Tem dois olhos, um nariz, e, uma boca,
E, dois ouvidos, um cérebro, e, entrementes,
A ciência me vem com a balela; é gente,
Pois, menino, criança, bebê, usou touca.
Tem dois braços, duas mãos, dez dedos, e, insano,
É o simulacro da morte, do crime, e, somente,
A ciência insiste em dizer:... – que é gente,
Porque, na verdade, é demônio – ledo engano.
Tem duas pernas, dos pés, dez artelhos,
Por isso, à ciência oferto um conselho,
Pare – é do demônio em imagem de gente.
Tem um sexo para o gozo e a reprodução,
Tudo mais, porém não se iluda – isso não,
Porque, nele, o coração é ausente.
Sessão de autógrafos
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