geração que desponta cheia de vontade de cutucar as feridas da precária justiça social brasileira através da literatura, ele é “eterno e único” – como o define Ferréz.
16 agosto, 2005
Feira de livros...
Prezados,
Informamos que do dia 01 à 11 de setembro do corrente ano estará acontecendo a 1º FEIRA DE LIVROS DO ALTO TIETÊ - FELIAT.
A feira já obteve apoio:
SUZANO SHOPPING, local onde será realizada.
SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA DE SUZANO
PROJETO CULTURAL LITERATURA NO BRASIL
Colocamo-nos a disposição para mais informações e aproveitamos para solicitar-lhes que repassem aos livreiros e editores associados à informação deste importante acontecimento para a região do Alto Tietê e para todo o mercado editorial.
Atenciosamente,
Projeto Cultural Literatura no Brasil.
Interessados podem obter informações através do site:
http://www.feliat.zip.net
Fone: (11) 4741-2656
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PROJETO CULTURAL LITERATURA NO BRASIL
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15 agosto, 2005
Novidades
Acessem o site literário do Rio de Janeiro que veio para ficar e mostrar a cara da geração 00.
Confira a entrevista exclusiva do escritor Sacolinha no site Enraizados:
Assista o programa Black TV na internet. Todo sábado dás 21 às 23hs.
Graduado em Marginalidade
Já está liberado pra venda, o livro Graduado em Marginalidade de Ademiro Alves (Sacolinha). Quem quiser adquirir a obra é só fazer o pedido pela Internet ou pelo correio e receberá em casa em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 25,00 + Carta registrada: R$ 4,99 = 29,99
Deposite este valor no banco Bradesco:
Agência: 0101-5
Conta Poupança: 1009809-2
Ademiro Alves de Sousa
Envie o comprovante ou xerox do comprovante para:
Ademiro Alves
Rua Guarani, n° 413 – Jd. Revista – Suzano – S.P.
Cep: 08694-030
Assim que o depósito for confirmado enviaremos o livro.
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 25,00
Participações:
· Juan Perone (escritor cubano)
· Fernando Bonassi
· Ferréz
· Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
· Alessandro Buzo
· Sérgio Vaz
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
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Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
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ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 25,00
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· Juan Perone (escritor cubano)
· Fernando Bonassi
· Ferréz
· Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
· Alessandro Buzo
· Sérgio Vaz
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E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
E atenção para o próximo lançamento que será em Minas Gerais:
20 de agosto – sábado – 14h00 – Agosto Negro.
Local: Ginásio Poliesportivo “Levindo Furquim Lambert”.
Avenida Tiradentes, s/ nº - Centro – Cambuí – M.G.
Informações: (35) 8823-6775
Local: Ginásio Poliesportivo “Levindo Furquim Lambert”.
Avenida Tiradentes, s/ nº - Centro – Cambuí – M.G.
Informações: (35) 8823-6775
13 agosto, 2005
Cooperifa...
O LANÇAMENTO DO LIVRO DO SACOLINHA FOI O MAIOR SUCESSO NO SARAU DA COOPERIFA. NA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA 10.08 AO SARAU DA COOPERIFA PROMOVEU O LANÇAMENTO DO LIVRO "GRADUADO EM MARGINALIDADE", DO ESCRITOR DE SUZANO, ADEMIRO ALVES, O SACOLINHA. APESAR DA NOITE FRIA O SARAU FOI UM DOS MAIS QUENTES DA TEMPORADA. MUITA GENTE. MUITA ENERGIA. MAIS UMA VEZ A COOPERIFA MOSTRA A SUA FORÇA. NUMA FRIA NOITE DE QUARTA-FEIRA, NOVELA, JOGOS DO BRASILEIRÃO, E A GENTE LANÇANDO LIVRO NUM BOTECO DA PERIFERIA E DISTRIBUINDO REVISTA CAROS AMIGOS DE GRAÇA PARA OS PRESENTES. POR NÓS O DATENA FICA DESEMPREGADO. NA QUARTA-FEIRA 17.08 VAMOS LANÇAR O LIVRO DO BIG RICHARDS E TEREMOS UMA INTERVENÇÃO TEATRAL DO GRUPO IVO60 NO SARAU. MUITAS CARAS NOVAS APARECENDO, MAIS O BRILHO NOS OLHOS AINDA É O MESMO. TERMINO RECITANDO ANA MIRANDA "... NEM SEMPRE A VIDA DÓI COMO UMA AFTA".
MAIS FELIZ DO QUE DE COSTUME, SÉRGIO VAZ...
DIA 10 DE SETEMBRO SARAU DA COOPERIFA NA CASA DOS MENINOS.
DIA 06 DE OUTUBRO SARAU DA COOPERIFA NA CASA DAS ROSAS.
Irmãos guerreiros de Angola
No Brasil,
A África escorre na pele,
Nos olhos, na alma e nos pés
Desse povo que vive
Nesse quilombo chamado periferia.
A dança,
Que a luta disfarça,
Tem na alma a mesma sintonia
Das mãos espalmadas
De mestre Bimba e Pastinha,
Maestros da sinfonia.
Canta Zumbi,
Os extintos navios de além-mar,
Que palmares crava teu canto
Nos corpos retintos
Da corda solo do berimbau.
Não muito longe daqui,
Os irmãos guerreiros de Angola
Giram no compasso da história
Que nem Rui Barbosa foi capaz de apagar.
Morro das nuvens
O coração das nuvens
A pátria se esconde
Atrás da cortina de madeira.
Mas os homens,
Das casas simples
E almas bravias,
Mantêm as portas abertas
E as vidraças limpas
Para o deleite do amanhecer.
Ferida aberta,
A vida,
Essa nuvem passageira
Cortada em fatias,
Deixa sempre a parte menor
Pra quem acorda
Perto do anoitecer.
Sérgio Vaz
MAIS FELIZ DO QUE DE COSTUME, SÉRGIO VAZ...
DIA 10 DE SETEMBRO SARAU DA COOPERIFA NA CASA DOS MENINOS.
DIA 06 DE OUTUBRO SARAU DA COOPERIFA NA CASA DAS ROSAS.
Irmãos guerreiros de Angola
No Brasil,
A África escorre na pele,
Nos olhos, na alma e nos pés
Desse povo que vive
Nesse quilombo chamado periferia.
A dança,
Que a luta disfarça,
Tem na alma a mesma sintonia
Das mãos espalmadas
De mestre Bimba e Pastinha,
Maestros da sinfonia.
Canta Zumbi,
Os extintos navios de além-mar,
Que palmares crava teu canto
Nos corpos retintos
Da corda solo do berimbau.
Não muito longe daqui,
Os irmãos guerreiros de Angola
Giram no compasso da história
Que nem Rui Barbosa foi capaz de apagar.
Morro das nuvens
O coração das nuvens
A pátria se esconde
Atrás da cortina de madeira.
Mas os homens,
Das casas simples
E almas bravias,
Mantêm as portas abertas
E as vidraças limpas
Para o deleite do amanhecer.
Ferida aberta,
A vida,
Essa nuvem passageira
Cortada em fatias,
Deixa sempre a parte menor
Pra quem acorda
Perto do anoitecer.
Sérgio Vaz
12 agosto, 2005
Lançamento na Cooperifa.
Muita energia, felicidade e calor humano são as palavras certas pra descrever como foi o lançamento do livro do Sacolinha lá no projeto Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia). Houve muita poesia, vários elogios, e até homenagens para o escritor Ademiro Alves (Sacolinha). O sarau rolou até ás 23:45, depois ainda teve um bate-papo até às 00:45.
O próximo lançamento será em Minas Gerais. Tomem nota:
20 de agosto – sábado – 14h00 – Agosto Negro.
Local: Ginásio Poliesportivo "Levindo Furquim Lambert".
Avenida Tiradentes, s/ nº - Centro – Cambuí – M.G.
Informações: (35) 8823-6775
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 25,00
Participações:
Juan Perone (escritor cubano)
Fernando Bonassi
Ferréz
Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
Alessandro Buzo
Sérgio Vaz
Quem quiser adquirir a obra pode fazer o pedido pela Internet e receberá em casa pelo correio em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Site/Blog: literaturanobrasil.blogspot.com
Realização: Literatura no Brasil Cooperifa Piva
O próximo lançamento será em Minas Gerais. Tomem nota:
20 de agosto – sábado – 14h00 – Agosto Negro.
Local: Ginásio Poliesportivo "Levindo Furquim Lambert".
Avenida Tiradentes, s/ nº - Centro – Cambuí – M.G.
Informações: (35) 8823-6775
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 25,00
Participações:
Juan Perone (escritor cubano)
Fernando Bonassi
Ferréz
Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
Alessandro Buzo
Sérgio Vaz
Quem quiser adquirir a obra pode fazer o pedido pela Internet e receberá em casa pelo correio em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
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Realização: Literatura no Brasil Cooperifa Piva
09 agosto, 2005
Suburbano Convicto Produções
INFORMATIVO DO ESCRITOR ALESSANDRO BUZO
001/2005 (08/08/2005)
LANÇAMENTO
Foi lançado hoje o livro LITERATURA MARGINAL, org. pelo escritor Ferréz que conta com nomes como Ferréz, Alessandro Buzo, Luiz Alberto Mendes, Erton Moraes, Gato Preto e outros.
Editora Objetiva (R$ 29,90)
Confira !!!!!
22 de Outubro de 2005-06-08
Lançamento do terceiro livro do Alessandro Buzo, O TREM – CONTESTANDO A VERSÃO OFICIAL, que vai falar do dia a dia da linha Brás/Calmon Viana (extremo da zona leste) e o veneno pelo que passa o povo.
Editora Edicon
JÁ ESTÁ FUNCIONANDO
Está aberta as inscrições (gratuitas) dá BIBLIOTECA COMUNITÁRIA SUBURBANO CONVICTO.
A Biblioteca fica na quadra do bloco carnavalesco UNIDOS DE SANTA BARBARÁ no centro do Itaim Paulista (Rua José Cardoso Pimentel, 1-B) e fica aberta de seg. à sab. Das 10.00 às 16.00 hs.
Mais de 1.500 titulos para ler de graça.
LEIA O LIVRO: SUBURBANO CONVICTO – O COTIDIANO DO ITAIM PAULISTA.
De Alessandro Buzo
(NAS MELHORES LIVRARIAS ou com o autor: alessandrobuzo@terra.com.br)
Conheça o site/blog do escritor ALESSANDRO BUZO.
Acesse: www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
LIVROS E PALESTRAS DO ESCRITOR ALESSANDRO BUZO
(11) 8218-7512
alessandrobuzo@terra.com.br
Fone/Fax: (11) 6567-9379
001/2005 (08/08/2005)
LANÇAMENTO
Foi lançado hoje o livro LITERATURA MARGINAL, org. pelo escritor Ferréz que conta com nomes como Ferréz, Alessandro Buzo, Luiz Alberto Mendes, Erton Moraes, Gato Preto e outros.
Editora Objetiva (R$ 29,90)
Confira !!!!!
22 de Outubro de 2005-06-08
Lançamento do terceiro livro do Alessandro Buzo, O TREM – CONTESTANDO A VERSÃO OFICIAL, que vai falar do dia a dia da linha Brás/Calmon Viana (extremo da zona leste) e o veneno pelo que passa o povo.
Editora Edicon
JÁ ESTÁ FUNCIONANDO
Está aberta as inscrições (gratuitas) dá BIBLIOTECA COMUNITÁRIA SUBURBANO CONVICTO.
A Biblioteca fica na quadra do bloco carnavalesco UNIDOS DE SANTA BARBARÁ no centro do Itaim Paulista (Rua José Cardoso Pimentel, 1-B) e fica aberta de seg. à sab. Das 10.00 às 16.00 hs.
Mais de 1.500 titulos para ler de graça.
LEIA O LIVRO: SUBURBANO CONVICTO – O COTIDIANO DO ITAIM PAULISTA.
De Alessandro Buzo
(NAS MELHORES LIVRARIAS ou com o autor: alessandrobuzo@terra.com.br)
Conheça o site/blog do escritor ALESSANDRO BUZO.
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LIVROS E PALESTRAS DO ESCRITOR ALESSANDRO BUZO
(11) 8218-7512
alessandrobuzo@terra.com.br
Fone/Fax: (11) 6567-9379
08 agosto, 2005
Livro do Sacolinha.
Foi um grande sucesso o coquetel de lançamento do livro Graduado em Marginalidade. Estiveram presentes professores, vereadores, o prefeito da cidade, estudantes, a juventude organizada de Suzano, secretários da administração de Suzano, escritores e poetas, faxineiras, militantes das causas sociais, filósofos, atores de teatro, editores, livreiros, donos de bancas de jornais, professores (as) de inglês, cineastas e mais um monte de pessoas de todos os lugares de São Paulo.
Com a palavra, Sacolinha:
"Agradeço de coração à todas as pessoas que estiveram presentes na realização de um dos meus vários sonhos. Vocês foram pessoas fundamentais na realização deste projeto pessoal."
O autor começou á pouco tempo a escrever a sua segunda obra, que ele acredita lançar no ano que vem.
E atenção para os próximos lançamentos:
10 de agosto - quarta-feira – 21h00
Local: Cooperifa – Bar do Zé Batidão.
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana – Jd. Guarujá – S.P.
Ao lado da Igreja de Piraporinha na Zona Sul.
Informações: (11) 5891-7403 / 9333-6508
20 de agosto – sábado – 14h00 – Agosto Negro.
Local: Ginásio Poliesportivo “Levindo Furquim Lambert”.
Avenida Tiradentes, s/ nº - Centro – Cambuí – M.G.
Informações: (35) 8823-6775
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 25,00
Participações:
• Juan Perone (escritor cubano)
• Fernando Bonassi
• Ferréz
• Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
• Alessandro Buzo
• Sérgio Vaz
Quem quiser adquirir a obra pode fazer o pedido pela Internet e receberá em casa pelo correio em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
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Realização: Literatura no Brasil Cooperifa Piva
Com a palavra, Sacolinha:
"Agradeço de coração à todas as pessoas que estiveram presentes na realização de um dos meus vários sonhos. Vocês foram pessoas fundamentais na realização deste projeto pessoal."
O autor começou á pouco tempo a escrever a sua segunda obra, que ele acredita lançar no ano que vem.
E atenção para os próximos lançamentos:
10 de agosto - quarta-feira – 21h00
Local: Cooperifa – Bar do Zé Batidão.
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana – Jd. Guarujá – S.P.
Ao lado da Igreja de Piraporinha na Zona Sul.
Informações: (11) 5891-7403 / 9333-6508
20 de agosto – sábado – 14h00 – Agosto Negro.
Local: Ginásio Poliesportivo “Levindo Furquim Lambert”.
Avenida Tiradentes, s/ nº - Centro – Cambuí – M.G.
Informações: (35) 8823-6775
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 25,00
Participações:
• Juan Perone (escritor cubano)
• Fernando Bonassi
• Ferréz
• Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
• Alessandro Buzo
• Sérgio Vaz
Quem quiser adquirir a obra pode fazer o pedido pela Internet e receberá em casa pelo correio em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Site/Blog: literaturanobrasil.blogspot.com
Realização: Literatura no Brasil Cooperifa Piva
05 agosto, 2005
Liberado pra venda
Está liberado pra venda á partir de hoje, dia 05 de agosto de 2005, dia do lançamento oficial, o livro Graduado em Marginalidade de Ademiro Alves (Sacolinha) no Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi – Rua Benjamin Constant, 682 – Suzano – S.P.
Quem quiser adquirir a obra poderá fazer o pedido pela Internet ou pelo telefone e receberá em casa pelo correio em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 25,00 + Carta registrada: R$ 4,99 = 29,99
Deposite este valor no banco Bradesco:
Agência: 0101-5
Conta Poupança: 1009809-2
Ademiro Alves de Sousa
Envie o comprovante ou xerox do comprovante para:
Ademiro Alves
Rua Guarani, n° 413 – Jd. Revista – Suzano – S.P.
Cep: 08694-030
Assim que o depósito for confirmado enviaremos o livro.
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Site/Blog: literaturanobrasil.blogspot.com
Quem quiser adquirir a obra poderá fazer o pedido pela Internet ou pelo telefone e receberá em casa pelo correio em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 25,00 + Carta registrada: R$ 4,99 = 29,99
Deposite este valor no banco Bradesco:
Agência: 0101-5
Conta Poupança: 1009809-2
Ademiro Alves de Sousa
Envie o comprovante ou xerox do comprovante para:
Ademiro Alves
Rua Guarani, n° 413 – Jd. Revista – Suzano – S.P.
Cep: 08694-030
Assim que o depósito for confirmado enviaremos o livro.
Atenção: Quem quiser promover um lançamento do livro Graduado em Marginalidade do escritor Ademiro Alves (Sacolinha), entre em contato com o Projeto Cultural Literatura no Brasil. Disponibilizamos 100 (cem) convites e ajuda na divulgação, seja dentro ou fora do estado de São Paulo.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4759-1949 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Site/Blog: literaturanobrasil.blogspot.com
04 agosto, 2005
Informações.
ATENÇÃO...
VEM AÍ A "1ª FELIAT" (FEIRA DE LIVROS DO ALTO TIETÊ).
MAIORES INFORMAÇÕES: FELIAT.ZIP.NET
Assista todos os sábados dás 21h às 23h o programa Black TV na ALLTV.
Acesse: www.alltv.com.br
Atenção para estes sites, blogs e fotologs, acessem um de cada vez, pois a comissão literária do projeto adverte: Muita cultura pode dar overdose de informação.
www.emissarios.ubbi.com.br
www.fragmento.zip.net
www.quilombhoje.com.br
www.cotaeditorial.cjb.net
www.enraizados.com.br
www.recantodaspalavras.com.br/autores/sacolinha
www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
www.otaboense.com.br/sergiovaz
www.abarata.com.br/sites
www.leialivro.com.br
www.leiabrasil.org.br
www.fimdesemananoar.zip.net
www.omalvindo.weblogger.com.br
www.imprensalivre.net
www.wlimonada.hpg.com.br
www.movimentoliterário.com.br
www.usinadaspalavras.com
www.capao.com.br
VEM AÍ A "1ª FELIAT" (FEIRA DE LIVROS DO ALTO TIETÊ).
MAIORES INFORMAÇÕES: FELIAT.ZIP.NET
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Atenção para estes sites, blogs e fotologs, acessem um de cada vez, pois a comissão literária do projeto adverte: Muita cultura pode dar overdose de informação.
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02 agosto, 2005
Direto da Paraíba
Carnavais
(Por Gilberto Bastos)
Nos carnavais de minha vida
vi diversos blocos reais:
vi o bloco dos famintos
que com sua melodia castigada
soava essa canção sem esperança.
Vi jovens loucos copulando a noite inteira
disseminando seus vírus alienados nas esquinas
marcando com total ignorância as suas sinas.
Vi aqueles que contaminados choraram
por ter vivido tamanha sujeira.
Vi o bloco das mulheres barrigudas
que ?fantasiadas? de miséria, lavaram
as roupas imundas da pobreza em si.
Vi o bloco das crianças ossudas
cadáveres de leite nas ruas frias.
Nos carnavais de minha vida
vi minha juventude partidária,
decepções d?aqueles que o capital comprou.
Amigos vendidos a blocos de mentiras
dinheiro maldito que ao amor matou.
Vi nas ruas, chuvas de lágrimas
nas cabeças prostradas para a derrota
entoando cômicos hinos de de-sistência.
Generais-palhaços ordenando seus exércitos de covardia
e os pierrots-tristezas largando suas armas.
Mas vi a esperança novamente saltar de mim
eu poço de tamanha descrença...
Banhar os blocos dos suspirados excluídos
formando cordões de combatentes, foliões-rebeldia
despertando na luta, sua verdadeira maestria.
Gilberto Bastos Jr.
escritor, poeta e músico.
(Por Gilberto Bastos)
Nos carnavais de minha vida
vi diversos blocos reais:
vi o bloco dos famintos
que com sua melodia castigada
soava essa canção sem esperança.
Vi jovens loucos copulando a noite inteira
disseminando seus vírus alienados nas esquinas
marcando com total ignorância as suas sinas.
Vi aqueles que contaminados choraram
por ter vivido tamanha sujeira.
Vi o bloco das mulheres barrigudas
que ?fantasiadas? de miséria, lavaram
as roupas imundas da pobreza em si.
Vi o bloco das crianças ossudas
cadáveres de leite nas ruas frias.
Nos carnavais de minha vida
vi minha juventude partidária,
decepções d?aqueles que o capital comprou.
Amigos vendidos a blocos de mentiras
dinheiro maldito que ao amor matou.
Vi nas ruas, chuvas de lágrimas
nas cabeças prostradas para a derrota
entoando cômicos hinos de de-sistência.
Generais-palhaços ordenando seus exércitos de covardia
e os pierrots-tristezas largando suas armas.
Mas vi a esperança novamente saltar de mim
eu poço de tamanha descrença...
Banhar os blocos dos suspirados excluídos
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despertando na luta, sua verdadeira maestria.
Gilberto Bastos Jr.
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01 agosto, 2005
Últimas notícias!
Faltam 04 dias para o lançamento do livro Graduado em Marginalidade, um romance contemporâneo do escritor Ademiro Alves (Sacolinha) com participações de Fernando Bonassi (comentário), Alessandro Buzo (prefácio), Sérgio Vaz (poesia), Ferréz (comentário), Juan Perone, escritor cubano (comentário) e Bruno Capozolli (comentário).
Toda quarta-feira às 21h tem Sarau da Cooperifa
Local: Bar do Zé Batidão - Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana – Jd. Guarujá – S.P.
Ao lado da Igreja de Piraporinha na Zona Sul.
Informações: (11) 5891-7403 / 9333-6508
Já está funcionando a biblioteca comunitária Suburbano Convicto.
Informações: 8218-7512
alessandrobuzo@terra.com.br
Vem aí a 1ª Feliat ( Feira de livros do Alto Tietê)
Maiores informações: feliat.zip.net
Pavio da Cultura
Dia 13 de agosto acontecerá o 4° Pavio da cultura (Sarau literário).
Literatura - Música - Cinema - Teatro
Local: Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi - Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano.
Ás 20h:00.
Toda quarta-feira às 21h tem Sarau da Cooperifa
Local: Bar do Zé Batidão - Rua Bartolomeu dos Santos, 797 – Chácara Santana – Jd. Guarujá – S.P.
Ao lado da Igreja de Piraporinha na Zona Sul.
Informações: (11) 5891-7403 / 9333-6508
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Vem aí a 1ª Feliat ( Feira de livros do Alto Tietê)
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Pavio da Cultura
Dia 13 de agosto acontecerá o 4° Pavio da cultura (Sarau literário).
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Local: Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi - Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano.
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