16 setembro, 2006

Renato Vital

Agora Vai, assim espero.
Conhecia apenas suas 85 letras, mas nunca o tinha visto pessoalmente somente pela internet. Decidiu descer pro centro, ou subir sei lá pra que lado é essa porra! Era dia de caos, causado pelos tucanos, mas ele foi valente e enfrentou o trânsito de duas horas. No bolso apenas o dinheiro da passagem, na mente o desejo de conhecer mais um grande escritor. O caralho do ônibus não anda, a cada avenida que entra é um trânsito. E quem falou que guerreiro desiste. Duas horas depois chega no centro, após uma breve caminhada chega no lugar. Essa é a verdadeira sala da justiça, um lugar em que o Brasil teima em não mostrar. Um lugar em que os vermes não tem vez, a inveja menos, e o egoísmo fica de fora. Me acomodo no local e me deparo com o disparador (de letras), sua simplicidade e a humildade são do mesmo tamanho de seus livros , escritos, crônicas e contos. O dos pensamentos vadios o chama, sem nada ensaiado se transforma, como se fosse a bomba que explode, começa a falar. Naquela hora ele era o carvão que é preto mais faz fumaça, o petróleo que é preto mas é valioso, a noite que não é nada sem o dia, o preto da roupa mais linda que dá um charme inconfundível. Terminou, escutou mais outro mano falar, e o grande escritor recitar uma poesia que terminava em 85 letras e um disparo.
Aê mano esse texto é em homenagem ao seu novo livro, que tenho certeza que é muito bom se for que nem seus textos que eu leio ( e imprimo).
Renato Vital de Sá

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