Cooperifa apresenta sarau literário pela terceira vez em Suzano
Com um trabalho desenvolvido desde 2001, em um bar da zona sul de São Paulo, a Cooperativa Cultural da Periferia (Cooperifa) estará em Suzano no dia 23 de junho, às 20h, para apresentar o tradicional sarau literário. A atividade faz parte da programação cultural da Prefeitura de Suzano. Pela terceira vez no município, o projeto conta com a participação de 40 artistas da capital. As apresentações serão realizadas no Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”. A entrada é gratuita para o público.
Durante cerca de duas horas, a cooperativa apresentará ao público suzanense recital de poesias, interpretações de textos, monólogos, esquetes teatrais e shows musicais (MPB, Rap e Cordel).
No ano passado, membros da cooperativa estiveram em Suzano. Segundo o coordenador Literário da Secretaria de Cultura e membro da Cooperifa, Ademiro Alves, o Sacolinha, o público presente teve a oportunidade de conhecer de perto o trabalho desenvolvido na periferia de São Paulo. “Percebi que a platéia ficou entusiasmada com as apresentações. Sem dúvida, este sarau é uma importante ferramenta no combate à violência na periferia. É uma ação cultural que merece respeito”, comentou. Sacolinha espera repetir nesta edição o mesmo sucesso do ano passado. “Tenho certeza que é um momento único, na verdade quem já participou do sarau sabe do que eu estou falando, é mágico, indescritível e inovador”, ressalta.
A Cooperifa lançou em 2004 uma antologia poética com textos dos participantes do sarau. Em 2005, criaram o Prêmio Cooperifa, onde mais de 100 artistas foram contemplados. No ano passado, em parceria com o Instituto Itaú Cultural, a cooperativa produziu um cd de poesias, que contou com a colaboração de 26 poetas do sarau. Ainda em 2006, foi realizado a entrega do II Prêmio Cooperifa para mais de 150 artistas.
“Foi a única forma que achamos de tirar dinheiro do banco sem precisar apontar uma arma”, afirma Sérgio Vaz, um dos organizadores do sarau, em relação à parceria feita com o Instituto Itaú Cultural.
Quando questionado pelo local onde ocorre o sarau, um bar na periferia de São Paulo, ele disse: “O único centro de lazer que a periferia tem é o boteco. Por isso, unimos os soldados da poesia para comungar o que há de mais valoroso no coração desse povo sofrido”, frisa Vaz.
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