Neste conto, o que se pretende é ter o direito de, ante nós, apenas, ver o desfraldar da bandeira da humildade para se falar, ainda que nas singelas entrelinhas, de si mesmo e, por que não?... - Dos mais crassos desafios encravados desde o mais profundo da alma inquieta até os simulacros da vida infame e ignóbil para uns, mas singela e tranqüila para outros.
Traz-se no vestíbulo da alma a introspectiva do crucial questionamento... - qual será a receita para se tornar um autêntico Psicólogo?... - Bem, alijo de meu ser o receio e o pressentimento para dizer:... – sou a ação e não a inércia!
Por isso, antes de tudo, ore-se o Psicólogo Nosso:
Psicólogo nosso,
Que está a caminho,
Bendito seja o teu nome,
Venha a nós a sua psicologia,
Seja assimilada a sua falácia,
Assim no divã como na cama,
O conselho nosso de cada dia,
Dá-nos hoje,
Perdoa os nossos devaneios,
Assim como nós perdoamos os nossos devanedores,
Não nos deixe cair em sedução,
Mas, livra-nos do estresse e da esquizofrenia,
Pois, sua é a psicologia,
A psicanálise,
A terapia,
Amém!
Isto posto, tomo em minha destra um liquidificador da marca [Arno], mas poderia ser de outra marca qualquer...
Inicio o ritual.
Parto de uma colher de chá bem cheio da essência da psicologia contida em Sigmund Freud adiciona duas colheres de sopa bem medidas do espírito criativo de Emile Durkheim, junto três pitadinhas da filosofia acurada de Karl Marx, um copo eivado e bem medido das idéias de Max Weber, dosagem de sal ou açúcar a gosto, necessitando, apenas, que se decida entre qualquer um dos dois sabores.
Aponho, um a um, os ingredientes na bacia intangível do dia-a-dia, misturo bem e separadamente, primeiro a colherzinha de chá da essência de Sigmund Freud com as duas colheres de sopa da criatividade de Emile Durkheim, em segunda instância junto as pitadinhas da filosofia de de Karl Marx, e, novamente, procedo à mistura, agora dos três ingredientes até que Sigmund Freud, Emile Durkheim e Karl Marx propiciem uma mistura espessa e homogênea, por último, insero o copo cheio e bem medido das idéias de Max Weber, escolhor o sabor e o aroma que desejo, se salgado ou se doce, se baunilha ou chocolate, anexando, para tanto a dosagem requerida, e, depois tomo a decisão de, juntos todos os ingredientes, levar a mistura homogeneizada à uma Batedeira Wallita da existência para deixar bater por vinte minutos e descansar por quatro anos consecutivos nos bancos acadêmicos de uma Universidade qualquer, ou se preferir, uma Faculdade... - e daí...
Levo ao forno pré-aquecido de um Dako por, pelo menos, um ano, e...
Pronto!
Eis aqui um Psicólogo!
O prato preparado a longo tempo, servirá, com toda a certeza, a mil, mil e quinhentas, duas mil, cinco, sete, dez mil almas doentes da psique, e, se bem acondicionado, não em uma Brastemp qualquer, mas, nos escaninhos da mente, pode-se consumir no decurso da eternidade.
No entanto, faço uma advertência...
De nada vale o seguir dessa receita, pois, não é necessário ser um expert no assunto, dominar a culinária, fazer suflês de estresses, ou, tortas de depressão, pois ser Psicólogo, na certa, exige muito mais; requer o talento e a dedicação que, diga-se de passagem, é muito mais do que uma mistura dos ensinamentos adquiridos no estudo da cátedra.
A segunda pergunta crucial é:... - Como será que nascem os Psicólogos?
Por oportuno, será possível transformar um aficionado na ajuda aos seus semelhantes em um Psicólogo no sentido pleno da palavra?
Na verdade, assevero como ser cônscio e pensante, não se ensina a ser Psicólogo nas Universidades.
Claro está que, todo aquele que ingressa nessa cátedra já deve ter, em si mesmo, a lucerna da Psicologia e os fótons da dedicação porque na grade curricular não estão contidas estas disciplinas e não se garante nem a bactéria que cria no âmago um verdadeiro profissional da área e nem o verme supremo da dedicação.
Portanto, sem a garantia da proliferação tanto das bactérias do estado psicológico quanto dos vermes do amor a arte de cuidar da vida; eles devem estar latentes na alma do futuro médico da id alheia.
No entanto, à primeira aula comparecem ninguém mais, ninguém menos do que um óvulo e trezentos milhões de espermatozóides; o óvulo é automaticamente aprovado, mas, dos espermatozóides, apenas um, passa no vestibular da vida, matricula-se na [Universidade Trompa de Gabrielle Falópio], e, paralelamente, se define no estudo profícuo no Endométrio e na Placenta para graduar-se, em tempos pósteros, nas Universidades tanto tangíveis de quaisquer cidades quanto intangíveis de sua própria consciência.
Tudo se inicia no ovo... - [no estágio unicelular.].
Daí que, duas, quatro, oito, dezesseis, trinta e dois, sessenta e quatro, cento e vinte e oito, duzentos e cinqüenta e seis, quinhentos e doze, mil e vinte e quatro, dois mil e quarenta e oito, quatro mil e noventa e seis, oito mil, cento e noventa e dois, dezesseis mil, trezentos e oitenta e quatro, trinta e dois mil, setecentos e sessenta e oito, sessenta e três mil, quinhentos e trinta e seis, cento e trinta e um mil e setenta e dois, duzentos e sessenta e dois mil, cento e quarenta e quatro, quinhentos e vinte e quatro mil, duzentos e oitenta e oito, um milhão, quarenta e oito mil, quinhentos e setenta e seis... - dez trilhões de células, duzentos e setenta e cinco dias, onze lunações da gestação... - pronto; eis aí um psicólogo sazonado no laboratório da existência mediante as seis mil, seiscentas horas no exílio natural do Curso Intra-uterino... - está escrito em Plutão!
Demais disso, conservado à temperatura de duzentos e setenta graus Celsius negativos, errante entre quatro e sete bilhões e meio de quilômetros lineares de afastamento do Sol, quase quarenta trilhões de quilômetros circulares de marcha incessante dentro da própria elipse, das crateras plutônicas emergem, certamente, um psicólogo porque lá ele está latente e, na Terra, se encontra patente... – porque está escrito em Plutão; é isso aí.
Traz-se no vestíbulo da alma a introspectiva do crucial questionamento... - qual será a receita para se tornar um autêntico Psicólogo?... - Bem, alijo de meu ser o receio e o pressentimento para dizer:... – sou a ação e não a inércia!
Por isso, antes de tudo, ore-se o Psicólogo Nosso:
Psicólogo nosso,
Que está a caminho,
Bendito seja o teu nome,
Venha a nós a sua psicologia,
Seja assimilada a sua falácia,
Assim no divã como na cama,
O conselho nosso de cada dia,
Dá-nos hoje,
Perdoa os nossos devaneios,
Assim como nós perdoamos os nossos devanedores,
Não nos deixe cair em sedução,
Mas, livra-nos do estresse e da esquizofrenia,
Pois, sua é a psicologia,
A psicanálise,
A terapia,
Amém!
Isto posto, tomo em minha destra um liquidificador da marca [Arno], mas poderia ser de outra marca qualquer...
Inicio o ritual.
Parto de uma colher de chá bem cheio da essência da psicologia contida em Sigmund Freud adiciona duas colheres de sopa bem medidas do espírito criativo de Emile Durkheim, junto três pitadinhas da filosofia acurada de Karl Marx, um copo eivado e bem medido das idéias de Max Weber, dosagem de sal ou açúcar a gosto, necessitando, apenas, que se decida entre qualquer um dos dois sabores.
Aponho, um a um, os ingredientes na bacia intangível do dia-a-dia, misturo bem e separadamente, primeiro a colherzinha de chá da essência de Sigmund Freud com as duas colheres de sopa da criatividade de Emile Durkheim, em segunda instância junto as pitadinhas da filosofia de de Karl Marx, e, novamente, procedo à mistura, agora dos três ingredientes até que Sigmund Freud, Emile Durkheim e Karl Marx propiciem uma mistura espessa e homogênea, por último, insero o copo cheio e bem medido das idéias de Max Weber, escolhor o sabor e o aroma que desejo, se salgado ou se doce, se baunilha ou chocolate, anexando, para tanto a dosagem requerida, e, depois tomo a decisão de, juntos todos os ingredientes, levar a mistura homogeneizada à uma Batedeira Wallita da existência para deixar bater por vinte minutos e descansar por quatro anos consecutivos nos bancos acadêmicos de uma Universidade qualquer, ou se preferir, uma Faculdade... - e daí...
Levo ao forno pré-aquecido de um Dako por, pelo menos, um ano, e...
Pronto!
Eis aqui um Psicólogo!
O prato preparado a longo tempo, servirá, com toda a certeza, a mil, mil e quinhentas, duas mil, cinco, sete, dez mil almas doentes da psique, e, se bem acondicionado, não em uma Brastemp qualquer, mas, nos escaninhos da mente, pode-se consumir no decurso da eternidade.
No entanto, faço uma advertência...
De nada vale o seguir dessa receita, pois, não é necessário ser um expert no assunto, dominar a culinária, fazer suflês de estresses, ou, tortas de depressão, pois ser Psicólogo, na certa, exige muito mais; requer o talento e a dedicação que, diga-se de passagem, é muito mais do que uma mistura dos ensinamentos adquiridos no estudo da cátedra.
A segunda pergunta crucial é:... - Como será que nascem os Psicólogos?
Por oportuno, será possível transformar um aficionado na ajuda aos seus semelhantes em um Psicólogo no sentido pleno da palavra?
Na verdade, assevero como ser cônscio e pensante, não se ensina a ser Psicólogo nas Universidades.
Claro está que, todo aquele que ingressa nessa cátedra já deve ter, em si mesmo, a lucerna da Psicologia e os fótons da dedicação porque na grade curricular não estão contidas estas disciplinas e não se garante nem a bactéria que cria no âmago um verdadeiro profissional da área e nem o verme supremo da dedicação.
Portanto, sem a garantia da proliferação tanto das bactérias do estado psicológico quanto dos vermes do amor a arte de cuidar da vida; eles devem estar latentes na alma do futuro médico da id alheia.
No entanto, à primeira aula comparecem ninguém mais, ninguém menos do que um óvulo e trezentos milhões de espermatozóides; o óvulo é automaticamente aprovado, mas, dos espermatozóides, apenas um, passa no vestibular da vida, matricula-se na [Universidade Trompa de Gabrielle Falópio], e, paralelamente, se define no estudo profícuo no Endométrio e na Placenta para graduar-se, em tempos pósteros, nas Universidades tanto tangíveis de quaisquer cidades quanto intangíveis de sua própria consciência.
Tudo se inicia no ovo... - [no estágio unicelular.].
Daí que, duas, quatro, oito, dezesseis, trinta e dois, sessenta e quatro, cento e vinte e oito, duzentos e cinqüenta e seis, quinhentos e doze, mil e vinte e quatro, dois mil e quarenta e oito, quatro mil e noventa e seis, oito mil, cento e noventa e dois, dezesseis mil, trezentos e oitenta e quatro, trinta e dois mil, setecentos e sessenta e oito, sessenta e três mil, quinhentos e trinta e seis, cento e trinta e um mil e setenta e dois, duzentos e sessenta e dois mil, cento e quarenta e quatro, quinhentos e vinte e quatro mil, duzentos e oitenta e oito, um milhão, quarenta e oito mil, quinhentos e setenta e seis... - dez trilhões de células, duzentos e setenta e cinco dias, onze lunações da gestação... - pronto; eis aí um psicólogo sazonado no laboratório da existência mediante as seis mil, seiscentas horas no exílio natural do Curso Intra-uterino... - está escrito em Plutão!
Demais disso, conservado à temperatura de duzentos e setenta graus Celsius negativos, errante entre quatro e sete bilhões e meio de quilômetros lineares de afastamento do Sol, quase quarenta trilhões de quilômetros circulares de marcha incessante dentro da própria elipse, das crateras plutônicas emergem, certamente, um psicólogo porque lá ele está latente e, na Terra, se encontra patente... – porque está escrito em Plutão; é isso aí.