O entrevistado desse mês é o escritor e rapper Ferréz. Morador do bairro Capão Redondo, na Zona Sul de São Paulo, escritor de 3 livros, colunista da revista Caros Amigos, criador do Movimento 1 da Sul e do estilo polêmico "Literatura Marginal"
L.B- Você já tem 3 livros lançados, é colunista da revista Caros Amigos, sempre tem alguém te pedindo um texto, uma entrevista ou uma palestra. Você não tem formação acadêmica. O seu talento e técnica vem de onde?
Ferréz: Acho que dos treinos constantes, acredito muito que a leitura me ajuda nisso, hoje leio mais de 3 horas por dia, e sempre escrevi muito, desde poesia a letras de rap, é treino.
L.B- As suas expectativas foram superadas?
Ferréz: Quase todas, ainda falta eu terminar um livro infantil e tenho outros projetos.
L.B- Por que o livro intitulado “Diário de uma favelada” de Maria Carolina de Jesus, que foi lido em 24 países, não se tornou um clássico?
Ferréz: Boa pergunta, mas é um clássico para nós, que nos identificamos.
L.B- Há dois anos atrás quando estava gravando o seu Cd, você chegou a afirmar em algumas entrevistas que não faria shows por que isso é ilusão, mas depois que o trabalho esteve pronto, muitos locais te chamaram para se apresentar e você aceitou. O show do Ferréz não é uma ilusão?
Ferréz: É verdade, aceitei dois shows porque tinha no contrato da gravadora, depois parei em definitivo, tudo que sobe no palco e depende de luzes e apetrechos é uma ilusão, nisso eu errei, mas estava no contrato.
L.B- Nesse ano de 2005 o escritor Sacolinha irá colocar nas livrarias o seu primeiro livro, você que já leu esse romance, o que achou?
Ferréz: Achei bom por ser tratar de um primeiro livro, quem me dera que meu primeiro fosse assim. Tem futuro o moleque, e é legal ver o crescimento, vi desde o primeiro conto dele e é legal ver a evolução.
L.B- Os escritores quando não são nacionalmente conhecidos, sempre encontram dificuldades para lançar o seu livro por uma editora. Como foi para lançar o seu primeiro livro “Fortaleza da desilusão”, e como se deu o lançamento do segundo “Capão Pecado?”·
Ferréz: Foi muita luta e quase enlouqueci no meio da fita, mas não tem uma regra, o nome do talento é esforço.
L.B- Qual é o primeiro passo para a independência literária?
Ferréz: Fazer o que você acredita, e não se prender em fórmulas.
L.B- Há muitos escritores conhecidos que apenas são respeitados por conta do nome. Na periferia o talento é como o leite fervendo na panela, mas o devido reconhecimento não tem, pois falta um nome. Por que esse contraste?
Ferréz: Não entendi a pergunta, mas acho que o nome também vem de um trabalho, e os que só tem o nome e não escrevem bem não vão muito longe.
L.B- Você sempre costuma dizer: “Leiam muito”.O que a leitura pode fazer por uma pessoa sem atitude e sem articulação?
Ferréz: Dar atitude, articulação e fazer ela viver com mais intensidade.
L.B- Quais são as suas influências literárias?
Ferréz: Várias, hoje leio muita coisa, Des Hemingway, Hesse etc.
L.B- Por que “Literatura Marginal” e não apenas “Literatura”?
Ferréz: Porque somos da margem, somos de algum lugar bem esquecido, não somos como eles, e nem queremos ser, somos de um país marginal, um lugar que só há deveres e não direitos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Sessão de autógrafos
Escritor Sacolinha lança livro na Bienal de SP na próxima quarta-feira “A Alanda ainda está de pijama” novo livro infantil do escritor s...
-
Neste sábado 13/01 às 10h a Casa de Cultura Pq. São Rafael recebe a terceira edição do projeto Minha Literatura, Minha Vida...
-
Saudações a todos e todas. Este é o Fanzine Literatura Nossa nº 21. Mais um meio de divulgação dos trabalhos literários da Associação Cultu...
-
Currículo/Biografia 1983 Nasce no Hospital e Maternidade Pq. Dom Pedro II, em São Paulo, Ademiro Alves de Sousa, filho de Maria Natalina Alv...
shiting phone sex amateurs
ResponderExcluirgaytwinks transgender hormones
hairless sex incest stories
gaytwinks lesbian oral sex
sex sensa
fat bizar tgp
voyeur hardcore junkys
reality online sex toys
chubby meters feet
familyorgies dating canada