30 junho, 2006
Alessandro Buzo
E-BOOK - "O TREM -CONTESTANDO A VERSÃO OFICIAL" DE ALESSANDRO BUZO
Você pode baixar com EXCLUSIVIDADE agora no REAL HIPHOP, o e-book do escritor Alessandro Buzo, O TREM CONTESTANDO A VERSÃO OFICIAL, terceiro livro dele agora em versão eletrônica.
Segunda edição revista e ampliada do primeiro livro do escritor Alessandro Buzo, O TREM BASEADO EM FATOS REAIS foi lançado em 24 de Dezembro de 2000 e está segunda edição ampliada no segundo semestre de 2005, totalmente reformulado, um novo livro.
Ele é tão novo, tão independente da primeira edição que vem a ser o terceiro livro do escritor Alessandro Buzo, um mano do Itaim Paulista, no extremo leste da cidade de São Paulo, de Dez/2000 àOut/2005, em pouco menos de 5 anos, um cara que sobrevive com um salário de menos de R$ 1.000,00 por mês vendendo alimentos para os mais finos restaurantes de São Paulo, consegue a proeza de escrever o publicar 3 livros.
E preparem-se, pois Buzo veio para ficar e em 2006 teremos GUERREIRA (lançamento previsto para Setembro ou Outubro).
Acessa lá o REAL e boa leitura!
28 junho, 2006
Últimas notícias
Dia 29/06 - Quinta - 20h
Centro Cultural de Suzano
Realização: Literatura no Brasil
GRATUITO
“Samba e Poesia”
Dia 30/06 - Sexta - 20h
Roda de samba intercalada por poesias.
Onde: Centro Cultural de Suzano
Realização: Prefeitura de Suzano - Secretaria de Cultura
GRATUITO
Lançamento do livro “Versonhos” - Poesias
De Cícero Tavares e Renata Pinheiros
Dia 06/07 - Quinta - 20h
Local: Centro Cultural de Suzano
Aguardem... Confirmadíssimo!
Dia 08 de agosto (terça), lançamento do 2° livro do escritor Sacolinha. "85 Letras e um Disparo", um livro contendo 16 contos e com prefácio assinado pelo escritor Moacyr Scliar.
O livro terá distribuição nacional e sairá pela Editora Ilustra.
Esta semana a capa estará publicada no blog: www.literaturanobrasil.blogspot.com
Datas e Locais de Lançamentos
Dia 08 de agosto (terça-feira) – 20h
Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682
Centro – Suzano – S.P
Tel: (11) 4747-4180
Dia 09 de agosto (quarta-feira) – 21h
Cooperifa
Bar Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 - Chácara Santana
Perto da igreja de Piraporinha / Zona Sul - São Paulo – SP
Tel: (11) 4139-7548
Dia 15 de agosto (terça-feira) – 19h30
Ação Educativa
Centro de Juventude e Educação Continuada
Rua General Jardim, 660 - CEP: 01223-010
São Paulo - S.P
Tel: (11) 3151-2333 ramais 153, 165, 171
centro@acaoeducativa.org
www.acaoeducativa.org
Associe-se á Associação Cultural Literatura no Brasil
Fone: (11) 9743-7129
literaturanobrasil@bol.com.br
Próximo Pavio da Cultura (Sarau)
08 de julho (sábado) - 20h
Centro Cultural de Suzano
Realização: Prefeitura de Suzano - Secretaria de Cultura
Se você ainda não leu, tá esperando o quê?
Adquira agora o livro “Graduado em Marginalidade”, romance do escritor Sacolinha.
Mande um e-mail para: sacolagraduado@bol.com.br
E peça o seu exemplar: Por apenas R$ 20,00
Pavio Erótico - Sarau
29/07 - Sábado - 20h
Centro Cultural de Suzano
Realização: Prefeitura de Suzano - Secretaria de Cultura
Associação Cultural Literatura no Brasil
Fones: (11) 4749-5744 / 8325-2368
Site/Blog:
www.literaturanobrasil.blogspot.com
Próximo evento
(Texto: Marcos Cirillo)
A Associação Cultural “Literatura no Brasil”, em parceria com a Secretaria de Cultura de Suzano, lança nesta quinta-feira (29/6), às 20h, a segunda edição do fanzine “Literaturanossa”, que desta vez traz uma entrevista especial com Ignácio de Loyola Brandão, um dos maiores escritores do país. O evento ocorrerá no Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”, com entrada gratuita. Outras informações podem ser obtidas pelo telefone 4744-7859 (c/ William).
O fanzine conta também com nove textos de autores da associação, além de ilustrações criadas por dois desenhistas convidados. Ele será distribuído gratuitamente aos interessados. Vale destacar entre os autores Elizabete da Silva, com 56 anos de idade, que participa ativamente das atividades de literatura desenvolvidas pela Secretaria de Cultura. Outra também que merece ser citada é a adolescente Valéria Olívio, de 14 anos de idade, moradora do Instituto Beneficente SOS Nova Vida, localizado em Palmeiras. Ela foi descoberta pelos membros da associação no dia 15 de junho de 2006, em uma visita realizada por alguns integrantes à entidade.
Neste dia, haverá um sarau que contará com shows musicais, exibições de vídeos, recital de poesias, monólogos e interpretações de textos.
27 junho, 2006
Release Cooperifa!
SARAU DA COOPERIFA EM SUZANO
Ontem fizemos um sarau na cidade de Suzano a convite do Sacolinha, amigo e escritor.Muita emoção e muita garra. Os poetas que foram não decepcionaram. Não foram todos, pois alguns estavam trabalhando, outros tinhas compromissos inadiáveis e outros simplesmente forjaram compromissos, mas tá bom, eu entendo, entre o discurso e a prátrica a distãncia é muito grande. Uns querem fama, outros trabalho. O futuro dirá quem está certo.
Mas em compensação, os que foram, mais de 30, transformaram a noite de Suzano num imenso quilombo cultural. Era possível sentir o cheiro da pólvora no ar. Era possível ver o invisível saltar aos olhos da platéia hipnotizada pela poesia que infestava o ar. Lindo.
Evoluimos muito com esse sarau, e nada mais revolucionário do que a evolução do ser humano.
Aos que foram,
valeu pela noite
valeu pelo compromisso
valeu pela resistência
valeu pela poesia
valeu por acreditar.
feliz,
Sérgio Vaz
26 junho, 2006
Debate
Existe uma escrita periférica?
Acerca dos debates que rondam a literatura, teremos um professor, um crítico e dois escritores para discutir a literatura e algumas de suas vertentes: literatura marginal, periférica, maldita ou apenas literatura? Há mercado para essa produção? Assuntos que estão levantando polêmica e causando divergências de opiniões.
Debatedores:
Marcos Ferreira Santos, músico e professor da USP.
Ridson Dugueto Shabazz, escritor e MC do grupo de rap Clã nordestino.
Rogério Nogueira, escritor, ativista e produtor cultural.
Local: Ação Educativa
Rua General Jardim, 660 – entre a Rua da Consolação e o Metrô Santa Cecília, entre a Santa Casa e o Mackenzie. Quase de frente pra Biblioteca Monteiro Lobato.
Vaz
Quinho
Era um cão vira-lata
Que morava na favela
Do jardim guarujá.
Educado,
Só latia o necessário.
Não mordia crianças
e era contra qualquer
Tipo de violência.
Pra ser gente
Só faltava falar.
E a gente,
Pra ser cachorro,
Só faltava escutar.
Sérgio Vaz
Nova Poesia
Na estrada da vida, curta, e cheia de curvas.
Diversas vezes tentei pegar um atalho.
Pois assim eu teria menos trabalho.
O cheiro forte, do incenso e do cigarro, se mistura e invade minhas narinas.
Bebo cada gole de vinho vagarosamente.
O último raio de sol, entra pela janela do meu quarto.
À noite o frio será implacável.
Tento ler o livro que esta em minhas mãos, mas não consigo.
É impossível parar de pensar em tudo que fiz, em tudo que faço e em tudo que farei.
Compreendo perfeitamente que não sou santo, também cometo pecados!
Robson Canto, é poeta e escritor.
Atualmente trabalha em seu primeiro livro,
o romance "Noite Adentro".
Buzo!
INFORMATIVO DO ESCRITOR “ALESSANDRO BUZO”
006/2006 – Junho
www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
alessandrobuzo@terra.com.br
Fone/Fax: (11) 6567-9379 / 8218-7512
Aguardem....vem ai novo livro do escritor ALESSANDRO BUZO.
"GUERREIRA"
Editora Edicon, lançamento previsto para Outubro/2006
Em 2007 " Do conto à poesia ", coletanea de cronicas e poesias de Alessandro Buzo.
Já assistiu o PROGRAMA SUBURBANO CONVICTO de entrevistas na internet ?
Se ainda não acesse agora mesmo e veja entrevistas que Alessandro Buzo fez com FIELL, THAIDE, DE MENOS CRIME e RESISTENCIA LADO LESTE.
O endereço é: www.dgtfilmes.com.br
Clique em PROGRAMA SUBURBANO CONVICTO.
Breve teremos: Expressão Ativa, Ao Cubo, Sergio Vaz ...
FAVELA TOMA CONTA
A 10a edição deve mesmo acontecer no dia 27 de Agosto e a 11a no Dia das Crianças, 12 de Outubro.
Já temos grandes nomes confirmados como ALVOS DA LEI, DMN, FATO CRIMINAL, TRIBUNAL MC’S, SEXTO SELLO, MATERIA RIMA, ALERTA VERMELHO entre outros...
Para essas 2 festas (ambas no Itaim Paulista, na rua e de graça) não temos como incluir mais nenhum grupo, a 12a edição acontece em dezembro.
Para participar envie demo, cd, release para: alessandrobuzo@terra.com.br
ALESSANDRO BUZO VESTE CONDUTA
NA SUBURBANO CONVICTO PRODUÇÕES VC PODE CONTRATAR GRANDES NOMES DO RAP NACIONAL E PALESTRAS DE ESCRITORES DA PERIFERIA.
Fale com a gente para contratar EXPRESSÃO ATIVA, THAIDE, TRIBUNAL MC’S, DE MENOS CRIME, FILOSOFIA DE RUA, OS GUERREIROS, ALVOS DA LEI, DUDU DE MORRO AGUDO (RJ), VIELA 17, HORUS, SPAINY & TRUTTY, DI FUNÇÃO, CLÃ NORDESTINO, SEXTO SELLO, WALTER LIMONADA, REALISTAS NPN (MG), MATERIA RIMA, ALERTA VERMELHO, FATO CRIMINAL, VOZES DO GUETO (RJ), LÉO DA XIII (RJ), DCM, D´ELEMENTOS, EXL e PANICO BRUTAL.
Além de palestras com ALESSANDRO BUZO, SÉRGIO VAZ, SACOLINHA e NINO BROWN.
www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
Faça um pacote e leve a festa completa com 5 ou 10 grupos para sua cidade, qualquer lugar do Brasil.24 junho, 2006
O Show...
O sarau começou às 20h e foi até às 22h, com muita música, poesia e interpretação.
O povo de Suzano agradece os 32 poetas da Cooperifa que saíram da Zona Sul para comungar a poesia no Alto Tietê, fazer sorrir áqueles que estavam tristes e adicionar muita alegria em todos os corações presentes.
E como diz o escritor Sacolinha: "Não há mastercard que pague".
Quem não veio perdeu... Infelizmente.
23 junho, 2006
Você se encaixa?
Não percam! Lançamento dia 29 de Junho às 20h
Centro Cultural de Suzano - Rua Benjamin Constant, 682 - Centro
21 junho, 2006
Próximo evento
(Texto de Marcos Cirillo)
Em maio de 2005, os membros da Cooperifa estiveram na cidade desenvolvendo seus trabalhos. Desta vez, a segunda edição do sarau contará com a participação de mais de 50 artistas.
O projeto lançou em 2004 uma antologia poética com textos dos participantes do sarau. Em 2005, criaram o Prêmio Cooperifa, onde mais de 100 artistas foram contemplados. Este ano foi lançado, em parceria com o Instituto Itaú Cultural, um cd de poesias que conta com a colaboração de 26 poetas do sarau.
“Foi a única forma que achamos de tirar dinheiro do banco sem precisar apontar uma arma”, afirma Sérgio Vaz, um dos organizadores do sarau, em relação à parceria feita com o Instituto Itaú Cultural.
Quando questionado pelo local onde ocorre o sarau, um bar na periferia de São Paulo, ele disse: “O único centro de lazer que a periferia tem é o boteco. Por isso, unimos os soldados da poesia para comungar o que há de mais valoroso no coração desse povo sofrido”.
Em Suzano, durante cerca de duas horas, a cooperativa apresentará ao público recital de poesias, interpretações de textos, monólogos, esquetes teatrais, shows musicais (MPB, Rap e Cordel), todas essas apresentações com aproximadamente duas horas de duração.
Segundo o Coordenador Literário da Secretaria de Cultura, Ademiro Alves, o Sacolinha, que também é um dos membros da Cooperifa, sempre há uma surpresa a ser apresentada no sarau. “Já assisti um artista cantar rap apenas com um violão, outro fazendo um samba utilizando o corpo como instrumento, uma improvisação do hino nacional, entre outros. É um momento especial”, destaca.
Sérgio Vaz no início do sarau
19 junho, 2006
Entrevista do mês
Entrevista com o escritor Ignácio de Loyola Brandão
Entrevistador: Sacolinha
Literatura no Brasil: A maioria dos escritores escreve para se extravasar, botar pra fora algo contido. Por que você escreve?
Loyola: Para me divertir, divertir os outros, por necessidade, paixão, impulso, para resolver meus conflitos interiores, mostrar o país em que vivo, expressar emoções. Para não ficar louco.
L.B: Na leitura do seu primeiro livro (Depois do Sol, 1965), nota-se muito a autobiografia. Nos fale desse trabalho.
Loyola: A minha jogada no livro é iludir o leitor. Fazê-lo pensar que é minha vida, quando não é. Transporto para o papel as vidas dos outros. “Depois do Sol” revela a noite paulistana, como ela era estruturada, como as coisas funcionavam, os tipos da noite, as putas, os gigolôs, os jornalistas, as stripers, os malandros, a gente comum. Está tudo ali.
L.B: Todo artista tem ou vive um momento de reflexão sobre a vida, alguns acabam se suicidando, bebendo, se drogando ou desistindo de tudo. Você já passou por um momento assim?
Loyola: Eu não. Quando percebo uma coisa estranha no ar, sento e escrevo, vou viajar, desligo.
L.B: A maior dificuldade de um autor desconhecido do grande púbico é achar uma editora que acredite no seu trabalho. Qual é a sua opinião?
Loyola: A maior dificuldade dos autores é encontrar editora. Em geral. Os desconhecidos têm de seguir a trilha habitual. Bater em portão, bater em porta, bater na porta, não desistir. Mais de dez editoras recusaram meu primeiro livro, mas continuei. Na França, o grande André Gide recusou o gênio Marcel Proust. Recusas fazem parte do nosso oficio. Durante anos e anos revistas recusaram contos meus. Escritor gosta muito de reclamar, lamentar, se encher de auto-piedade, não de batalhar. E olhe que hoje em dia se não existe editora, a turma faz tudo no computador e sai vendendo. Plínio Marcos passou a vida vendendo seus livros de porta em porta. O grande Plínio Marcos, olhe lá!
L.B: Como foi para lançar o seu primeiro livro? Ele foi lançado pela editora Brasiliense né?
Loyola: 40 anos depois nem me lembro direito. Sei que um dia me enchi de coragem e fui ao Caio Graco, dono da Brasiliense, junto com um repórter da Última Hora que o conhecia. Deixei com Caio, esperei uma eternidade, nem acreditava mais. De repente ele me ligou e disse: Vou publicar.
L.B: Você já recebeu proposta de alguma produtora de cinema interessada em filmar alguma obra de sua autoria?
Loyola: Recebi, mas recusei. Desisti do sonho do cinema. “Zero” é infilmável , assim como “Não Verás País Nenhum”. Vou revelar uma coisa: o cinema brasileiro atual é muito chato.
L.B: As suas expectativas como escritor foram superadas?
Loyola: Não. Ainda tenho muito a fazer, não estou contente com o que fiz, estou cheio de projetos. Agora, tem uma coisa, me sinto feliz escrevendo.
L.B: Algumas editoras costumam encomendar livros onde o assunto esteja chamando a atenção no momento. Já aconteceu isso com você?
Loyola: Já recebi propostas para fazer livros infantis – ficção olhe lá - dedicados a educar. Me davam o tema, a orientação, a faixa etária, as coordenadas. Mandei a PQP. Não se comanda o texto de ficção. Se o livro que escrevi se ajusta para alguma medida, que usem. Mas determinar o que devo fazer...
L.B: No Brasil o índice de leitores é muito baixo; isso é falta de iniciativas do governo ou falta de interesse da população?
Loyola: Culpa do sistema educacional, dos currículos, do analfabetismo, da miséria geral cultural, culpa da ausência de bibliotecas nas escolas, nos municípios, etc. Culpa do sistema.
L.B: Você tem algum projeto literário coletivo?
Loyola: Não. Sou uma pessoa que só consegue trabalhar sozinha, desenvolvendo projetos próprios.
L.B: Seu próximo projeto?
Loyola: Um romance intitulado “A Altura e a Largura do Nada”. Ele se passa em Araraquara e nele retomo a estrutura do “ZERO”, o livro que me lançou nacional e internacionalmente. Várias histórias que se cruzam e se passam em Araraquara, umas verdadeiras, outras inventadas. Para fundir a cuca, se não que graça tem?
L.B: Quer falar algo que não perguntei?
Loyola: Quer perguntar algo que não respondi?
17 junho, 2006
Notícia
No dia seguinte, quinta-feira feriado, eles visitaram o Instituto Beneficente S.O.S Nova Vida, em Palmeiras, Suzano, que cuida de crianças em situações de risco e portadoras do vírus HIV.
Os integrantes fizeram um mini-sarau, distribuíram gibis, e brincaram com as crianças durante duas horas. No fim, tomaram café da tarde juntos e saíram de lá com o compromisso de voltar e realizar mais contatos com essas crianças.
Sérgio Vaz
Crônica da semana
Marco Pezão
Clima de copa do mundo. Ruas pintadas, bandeiras em balões no ar. O verde amarelo em frenesi. A cidade estufa o peito. Afinal é o nosso time que está jogando. É o Brasil em busca do hexa, na Alemanha.
São noventa minutos de total ausência. Bares lotados. Famílias e amigos reunidos. Olhos grudados na televisão e corações ansiosos.
A bola rolando. Depois de certa pressão inicial, a seleção cisca e não encanta. Os pés não justificam o melhor futebol do mundo. Mas não há o que temer. Os brasileiros possuem a genialidade.
E para comprovar, Kaká recebe o passe de Cafu, acha o espaço no meio, levanta a cabeça, e de pé esquerdo envia nossa alegria em direção à malha da gaiola.
Goooool! Como é bom gritar gol. Aqui é Brasil e não tem para ninguém.
Veio a segunda etapa e a falta de inspiração brasileira motiva os croatas a se arriscarem em busca do empate.
Por uma, duas, três vezes o goleiro Dida defendeu a meta. A cada escanteio cobrado pelo adversário, um nó na garganta se faz.
O Ronaldo Fenômeno manteve-se anônimo. O quadrado mágico perdeu o coelho na cartola. As jogadas não encaixaram. O Brasil mostrou-se um time comum e, mesmo com a entrada de Robinho no lugar do artilheiro mor, não conseguiu se impor como deseja a nação de torcedores.
Ao final da estréia, o magro 1 a 0. O que vale são os três pontos, é o que dizem. Avançamos o primeiro degrau, afirmaram os jogadores. É o que todos esperam.
- Mas algo me deixa com a pulga atrás da orelha, comentou o colega depois de saboroso gole, ao término da primeira rodada de disputas. E continuou sua análise:
- Assistindo outras seleções penso numa certa química que sempre molhou a camisa canarinho: o sentimento pelo Brasil. Não o senti na preparação.
Essa geração de jogadores representada principalmente por Cafu, Roberto Carlos, Ronaldo Fenômeno, Emersom, Dida, Zé Roberto, Lúcio, ainda, Parreira e Zagallo, que se mantém de outros carnavais, encerra seu ciclo. Vitoriosa, sim. Digna, também.
Porém, no momento atual, jogam por si. Demonstram auto-suficiência e ficam arredios se por ventura são cobrados, criticados, enfim, se não são alvos dos louros, que já receberam. Assim foi Ronaldo quando da pergunta do presidente Lula, sobre seu estado físico. Nas respostas duras quanto a qualquer opinião de Pelé.
A pátria dos consagrados moços é eurodólar. E precisa ser substituída pelo amor de equipe, se possível o pátrio original. É preciso ter em mente que são capazes de absorver um país, de fulgurar sensações em milhões de pessoas.
Ninguém pode exigir que o Brasil seja campeão sempre. Existem os adversários. E bons, e aguerridos adversários. Formado por atletas que também jogam nos principais clubes europeus, centro do futebol mundial. E para enfrentá-los com possibilidade de vencer, acho que o verde amarelo do nosso time carece de humildade no preparo.
Domingo é contra a Austrália, depois o Japão, e o nível conta a favor. As buchas virão depois. Os tchecos ou italianos, provavelmente. E no terreno das hipóteses, tenho a impressão que breve deixaremos de nos reunir aqui no bar para ver o escrete jogar.
Dito o discurso, algumas pessoas o apoiaram: - “É verdade, são mercenários.” “É uma legião estrangeira.” “No fim dá tudo certo, mesmo que esteja errado!”
A vontade de ser feliz da imensa maioria do povo é também uma responsabilidade transferida aos convocados em torná-la possível. Não basta a vitória, é preciso jogar bem. E quantas são as teorias desse esporte que atinge, mexe, e provoca analises ou opiniões.
Um dos companheiros vira para o outro e diz: “Eu estou satisfeito de copas. Tive o prazer de ver Garrincha, Pelé e Maradona jogarem. Não vejo o que possa me empolgar”.
O amigo, antes de levar o copo à boca, sorri, dizendo: “Tomara que percam logo. Já foram pagos os mensalões. Os sanguessugas já sugaram o deles. E eu espero que sobre um pouco para mim. Precisamos trabalhar, produzir. Em vez da bola, fazer o dinheiro circular num verdadeiro redondo mágico”.
Brasil mostra a tua cara!
O poeta Marco Pezão
14 junho, 2006
Fanzine
Lançamento do Fanzine "Literaturanossa"
29/6 – 19h30
A Associação Cultural Literatura no Brasil lançará a segunda edição do fanzine “Literaturanossa”. No dia haverá um sarau desenvolvido pela própria associação.
Local: Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano - S.P
GRATUITO
Em breve
Abaixo você vê a capa do primeiro livro do autor, um romance contemporâneo com as participações de Fernando Bonassi, Ferréz, Sérgio Vaz, Alessandro Buzo e Juan Perone (escritor cubano).
Graduado em Marginalidade
Deposite este valor no banco Nossa Caixa:
Agência: 0246
Conta corrente: 01-053743-5
Ademiro Alves de Sousa
Depois é só mandar um e-mail avisando do depósito.
sacolagraduado@bol.com.br
Assim que for confirmado enviaremos o livro.
Informe!
12 junho, 2006
Sérgio Vaz
Há ventos
que nos trazem pessoas
no reflexo do tempo
mesmo à distãncia
perpetuam no pensamento.
São fotografias
que a saudade
terá sempre os negativos
revelados na memória.
Há pessoas
que nos trazem ventos
no reverso do tempo
preso à substãncia
revelando sentimentos.
São maravilhas
que a sinceridade
terá sempre os positivos
relatados na història.
Sérgio Vaz
www.colecionadordepedras.blogspot.com
09 junho, 2006
Novo poema
Felicidade do sujeito
Foi ter nascido brasileiro
E canta alegre e afinado
O canto desse sabiá
O canto desse que sabia,
Que sabia assobiar Era um pescador
Assobiava o dia inteiro um pescador aquele carpinteiro
Coisas sobre céu e mar... que assobiava coisas desse ar
Coisas sobre o céu e mar .
E assobiava que o vento
Um dia lhe contara
Que o mar em sua ira
Já a muitos dizimara
Que o vento em sinfonia
Lágrimas trazia
De senhoras e donzelas
Com saudades primas
De homens que o mar
Levava e não devolvia
E assobiava o dia inteiro
Coisas desse seu eu e mar
Era um pescador,
Um pescador aquele marinheiro
Que em vezes chorava
Na beira do mar
Com saudade impar
E portuário lamentar
Desafiava um assobio
Perguntando para o mar.
Por que um dia o devolvera?
Por que não quis lhe tragar?
Quando soube que o vento
Seu amor soprou de lá !!!
... e assobiava o dia inteiro
coisas sobre céu e mar
aquele marinheiro carpinteiro
desafinando um assobio,
chorava à beira mar.
Eduardo P. Geronimo, Conselheiro fiscal da Associação Cultural Literatura no Brasil.
Últimas notícias
“Pavio da Cultura” - Sarau
10/6 – 20h
Pavio da Cultura é um sarau com leitura e interpretação de textos, peças teatrais, apresentações musicais, filmes, monólogos, entre outras atividades. São duas horas de muita arte e cultura.
Interessados em apresentar seus trabalhos, chegar com meia-hora de antecedência.
Local: Centro Cultural de Suzano
GRATUITO
Teatro
Dia: 13 de junho – 19h30
Atenção: Haverá telão para a transmissão do jogo do Brasil que ocorrerá às 16h.
Palavras encenadas
Atos teatrais baseados na poesia e na prosa da literatura de rua contemporânea. Atrizes e atores encenam textos publicados à margem das grandes editoras.
Cenas periféricas
Lucélia Sérgio interpreta poemas das mulheres da Cooperifa.
Sérgio Carosi representa “O Banco”, texto de Allan da Rosa.
Maria Tereza traz ao palco os negros versos de Solano Trindade.
Literatura no Brasil
Vídeo com diversos depoimentos de escritores, lançamentos de livros, saraus e participação dos moradores da cidade de Suzano. Direção: Ademiro Alves (Sacolinha).
Pacífico Homem Bomba
O dia de um jovem cidadão morador de um subúrbio de São Paulo. Jovem que pode ser comparado a um barril de pólvora, basta riscar o fósforo para a explosão acontecer. Baseado no texto do escritor Ademiro Alves, o Sacolinha. Ator: Rangel de Andrade Direção: Gil Ferreira.
GRATUITO
Local: Ação Educativa
Endereço: Rua General Jardim 660 - Vila Buarque
Metrô República ou Santa Cecília
São Paulo - SP
Fone: 11 3151-2333
Confirmado... Dia 08 de agosto (terça), lançamento do 2° livro do escritor Sacolinha. "85 Letras e um Disparo", um livro de contos, com prefácio de Moacyr Scliar.
Local: Centro Cultural de Suzano
Estão abertas as inscrições para a 5ª Oficina Literária
Inscrições: de 6 a 19 de junho, das 9h às 16h
Local: Casarão das Artes (Ao lado do Centro Cultural de Suzano)
Público-alvo: Escritores, poetas, alunos que cursam o 2° grau, professores e acadêmicos de Letras
Número de vagas: 40
A coordenadoria de Literatura promove, de 20 de junho a 6 de julho, a 5ª Oficina Literária. O tema desta vez será “Literatura brasileira de autoria feminina”, que visa divulgar as escritoras que fizeram e fazem parte do universo literário brasileiro. Mulheres como personagens e como escritoras.
GRATUITO
Cooperifa em Suzano
24 de junho - às 20h
Local: Centro Cultural Suzano
GRATUITO
Associe-se á Associação Cultural Literatura no Brasil
Fone: (11) 9743-7129
literaturanobrasil@bol.com.br06 junho, 2006
Cooperifa II
A SECRETARIA DE EDUCAÇÃO, CULTURA, CIÊNCIA E TECNOLOGIA
APRESENTA: CAFÉ LITERÁRIO DE TABOÃO DA SERRA RECITAL, LEITURAS DE TEXTOS, PROSA E INTERVENÇÕES LÍTERO-MUSICAIS.
APRESENTAÇÃO DO POETA SÉRGIO VAZ
Dia 12 de junho (segunda-feira) 19hs
LOCAL: AUDITÓRIO DA SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
RUA ELZABETA LIPS, 166 TABOÃO DA SERRA- CENTRO
ENTRADA FRANCA INFS.
www.colecionadordepedras.blogspot.com
05 junho, 2006
Poema
Passarinho que canta longe,
Vem cantar a minha dor
A canção é muito triste,
Pois reflete quem eu sou;
A história foi assim,
Era só eu e você!
Mas o destino decretou
Que eu devia te esquecer!
O nosso amor ficou aqui,
Em meu peito está cravado
Não consigo entender
Que você virou passado
Fui feliz naquele instante,
No segundo que te encontrei
Pois havia encontrado,
O alguém que sempre amei!
Você dentro dum caixão,
Não consigo aceitar
Até hoje não entendo,
Que perdi você pro mar
Uma onda traiçoeira,
Que roubou você de mim
E levou o meu tesouro,
Que é você meu querubim!
E você partiu primeiro,
Com a certeza que parto atrás
Prometi isto às estrelas:
“Sem você não vivo mais!”.
Rejane da Silva Barros
CENTRO DE APOIO À CRIANÇA E COOPERIFA APRESENTAM:
POESIA CONTRA A VIOLÊNCIA
COM O POETA SÉRGIO VAZ
RECITAL DE POESIAS, BATE-PAPO E LITERATURA
DIA O5 DE JUNHO 14HS30
ENTRADA FRANCA RUA CIRO DOS ANJOS, 80 VILA OSASCO (CENTRO) OSASCO-SP
PERTO DO CEMITÉRIO BELA VISTA
Sarau da cooperifa
Lançamento do livro " De passagem mas não a passeio", poesia reunida da poeta Dinha.
Dia 07 de junho 20hs30
Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana SP-SP
f. 5891.7403
VEM AÍ COLECIONADOR DE PEDRAS... ANTOLOGIA POÉTICA DO POETAS SÉRGIO VAZ
WWW.COLECIONADORDEPEDRAS.BLOGSPOT.COM
02 junho, 2006
Pezão
(Crônica de Marco Pezão)
Na madrugada ouço caminhões chegando pra montar a feira. Feira livre de infância. A nona Maria que as sextas feiras me fazia de braço pro carrinho puxar. Junto ao meu pai, aos domingos, carregando as sacolas com as compras da semana.
O cheiro de café moído na hora remonta lembranças. Na época, não havia as embalagens de agora. Os supermercados vieram depois. Somente empórios ou “vendas”, como diziam. A feira livre concentrava o melhor e mais variado comércio alimentício, além de roupas e sapatos.
Quem se lembra quando não havia óleo de soja? Somente óleo de amendoim, algodão, oliva, em latas quadradas? E o óleo engarrafado em litro? A feira livre me desperta gosto. Gosto de ir à feira. A patroa diz amém.
Paciente, atravesso a extensão olhando os produtos em oferta. As barracas de verduras e legumes. Tomates vermelhos maduros, ideais para o saboroso molho da macarronada.
Berinjelas negras, polpudas, às vejo recheadas ou fatiadas, em camadas levadas ao forno. E os pimentões verdes estufados com recheio preparado com miolo de pão, salsinha, alixe, e, depois de fritos, assim, não resisto ao pecado da gula. Escolho alguns, inclusive os vermelhos que se transformam em tiras na composição da salada.
Alcachofras, nada me apetece mais do que tirar as pétalas, e, molhadas no tempero, são o verdadeiro bem me quer.
O coro dos feirantes, o falatório, a pechincha, os peixes. Brócolis, couve flor, couve manteiga. Agrião, alface, chicória, tantas verdes folhas deliciosas.
As frutas, o cheiro das frutas. Cores compondo longas bancadas. Laranjas, mixiricas, uvas, pêras, abacaxis, melões, bananas, maçãs, quantas variações em formas de alimentos; como é rico o solo brasileiro, meu Deus.
Mãos plantam, cuidam, colhem, transportam e expõem. Atrevo-me a chupar uma jabuticaba. Suculenta e doce. Refletindo sobre origem e sabor, ouço a cantoria conhecida: “Baratinho que é legal. Tem de cinqüenta e até de um real”.
São vozes conhecidas de uma dupla, cuja barraca vende condimentos; cominho, erva doce, noz noscada, pimentas de todos os formatos.
Confesso que, semanalmente, dou ares não só em busca do alho e cebola vendidos ali. Há um outro ingrediente que me fascina.
Explico. Mãe e filha são as gentis vendedoras, alegres e cantadoras. Mas, a jovem moça ao moer a pimenta do reino, inclinada à frente, girando a manivela da moenda – uh! - palpitam volumosos seios em generoso decote.
Não há semana que eu não compre um pacotinho de pimenta do reino. Em casa, a mulher já bronqueou: “Homem, pra que tanta pimenta se quase não uso no tempero?”
Não posso explicar-lhe minha doce inclinação pela especiaria. Na pimenta moída, um reino imaginário. Visão belíssima, qual a forma de adquirir o produto. Algumas vezes, entendam, evitando a suspeição da esposa, esqueço o saquinho em banca qualquer.
Repetindo a mesma medida, em dia tão quente como este, sou capaz de apostar que a moça veste camiseta branca de alças delicadas.
Oh, pimenta!
Atendendo o pedido, a bela ligou um botãozinho e a moedeira elétrica fez o trabalho. Malagueta em meus olhos chisparam. Substituíram o moedor manual. Os seios em alto, sem aquele movimento pró-forme, circular; perdoem-me, mas, a pimenta do reino perdeu toda a sensualidade.
E a feira, embora a tenha como obrigação, ficou um tanto sem graça.
01 junho, 2006
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