Pintinho
Por: Paulo Pereira
Troquei dois vasilhames e ganhei um pintinho.
Aonde eu passava todos diziam:
_ Que bonitinho.
Seja com chuva ou com sol era um pinto amigo, aonde eu ia todas as mulheres queriam pegar. Pegavam meu pinto, passavam a mão na cabeça e não queriam mais largar.
Uma senhora minha casa visitou, esqueceu a porta aberta e meu pinto escapou.
Meu pinto esta pra fora, mas a culpa não é minha. A mulherada alvoroçada já quer dar uma pegadinha. Eu disse:
_ Larga, larga, meu pinto! Larga, larga o meu pintinho! Larga o pinto para que ele não fique molinho!
Sai correndo pela rua com o pinto na mão, e a mulherada descabelada correndo em minha direção. Subo morro, desço ladeira, só escuto as mulheres gritando e até uma biba:
_ Eu só quero pegar na cabeça.
No meio desta bagunça, lembrei de uma frase que dizia:
_ O delírio de uma mulher é oito ou oitenta.
Estou correndo pela rua com o pinto na mão, paro numa esquina, para poder descansar, olho lá para o morro e vejo tantas mulheres, parecia um enxame de abelhas pronto para me atacar. Olho para os quatro cantos e vejo que não tem jeito. Grito:
_ Por favor, segurem, mas não machuquem o pobre bichinho.
Uma senhora sai correndo no meio daquela multidão, chega pertinho com os olhos brilhando, pega na cabeça e começa a beijar.
Ouço um grito, quando olho era a biba dizendo:
_ Hoje me rasgo toda, escultem meu rugido; miau, miau sou um leãozinho. Rapais, rapais seu pinto é adorado por toda a mulherada, seja pobre, granfina, da madame ou da empregada todos querem ver e apalpar, mas tem daquela assanhadas que a cabeça quer beijar. Uma pega, outra aperta, outra morde, outra belisca.
Eu grito:
_ Por favor, largue o meu pinto, porque ele está ficando molinho.
Uma senhora de tanto apertar o pinto, a cabeça começou a inchar, não resistindo tanto aperto, sobe e desce sua cabeça, explode dando seu ultimo suspiro, o melado desse.
Para tristeza das mulheres.
Paulo Pereira
Troquei dois vasilhames e ganhei um pintinho.
Aonde eu passava todos diziam:
_ Que bonitinho.
Seja com chuva ou com sol era um pinto amigo, aonde eu ia todas as mulheres queriam pegar. Pegavam meu pinto, passavam a mão na cabeça e não queriam mais largar.
Uma senhora minha casa visitou, esqueceu a porta aberta e meu pinto escapou.
Meu pinto esta pra fora, mas a culpa não é minha. A mulherada alvoroçada já quer dar uma pegadinha. Eu disse:
_ Larga, larga, meu pinto! Larga, larga o meu pintinho! Larga o pinto para que ele não fique molinho!
Sai correndo pela rua com o pinto na mão, e a mulherada descabelada correndo em minha direção. Subo morro, desço ladeira, só escuto as mulheres gritando e até uma biba:
_ Eu só quero pegar na cabeça.
No meio desta bagunça, lembrei de uma frase que dizia:
_ O delírio de uma mulher é oito ou oitenta.
Estou correndo pela rua com o pinto na mão, paro numa esquina, para poder descansar, olho lá para o morro e vejo tantas mulheres, parecia um enxame de abelhas pronto para me atacar. Olho para os quatro cantos e vejo que não tem jeito. Grito:
_ Por favor, segurem, mas não machuquem o pobre bichinho.
Uma senhora sai correndo no meio daquela multidão, chega pertinho com os olhos brilhando, pega na cabeça e começa a beijar.
Ouço um grito, quando olho era a biba dizendo:
_ Hoje me rasgo toda, escultem meu rugido; miau, miau sou um leãozinho. Rapais, rapais seu pinto é adorado por toda a mulherada, seja pobre, granfina, da madame ou da empregada todos querem ver e apalpar, mas tem daquela assanhadas que a cabeça quer beijar. Uma pega, outra aperta, outra morde, outra belisca.
Eu grito:
_ Por favor, largue o meu pinto, porque ele está ficando molinho.
Uma senhora de tanto apertar o pinto, a cabeça começou a inchar, não resistindo tanto aperto, sobe e desce sua cabeça, explode dando seu ultimo suspiro, o melado desse.
Para tristeza das mulheres.
Paulo Pereira
Excelente crônica, muito engraçada, caberia apenas uma correção ortográfica no final... deve se tratar do verbo descer, pois não?
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