Eu sou a alma liberta das algemas,
Do ódio, do orgulho, do crasso desamor,
Na qual, a água jorra qual fontes de alor,
Para lavar, se quiseres tu, tuas algemas.
Eu sou a alma liberta dos braços da ilusão,
Que bebe o cálice do amor que te oferta,
Capacitada para depositar em tuas mãos mortas,
Porque, de há muito, está liberta da prisão.
Por isso, vem, ouve aquilo que te exorta,
E, estas palavras hão de abrir-te a porta,
E, bebas tu, também, da paz profunda.
Do contrário, se, assim, tens tu recusado,
O expor dos umbrais será, deveras, escuso,
E, não estarás onde o amor abunda.