12 abril, 2015




Sarau LiteraturaNossa evidencia o cotidiano da periferia

Projeto da Associação Cultural Literatura no Brasil (ACLB) será realizado no dia 17 de abril, a partir das 19h30, na Comunidade Kolping (Rua Cumbica, 630, Jardim Revista, em Suzano) e contará com o lançamento do livro “Te Pego Lá Fora” e um pocket show com Ba Kimbuta

O cotidiano da periferia, transportado para os contos de Rodrigo Ciríaco e os hits de Ba Kimbuta, vai embalar a edição deste mês do Sarau LiteraturaNossa. O projeto da Associação Cultural Literatura no Brasil (ACLB) será realizado no dia 17 de abril e terá como destaques o lançamento do livro “Te Pego Lá Fora” e um pocket show em ritmo de hip hop.

Com apoio do Programa de Ação Cultural (ProAC), o Sarau será realizado na Comunidade Kolping (Rua Cumbica, 630, Jardim Revista, em Suzano, próximo ao Bazar e à Escola Oswaldo de Oliveira Lima), a partir das 19h30. A entrada é gratuita e aberta ao público em geral. No decorrer das apresentações haverá sorteio de livros e camisetas. Outras informações pelo telefone (11) 96680-4065.

Landy Freitas, coordenadora do projeto, diz que durante o Sarau haverá seleção dos textos que irão estampar os imãs-poéticos (imãs de geladeira com poesias), iniciativa lançada este ano pela ACLB com o intuito de valorizar a participação dos artistas/escritores/leitores, bem como garantir a difusão dos bens e produtos culturais:

“Já selecionamos quatro poetas para participar dos imãs-poéticos e ainda restam duas vagas, que serão preenchidas somente até este mês. Ficamos surpresos com o interesse das pessoas em aderir à iniciativa. Percebemos que ações como esta estimulam a participação e levam o público a aperfeiçoar sua narrativa”, comenta.

Nos contos de “Te Pego Lá Fora”, que terá sessão de autógrafos no Sarau, o autor Rodrigo Ciríaco mostra sua habilidade em transpor a oralidade cotidiana da periferia para uma expressão literária. Sua escrita marginal expõe com destemor os problemas centrais do Brasil contemporâneo. Os textos são amparados pela versatilidade formal que vai do microconto (“Pedido Irrecusável” e “Medo”) à dramaturgia de “A Queda”, passando por narrações em primeira pessoa (“O Livro Negro” e “Um Estranho no Cano”) e cômicas histórias estruturadas em diálogos como “Socá pra dentro” e “Boi na linha’.

A divisão do livro em estações do ano é engenhosa, o que resulta em uma leitura vertiginosa, potencializada pelos grafismos hipnóticos da edição que lembra um caderno escolar. Os contos finais, em especial os da primavera, sedimentam o triunfo da literatura para além do simples salvacionismo, tanto contra o bullying (“Poeta”) como contra a descrença (o conto-manifesto “Literatura (é) possível”).


Ba Kimbuta, que ficará à frente do pocket show, levará ao público uma mistura de estilos que retratam a realidade da periferia e transitam por outras temáticas que inclusive levaram suas músicas a serem utilizadas como material pedagógico suplementar por diversos educadores Brasil afora.

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