15 outubro, 2008

[SONETO PARA TANIA MARA]

Oh!... – Flor de Jundiaí! – Oh!... – Flor cândida e pura,
Tu que pelas letras cruzas o meu tortuoso caminho,
Eivo de pontiagudas pedras e de sutis, cruéis espinhos,
Fazes-me pensar, e, assim, escrever com tal lisura.

Que flor és tu?... – De que perfume é a minha cara?
De poesia? De virtude? De religião, ou, de sendo puro?
Nem mesmo eu sei; mas és a flor que tanto auguro,
Que sejas tu, ó tão romântica poetisa – Tânia Mara.

De que me importa, agora, se és a for de Jundiaí?
E se o perfume que exalas é de rosa, ou, de manacás?
Diante das vernáculas que o caminho talha.

De que me importa se tu és a flor cândida e pura?
Se tu és a Tânia Mara de alma volátil e pura?
Que perdes a vida, mas ganhas a batalha.

Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha