Menina Pretinha
A tribo está de luto
A mãe chorou
O solo ficou bruto
O feijão ficou duro
O milho murchou
A aldeia entristecida
Correu compadecida
Até as margens do rio
O tumbeiro partiu
Sem nenhum aceno sumiu
As lágrimas rolou
Da menina pretinha
Que o navio levou
E quando aportou
Foi logo acorrentada
E sendo apalpada
Foi vendida como escrava
A futura Rainha Nagô
Os anos se passou
E a menina pretinha
Transformou-se
Nessa que pede no sinal
Que vende doce em troca de real
Que é mãe aos treze
Que pára de estudar aos doze
Que aos onze já esqueceu de sonhar
É! Menina. A lua te olha tristonha
Mas fica ansiosa
Pois não vê a hora de você reinar.
Assumir sua marca quilombola
Assumir as suas linhas na história
E ver seus olhos brilhar.
Elizandra de Souza
Literatura no Brasil indica:
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15 fevereiro, 2006
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