26 setembro, 2008

Participe

Pavio Erótico terá diversas apresentações

A penúltima sessão do Pavio Erótico deste ano, que acontece no sábado (27/9), às 20h, contará com a participação de grupos de dança, literatura, música e teatro. A atividade será realizada no Centro de Educação e Cultura "Francisco Carlos Moriconi" (Rua Benjamin Constant, 682 – Centro - Suzano - SP). A entrada é gratuita.O público presente poderá conferir a performances do Grupo de Dança de Guarulhos. Uma mistura de literatura e teatro será apresentada pelo grupo Rafos, do Itaim Paulista. A dança do ventre também estará presente, com a participação da Cia. Fernanda Itaquá. Haverá também a exibição de um trecho do filme "Garotas do ABC", do diretor Carlos Reinchenbach.Promovido pela Prefeitura de Suzano desde 2005, através de uma parceria entre as secretarias de Cultura e Saúde, o projeto foi o grande vencedor da VIII Mostra de Experiências Exitosas dos Municípios, que ocorreu de 25 a 29 de março deste ano na cidade de Bauru. O projeto, que acontece trimestralmente no município, sempre no último sábado do mês, mistura música, dança, literatura, cinema e artes plásticas com um toque de erotismo. Há sorteios de kits eróticos e distribuição de preservativos.


Pavio Erótico
Música, Cinema, Literatura, Teatro e Dança.
Sábado, 27/09, a partir das 20h.
Local: Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano - SP
Fone: 4747-4180
GRATUITO

23 setembro, 2008

ESPELHO DA ALMA

Os olhos são espelhos da alma
Eles refletem o que você está sentindo,
Nas horas tristes, nas horas alegres.
Pare de amar no papel,
Deixe o amor tocar em seus lábios
Acelerar seu coração.
Porque a vida passa, amores também.
Só não passa o que você escreveu no papel,
Mas o que adianta se um dia
Quando estiver revirando suas gavetas,
E achar poesias esquecidas,
Amareladas pelo tempo
E pegar para ler
Lembrar de um rosto,
Uma palavra dita,
Seus olhos se enchem de lagrimas
As pernas ficam tremulas,
O coração só falta sair pela boca.
Palavras escritas inspiradas na pessoa,
Que tanto amava,
Por falta de coragem,
Nunca foram entregues
E que nunca soube que você a amava.
O duro é saber que você
Perdeu também uma oportunidade,
De ser amado. (a)

Paulo Pereira

[POEMA DEL LLAMADO PASTORAL]

A cual puerto hay que navergarse con los padres?
A cual aeropuerto hay que volarse con los pastores?
A cual destino hay que caminarse con las palabras?
En cual estación se iba encontrar Jesucristo?
Jesucristo... - más quién Jesucristo és?
Esperame...
Ah... - ya recuerdo!
Jesucristo és aquel que nada tiene,
Que toma por empréstito uno estábulo,
Y hasta uno cuna en una noche de ontoño,
Solamente para dormir el primero sueño.
Que toma por empréstito una embarcación,
Y en ella ascende bién despacito,
Y a la multitud iba enseñar.
Que toma por empréstito cinco panes y dos pezitos,
Para cón su extensiado y terno amor,
Multiplicarse para sua alabanza.
Que toma por empréstito uno hijo de jumenta,
Dije al doño és solamente por uno momentito,
Y el pueblo le dá palmas por el camino.
Que toma por empréstito el cuarto de una casa,
Uno cómodo que llamán de cenáculo,
Y dentre sus discípulos hay uno receptivo.
Que toma por empréstito pezitos junto a la playa,
Después de la anunciación a la Magdalena,
Y cón sus discípulos cena en nueva escena.
Que toma por empréstito hasta una sepultura,
Cedida a El por uno tal de señore Arimateia,
Del Nazareno fiel discípulo en las ideias.
Acepta la cruz que és de nosotros y que a El imponemos,
Crucificado El és entre dos ratones,
Y no exprime siquier algunos sinos.
Jesucristo és hombre arrestado a la história,
De el mismo, de Josefo, de Matteos o de Juan,
De Lucas ante el escárnio de la escória.
Jesucristo és aquel que expone la química,
De Voltaire, de Fleming y de tantos otros,
Y sintetiza cón total intrínseca.
Jesucrito és aquel que ama las arboles y la botánica,
De Murtinho Nobre o de Jacques Cousteau,
Y que entende y discute sobre la antropología,
Y de la ciéncia de Kierkgaard, Platão y de Rousseau,
Y cómo tal El entende y habla de F ilosofía.
Jesucristo és aquel que entende de linguística,
Cómo el Jerónimo, Aurélio o cualquier gramático,
Y entende mucho y tanto de política.
Jesucristo és aquel que entende de música, teatro y dinámica,
Y cómo Benz, Ford, Chrysler o Chevrolet,
Pudiera entender hasta mismo de mecánica.
Jesucristo és aquel que entende de las Sacras Escrituras,
Más de que Barth, Paul Tillich o Martinho Lutero,
Y en todo jusga cón total lisura.
Jesucristo és el filósofo y doctor,
A quién yo iba deber mucho más que uno favor,
Por El morir en mi lugar lleno de amor.
Jesucristo és aquel a quién debo probar todo,
Y recuerdarse del Stalin, Hitler o del Darwin,
Suplicando a El en verbo mudo.
Jesucristo és a quién confezco que soy mal,
Tal cómo el Churchill, el Treblinka y el Mussolini,
Y por que no?... - Hasta cómo el Dachau.
Jesucristo és aquel que se iba encontrar en varios puertos.
Hombres en guerras y em luchas sin razón,
Y em consequéncia hay milliones de muertos.
Jesucristo és aquel que mira el mundo torto,
El divórcio, los hombres y la lei,
Todos los mandamentos y el tiempo muerto.
Jesucristo és aquel que mira el gama de la violéncia,
Que mira el sigma de la infame inverdad,
Y el delta de las drogas en evidéncia.
Jesucristo és aquel que mira la injustícia social,
Y la corrupción, las guerras, la criminalidad,
Y visualiza la práctica infame y amoral.
Jesucristo és aquel que en las líneas paralelas de la jornada,
Mira mi alma yerma y tán enferma,
Y me hace entender que no soy nada.
Entonces és que yo desperto para la vida,
Penso y repenso en todo que passé...
Y miro el cuanto yo pierdo en esa lid.
A hora yo sé a le cual puerto yo navego cón padres,
A cual aeropuerto yo iba vola cón los pastores,
A cual destino se iba caminarse cón las palabras,
En cual estación yo iba encontrar com Jesucristo,
Por en el fondo, ahora yo sé que,
El és D ios de la mi salvación,
Que me he llamado cón tiempo integral,
Para ser pastro en la función del reino,
Sin embargo, pastor cón ética de uno pastor...

[POEMA SENCILLO Y SIN RIMA]

Madrecita...
Alquilaste a mi el útero,
Por cuarenta y dos semanas,
O se preferir,
Doscientos y setenta y cinco dias,
O se quisiera aún,
Seis mil y seiscientos horas,
Llevara a mi el sustento,
El sustento necessário a mi desarrollo,
Mientras yo era uno parasito.
Entremedias, em fin del tiempo,
Aquel cuarto estaba insoportable,
Manos enormes segurán en mis piés,
Y erguindo a mi por tres segundos,
Dá uma palmada em miu asentaderas,
Los treinta milliones de alvéolos se expandém y se c omprimén,
Esa és la primera respiración,
De la mi vida anti-parasito.
Madrecita...
Ahora que el tiempo se passó,
Me gustaria rendirte grácias por tu complacéncia,
Pués a nadie yo conozco cómo tu,
Que ni más ni menos el aquiler a mi cobraste,
Más consentiras en mi nacimiento,
Mientras tantas otras madrecitas no quisiéron,
Y, locas, hiciéron el aborto.

20 setembro, 2008

[Que dirá tu ce soir / Que tu dirás esta tarde]

Aujourd’ui, est necessaire parler de Charles Pierre Baudelaire. Charles Pierre Baudelaire a veni a le monde em le jour dix du avril de mille huit cents vingt-un et veni a morrir em le jour trente-um du aout de l’année mille huit cents soixante-septe em la citá du Paris. Sés travail plus interréssant fuis [Le fleurs du mal]... – Hoje é necessário falar de Charles Pierre Baudelaire. Charles Pierre Baudelaire nasceu em dez de abril de mil oitocentos e vinte e um e morreu em trinta e um de agosto de mil oitocentos e sessenta e sete na cidade de Paris. Sua obra mais interessante foi [As flores do mal].

[Que dirá tu ce soir]

Que dirá tu ce soir pauvré amé solitaire,
Que dirá tu mon coeur, mon coeur autrefois flertri,
A la trés belle, a la bonne, a la trés cherry.
Dont le regard divin’t a soudain refleuri,
Nous mettrons notre orgueil à chanter sés lousanges,
Rien ne vaut la doceur de son autorité,
Sa chair spirituelles a la parfum des anges,
Et son oeil nous revêt d’un habit de clarité,
Que ce soit dans le nuit et dans la solitude,
Que ce soit dans le rue et dans le multitude,
Son fantome dans l’air dance comme un flambeau,
Parfois il parlé et dit: - Je suis belle il j’ordonne,
Que pour amour de moi vous n’aimez que le beau,
Je suis le ange gardien, le muse et la madone.

[Que tu dirás esta tarde]

Que tu dirás esta tarde pobre alma solitária,
Que tu dirás tu meu coração, coração outrora triste,
A muito bela, a muito boa, a muito amada.
A cujo olhar divino agora refloriu,
Faremos decantar-lhe os dons de nossa arrogância,
Nada igual à doçura de sua autoridade,
A carne espiritual dá-lhe a um anjo a fragrância,
E o seu olho nos vem vestir de claridade.
Que seja dentro da noite e dentro da solicitude,
Que seja no meio da rua e em meio à turba rude,
O seu fantasma no ar dança como uma flama,
Às vezes ela fala e diz: - Eu sou bela e ordeno como dona,
Que pelo amor que tens a mim, ao belo, apenas, ama,
Eu sou o anjo guardião, a musa e a madona.

16 setembro, 2008

PEQUENA

Estou cansado
De viver neste tormento
Minhas lagrimas
Solução em desespero
Pela falta deste amor
Meus pensamentos
Flutuam, desaparecem
Como minha respiração ao vento
A tristeza bate no peito
Meu coração não suporta mais
A dor da solidão
Lagrimas descem
Lagrimas secam
Lagrimas descem pelo meu rosto
E molha a nossa foto
Foto tirada de um momento feliz
Momentos alegres
Momentos de um casal apaixonado
Momentos inesquecíveis
Que agora só restou a dor
Do não
Eu não te amo mais
Eu não entendi
Pensei que era brincadeira
Pensei,pensei,pensei
Mais você foi embora
Não entendi,
Todo aquele amor que nos tínhamos
Acabou-se, como.
Juras de amor
Por toda eternidade
Casaríamos, teríamos nossos filhos,
Nossa bela casa,
E morreríamos bem velhinhos
Um do lado do outro
Palavras de amor em vão
Até agora não entendi
Porque você foi embora
Dizendo que não me amava mais
Sem nem uma explicação
Só dizendo eu não te amo mais
Eu não te amo mais
A minha vida daquele dia
Em diante se acabou
Ando pelas ruas,
Como um morto vivo
Por causa de você
Comecei até a beber
Tudo por sua causa
Todos os rostos
Vejo teu sorriso
Minha pequena
Meu único grande amor
Fico pelos bares
Com dor de corno
Quando escuto
Aquela musica garçom.
Minhas lagrimas descem
Estou barbudo, fedido.
Não me lembro da ultima vez
Que tomei um banho
Os amigos dizem esqueça ela
Ela não serve para você
Você não precisa ficar assim
Tem outras mulheres
Mais eu não quero outra
Eu quero ela
Meus pais chorão
Por me verem assim
Como um cachorro sem dono
Pequena volte para mim
Diz que me ama
E que tudo isto
Não passou de um engano
Um pesadelo
Cadê você pequena
Dias passam
Cadê você
Lagrimas rolam
Cadê você
A cada dia me transformo um lixo
Cadê você
Que não me aparece
Cadê você
Diz-me por que
Você me largou
Arrancou meu coração
E deixou um vazio
Dentro do meu peito
Penso até em me matar
Pegar uma arma
E dar um tiro
E acabar com tudo.
Mas tem algo que me segura
Será que é o amor
Que sinto por você
Que não deixa dar cabo de minha própria vida
Tenho esperança
De ter encontra
E nos meus braços
Você voltar a ficar
Não por pena
E sim porque se arrependeu
E olhar bem dentro dos meus olhos
E dizer me perdoe
Por ter dito que não o amava
Cadê você pequena.

PAULO PEREIRA

Evento

Fogueira, Literatura e Pipoca no Centro Cultural Boa Vista

Com o propósito de incendiar o debate sobre o fazer literário, o Centro Cultural Boa Vista recebe nesta sexta-feira (19/9), às 19h, a segunda edição do projeto "Fogueira, Literatura e Pipoca". Promovido toda terceira sexta-feira do mês, esta edição terá como tema "Literatura e suas vertentes". De acordo com o coordenador literário da Prefeitura de Suzano, Ademiro Alves, o Sacolinha, os participantes formam uma roda em torno de uma fogueira e discutem sobre o tema proposta. Após o debate, a atividade é encerrada com uma sarau literário. Todos os moradores da região podem participar e dar sua contribuição com o debate. "A primeira edição foi um sucesso, no decorrer da discussão surgiram idéias importantes relacionadas à literatura. Vamos continuar na mesma linha", destacou Sacolinha.
O Centro Cultural Boa Vista fica na avenida Katsutoshi Naito, 957, Suzano - SP.
Outras informações pelo telefone 4749-7556.

15 setembro, 2008

Pavio de sábado

O Pavio da Cultura neste sábado no Centro Cultural de Suzano foi bom além da conta. O frio, a campanha eleitoral acirrada aqui e a 4ª Mostra de Referência Teatral, não foram problemas. A galera compareceu e além de curtir, se apresentou.
Confira abaixo algumas imagens.

Francis Gomes e seus cordéis

Jorge Américo veio de Itaquá

Teve até o cover do Chico Buarque

Fábio Valente... até no nome


A sombra no rosto do anfitrião Sacolinha

Nelson Olavo


Paulo Odair na concentração


D. Elisabete com seus 58 anos

O dono do Sebo Melodia, Hélcio, entre o Cákis e o Renner

14 setembro, 2008

Sempre haverá uma nova chance

Nesta vida, onde encontramos tantas barreiras, tantos espinhos em nossos caminhos, e que muitas vezes o dia é nublado, a noite a lua não aparece e quando faceira, linda e deslumbrante insiste em despontar por traz dos montes, uma nuvem escura, teimosa e sem destino certo não permite que possamos ver e admirar sua beleza encantadora.O ser humano, também é assim no seu interior, tem dias que o sol não sai, as noites são sempre escuras, nada de lua, nada de luz nada de alegria. Parece que tudo da errado e a vida não tem sentido.Mas quando isso acontecer, lembre-se:
Sempre haverá um próximo segundo,
Um próximo minuto
Uma próxima hora.
Sempre haverá um novo dia,
Uma nova semana,
E um novo ano para recomeçar.
Sempre haverá uma nova chance,
Uma nova oportunidade.
Porque sempre houve e para sempre haverá um Deus supremo.
E alem disso em qualquer lugar do mundo,Haverá alguém que te ama, alguém chorando ou sorrindo por você.O importante é nunca desistir, porque nunca estará sozinho.

Francis Gomes

11 setembro, 2008

Neste sábado

13/9 – 16h

Cine-Cultura

Sempre no segundo sábado de cada mês, o Centro Cultural Boa Vista exibe um filme para a comunidade local. Após a exibição acontece um debate-papo com o público presente.

Filme do mês: O Circo – de Charles Chapplin – Dur. 120 min.

Realização: Associação Cultural Literatura no Brasil e Prefeitura de Suzano

Local: Centro Cultural Boa Vista, Rua Katisutosh Naito, 957 – Sesc/Boa Vista – Suzano - SP

Informações: (11) 4749-7556
GRATUITO


13/9 – 20h

Pavio da Cultura

Todos os segundos sábados de cada mês, músicos, atores, escritores, poetas, dançarinos e cineastas se reúnem para apresentar seus trabalhos neste sarau. O homenageado dessa vez é o poeta Manuel Bandeira.

Realização: Associação Cultural Literatura no Brasil e Prefeitura de Suzano
Local: Centro Cultural de Suzano, Rua Benjamin Constant, 682 – Centro – Suzano

Informações: (11) 4747-4180
GRATUITO

[E DEUS CRIOU AS CORES]

Eu quis, um dia, saber,
Apenas para entender,
Como se formar as cores.
Diante dos sonhos meus,
Eu fui perguntar a Deus,
Mas, Ele... – não quis dizer.
Antes que eu questionasse,
Mandou que eu observasse,
Do arco-íris, as luzes.
O meu pensamento em desordem,
Pondera, mas, vem acatar a ordem,
E o arco-íris vou ver.
Em plena era quaternária,
Descubro as cores primárias,
Que me farão compreender.
E é assim nesse auguro,
Que vermelho e amarelo eu misturo,
Para o laranja obter.
Ademais não estando em Istambul,
Combino o amarelo e o azul,
E a cor verde vai ter.
Agora, no meu tranco e no retranco,
Na ausência de cor, tenho o branco,
Para minha observação.
Portanto, ainda que sem muxoxo,
A fim de encontrar o tom roxo,
Vermelho e azul eu combino.
Escrevo em poesia e não prosa,
O vermelho com branco dá rosa,
E isso não se nega não.
Porém sem medo, traumas ou tremores,
Ao tubo, coloco todas as cores,
E ao preto eu vou converter.
E para não fugir desse tom,
Vermelho com preto me gera o marrom,
Não há porque duvidar.
Então, para que ficar sobre o muro,
Se se faz tanto o tom claro quanto escuro,
Por simples compilação.
Essas são as explicações sem afrontas,
Sobre as cores que estão prontas,
Na insondável Criação de Deus.

[ASSALTO JAPONES]

Disseram-me que bem acolá,
Um delegado... – o José,
Gritou, falou, bateu o pé,
Na histórica “Oriximiná”.
E espreitando pelos flancos,
No dia-a-dia da vida,
Prendendo não dá guarida,
Ao tal de “Sataro Ubanko”
Em Oriximiná não tem faixa,
E de propaganda, ela é sem,
Mas, o delegado;... – também,
Pendeu o “Rendero Otasha”.
Com eles estava o “Lulu”,
Um Cão pastor alemão,
Que, inocente, vai ao chão,
E, de resto, “Panaro Otutu”.
Mas, hoje, não há quem arrombe,
Pois eis que a japonesada,
Foi batendo em retirada,
E todos “Fugiro Nakombi”.

01 setembro, 2008

Na TV!

Nesta terça-feira, 02/09, às 20h, tem mais uma matéria com o escritor Sacolinha na TV. Dessa vez será em canal fechado, mas dá pra assistir pela internet.
Trata-se do programa Outras palavras da UPF TV, 20 minutos de bate-papo e a exibição do curta-metragem baseado no conto "85 Letras e um Disparo".

Canal 15 da Net
ou
www.upf.br/tv

Reprise na quinta-feira, 04/09, às 19h. Não percam.

Crônica do Sacolinha




Vou-me embora pra Passo Fundo



Acabo de chegar em São Paulo. Estava numa cidade do interior do Rio Grande do Sul para desenvolver quatro palestras a respeito de minha trajetória literária e do meu segundo livro, o “85 Letras e um Disparo”, a convite do projeto “Mundo da Leitura” da Universidade de Passo Fundo, na pessoa de Tânia Rösing.
Confesso que esperava uma boa recepção, mas me surpreendi. Não sabia que seria tão valorizado como escritor, já que este rótulo está cada vez mais em baixa cada ano que passa.
O fato é que a cidade de Passo Fundo, que tem 200 mil habitantes, pensa e produz literatura. Imaginem que cheguei ao hotel e lá a maioria dos funcionários já conheciam o meu trabalho.
- Bah, então é tu que é o Sacolinha? Já li seu livro.
Outro:
- O senhor é quem é o personagem do conto Yakissoba?
E mais uma:
- Nossa, vi uma matéria com o senhor na TV. Estávamos ansiosos com sua presença.
Eita que fiquei feliz em saber que em alguns lugares as pessoas reconhecem o nosso esforço literário.
Mas isso não foi nada perto do que aconteceu.
Conheci um pouco da cidade através do Profº Eládio, que me acompanhou nos dois primeiros dias. Foi ele quem me apresentou uma praça que tem o nome de “Largo da Literatura”, onde há uma árvore plantada no meio do concreto e que seu fruto são as letras. Nesta mesma praça existem dois Túneis da Cultura, com acessibilidade para portadores de deficiência e que é usado para contação de histórias para a criançada.
Eládio me mostrou também os muros (na avenida principal) onde existem dezenas de poesias escritas, poesias que já passaram pelos ônibus e que depois dos muros vão para os livros. E são de autores da própria cidade.
Com tudo isso percebi que os monitores do Mundo da Leitura, não se preocupam apenas com o produto “livro”, mas valorizam os três instrumentos necessários para o fazer literário; o leitor, o livro e o autor.
Nas quatro palestras que ministrei falei para mais de 700 pessoas dos municípios de Sarandi, Barra Funda, Rondinha, Boa Vista das Missões, Palmeiras das Missões, Constantina e Passo Fundo. As palestras lotaram de adolescentes e jovens querendo participar. E percebi que todos eles tiveram um preparo para esse momento. Muitos leram o livro e fizeram grupos de estudo em torno dele. Portanto, eu já não mais esperava qualquer pergunta.
Concedi seis entrevistas para rádio, TV e para estudantes de jornalismo, falando de “Literatura” para ouvintes e telespectadores. Entendem? Falando de “Literatura”. Ressalto isso porque na maioria das entrevistas que dou, sempre querem saber qual a minha opinião sobre a violência na periferia, sobre a posição de fulano a respeito disso e daquilo, enfim, falo de tudo, menos do que eu gosto; a Literatura.
No segundo dia, eu estava com a manhã livre, e como sempre faço, saí do hotel para andar pelo centro da cidade. E não é que parecia que todos me conheciam?
Encontrei um monte de leitores pelas ruas, uns apontavam dizendo:
- Olha, é o Sacolinha, aquele das 85 Letras.
Outros me paravam para uma prosa. De noite encontrei mais três pessoas que disseram ter me visto passeando pelas ruas centrais.
É, não é a toa que Passo Fundo é a Capital Nacional da Literatura, os envolvidos com o projeto fazem jus ao nome. Que nasçam outras capitais da literatura, para que o leitor tenha um olhar literário e não somente de passa tempo e entretenimento. Para que o livro tenha seu valor histórico e cultural reconhecido e que o escritor seja valorizado como um trabalhador das letras, alguém que consiga sobreviver com o que faz. Como exemplo, eu cito o próprio Moacyr Scliar, meu amigo, que mora em Porto Alegre e tem mais de 70 livros publicados, mas até hoje ele não consegue sobreviver com as vendas dos livros e com as palestras. Ministra aulas de medicina na Universidade Federal do Rio Grande do Sul para complementar a renda.
E como se não bastasse tudo isso nesta cidade, fiquei vislumbrado com as estrelas no céu. Os professores que estavam comigo na volta de Sarandi, até estranharam, mas expliquei que aqui em São Paulo não se tem mais a oportunidade de ver as estrelas, a poluição e a correria do dia-a-dia não deixam. E pra ter uma idéia do sossego existente em Passo Fundo, os carros atingem uma distância considerável um do outro e consegue-se andar tranquilamente com o carro na quinta marcha. Viva a economia de combustível e a qualidade de vida.
A cidade é grande, mas consegue-se atravessá-la em 15 minutos. O ar tem aquele cheiro gostoso de mato e terra. É a natureza em evidência.
Vou-me embora para Passo Fundo, é lá que vou viver bem com os cinco filhos que pretendo ter.


Sacolinha, é autor dos livros “Graduado em Marginalidade” (romance – ed. do autor) e “85 Letras e um Disparo” (contos – 2ªed. Global editora).

Sessão de autógrafos

Escritor Sacolinha lança livro na Bienal de SP na próxima quarta-feira   “A Alanda ainda está de pijama” novo livro infantil do escritor s...