Sarau
LiteraturaNossa evidencia o cotidiano da periferia
Projeto da Associação Cultural
Literatura no Brasil (ACLB) será realizado no dia 17 de abril, a partir das
19h30, na Comunidade Kolping (Rua Cumbica, 630, Jardim Revista, em Suzano) e contará
com o lançamento do livro “Te Pego Lá Fora” e um pocket show com Ba Kimbuta
O cotidiano da periferia, transportado para os contos de Rodrigo
Ciríaco e os hits de Ba Kimbuta, vai embalar a edição deste mês do Sarau
LiteraturaNossa. O projeto da Associação Cultural Literatura no Brasil (ACLB)
será realizado no dia 17 de abril e terá como destaques o lançamento do livro
“Te Pego Lá Fora” e um pocket show em ritmo de hip hop.
Com apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC), o Sarau será realizado na Comunidade Kolping
(Rua Cumbica, 630, Jardim Revista, em Suzano, próximo ao Bazar e à Escola
Oswaldo de Oliveira Lima), a partir das 19h30. A
entrada é gratuita e aberta ao público em geral. No decorrer das apresentações
haverá sorteio de livros e camisetas. Outras informações pelo telefone
(11) 96680-4065.
Landy Freitas, coordenadora do projeto, diz que durante o Sarau
haverá seleção dos textos que irão estampar os imãs-poéticos (imãs de geladeira
com poesias), iniciativa lançada este ano pela ACLB com o intuito de valorizar
a participação dos artistas/escritores/leitores, bem como garantir a difusão
dos bens e produtos culturais:
“Já selecionamos quatro poetas para participar dos imãs-poéticos e
ainda restam duas vagas, que serão preenchidas somente até este mês. Ficamos
surpresos com o interesse das pessoas em aderir à iniciativa. Percebemos que
ações como esta estimulam a participação e levam o público a aperfeiçoar sua
narrativa”, comenta.
Nos contos de “Te Pego Lá Fora”, que terá sessão de autógrafos no
Sarau, o autor Rodrigo Ciríaco mostra sua habilidade em transpor a oralidade
cotidiana da periferia para uma expressão literária. Sua escrita marginal expõe
com destemor os problemas centrais do Brasil contemporâneo. Os textos são
amparados pela versatilidade formal que vai do microconto (“Pedido Irrecusável”
e “Medo”) à dramaturgia de “A Queda”, passando por narrações em primeira pessoa
(“O Livro Negro” e “Um Estranho no Cano”) e cômicas histórias estruturadas em
diálogos como “Socá pra dentro” e “Boi na linha’.
A divisão do livro em estações do ano é engenhosa, o que resulta
em uma leitura vertiginosa, potencializada pelos grafismos hipnóticos da edição
que lembra um caderno escolar. Os contos finais, em especial os da primavera,
sedimentam o triunfo da literatura para além do simples salvacionismo, tanto
contra o bullying (“Poeta”) como contra a descrença (o conto-manifesto “Literatura
(é) possível”).
Ba Kimbuta, que ficará à frente do pocket show, levará ao público
uma mistura de estilos que retratam a realidade da periferia e transitam por
outras temáticas que inclusive levaram suas músicas a serem utilizadas como
material pedagógico suplementar por diversos educadores Brasil afora.
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