18 outubro, 2008

[DILEMA]

Gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis; problemas que, na história humana, sempre estão presentes.

Como forma de preveni-los, necessário é-nos expô-los, pois, como se sabe; ambos, entre si, estão ligados ao sexo.

Tarefa difícil? – Talvez! – Fácil? – Não se sabe! Afinal, se não estivéssemos nos expressando para adolescentes...

No entanto, se aceite o desafio, e, para tanto, tome-se como referência uma flor – qualquer uma das flores – não – a mais adorada dessas flores – a rosa.

Portanto, puxe-se a cadeira, sente-se, cale-se a boca, aguce-se os ouvidos, e, acompanhe o raciocínio, considere-se – não será impossível.

Não obstante, aceitável é-nos amigo leitor (a), ainda que não se tenha percebido, dir-se-á que o surgimento de uma rosa se inicia diante de uma singela transformação na extremidade de um ramo.

Algum tempo depois, aquilo que, antes, se assemelha a uma verruga, dá origem a um botão que, antes fechado, se abre e expõe, no primeiro instante, uma pétala, depois outra, em seguida mais uma, e, sucessivamente, até que a flor se abra por inteiro.

O processo exige, aproximadamente, quinze dias e a flor, agora, rosa adulta, figura como pronta para a reprodução e sob esse ponto de vista, o ser humano é o único, dentre todas as criaturas, ao qual, é concedido o direito de escolha; aos demais a obediência é uma espécie de lei.

Pois bem, sabe-se que a mulher atinge a maturidade plena em torno dos seus vinte e cinco anos quando, entenda-se, o seu corpo atinge o desenvolvimento pleno e total.

Ora, se isto é verdade, uma adolescente, ao engravidar, pode enfrentar sérios riscos, tanto para si mesma quanto para o embrião – isto conforme se afirma nas linhas anteriores – o seu corpo é, ainda, uma verdadeira incógnita quando se refere a formação. Além disso, a falta de experiência associada a falta de maturidade já é, por assim dizer, um obstáculo, pois toda a mocidade estará comprometida pela eterna renúncia em favor do bebê.

Ângela Gabriela engravidou e agora? – Que fazer? – Assumir? – Claro! – Não há alternativa...

No entanto, há algo pior em toda essa história; Ângela Gabriela engravidou e, alem disso, contraiu uma doença sexualmente transmissível – herpes, gonorréia, sífilis; um delas – lástima – [Síndrome da Imunodeficiência adquirida – AIDS] – não – não é possível! O que acontecerá? – Quem sabe? – Os anticorpos decidirão.

Quanto à Grazielle, ela, infelizmente, correrá de, não como uma nova rosa; sadia, perfeita, vir ao mundo com, por exemplo, e, menos mal, com sífilis, herpes ou, ainda, algo assim.

Outra criança poderá nascer privada da visão por influência de uma gonorréia inoportuna e aí; não convêm lamentos fora do tempo.

Demais disso, já que somos diferentes da rosa, aquela sujeito ao tempo exato e nós sujeito ao nosso tempo já que possuímos direito de escolha; que tal vestir a capa branca de careta, e, pelo menos se prevenir no que diz respeito ao risco de uma gravidez fora da época e do nosso real desejo, ou, ainda de uma doença sexualmente transmissível – fica aqui a sugestão.

Fuja do dilema!

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