11 outubro, 2010

Árvore

Meu homem
Tem um cheiro que reconheceria em meio a tantos outros
De sua seiva não me canso de provar.

Sua pele – Casca - a reconheceria, com apenas um toque
Seu corpo – Tronco - posso reproduzi-lo como um oleiro que molda a massa disforme
Cada músculo, cada curva...

Em seus cabelos – Cipós - me seguro com força, quando nos amamos
Seu sorriso descortina alvos ladrilhos que trilham o caminho para a felicidade
Seus olhos – Oásis - em ti bebo a água da vida.

Em seus braços – Rede - deito e durmo tranqüila
Balanço, mas sei que não vou cair
Mas, se cair, suas mãos – Galhos - irão me segurar.

E se o tombo doer e eu chorar
Suas mãos – Mágicas - tocarão uma canção para me alegrar.

O vento te trouxe – Semente - no ar
Cai em mim - Terra fértil - vem me fecundar
E com seus pés - Raízes - nosso caminho germinar.

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Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha