04 agosto, 2006

Desabafo

guerra preventiva
rodrigo ciríaco


o corpo jaz, sem vida
tombado inerte sobre o braço do pai.
sob o calor intenso,
o cabelo brilha como fogo intenso
o mesmo fogo submetido
ao menino que jaz, sem vida e
denuncia a estupidez e o absurdo
de nossas vidas.

como é possível existir tamanha insensibilidade?
como é possível aceitar tamanha insensatez?
como é possível permitir tamanha calamidade?

os homens e suas guerras estúpidas:
guerra santa, guerra justa,
guerra fria, guerra preventiva,
destroem templos sagrados,
quem dera intocados,
chamados crianças.
onde mais poderemos guardas
nossos sonhos e a esperança?
para qual futuro?

onde? me diz?
como sonhar?
como esperar uma vida feliz?

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Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha