16 fevereiro, 2006

Entrevista!

Escritor e Ativista Cultural ALESSANDRO BUZO almeja viver do seu trabalho literário.

Escritor da periferia, autor de 3 livros, colunista de diversos sites e da revista RAP BRASIL. Editor do blog Suburbano Convicto, 33 anos, casado com Marilda Borges e pai do menino Evandro. É morador do Itaim Paulista, extremo da zona leste de São Paulo. Atualmente
finaliza o seu quarto livro, um romance intitulado “Guerreira”.

Livros:


O TREM – BASEADO EM FATOS REAIS
Lançado independente em Dez/2000

SUBURBANO CONVICTO – O COTIDIANO DO ITAIM PAULISTA
Lançado pela Editora Edicon em Setembro de 2004


O TREM – CONTESTANDO A VERSÃO OFICIAL
Lançado pela Edicon em outubro de 2005

Colunista e reporter da revista: RAP BRASIL

Colunista dos sites:
www.enraizados.com.br
www.rapnacional.com.br
www.realhiphop.com.br
www.wlimonada.hpg.com.br

Alessandro Buzo recebendo o Prêmio Cooperifa em dezembro de 2005.

Ativista cultural, idealizador e apresentador do evento de rua FAVELA TOMA CONTA, realizado nas ruas do Itaim Paulista e já trouxe: RZO, TRILHA SONORA DO GUETO, TRIBUNAL MCS, FERRÉZ, SACOLINHA, SÉRGIO VAZ e POETAS DA COOPERIFA, NINO BROWN, WALTER LIMONADA, PANICO BRUTAL, DUDU DE MORRO AGUDO (RJ), FIELL (RJ), BAIXADA BROTHERS (RJ), PODER CONCIENTE (RJ), FATOR BAIXADA (RJ) entre outros.

Já foi tema de diversas matérias na TV, como: Melhor da Tarde da Band, entrevista com Nei Gonçalves Dias no SBT, SPTV na Globo, SP Notícias na TV Record, Telejornal EDIÇÃO DE SÁBADO e Musikaos na Tv Cultura.

Já foi tema de matérias nos jornais:

O ESTADO DE SÃO PAULO
JORNAL DA TARDE
DIARIO DE SÃO PAULO
AGORA SP

Já foi tema de matérias nas revistas:

RAP BRASIL
PLANETA HIP HOP
DA HORA (jornal Agora SP).

PROJETOS FUTUROS: Lançar um livro por ano. Viver de Literatura, dando oficinas de leitura e palestras.

Confira abaixo a entrevista exclusiva.

L.B: Quem é Alessandro Buzo?
Um sonhador e um lutador, não vejo as barreiras, eu as atropelo.
Só assim sou capaz de conseguir exito, porque as dificuldades de se fazer cultura e principalmente literatura na periferia são muitas e se fosse para deixar essas dificuldades me atrapalhar já teria parado.
Alessandro Buzo é também marido e pai, um cidadão comum que não se entrega ao jogo da elite que escraviza via TV, mulheres novela, homens futebol. Aqui a midia não fez um refém, big brother eu deixo para quem quer se alienar, prefiro ler, acabei de ler ÀS CEGAS de Luiz Alberto Mendes ontem e hoje já escolho outro titulo para iniciar.
Alessandro Buzo é um maluco.

L.B: Nos fale do livro “Guerreira”.
Vai falar de uma mina "a guerreira do titulo", ela luta contra o vicio das drogas e depois se envolve na prostituição, uma mulher que vive dia a dia, que sonha em ser simplesmente feliz.
Guerreira vai mexer com seu psicologico, vai te deixar pensativo, ela poderia estar do seu lado na rua, ela pode ser qualquer uma mina da periferia.

L.B: A cada dia que passa o leitor vai ficando mais exigente. Você mantém alguma preocupação no que se refere à qualidade literária em seus textos?
Procuro sempre dar o meu melhor, as vezes consigo tocar muitas pessoas com um texto, gerar comentários na rua, por email. Mas isso que nos move, a vontade de se superar sempre.
L.B: Você tem algum projeto literário que podemos considerar ousado?
Sim, montei sozinho uma biblioteca no meu bairro e agora tento montar uma na FEBEM - Unidade Encosta Norte no Itaim Paulista, faço uma oficina de leitura voluntário por 6 meses nesta unidade e nesse tempo vou tratar disso. Além do que o trabalho com os internos pode virar um livro organizado por mim, uma editora já me procurou e vamos tocar esse projeto assim que a Febem autorizar.

L.B: Fizeram uma peça de teatro baseado no conto de sua autoria “Toda brisa tem seu dia de ventania”. Algum momento da sua carreira você pensa em escrever dramaturgia?
Pretendo sim, meu sonho é me envolver com cinema, gravei um documentário chamado "Onibús" que tem um diretor italiano, vai passar na Italia, França e TV a cabo no Brasil, fiz um mini documentário sobre o Favela Toma Conta que sai em breve num DVD da Revista Rap Brasil, além de ter um Projeto junto a DGT FILMES de um documentário sobre os trens de suburbio aqui na zona leste de SP.
Quero aprender a fazer roteiro, mas ainda falta muito.

L.B: Por que Literatura Marginal?
Porque vivemos a margem da sociedade, não tem como negar isso.
Alguns não gostam desse rotulo, eu não ligo, até gosto, sou mesmo marginal.
Mas aceito a opinião de cada um, tem gente que veio no livro LITERATURA MARGINAL - TALENTOS DA ESCRITA PERIFÉRICA e não quer ser tratado como tal, cada um tem sua visão, eu acho que somos marginalizados todo dia na periferia, não adianta morar no Itaim Paulista e querer ser classe média, vc vai ser suburbano querendo ou não, não adianta ser da periferia e escrever contra o sistema e querer ser da Academia Brasileira de Letras, vão sempre nos chamar de marginais.

L.B: Quais as suas pretensões na literatura?
Poder lançar um livro todo ano, fazer palestras e um dia viver só disso (livros, palestras, oficinas).
É dificil mas estou trabalhando sério para isso.

L.B: Por que escrever?
Porque eu jogo tudo para fora quando escrevo, não fosse isso e seria um revoltado, tem gente que estravaza indo no estadio de futebol, eu faço isso escrevendo. Além do que eu acho que podemos mudar algumas coisas escrevendo, podemos mostrar que é possivel sonhar mais do que nos disseram para sonhar, podemos dar um tapa na cara da elite que pensou que não sabiamos nem ler e agora tem que engolir nossos livros.
Um salve a todos escritores que trazem verdade na sua escrita, Ferréz, Sergio Vaz, Luiz Alberto Mendes, Autregésilo Carrano Bueno, Allan da Rosa, Sacolinha e todos que fazem da sua escrita uma forma de protesto.


Contatos para paletras:

Rua José Borges do Canto, 15-A Itaim Paulista
São Paulo-SP CEP: 08142-010

Fone/fax: (11) 6567-9379
Cel: (11) 8218-7512
alessandrobuzo@terra.com.br
alessandrobuzo@bol.com.br
www.suburbanoconvicto.blogger.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha