20 outubro, 2006

Revolta

Beleza podre
Tomado pelo pudor, derramando em pequenos cálices minha raiva; Cercado de belíssimos apartamentos, belíssimas gotas de sangue; Árvores grandes e floridas, ainda guardam o resto denossa vida; Ruas dignas de primeiro mundo, na palma da mão a queimadura do asfalto imundo; Belas cavernas verticais, que guardam a desumanidade chamada de burguesia; Saltos ainda, saltos sofridos pela minha mente, mente de cobiça; Sonhando com o mundo novo, com a nova vida; Desgraçados passam em seus BMW 's o menor cata papelão e metal mas não vai deixar barato; Sonhe filho da puta , sonhe com seus bens, casas de solidão; Que o dia que eu te pegar, será um defunto morto no chão; Pois o menor excluído vai cobrar, a dívida com a sociedade; Não vai querer sua caridade, e sim sua voz lhe pedindo piedade.
Renato Vital

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Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha