31 agosto, 2009
27 agosto, 2009
Em Suzano
04/09 – 20h
Pavio Erótico - Edição especial
Sarau realizado a cada três meses e feito em parceria com a Secretaria de Saúde que traz informações sobre DSTs e disponibiliza preservativos. Dessa vez teremos a presença do grupo "Oficina dos menestréis" composto por gays, lésbicas, prostitutas, entre outras pessoas que compõem a diversidade de gênero.
Local: Teatro Dr. Armando de Ré, Rua Gal. Francisco Glicério, 1.354 - Centro - Suzano - SP
GRATUITO
8 a 30/9
Varal Literário
Neste mês a exposição de textos no varal fica por conta do poeta Paulo Pereira.
Rua Katsutosh Naito, 957 – Boa Vista – Suzano – SP
Fone: (11) 4749-7556
GRATUITO
12/9 – 16h
Cine Cultura
Sempre no segundo sábado de cada mês, o Centro Cultural Boa Vista exibe um filme para a comunidade local.
Filme do mês: Fúria do Dragão - Bruce Lee
Rua Katsutosh Naito, 957 – Boa Vista – Suzano – SP
Fone: (11) 4749-7556
GRATUITO
12/9 – 20h
Pavio da Cultura
Todo segundo sábado do mês, escritores, poetas, músicos, dançarinos, cineastas, cordelistas, repentistas e capoeiristas se reúnem para apresentarem um pouco da sua arte neste espaço que reúne 100 pessoas a cada encontro. Dessa vez o homenageado é o escritor Aníbal Machado. Neste dia será divulgado o resultado do 5º Concurso Literário de Suzano.
Local: Centro de Educação e Cultura "Francisco Carlos Moriconi"
GRATUITO
18/9 – 19h
Fogueira, Literatura e Pipoca
Todo terceira sexta-feira do mês uma fogueira incendeia o centro cultural boa vista. Numa roda em torno da fogueira, os participantes discutem sobre literatura durante 1h. Depois, acontece um sarau das 20h às 22h encerrando a atividade.
Tema do mês: Qual o papel do conto?
Facilitador: Cákis, escritor e poeta
Rua Katsutosh Naito, 957 – Boa Vista – Suzano – SP
Fone: (11) 4749-7556
GRATUITO
19/9 - 14h
Show musical
Neste dia será realizado uma atividade musical com vários artistas da cidade. Rua Katsutosh Naito, 957 – Boa Vista – Suzano – SP
Fone: (11) 4749-7556
GRATUITO
Trocando Idéias
29/9 – 20h
Atividade da Associação Cultural Literatura no Brasil que tem como objetivo promover o debate à cerca do livro e do autor.
Livro do mês: Amor natural - Carlos Drummond de Andrade
Facilitador: Cákis, escritor e poeta
Fone: (11) 4747-4180
GRATUITO22 agosto, 2009
CATA OSSO ESTORIA DE COBRADOR
Mas o que adianta não é meu
É do patrão
Patrão que me paga no final do mês
O que ele chega ganhar em uma hora
Fico triste, indignado.
Quem manda não estudar
Acordo de madrugada
Na hora do melhor sono
Costela quente, de minha nega.
O cheiro suave de sua pele macia
Penso até em desistir de trabalhar
Inventa uma doença
Uma dor de cabeça
Uma dor de barriga
Só para ficar em casa
Mas vem na mente
Quem vai pagar as contas
Já ganho pouco
E por fim falta
Quem vai dar leite aos bacuris
Não tem jeito, tenho que ir.
Pego minha roupa encima da tabua de passar
Minha nega até reclama
Pega pelo meu braço e tenta puxar para cima da cama
A tentação ou sono até penso em ficar
Dou uns tapas no rosto
Recobro a consciência
Olho no relógio já estou atrasado
Só lavo os olhos e escovo os dentes
Penteio o resto de cabelo
Nem tomo banho
Só para não sair o cheiro de minha amada
De minha pele
Com a desculpa de estar atrasado
Tomo café rapidinho
Dou um beijo nela
Vou até o quarto dos meninos
Estão dormindo parecem anjos
Olho da janela
E saio correndo
Lá vem o cata osso, seus faróis já apontam lá na esquina.
Dou o sinal com a língua de fora
Ele para, entro comprimento o motorista.
Vou para o fundo tem mais alguns companheiros
Comprimento e me junto a eles no cochilo
Dá para sonhar um pouquinho com minha nega
Ao chegar à garagem
Começa a rotina do dia
Entra e saem passageiros
Aqui você vê de tudo
Mulheres bonitas, homens bem vestidos.
Cada um com seu estilo
Crianças choram logo de madrugadinha
Eles choram com saudade de sua caminha
Pena que eu não posso chorar
Saudade de minha cama
As costelas de minha amada
Minha menina, meu pêssego.
O cheiro de sua pele macia
Meu anjo que caiu do céu
O que meus companheiros iam dizer
Vendo-me chorar
De manhã dentro do ônibus parece um jardim
O cheiro suave do perfume e do banho tomado
O batom cheira, a roupa cheira, cabelos cheiram.
Perfumes doces, fortes.
Mas o dia vai passando o perfume que outrora
Passeava entre os bancos
Sai e da entrada pelo o cheiro do suor
O perfume nem passa mais perto
Não importa que seja de mulher ou de homem
É vômito cheiro de mijo.
O mau cheiro sobe
No meio da tarde
Não ha nariz que resista
Mas nós temos que agüentar
Sentados na cadeirinha passando o troco
O suor escorre vai parar no rego
Até um peido você tem que saber a hora de dar
Para não ter nem passageiro por perto
E reclamar
Perante a lei somos todos iguais
Mas dentro do ônibus
Só o passageiro tem vez
Que descriminação é essa só ele pode peidar
A loucura é no final do dia
Não gosto de pensar
Horário de pico
Parece um estouro de boiada
Todos querem entrar no ônibus ao mesmo tempo
E começa o empurra, empurra.
Todos querem sentar
Todos estão cansados
O ônibus lota parece uma lata de sardinha
Mulheres reclamando gritam por causa de algum
Engraçadinho lhe enconchando ou passando a mão.
Um grita de lá do fundo, ta ruim pega um táxi.
A mulher tenta retrucar mais não adianta
O som da risada dentro do ônibus é maior
Do que os gritos dela
Mulheres grávidas, senhoras e senhores de idade.
Reclamam por causa dos jovens
Não lhe darem o lugar para sentar.
Crianças choram por causa do aperto
Outro dia vi uma mãe pegar pelo braço da criança e puxando
E gritando com ela, vai que dá.
A criança chora reclama,
Mãe tá doendo, mas a mãe não escuta.
Eu até tento ajudar na medida do possível
A criança sai do outro lado chorando
Toda amarrotada despenteada
A mãe olha para mim
Cobrador você quase quebrou o braço do meu filho
Eu olho para ela e fico sem palavra
Nesta hora só Deus para me dá paciência
Bom deixa isto para lá
Vamos continuar nossa viagem
Dentro do ônibus você vê de tudo
E sente também
Quer ver a miséria, quando um infeliz esta com dor de barriga.
Começa o aperta-aperta dentro do ônibus
O suor desce, os olhos viram.
E as caretas junto com as cruzadas de pernas
E começa a puxar a cordinha
Dando pulinhos
Parecendo o São longuinho
Tenta descer o fedor sobe
Já não tem mais jeito
À miséria já virou fato consumado
Não a cristo que agüente o mau cheiro
Você olha para a cara do infeliz
Vê o alivio estampado em seu rosto
E a mancha em sua calça
O fedor já tomou conta do ônibus
Passageiros reclamam
Começam a passar mal
O fedor impregna nos narizes
O incrível porque acham que o culpado
É sempre o cobrador por estar sentado
Não vejo a hora de chegar em casa
Estou quebrado de ficar o dia todo sentado
Quando chegar em casa minha nega que me desculpe
Vou jantar em pé não quero ver uma cadeira
Outro dia teve um assalto
Foi uma loucura
Dois pivetes entraram armados
Um apontou a arma para o motorista
E anunciou o assalto
Mandaram os passageiros ficarem quietos
O outro veio até a mim e gritou
Limpe a gaveta não deixe nem um conto
Tudo bem, mas não me mate tenho filhos.
Tu só morre se fazer alguma gracinha
Nesta hora veio na minha mente
Minha mulher, meus filhos.
O que um pai de família passa
Saber que sai de casa, mas não sabe se volta.
Limparam o caixa e foram embora.
Olho no relógio está quase na hora de ir embora
Graças a Deus conto os minutos
Daqui a pouco verei minha família
O ônibus não para de encher
Desce um, entra quatro.
Dentro do ônibus mulheres dão de mamar para seus filhos
Outros escutam músicas
Outros lêem livros, revistas.
Até que enfim o ônibus encosta na garagem
Os passageiros descem
Tenho que entregar a movimentação do dia
Só assim posso ir para casa
Ver minha família
Tomar um banho
Jantar e brincar com os meninos
Assistir uma telinha
Descansar um pouco
E deitar em minha cama
E dormir agarrado em minha nega
Porque amanhar começa tudo de novo
Novos passageiros
Novas estórias
Na vida de um cobrador de ônibus
Cada dia tem um capitulo novo.
Paulo Pereira
paulo.pereira13@isbt.com.br
Associação Cultural Literatura no Brasil
19 agosto, 2009
Sexta e sábado!
O Centro Cultural Boa Vista recebe nesta sexta-feira (21/8), às 19h, mais uma edição do sarau-debate "Fogueira, Literatura e Pipoca". O maior objetivo desta atividade é incendiar o debate sobre o fazer literário e aprofundar a relação entre leitor e escritor. Promovido toda terceira sexta-feira do mês, esta edição terá como tema a pergunta "Qual o papel da poesia?" e contará com a facilitação dos poetas Cicero Tavares e Renata Pinheiro.
Segundo o coordenador do Centro Cultural Boa Vista, Ademiro Alves, o Sacolinha, os participantes formam uma roda em torno da fogueira e discutem sobre o tema proposto das 19h às 20h. Após o debate, é realizado um sarau literário que vai das 20h às 22h. Todos os moradores da região podem participar e dar sua contribuição, tanto no debate como no sarau. Enquanto vai rolando o evento, é servido café e pipoca. O público também é livre para levar, se quiser, batata doce, milho e qualquer mantimento para assar na fogueira.
O Centro Cultural Boa Vista fica na avenida Katsutoshi Naito, 957, Boa Vista, Suzano, SP.
Outras informações pelo telefone (11) 4749-7556.
O Centro Cultural Boa Vista recebe neste sábado (22/8), às 18h, o espetáculo Capulanas Cia de Arte Negra. O espetáculo quer, através das poesias de Solano Trindade e outros poetas, retratar a força da mulher negra de forma inovadora, baseando-se na ancestralidade das manifestações populares de matrizes afro brasileiras e fazendo um diálogo com a cultura Hip Hop por meio do elemento MC.
O espetáculo também possibilita que seus integrantes contribuam com suas vivencias trazendo seus depoimentos de forma poética.
Capulanas é uma Cia de Arte Negra composta por jovens negras e negros de diversos movimentos populares de São Paulo que nasceram da necessidade e vontade de dialogar com a comunidade e a sociedade, sobre descobertas, anseios e perspectivas do que é ser negro na sociedade atual.
A entrada é gratuita e aberta ao público em geral. O Centro Cultural Boa Vista fica na avenida Katsutoshi Naito, 957, Boa Vista, Suzano, SP. Outras informações pelo telefone (11) 4749-7556.
DE CARRO:
Centro Cultural Boa Vista, Rua Katsutosh Naito, 957, Boa Vista, Suzano, SP.
Ao lado do Supermercado Mago e da EMEIF Waldemar Calil
1- Pegar a Marginal Tietê, sentido Rodovia Ayrton Senna
2- Na Ayrton Senna seguir até o pedágio
3- Após o pedágio pegar a primeira entrada para Suzano
4- Após entrar você vai atravessar por um pequeno túnel.
5- Lá na frente haverá uma placa: "Suzano via Poá à direita" e "Suzano via Centro à esquerda". Você vem seguindo "via Centro".
6- Aí você pegará uma subida, no fim dela verá o Supermercado Mago e a EMEIF Waldemar Calil. Pronto, você chegou.
DE CONDUÇÃO:
Centro Cultural Boa Vista, Rua Katsutosh Naito, 957, Boa Vista, Suzano, SP.
Ao lado do Supermercado Mago e da EMEIF Waldemar Calil
1- Pegar o trem no Brás ou na Luz, sentido Guaianazes;
2- Em Guaianazes fazer baldeação sentido Estudantes;
3- Após 4 estações descer em Suzano pelo lado do Terminal de ônibus;
4- No terminal pegar ônibus Sesc ou Miguel Badra;
5- Pedir ao cobrador para descer no ponto de ônibus do Supermercado Mago. Pronto, você chegou.
17 agosto, 2009
Nesta quarta-feira
Dando sequência à série de discussões que a Secretaria de Cultura vem realizando com a classe artística suzanense, dia 19/8, às 19h será a vez dos escritores e poetas que terão a oportunidade de dialogar em conjunto. Esse encontro que seria no dia 18 foi adiado para o dia seguinte.
Não só escritores e poetas podem participar do encontro como também amantes da literatura em geral. Escritores e poetas de outras localidades que tenham algum vínculo com a cidade de Suzano também poderão participar.
Durante o encontro será feito um breve balanço dos últimos 4 anos na área da literatura, depois será aberto a discussões e propostas de novos projetos por ambas as partes.
Local: Centro de Educação e Cultura "Francisco Carlos Moriconi"
Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano - SP
Informações: (11) 4747-4180
GRATUITO
12 agosto, 2009
09 agosto, 2009
O mundo esta cheio
De homens vazios
Com olhos abertos
E mente fechada.
Vivos guiados
Pelos passos da morte
Trilhando caminhos
Que levam a nada.
O mundo esta cheio
De homens vazios.
De sorrisos tristes
E choro sem lágrima
Corações pulsando
Em corpos sem vida
Ricos de espíritos
E pobres de alma.
Francis Gomes
Que saudade imensa
Tão dura que corta
Tão fria que queima
Tão triste que chora
Tão bruta que teima.
Em trazer imagens
De meu velho pai
Que trazia no peito
Um amor tão perfeito
Que me amava de um jeito
Que ninguém ama mais.
Para brincar comigo
Nunca tinha cansaço
Me punha no colo
Me jogava pra cima
E me aparava em seus braços.
Que saudade imensa...
Em trazer as lembranças
Do meu velho, mais velho
De cabelos grisalhos
Que sentia orgulho
Em falar aos vizinhos
Que eu era seu filho.
Nos conselhos que deu
Nas broncas que dava
E só agora eu vejo
Que seu único desejo
Era mostrar que me amava.
Que saudade imensa...
Em me trazer remorsos
Pelo que eu não fiz
Por um amor tão grande
Por um amor tão forte
Que foi pela a vida
E será além da morte.
Por não tê-lo abraçado
Como me abraçou
Por orgulho ou frieza
Não ter declamado
O que hoje declamo,
E meio a um abraço
Falar com prazer
Meu pai eu te amo.
Francis Gomes
08 agosto, 2009
Lágrimas,alegrias e fraldas de coco
Demorou mais nasceu
De dentro da barriga de sua mãe não queria sair
Já escrevia por dentro com seus dedos miúdos
Nas paredes do útero de sua mãe
Esperando o tempo passar
Faça chuva ou faça sol
Esperneio só saio quando o sol estiver estralando lá fora
Fritando ovo na cabeça de careca
Desculpe meu pai, se isto foi uma indireta.
Mais aqui dentro da barriga de minha mãe, é tão quentinho.
O senhor acha que vou sair neste frio, pelada.
Não é porque ainda não nasci que não tenho vergonha no meu rostinho.
O meu belo rostinho
Não sou que nem uns e outros que já nascem erguendo as pernas, esperneando.
Por isso quando estão na mão do doutor, tomam umas palmadas nas canelas.
Não tentem nada, já enrolei o cordão umbilical no pescoço.
Se tentarem me tirar, olha que sou um bebê arretado.
Sou descendente de negro, povo que não tem medo.
Aqui dentro já luto pelos meus direitos
Cadê a democracia sou pequena mais sou gente
Sou uma pequena valente
Quando eu resolver sair
Eu saio e pronto
Meu choro será poesia nos ouvidos dos meus pais
Meus avós vão ficar bobos com minha beleza
Nascerei com mais cabelo do que meu pai
Só sei de uma coisa daqui não saio daqui ninguém me tira.
Parece até letra de musica
Pai, mãe eu sei que vocês estão doidos que eu venha ao mundo.
Meus tios, meus avós estão loucos que eu use aquele vestidinho rodado,
Cheios de babados.
Mãe eu sei que a senhora não vê a hora de me dá banho
E me amamentar
Pai eu sei que o senhor esta doido para trocar minhas fraldas de coco
Mãe quando a senhora acaricia sua barriga eu sinto aqui dentro
Falando palavras de amor e carinho
Sinto vontade de sentir suas mãos me envolvendo
Por isso que dou aqueles chutinhos daqui de dentro
E faço o formato do meu pezinho em sua barriga
Mãe sabe que meu pai fala com sua barriga
O velhinho deve estar ficando doido
Marinheiro de primeira viagem
Usa-me de cobaia para fazer suas poesias
Sei que ele esta escrevendo outro livro inspirado em mim
Mãe deixa sair o sol
Depois de tirar minha soneca da tarde
Darei uma dica, sairei na sexta-feira.
Mãe me desculpe pelas dores que esta sentindo
E o desconforto de me carregar
Mãe, pai a culpa não é minha.
Foram vocês que resolveram me criar
Não sei o que esta acontecendo
Aqui dentro estou me virando aos poucos
Acho que teu corpo esta querendo
Que eu saia logo daqui de dentro
Mãe não sei como tirar o cordão umbilical do meu pescoço
Ajuda-me nem sai, já estou fazendo minhas peripécias de criança.
Mãe ore por mim que nada de mal venha acontecer comigo
Sou um pingo de gente
Olha mãe eu sei que não queria sair, era tudo brincadeira.
Estou louca para estar em seus braços
Quero ser uma mulher guerreira que nem a senhora
E ser uma escritora de fama que nem meu pai
Espere estou chegando falta pouco
Fala para o pessoal preparar a mamadeira
E algumas fraldas
E o pessoal da literatura escrever uma poesia em minha homenagem
Estou saindo com o tanquinho cheio
Estou sentindo algo me empurrando
Mãe, pai o que esta acontecendo ai fora.
Estou vendo um clarão alguém cortou sua barriga, mãe.
Vejo daqui de dentro
Pensei que sairia de parto normal
Mãe, pai o que esta acontecendo.
Alguém me diz algo
Opa espera ai mãe, do corte de sua barriga.
Estou vendo uns dedos não é do papai e nem dá senhora
O clarão esta aumentando
Os dedos agora viraram mãos
Mãe elas estão me pegando
Mãe estou com medo
Ele esta me tirando de dentro da senhora
Mãe o clarão aumentou esta irritando meus olhos
Acho que vou chorar
Cadê meu pai deve estar desmaiado
Mãe, homem nesta hora são todos iguais uns frouxos.
Mãe onde estou quanta gente.
Todo este pessoal é para me ver
Nossa como já nasci querida
Tiraram o cordão umbilical do meu pescoço, graças a Deus.
Mãe suas orações deram certo foram atendidas
Mãe estou toda suja, não fiz nem uma besteira.
Mãe cadê a senhora, quero te conhecer.
Quero sentir teu cheiro.
Nossa me enrolaram neste paninho é tão quentinho
Mas não é como esta dentro dá senhora
Mãe estou nas mãos de uma moça
Oh moça, a senhora sabe onde esta meus pais,
Estou doidinha para conhecê-los
Olha minha pequena
Tem uma pessoa que quer te conhecer
Mamãe aqui esta sua filhinha
Mãe quando vi a senhora pulei de alegria
Mexi os meus bracinhos e balancei as minhas perninhas
Mãe como à senhora é linda
Mãe não chora não
Eu cheguei agora para lhe dar alegria
Sou mais uma jóia rara em nossa família
Quem sou eu, sou Alanda.
Alegria, sorriso de vocês meus pais.
Paulo Pereira
Associação Cultural Literatura no Brasil
Paulo.pereira13@isbt.com.br
07 agosto, 2009
Siga em frente
Superar dificuldades e solucioná-los, é o mais prático
Do que ficar reclamando e lamentando a perda.
Perspectiva objetiva, se não encontrar no dicionário
Pergunte ao Cákis o que significa.
Aqui não é autoajuda
E não terei piedade
Minha poesia é da rua
Jogo na sua cara a verdade.
O sexo oferecido na esquina
Com um saco de bala você ganha a menina.
O meu vizinho tava legal quando foi ao hospital
mas tomou tanta canseira que acabou passando mal.
Morreu no carredor. Diagnóstico ;
Overdose de chá de cadeira.
Tenho dificuldade em matemática
É um trauma que vem da infância.
Os professores não tiveram paciência
Não esperaram que eu entendesse
E o pior é que isso continua acontecendo
Com as crianças e adolescentes.
O Brasil não é um país racista,
Mas todo brasileiro conhece um.
A situação tá preta pra encontrar emprego
Então o jeito é trabalhar no câmbio negro.
Agora veste a roupa branca pra trazer paz e felicidade.
O branco abrirá as portas da sociedade.
Poetisa
foram raras as vezes que vi isto acontecendo.
Mesmo assim enquanto a observava aquele dia,
pude ver como você é linda.
Você é sensível e delicada.
Ouvir sua voz muito me agrada.
As vezes é chata, me irrita me dá raiva
então me fixo em seus atributos
e logo toda incomodação passa.
Temos que nos aproximar, que conversar mais.
Temos que sair, nos conhecer mais profundamente.
Quando fito seus olhos vejo medo e desejo,
parece até que você imagina o que penso.
Eu acredito em milagres.
Por que é isso que quero e decidi pra minha vida.
Hoje eu acredito em milagres, porque eu sou um milagre.
Eu tive que acreditar, eu precisava acreditar.
Eu queria acreditar, que não morreria daquele jeito.
Que um Poder Maior do que eu pudesse me livrar
da destruição que ela causava em minha vida.
Eu me privei das emoções, anestesiei meus sentimentos.
A saúde já não era a mesma.
A morte lenta cansou minha carcaça
à espera do fim da existência.
A última saída era acreditar.
Alguns dizem naquilo que não se vê, diferente de enxergar.
Eu decidi acreditar com as poucas forças que tinha.
Então um dia conheci a esperança, linda maravilhosa que
me prometeu apresentar sua amiga fé se continuasse acreditando.
Acreditar pra mim já era natural,
porque era visível a mudança e podia sentí-la
acontecendo a cada dia.
Quando conheci a fé através da esperança
eu a achei tão poderosa e serena
que ao primeiro encontro
a segurança que me passou
fez de mim um cara feliz.
Sarau Pavio da Cultura
Escritores, poetas, músicos, dançarinos, cineastas, cordelistas, repentistas e capoeiristas se reúnem para apresentarem um pouco da sua arte neste espaço que reúne 100 pessoas a cada encontro. O homenageado dessa vez é o poeta Gregório de Matos.
A Secretaria de Cultura sorteará livros e revistas durante a atividade.
Os interessados em se apresentar devem chegar com 30 minutos de antecedência.
Outras informações sobre o evento podem ser obtidas pelo telefone (11) 4747-4180.
Como chegar
DE CARRO:
Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi
Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano, SP.
Referência: Prédio de tijolos vermelho, de arquitetura antiga. Ou pergunte pela Biblioteca de Suzano
1- Pegar a Marginal Tietê, sentido Rodovia Ayrton Senna
2- Na Ayrton Senna seguir até o pedágio
3- Após o pedágio pegar a primeira entrada para Suzano
4- Após entrar você vai atravessar por um pequeno túnel.
5- Lá na frente haverá uma placa: "Suzano via Poá à direita" e "Suzano via Centro à esquerda". Você vem seguindo "via Poá".
6- Após passar por baixo de um viaduto você estará na Rodovia Henrique Eroles - SP, Rio. Segue direto sentido Suzano.
7- Lá na frente, após subir e descer o viaduto Rio Mizuno, terá um farol, no segundo farol, que é temporizado, entre à direita e estará na Rua Benjamin Constant.
8- No 5º farol é o Centro Cultural. Pronto, você chegou.
DE CONDUÇÃO:
Centro de Educação e Cultura Francisco Carlos Moriconi
Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano, SP.
Referência: Prédio de tijolos vermelho, de arquitetura antiga. Ou pergunte pela Biblioteca de Suzano
1- Pegar o trem no Brás ou na Luz, sentido Guaianazes;
2- Em Guaianazes fazer baldeação sentido Estudantes;
3- Após 4 estações descer em Suzano pelo lado do centro;
4- Você sairá pela Rua General Francisco Glicério;
06 agosto, 2009
NÃO TEVE TEMPO
O ESTUDANTE RECEBEU.
CONHECEU SEU PAI
DEPOIS DE 17 ANOS,
AGORA ESTÃO NOVAMENTE SEPARADOS
PORQUE ELE MORREU.
NO VELÓRIO, ALGUNS VIZINHOS
POUCOS PARENTES.
PUDE FALAR COM ELE UMA VEZ.
QUANDO SEU PAI O LEVAVA PARA CASA
PEDIU QUE OS ACOMPANHASSE.
ASSIM NOS CONHECEMOS
DEPOIS SOUBE, QUE GOSTOU DE MIM
TALVEZ POR TER SABIDO
QUE SOU UM SOBREVIVENTE
COMO SEU PAI
DE UMA VIAGEM NA ESCURIDÃO
ONDE POUCOS CONSEGUEM VOLTAR.
A INSANIDADE, TER A LIBERDADE PRIVADA
SÃO UNS DOS CAMINHOS QUE SE
ENCONTRA NESSA VIAGEM.
PARA OUTROS COMO FOI NO SEU CASO
NÃO PASSOU POR ESSES CAMINHOS
AOS 17 ANOS, ESSA VIAGEM
O LEVOU DIRETO AO CEMITÉRIO.
NÃO TEVE TEMPO. NÃO TEMOS MUITO TEMPO.
O JORNAL DISSE QUE ESTAVA
ENVOLVIDO COM DROGAS.
MANCHETE NA PÁGINA POLICIAL
ALÉM DE MORTO, ROTULADO
PELA SOCIEDADE COMO MARGINAL.
MAIS UM JOVEM DOENTE ASSASSINADO
VÍTIMA DO SISTEMA.
VÍTIMA DO TRIBUNAL DA RUA.
NÃO TEVE TEMPO,
COMO MUITOS OUTROS
PRA CUIDAR DA SUA SAÚDE.
CÁKIS
Mensagem positiva, ativa produtiva
Longe da ativa destrutiva
Os obstáculos me faz evoluir
Quando olho para o espelho
Admiro o reflexo que vejo
Capacidade infinita enxergo em mim
Reclamar da vida eu não vou
Estar aqui com vocês pra mim é uma grande alegria
A felicidade está dentro de cada um
E através do auto conhecimento encontrei a minha
Tropecei muito nas pedras e bolas
Que encontrei no colorido caminho
Me machuquei com agulhas que pareciam espinhos
E sozinho caído no chão, braços e nariz sangrando
Ví minha vida se esvaindo.
Oportunidade eu tive, depois de ter decidido
Que quero viver e não morrer
Não sou exemplo pra ninguém e sim lição de vida
Me orgulho de quem sou pois dei a volta por cima
Hoje sou membro da Associação Cultural Literatura no Brasil
Onde minha presença faz a diferença
Mensagem positiva, ativa produtiva
Através da escrita descrevo minha vida
Com auto estima sigo em frente
Não corro atrás de prejuízo
Já perdi muito tempo, mas não lamento
As experiências que tive são os meus tesouros
Que não estão em cofre nem baú como se guarda ouro
Mas sim no coracão e na cabeça
Pronto pra partilhar com quem quiser e mereça
Eu sou o Cákis, paz pra todos.
Sessão de autógrafos
Escritor Sacolinha lança livro na Bienal de SP na próxima quarta-feira “A Alanda ainda está de pijama” novo livro infantil do escritor s...
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