31 março, 2006
Poesia Inédita
Porém
Queria ter vivido melhor,
Porém a mediocridade sempre me foi farta e generosa
Nos caminhos que escolhi para viver.
Queria ter sido mais alegre,
Porém a tristeza sempre foi companheira fiel
Nos dias intermináveis de abandono.
Queria ter amado mais as pessoas que conheci
Ou que fingi conhecer,
Porém na maioria das vezes, eu também não me conhecia.
Queria ter andado mais livre,
Porém, algemado à ignorância, perdi muito tempo
Tentando voar sem sequer saber andar.
Queria ter lido mais livros,
Porém, analfabeto de ousadia, passei muitos anos
Enxergando pelos olhos adormecido de outras pessoas.
Também queria ter escritos mais poemas
Do que bilhetes pedindo desculpas,
Porém, as palavras sempre me vieram como culpa
E não como estrelas.
Queria ter roubado mais beijos e abraços
Das meninas que andavam desprotegidas,
Protegidas pela magia da infância,
Porém, cresci muito cedo, e a timidez sempre me foi
Uma lei muito severa a ser cumprida.
Queria ter pensado menos no futuro,
Porém, o passado simples nunca foi o melhor presente
E a eternidade sempre me pareceu coisa de gente que tem preguiça de viver.
Queria ter sido um homem mais humilde
Porém, a vaidade e a ganância sempre me cercaram
De mimos e coisas que até hoje não sei para que serviram.
Queria ter pregado mais a paz,
Porém, como um covarde, gastei muita munição tentando atingir amigos e desconhecidos que não usavam coletes à prova de balas nem blindados no coração.
Queria ter sido mais forte,
Porém rir dos vencidos e bajular os mais ricos
Sempre me pareceu o caminho mais curto
Para o esconderijo secreto das minhas fraquezas.
Queria ter dito mais a verdade,
Porém a mentira sempre foi moeda de troca
Para comprar o respeito e a admiração das pessoas fúteis
De almas vazias.
Queria que o mundo fosse mais justo
Porém, avarento de nascença, fui o primeiro a esconder o sol na palma da mão, antes que o vizinho o fizesse.
E mesquinho por vocação escondi as noites com lua
Para que os poetas não a cortejassem.
Queria ter dito mais besteiras,
Porém fui desses idiotas amantes das proparoxítonas
E sujeito oculto nos bate-papos de botecos de esquinas,
Onde a vida não acontece por decreto.
Queria ter colhido mais flores,
Porém o medo de espinhos afugentou a primavera.
E outono que sempre fui,
plantei inverno quando a terra pedia verão.
Hoje queria ter acordado mais cedo,
Porém temo que pra mim
Seja tarde demais.
Sérgio Vaz
30 março, 2006
Agenda de Abril
Programação de Aniversário da Cidade de Suzano (57 anos)
“Pavio da Cultura”
8/4 – 20h
A quarta edição do projeto este ano contará com leitura e interpretação de textos, peça teatral, pinturas, desenhos, apresentação musical e filmes. No dia do evento, haverão textos (poesias e contos) em sistema Self-Service para os participantes desprovidos de textos.
Local: Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”
GRATUITO
“Abertura das inscrições para a IV Oficina Literária”
De 18/4 a 8/5 – Das 9h às 16h
Desde o ano passado, a Coordenadoria de Literatura está promovendo um curso de letras composto por nove oficinas. A quarta oficina terá como tema “A produção do conto”. Ela será realizada todas as terças e quintas-feiras, das 19h às 21h. A oficina ocorrerá de 9 de maio a 8 de junho.
Local das inscrições: Casarão das Artes
GRATUITO
“Literatura e cultura norte-americana: palavra e imagem em diálogo”
19/4 – 20h
A Coordenadoria de Literatura está fazendo parceria com professores universitários com o intuito de mesclar educação e cultura. Devido a isso, o professor Roberto Bezerra, mestre em Literatura norte-americana pela USP, estará em Suzano para falar sobre o que influenciou a literatura dos escritores de língua inglesa.
Facilitador: Prof. Roberto Bezerra
Local: Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”
GRATUITO
“Lançamento do Fanzine Literaturanossa”
20/4 – 19h30
A Associação Cultural Literatura no Brasil lançará a primeira edição do fanzine “Literaturanossa”. No dia haverá um sarau desenvolvido pela própria associação.
Local: Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”
GRATUITO
“Trajetória Literária, com Ignácio de Loyola Brandão”
25/4 – 20h
Dando continuidade ao projeto que consiste em trazer para a cidade escritores nacionalmente conhecidos, Loyola vem à Suzano para falar de sua trajetória no meio literário.
Convidado: Ignácio de Loyola Brandão
Local: Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”
GRATUITO
“Abertura das inscrições para o II Concurso Literário de Suzano”
26/4 a 31/5 – Das 9h às 16h
Realizado em abril do ano passado, o “I Concurso Literário” contou com a participação de 140 escritores e poetas. Desta vez, visando aumentar o número de participantes, a inscrição não se restringirá aos suzanenses; todos da região do Alto Tietê poderão participar.
*Retire o regulamento do concurso
Local: Casarão das Artes
GRATUITO
Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682 – Suzano – Centro – S.P
Informações: 4747-4180
Coordenador Literário: Ademiro Alves (Sacolinha)
28 março, 2006
Conto!
Por Alessandro Buzo
O plano foi colocado em prática, assim que o relógio marcou 9:30 da manhã, o carro dirigido por Testa trouxe mais 2 assaltantes por um lado da rua e pelo outro o carro guiado por Jura veio trazendo mais dois.
Exatamente neste horário o carro forte pára em frente ao banco e a ação tem que ser rápida.
Tudo fora exaustivamente planejado, por uma semana eles ficaram observando o carro forte, sabiam exatamente o que os entregadores dos malotes faziam e como deveria ser a ação.
Assim que o carro forte parar, o Telis avisa os 2 carros por radio, os carros vem, cercam o carro forte, Testa e Jura permanecem ao volante, Sergio e Lucio saem do primeiro carro e enquadram os guardas, Bruno e Sabino saem do outro e recolhem os malotes, Telis que avisa parte de pé embora, os que fazem o assalto voltam aos seus respectivos carros e partem, cada um seguindo um caminho diferente.
O carro forte aparece na rua, estaciona como sempre, o primeiro guarda abre a porta e fica ao lado, outro desce e fica em frente ao banco, nesse momento Telis avisa por radio e começa a ação, enquanto os carros se aproximam o terceiro guarda sai do carro forte com 3 malotes, o bando cerca o carro, o guarda em pé ao lado do carro é rendido, o que portava os malotes também, o terceiro tentou reagir e foi baleado por Lucio.
O tiro causa correria na rua e alerta uma viatura do Garra que estava próximo ao local, os assaltantes entram nos carros e saem em disparada, a viatura via a cena da fuga e parte atrás do carro guiado pelo Testa e que leva Sergio e Lucio, avisa por radio sobre o outro veiculo que seguiu para o lado oposto, este guiado por Jura e com Bruno e Sabino de passageiros.
O Garra pede reforços e logo outras viaturas entram na perseguição. Na seqüência aparece o primeiro helicóptero no apoio.
Outras viaturas encontram o segundo carro e duas perseguições estão em andamento.
O carro dirigido por Jura perde o controle e bate num poste, Bruno morre no choque e Jura na troca de tiros, Sabino se rende e é preso.
Mas a outra perseguição é mais longa, Testa é um grande piloto e mesmo com Garra, Rota e Tático na bota ele vai seguindo fazendo milagres no volante, até que vendo que seriam cercados param o carro e invadem a pé uma empresa, a policia cerca todo o local e o helicóptero sobrevoa a área.
Começa uma intensa negociação, os 3 assaltantes estão no mesmo lugar com duas mulheres e um homem de refém, os outros funcionários da firma saíram correndo em pânico.
Eles querem carro para fugir, presença da imprensa que logo chega também.
As negociações não evoluem e o clima vai ficando mais tenso, Sabino caguetou o bando e logo na porta da empresa estava a família dos 3 rebelados.
Testa não quis saber e tentou fugir pelos fundos atirando, feriu um policial de raspão e foi morto com uma rajada de metralhadora.
Quatro horas de negociação e agora eram Sérgio e Lúcio com os 3 reféns.
Até que finalmente eles decidem se entregar, a fuga seria impossível, Telis que avisou por radio ficou de fora e fugiu, mas ninguém citou ele, os demais foram presos ou mortos.
O que não estava no plano era o guarda reagir e o Lúcio matar ele, sem isso a fuga teria sido rápida e com sucesso.
Mas a vida do crime é assim, não existe garantia que as coisas irão dar certo, não existe confiança real entre os integrantes da quadrilha, é um mundo cão.
No distrito todos foram autuados por assalto a mão armada, formação de quadrilha e Lucio por assassinato.
Mais um filme triste, mais uma prova que o final para a vida no crime é mesmo a dor da família que fica.
Alessandro Buzo
alessandrobuzo@terra.com.br
27 março, 2006
Cooperifa!
PERIFERIA, UMA NAÇÃO EM EBULIÇÃO ? Sérgio Vaz O Sarau da Cooperifa da última quarta-feira foi um dos mais importantes que aconteceu nestes últimos quatro anos. Importante, porque mesmo a chuva que castigou o dia, não foi suficiente para afastar os guerreiro e guerreiros que comungam a periferia através da poesia. A comunidade, razão maior do sarau, deu mais uma mostra de silêncio e respeito durante as apresentações dos poetas-cidadãos que, armados de poemas e arrogância, recusam, insistentemente a serem vítimas do sistema. Que venham os inimigos! Difícil dizer o momento melhor, talvez o Helber recitando Navio Negreiro, ao som do tambor do Timbó. A MPB do Wesley Noog na abertura ou quem sabe na hora que o ator Sérgio Carozzi cantou o hino nacional adaptado para o momento. Quem sabe então o lançamento do livro do Edson gabriel, De olhos bem abertos, com a abertura do Professoer Ver. Carlos Giannazi/Psol, que aliás sugeriu que o sarau fosse tombado como patrimônio histórico, será?. A noite foi louca, parecia a nossa primavera de Praga. Sinto saudades só de lembrar. O cineasta Jeferson De também esteve por lá e levou os atores Paulo Vilhena e Robson Canto e toda sua produção do próximo longa-metragem "Um dia" para conhecer o nosso aparelho cultural. Lobão e Jimmi estenderam seus artesanatos na frente do bar. O pessoal do Magrela´s Bike, Valmir Vieira, José Neto. O Allan da Rosa veio de Salvador-Ba, já pensou se viessem junto o Nelson Maka e o Hamilton Borges da Blackitude? A rapa da casa de Cultura M´boi Mirim e o grupo Espírito de Zumbi, parceiros eternos. Diane e o pessoal da Casa dos Meninos. Becos e vielas e o Roberto do Rainha da paz. Ferréz e os guerreiros do UM DA SUL marcaram presença. Pensei "E se também tivesse vindo o Alessandro Buzo e o Sacolinha?", literatura pouca é bobagem. Vi várias pessas com livros na mão, chegou a me dar arrepios vendo todas essas pessoas à procura de conhecimento. O Pezão, poeta maior que não nos falta nunca, tinha que viajar justo nesse dia? A lua também esteve ausente, azar, as mulheres brilharam em seu lugar. Toni vermelho, também não foi, vixe, quero ver se ele tem atestado, porque a Rose (musa) só não foi porque estava doente. O versão popular e o Sales como sempre foram figuras marcantes. O Gaspar do Záfrica Brasil deu mais uma mostra da sua capacidade lítero-musical, axé pro novo cd dele. Não custa sonhar, mas, e se o GOG descesse de Brasília, no mesmo dia que o Mano Brow costuma colar? E se justamente nesse dia fosse o dia da libertação do Dexter? Adunias do estação hip hop e a revista Rap Brasil iam ter que gastar muita tinta para registrar, aliás, é possível fotografar um sonho? Vou perguntar para o Min e para o Pezão. Tinha gente pra caramba, faltou gente pra caramba, Robson Canto, Cavalo de pau, Ação e Arte, Bloco do beco, manicômicos, Binho, Ali Sati, Itapoesia, Du e Karina, Elizandra, entre outros. Caros amigos que representam o Brasil de fato, que na hora certa eu sei que não vão faltar, se é que vocês me entendem. Márcio Batista, Mavot e Lu, lili, Carlos Silva, Seu lourival, Roberto Ferreira, Prof. Pablo, Sõnia, Zé pompeu, Aduba, Jairo do periafricania, P.A, Tin Tin, Kênia, descendo a lenha no marasmo sem perder a elegância. Tanta gente boa que impossível não sonhar num mundo melhor para se viver. Acho que o sarau da Cooperifa só tá rolando porque muita gente não sabe, ou finge que não sabe, o que está acontecendo na periferia, essa nação que ferve e já não trama mais em silêncio as manhãs de um novo dia. Que venham todos! É cedo para desistir e não é tarde para tentar! |
Buzo!
004/2006
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alessandrobuzo@terra.com.br
FONE/FAX: (11) 6567-9379 (11) 8218-7512.
ÚLTIMAS UNIDADES...
Se você ainda não leu os livros SUBURBANO CONVICTO – O COTIDIANO DO ITAIM PAULISTA e O TREM – CONTESTANDO A VERSÃO OFICIAL, saiba que eles estão quase no fim e antes de sair o novo livro do Buzo não será possível rodar uma nova edição, porque “GUERREIRA” também deve vir independente e falta grana para rodar os citados.
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BIENAL
Foi muito bom a minha passagem pela 19a Bienal Internacional do Livro no Anhembi, estive 2 fins de semana no Stand da Febem e fizemos uma apresentação do que rola na Oficina de Leitura que dou na Unidade Encosta Norte em estilo sarau, os internos que fazem minha oficina estiveram também na bienal e leram textos de autoria deles próprios.
No sab. 18/03 levei um convidado, o poeta Sergio Vaz, que junto ao Marco Pezão, Jairo do Periafricania e Robson Canto, me ajudaram a representar a periferia na Bienal, fotos no meu blog (link acima).
VEM AÍ O DVD
Em breve sai nas bancas uma revista com DVD produzida pela Rap Brasil com MC’s, vai ter Mano Brown, Dexter e representando o lado social do Hip Hop, meu evento FAVELA TOMA CONTA, aguardem ..............
ALESSANDRO BUZO
Colaborador da revista RAP BRASIL e dos sites.
www.enraizados.com.br
www.rapnacional.com.br
www.conduta.com.br
ENTREVISTAS 2006.
Vocês já sabem que o site/blog do Buzo é atualizado diariamente, este ano estamos fazendo uma maratona de entrevistas com escritores e grupos de rap, só em 2006 já tivemos Sergio Vaz, Sacolinha, Ao Cubo, Trilha Sonora do Gueto, A Família e muitos outros, então não deixe de acessar todo dia que sempre tem novidade no SUBURBANO CONVICTO, textos inéditos de Alessandro Buzo e outros escritores e poetas periféricos, dicas de eventos, fotos e entrevistas exclusivas.
Para ficar por dentro de tudo que rola na LITERATURA MARGINAL e no HIP HOP NACIONAL, acesse agora mesmo: www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
SUBURBANO CONVICTO PRODUÇÕES
Contrate show dos grupos: Tribunal Mc’s, Filosofia de Rua, Horus, Os Guerreiros, Walter Limonada, Alerta Vermelho, Enganjaduz, Breakdonw, Fiell (RJ), Dudu de Morro Agudo (RJ).
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suburbanoconvicto@gmail.com
26 março, 2006
+ sarau
Sarau Sopa de letrinhas
Dia 31/03 rola mais um Sopa de Letrinhas. O poeta homenageado será o Leo Nogueira. Peço aos que forem ao Sopa, levando 1 K de alimento não perecíivel, q levem farinha de trigo, pois em maio estarei, junto com alguns amigos, organizando A Noite da Pizza, um evento pra arrecador fundos para a TRANSFORMAR, uma entidade que trabalha com crianças especiais. Grande abraço. Segue release do Leo Nogueira e release do Sopa de Letrinhas.Grande abraço.
Vlado
LÉO NOGUEIRA
(poeta homenageado no Sopa de Letrinhas)
O cearense radicado em São Paulo, Léo Nogueira, 34, é compositor, escritor e poeta. Atualmente, nos intervalos de atividades diversas, dedica-se a expandir sua contribuição nas artes.
Chegou a escrever artigos para alguns jornais culturais e atualmente finaliza seu segundo romance, ainda sem nome.
Como compositor, saiu-se vitorioso em vários festivais de MPB dos quais participou, em diversas regiões do país. Tem canções gravadas por diversos artistas da nova safra da MPB, além de parcerias com nomes emergentes do cenário musical, tais como Élio Camalle, Adolar Marin, Vasco Debritto, Daisy Cordeiro, Rafael Alterio, Clarisse Grova, Sonekka, Jane Duboc, Tavito, Luhli, além do cubano Paquito D’Rivera e dos japoneses Kana e Toshiro Ono.
Como poeta, participou do Concurso Literário 500 Anos de Poesia, realizado em Porto Alegre-RS, do qual recebeu a Comenda 500 Anos Poéticos Brasileiros e teve editado o livro de poesias "Antologia 500 Anos", pela Shan Editores, no ano de 2000.
Foi figura importante no popular Samba da Bênção, projeto realizado em 2002 no Teatro Arthur Azevedo, que homenageava, semanalmente, os mais variados compositores da história do samba. O projeto diferenciava-se dos demais por reunir música, teatro e poesia num só espetáculo. Nogueira participou do projeto como palestrista, fazendo intervenções entre uma música e outra para contar detalhes sobre a biografia de cada compositor. O trabalho foi resultado de inúmeras pesquisas sobre a obra e a vida de cada um dos compositores homenageados.
Nos anos de 2002 e 2003, viajou por diversas cidades do Japão, na função de diretor musical, nas turnês de lançamento dos dois CDs de Kana (também sua esposa), que fez mais de 50 shows em seu país.
No segundo semestre de 2004, sua valsa “Raízes” (parceria com Kana), foi a canção-tema do documentário “Watashino Kisetsu” (Minha Estação), do diretor Shigeru Kobayashi, que venceu o Festival de Cinema Mainichi Shinbun, o mais importante do Japão.
É compositor associado ao Clube Caiubi de Artes, bar em que se apresentam novos nomes da MPB e que tem a curadoria do compositor Zé Rodrix.
No final de 2005, juntamente com Álvaro Cueva, Marcio Policastro, Kana e Alê Cueva, montou o grupo 4+1, que vem realizando uma série de shows em São Paulo, sempre privilegiando um repertório autoral.
Sopa de Letrinhas
O SOPA DE LETRINHAS (O SARAU DO CAIUBI) é uma festa chacriniana com muita música, poesia e bom humor. Acontece uma vez por mês. Sempre na última Sexta-feira. Músicos, intérpretes, compositores, poetas e performances dos mais variados estilos apresentam suas criações para um público incrivelmente atencioso e participativo. O público presente no evento participa lendo poemas do poeta homenageado da noite e concorre a vários prêmios. No final do evento é servida (na faixa) uma deliciosa sopa (de letrinhas).
SOPA DE LETRINHAS (O SARAU DO CAIUBI)
Local: Clube Caiubi – R. Caiubi 428
esquina com a Monte Alegre – perto da PUC
Entrada: R$3,00 OU 1 quilo de alimento não perecível
TODO ALIMENTO ARRECADADO É DOADO PARA
A.A.E.B (ASSOCIAÇÃO DE AMIGOS DOS EXCEPCIONAIS DO BROOKLIN) e para a TRANSFORMAR)
Produção: Vlado Lima vladolima@yahoo.com.br
24 março, 2006
Sérgio Vaz
A inveja
é um sentimento profundo.
Tão profundo
que é preciso estar
no fundo do poço
da incapacidade humana
para senti-la.
Sérgio Vaz
Vingança
A vingança
tem seu lado bom
se usada como convém.
Por exemplo:
se alguém disser que te ama
vingue-se dele
ame-o também.
Sergio Vaz* do livro Pensamentos Vadios
23 março, 2006
Nova Poesia!
Queria brincar de felicidade
Ouvindo pássaros cantar
Que o som da buzina
Não me sufocasse
Berrando como louca
Tentando me atropelar
Queria brincar de felicidade
Nos braços do meu amor
Mas o tempo corre
E me sinto cansada
A passos largos vou errante
Tentando me alcançar
Queria brincar de felicidade
De amarelinha, fazer estrelinhas
Pular corda, jogar peão
Ai, se essa rua fosse minha...
Eu mandaria grafitar...
Cores, cores, diversas cores...
Queria brincar de felicidade
Mas sem ensaios
Vou apanhando da rotina
Escapando da faxina
E brincando escondidinha
Realizando o meu sonho de brincar.
Elizandra Souza
22 março, 2006
Indicação da Semana
(Esmeralda Ortiz)
Um currículo da vida de uma menina negra e pobre que acabou saindo de casa aos oito anos de idade por causa do monstro que assola muitas casas na periferia: a violência familiar.
Esmeralda é o nome da autora e personagem do livro. Personagem que apanhou muito de sua mãe quando esta estava bêbada. Os instrumentos para bater eram pedaços de pau e chicote.
Na rua, Esmeralda fez o primeiro e o segundo grau, prestou vestibular e fez a faculdade. A sua pós-graduação ficou por conta da profissão “Trombadinha” e da ocupação “Drogada”.
Em casa foi estuprada pelo padastro e na rua por outros homens. Sofreu.
Comeu, aliás, degustou o pão que o diabo babou, porém, levantou e olhou para trás. Vendo que nada tinha construído, resolveu correr atrás do prejuízo.
Com a ajuda de alguns bons corações, chegou na área, mirou, atirou e conquistou metade dos seus sonhos.
Demian
(Hermann Hesse)
Religião, guerra, romance e vícios, são os pontos mais fortes desta obra.Um livro de leitura difícil, que exige muita atenção e paciência. Se não estamos enganados esta obra foi escrita no ano de 1919, e é considerado pelos poucos hippies e punks ainda existentes, um romance imortal atualizado, a bíblia sagrada, o livro de cabeceira desses dois movimentos verdadeiros que estão sendo consumidos pela contemporaniedade.
21 março, 2006
+ Sarau!
Pavio da Cultura Sessão Erótica
(Texto de Marcos Cirillo)
A Secretaria Municipal de Cultura de Suzano, através da Coordenadoria de Literatura, realizará neste sábado (25/3), a partir das 20h, a segunda edição do Pavio da Cultura “Sessão Erótica”. O evento ocorrerá no Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi”, com participação gratuita do público, e compreenderá leitura e interpretação de textos, peça teatral, pinturas, desenhos, apresentação musical e filmes, tudo isso num pacote de erotismo para esquentar a noite de sábado.
Segundo o Coordenador de Literatura, Ademiro Alves, o Sacolinha, desta vez o projeto contará com uma participação especial do Teatro da Neura. O grupo fará duas intervenções teatrais usando textos de Plínio Marcos, Nelson Rodrigues, Ricardo Vilela e Tuane Vieira. A primeira será no hall de entrada do Centro Cultural. Na seqüência, os atores conduzirão o público para o Auditório Orlando Digenova, onde ocorrerá a segunda intervenção. As intervenções terão a participação dos atores Ed Nicodemo, Crisley Priscila, Hugo Betteti e Tuane Vieira, com direção de Fernandes Jr.
A seguir, o ator Gil Ferreira fará uma apresentação surpresa.
O pavio terá ainda cenas do filme “De olhos bem fechados”, do diretor Stanley Kubrick. O Centro Cultural estará decorado com quadros eróticos. No final do evento, a Coordenadoria de Literatura fará indicações de livros e filmes eróticos ao público presente. Vale ressaltar que todos os presentes receberão uma poesia.
Haverá distribuição de preservativos a lá self-service.
Mais informações pelo telefone 4747-4180.
Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682 - Centro - Suzano - S.P
20 março, 2006
Próximo evento!
“Tudo vale a pena se a mentira não é pequena!”
Sábado 01/04/06 no Maloca Espaço Cultural das 18hs às 21hs, com direito a fogueira, vinho e batata. Venha e traga sua contribuição.
Rua Particular, 556 – Parque Bristol – próximo ao ponto final dos ônibus Parque Bristol (4634) e Vila Livieiro (4692).
Pode vir que É TUDO VERDADE!
Mais informações com Dinha 9969 1010 ou Lindalva: 9300 2707
Sobre a GUERRA
Sérgio Vaz
Na semana da Bienal do livro de São Paulo muita coisa aconteceu, e apesar da importância dos livros aprendi muitas coisas com a vida, mãe de toda sabedoria. O escritor Alessandro Buzo, parceiro de várias batalhas, convidou-me para lançar o livro “A poesia dos deuses inferiores”, no estande da febem. Lá, onde ele infantemente organiza uma oficina poética com os internos da instituição. A poesia como ferramenta consertando um ser humano, que conserta a vida, essa, que já vem com defeito de fabricação. Nada mais divino que ser útil na terra. Pensei “o céu pode esperar”. Ao chegarem percebi-os enquanto recitava um poema. Todos jovens e levemente alegres, talvez pela liberdade efêmera ou quem sabe somente para confundir os sábios e deuses das estatísticas. Lembrei-me dos leões que caçam livre pela selva africana e fui devorado por uma angústia que parecia raiva, mas era angústia, ao vê-los ali, uniformizados, como quem nasce em cativeiro. O olhar de quem está livre dói na alma e nenhum poema é capaz de captar esse instante. Então a poesia não serve pra nada? Sei lá. Mas peito de poeta também dói. À noite assisto ao documentário do MV Bill e Celso Athaíde, Falcão –meninos do tráfico, produzido pela CUFA – Central Única das favelas, e lá vem novamente esses meninos invisíveis com sua dores que a gente finge que não vê e se orgulha tanto de não ter nada a ver com isso. Portando um fuzil ou uma pistola são grandes bandidos, mas ao serem perguntado se gostariam de sair dessa vida, os falcões, pareciam passarinhos ao responderem, mesmo estando ao lado da arrogância de uma arma. Mas falcão, passarinho, tanto faz, voar pra onde? Outro queria ser palhaço, o que carregava um fuzil com nome sem graça. Dá para acreditar, o sonho do portador da tristeza era alegrar o próximo, esse mesmo próximo que anda tão distante? Alguma coisa está errada com o respeitável público que freqüenta os camarotes do circo. A ironia dos livros diante dos nossos olhos. A humanidade na corda bamba e a realidade equilibrando-se no trapézio. Que trágico espetáculo.
Por favor, fechem as cortinas!
Sérgio Vaz é poeta e criador da Cooperifa (Cooperativa Cultural da Periferia).
Mais informações:
www.colecionadordepedras.blogspot.com
18 março, 2006
Debate
DEBATE SOBRE COTAS
Dia 17 de março, as 12h30, no Sintusp,DEBATE SOBRE COTAS
http://www.sintusp.org.br/
Os funcionários/as da USP querem somar na luta por Ações Afirmativas na Universidade de São Paulo. O debate ocorrerá no dia 17 de Março de 2006, às 12:30 horas no SINTUSP – Sindicato dos Trabalhadores da USP, (no Campus da USP – Cidade Universitária – Av. Prof. Luciano Gualberto, travessa J, 374, tel. 3091-4380.)
Debatedores:
· Carlos Aparício Clemente – Espaço Cidadania
Frei David – Diretor-Executivo da Educafro
Milton Barbosa – Movimento Negro Unificado
Participe!
17 março, 2006
Domingo!
Serviço: 14h - 19/03/06
Estande da editora Fox-21 - Rua H, ao lado do estande da editora Rocco.
Em breve, lançamento do livro "85 Letras e um Disparo", segundo livro do autor.
16 março, 2006
Nova Crônica!
A ilusória fúria de um algoz
Marco Pezão
É um jogo de futebol varzeano. Bola rolando, e o placar contrário deixa a torcida do Tubarão furiosa com a atuação do trio de arbitragem. O Sem Saída vai vencendo por 1 a 0.
Ser juiz de futebol na várzea requer, antes de tudo, astúcia. Por melhor que conduza a partida haverá sempre um senão.
E neste campo de terra batida, o Tubarão nada. Os torcedores pedem pro time morder. Querem garra, suor, empenho. Querem festejar o gol que não acontece.
Enquanto isso, no boteco do Ebrinho, encostado no balcão, um cara conhecido por Quarenta, de estatura mediana e forte, pede uma maria mole. O apelido Quarenta vem da chapa que usa no trabalho, numa empresa de transporte coletivo.
Num gole, Quarenta sorveu o liquido e reclamou: “Porcaria de time!”
Nem precisou pedir outra, Meio Quilo já preparava: “Saindo mais uma MM”. Nisso, ouve-se o coro lembrar da mãe do árbitro.
- “Sacanagem! Vou te dizer, se alguém xingar minha mãezinha? Pode ser o homem do tamanho que for, eu derrubo”. E numa golada deixa o copo vazio.
Quarenta circula o campo e aos berros incentiva: “Vai Tubarão, mostra que você é macho!” E se alguém ao lado esbraveja a pesarosa exclamação contra a arbitragem, recrimina: “Ô meu amigo, tá certo que o diabo é safado, mas não bota a mãe no meio!”
De repente, um ataque pela direita. A bola é lançada e o jogador avança livre em direção ao gol. É a grande chance do empate. Porém, para inconformismo geral, a bandeira é levantada e o apito do juiz acusa impedimento. Bastou. Foi a gota. A grade balançou. Quase duzentas vozes em uma só voz: “Ladrão, f da p”.
Não se sabe como ele conseguiu passar. Numa pequena brecha do alambrado transpôs a cabeça, e o resto do corpo foi junto. Parecia ensandecido. Partiu em direção do árbitro que, ao vê-lo, tratou de fugir. O Quarenta correndo atrás, e com a mão direita na cintura segura um volume sob a camisa.
A impressão é de uma arma. Os bandeirinhas, a essa altura haviam sumido. Alguns jogadores se lançaram a persegui-los, mas a maioria pensou em proteção. O corre-corre deu duas voltas no campo e o árbitro chega exausto à porta do vestiário fechado.
Senta desconsolado no degrau. Treme com a zombaria das pessoas aglomeradas no portão de entrada: “Vai morrer! Vai morrer!” Caiu em pranto, e protegendo o rosto com as mãos aguarda a fúria do seu algoz.
A maneira como Quarenta chegou, a postura da mão posicionada é de quem vai sacar um revólver.
- “Pelo amor de Deus”, a angustiada alma bradou.
Naquele tenso momento toca a campainha de um celular. Quarenta levanta a camisa... E, que alívio, era um telefone que ele protegia para não cair.
- Alô, mãe! Tô no campo. Mas, agora? É que... Tá bom, mãe. Tá bom, eu vou, eu vou... Tchau!
Olhares ansiosos acompanham o sufoco do indefeso juiz. Quarenta, falou: “Eu não vou te fazer mal. Vá pra casa e peça perdão à sua mãe, por você ser a causa da difamação dela. E nunca mais apareça aqui para apitar um jogo do Tubarão”. Dito isso, foi saindo entre fracos aplausos, gritos, falas, e muitas vaias...
- “Tanta correria pra nada? Nem sangue, nem porrada...?”
E a decepcionada torcida, então, pro Quarenta entoou: f da p, f da p, f da p...
15 março, 2006
Graduado!
Entre na comunidade do livro no orkut.
Informações e venda: (11) 4749-5744 / Fax: 4747-4180
e-mail: sacolagraduado@bol.com.br
E aguardem, em breve o lançamento do segundo livro do escritor Sacolinha:
"85 Letras e um Disparo"
+ EVENTOS +
recebe a visita de
Ruy Castro autor do livro Carmen - uma biografia e outros
O Autor na Praça recebe no próximo sábado dia 18, a visita de Ruy Castro autor dos livros Carmen – Uma Biografia, O Anjo Pornográfico, Estrela Solitária, Chega de Saudade entre outros. Contaremos com a participação dos cartunistas Junior Lopes e Luciano Meskyta, realizando caricaturas do público.
O Autor na Praça - Dia 18 de março de 2006 – Sábado – 15h
Espaço Plínio Marcos – Feira de Artes da Praça Benedito Calixto – Pinheiros - SP
Informações: Edson Lima 3085 1502 / 9586 5577 – oautornapraca@oautornapraca.com.br
Realização: O Autor na Praça & AAPBC
Apoio Cultural:
Jornal da Praça http://plazajornal.blig.ig.com.br
Associação Cultural Literatura no Brasil
Sobre Carmen – Uma biografia - é a maior biografia de um artista já publicada no Brasil. Ano a ano, o autor acompanha a vida da brasileira mais famosa do século XX - do nascimento da menina Maria do Carmo, numa aldeia em Portugal (e a vinda ao Rio de Janeiro, em 1909, com dez meses de idade), à consagração brasileira e internacional de Carmen Miranda e sua morte em Beverly Hills, aos 46 anos, vítima da carreira meteórica e dos muitos soníferos e estimulantes que massacraram seu organismo em pouco tempo. Mas Carmen não é apenas uma biografia. Enquanto entrelaça a intimidade e a vida pública da maior estrela do Brasil, Ruy Castro nos leva a um passeio pelo Rio dos anos 20 e 30, e por Nova York e Hollywood dos anos 40 e 50 - cenários em que é especialista. E ainda resgata a história da música popular brasileira, da praia, do Carnaval, da juventude do passado, da Rádio Mayrink Veiga, do Cassino da Urca, da Broadway, dos gângsters que dominavam os nightclubs americanos e dos bastidores dos estúdios de cinema - numa época em que para estrelas como Carmen, as noites não tinham fim. Cia. das Letras, 632 págs., R$ 55,00.
Sobre Ruy Castro – Nascido em 1948, em Minas Gerais, é jornalista e tradutor, autor de Estrela Solitária - Um brasileiro chamado Garrincha’ (1995), O Anjo Pornográfico - A vida de Nelson Rodrigues (1992), Chega de saudade - A história e as histórias da Bossa Nova (1990), Saudades do século 20 e de três antologias de frases venenosas e engraçadas - O melhor do mau humor, O amor de mau humor e O poder de mau humor’. Seus livros Chega de saudade, O anjo pornográfico, Estrela solitária e Ela é carioca (1999) ajudaram a redefinir gêneros como a biografia e o levantamento histórico de um lugar ou época. Outros, como A onda que se ergueu no mar’ (2001) e Carnaval no fogo (2003), caminham pela fronteira entre a crônica, com todas as liberdades que ela permite, e o ensaio, muito mais rigoroso. Para o público jovem, Ruy escreveu o romance Bilac vê estrelas (2000) e a novela O pai que era mãe (2001). É também autor de Saudades do século 20 (1994), sobre treze das figuras mais amadas do show business da época. Todos pela Companhia das Letras. Em outras editoras, publicou Amestrando orgasmos (objetiva, 2004), de crônicas de humor, e Flamengo (ediouro, 2004), uma história do seu clube de coração. Também traduziu e adaptou os clássicos de Frankenstein, de Mary Shelley, e Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll. Como jrnalista tem vasta passagem pela imprensa carioca e paulistana.
Junior Lopes e Luciano Meskyta - Os cartunistas paraenses foram chamados para ilustrar o famoso camarote do Bar Brahma, do sambódromo de São Paulo, que reúne celebridades nacionais. O tema é “Olé, Brasil”, no clima da seleção brasileira na Copa do Mundo.
Vejam algumas imagens:
http://juniorlopes.zip.net / http://lucianomeskyta.zip.net
Dramaturgia
Depois de viagens na literatura e no cinema, "Canto dos Malditos" aterrissa no Teatro. Em uma linguagem teatral são reencarnados noBrasil como auxiliares de enfermagem psiquiátrica os mestres Freud e Charcot. Encenam com um General Doutor Psiquiatra, que atua como um"semideus" dentro de seu Hospital Psiquiátrico. Procuram um "Anormal" entre a platéia para ser analisado pelos mestres do inconsciente, doinatingível, do inalienável do infiofu... Em sátira inteligentemuitas verdades da psiquiatria são colocadas. Em um segundo momento a peça muda, mostrando a crua e nua realidadedos prisioneiros psiquiátricos dentro do atual sistema manicomial brasileiro. Aguardamos os "normais", os "anormais", os "esquisitos", os"aflitos" ou não, para esta viagem dentro de nossas "loucuras". A peça "Canto dos Malditos" já é cotada como uma das melhores do Festival de Teatro de Curitiba... Venham confirmar.
*Solicitamos a todos os "malucos belezas" a nos ajudarem a divulgareste espetáculo, pois estamos duros, sem money como sempre.
Austregésilo Carrano Bueno.
13 março, 2006
Informe!
Suburbano Convicto Produções e Cooperifa convidam para lançamento dos livros:
A poesia dos deuses inferiores – Sérgio Vaz
O Trem “contestando a versão oficial” – Alessandro Buzo
Leitura de poemas com a participação de internos da Febem
Dia 18 de março (sábado) a partir das 17hs
Local: Estande da FEBEM
Pavilhão de exposições do Anhembi
Esquina da Av. 7 c/ Pça. de alimentação
Entrada R$ 10,00
Estudantes pagam meia.
Escritores, professores e menores de 12 anos não pagam.
www.colecionadordepedras.blogspot.com
www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
11 março, 2006
Defesa!
Sérgio Vaz
No último dia três de março o exército brasileiro, treinado para defender o país e garantir a segurança de nossas fronteiras, teve um quartel, na zona norte do Rio de Janeiro, assaltado. Sim, assaltado como nós civis, e ao que tudo indica 7 homens, do exército inimigo, invadiram o local e levaram 10 fuzis e uma pistola -armamento que seria para proteger a nação e levar segurança aos nossos lares. Em reposta ao ataque inimigo, o exército invadiu várias favelas cariocas em busca da auto-estima perdida, e garante que só sai de lá com os fuzis recuperados. No meio desse fogo cruzado a população pobre dos morros esquiva-se como pode das balas perdidas e de algumas que acham os desavisados de sempre.
Os moradores do morro, suspeitos profissionais, da providência fizeram um protesto contra a invasão e osExcessos de alguns militares para com a população. Algumas mulheres e crianças chegaram até agredirem alguns dos combatentes, mas logo foram controlados com tiros de fuzis para o alto e suspensos pelos fundilhos das calças. Nesse clima de guerra mais de 1600 homens estão entrincheirados em vários morros do Rio de Janeiro, mas nenhum deles, pelo menos até agora, foi até um veículo de tv, jornal, revista, ou coisa similar, para pedir desculpas para os brasileiros por terem sido atacados na sua mais potente arma, o orgulho.
Em vez disso, sobem no morro enfurecidos, sem nenhuma estratégia, a não ser sufocar o comércio de drogas e torcer que o prejuízo do tráfico devolva as armas. Invadem casas, quebram portas, humilham pessoas suspendendo-as pelos fundilhos das calças, como se toda e qualquer favela tivesse culpa pela fragilidade de todo um quartel. Isso é inadmissível. É inadmissível também saber que o exército não esteja ali para combater o tráfico ou prender bandidos para a segurança do trabalhador, mas simplesmente cicatrizar o orgulho ferido.Não importam quantos dias, quantas balas perdidas, quantas vidas serão necessárias para que se recuperem estas armas roubadas, como dizem, dali não saem. Michael Moore faria um ótimo documentário sobre isso “tiros em providência”, sugiro eu.Enquanto isso, a população desses morros anda de cócoras para não serem atingidas. O país anda de joelhos, para que Deus ouça nossas preces. Nós, observadores da desgraça alheia, andamos de olhos fechados e fingimos que não temos nada a ver com isso. A favela sangra e marchamos para o nada, até quando?
Sérgio Vaz
10 março, 2006
Semana da Mulher!
11/03 – Encerramento da Semana da Mulher
15h- Palestra “Literatura brasileira de autoria feminina”
Palestrante: Profº José Maria Rodrigues – Doutorado em literatura comparada – USP.
Haverá exposição do livro “Dicionário Crítico das Escritoras Brasileiras”, um livro de 712 páginas que descrevem as escritoras desde o ano de 1711 à 2001. Á venda por R$ 20,00 (promocional).
17h- Pavio Feminino – Sarau cultural
A edição do projeto Pavio da Cultura deste mês será comandada pelas mulheres da Associação Cultural Literatura no Brasil.
19h- Lançamento do livro “Feminino” de Valeria de Oliveira.
Em seu quinto livro, a autora enfoca o universo feminino, em que a mulher mostra suas várias faces.
Local: Centro Cultural de Suzano
Rua Benjamin Constant, 682 – Suzano – Centro – S.P.
Á 5 minutos da estação de trem!
Informações: 4747-4180 / 8325-2368
Atenção: Desconto de R$ 5,00 para quem comprar o livro diretamente com o autor. Veja como:
Após a leitura deste livro, você não será mais o mesmo...
Graduado em Marginalidade
Quem quiser adquirir a obra é só fazer o pedido pela Internet ou pelo correio e receberá em casa em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 20,00 + Carta registrada: R$ 4,90 = 24,90
Deposite este valor no banco Bradesco:
Agência: 101-5
Conta Poupança: 1009809-2
Ademiro Alves de Sousa
Envie o comprovante ou xerox do comprovante para:
Ademiro Alves
Rua Guarani, n° 413 – Jd. Revista – Suzano – S.P.
Cep: 08694-030
Ou mande um fax: (11) 4747-4180
Assim que o depósito for confirmado enviaremos o livro.
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 20,00
Participações:
· Juan Perone (escritor cubano)
· Fernando Bonassi
· Ferréz
· Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
· Alessandro Buzo
· Sérgio Vaz
09 março, 2006
O LIVRO!
Acessem o site www.suburbanoconvicto.blogger.com.br e confira entrevista exclusiva com o escritor Sacolinha.
Informações para aquisição do livro: (11) 4747-4180 / 8325-2368
e-mail: sacolagraduado@bol.com.br
O Dia D.
Casa das Rosas – av Paulista, 37
14 de Março / 2006 – 19h
A Casa das Rosas, que desde o ano passado vem personificando o universo literário paulistano em seu endereço, abrigará no dia nacional da poesia (14 de março) um programa que celebrará a data com o recital Bardos Amigos e a ‘invasão poética’ do Projeto Identidade, onde se misturam sarau, performance, música etc.Inicialmente, a partir das 19h terá lugar no palco da Casa uma leitura pública da obra de alguns poetas feita pelos próprios: Celso de Alencar, Hamilton Faria, Sérgio Vaz, Moreira de Acopiara e Pedro Osmar. Pensado pelo músico e compositor Esso Alencar como mais um ato do projeto “São Paulo Mais Poesia”, o recital Bardos Amigos quer afirmar a crescente importância da poesia no caráter cotidiano da cidade, evidenciando o significado do poeta e do poema, reunindo estes autores intérpretes num “concerto performático” em que agreguem múltiplas variações poéticas, estimulando assim, além da produção, o nascimento de novos grupos aptos ao desenvolvimento do exercício da poesia como sentido fundamental na atividade cultural da comunidade.Em seguida, às 20h entra em cena o grupo do Projeto Identidade para conduzir uma variada e extensa programação que inclui declamação de seus integrantes e outros presentes, além do lançamento do segundo número do jornal literário "O Casulo". Conjugando música ao vivo e exposição de pinturas a outros recursos experimentais, o coletivo poético é formado por estudantes de Letras, Arquitetura, Direito, Jornalismo e Psicologia da USP, e vem atuando em sintonia com outras iniciativas dentro e fora do estado de São Paulo, realizando alguns eventos com a intenção de discutir, planejar e unificar tendências no segmento.
O evento terá entrada franca e acontecerá das 19 às 22h.
Informações: Fabine Eustáquio Lamas (11) 8336 1379
BARDOS AMIGOS
CELSO DE ALENCAR – poeta e declamador paraense, radicado em São Paulo desde 1972. É reconhecido entre os grandes talentos da geração de 70, autor de Arco Vermelho (1983, 1985 e 1992), O Primeiro Inferno e Outros Poemas (1994 e 2001), Sete (2002), A Outra Metade do Coração (CD- antologia poética), Testamentos (2003), entre outros títulos. Participou também de diversas antologias.
HAMILTON FARIA – publicou cinco livros de poesia e participou de dez antologias no Brasil e no exterior. Seu mais recente livro, “Súbitos Encantos para São Pedra e Espanto”, foi publicado pela Escrituras Editora em 2000, a mesma que publicará em abril o próximo, Haikuazes. Em maio receberá na França o Prix Thorlet, prêmio da Académie Française de Arts, Sciences e Lettres.
PEDRO OSMAR – artista múltiplo, além da música que cultiva com o Jaguaribe Carne, escreve para a poesia e o teatro. Atualmente residente em São Paulo, é criador do coletivo Musiclube.
MOREIRA DE ACOPIARA – nascido em 1961, viveu até os 20 anos entre os trabalhos da roça e a leitura de livros de bons autores brasileiros. Escreve desde adolescente e já publicou dezenas de cordéis. Faz palestras sobre o tema.
SÉRGIO VAZ – 41 anos, 4 livros de poesia (independentes), sendo o mais recente 'A Poesia dos Deuses Inferiores". Um dos criadores do sarau da Cooperifa (movimento cultural que transformou um bar na periferia de São Paulo em centro cultural).
08 março, 2006
8 de março!
(Elizandra Souza)
Oito de março lembraram de mim
Mandou flores, tocou até tamborim.
Como presente de consolação
Além dos bombons ganhei cartão
Elogiou tanto o meu caráter
E me fez se sentir rainha
Fingiu esquecer que não cobiçava o meu corpo
Mas sim a minha carinha
Afirmou que sou bela por ser mulher
E disse o quanto sou guerreira de fé
E que sou capaz de vencer todas as barreiras
Sou forte e verdadeira
Na TV tantas homenagens
Que cheguei a acreditar
Até que enfim a igualdade está a reinar.
Nove de março que decepção
Pia cheia e toalha no chão
Pedi para tirar o prato da mesa
E quase levei um bofetão
Disse que o serviço de casa era minha obrigação.
Que mulher só prestava para cozinhar,
Fazer sexo,
Gerar filhos e amamentar.
Dez de março e a coisa piorou
Disse que sou feia, gorda
E não sabe porque casou
E ainda me chamou de burra
Se tivesse estudado
Pelo menos era culta
Os dias passam e fico esperando
Meu único dia de mulher.
Oito de março.
(Dedico esse poema as guerreiras que não abaixam a cabeça diante dessa desvalorização do ser feminino.
E enquanto minhas irmãs sofrerem violências diversas, eu não tenho o que comemorar no dia 08 de março, esse dia pra mim é dia de luta e de luto, pois muito sangue foi derramado pra esse oito de março existir.... Que as meninas boas vão para o céu e as más vão a luta).
ELIZANDRA SOUZA
O AUTOR NA PRAÇA APRESENTA...
Dia Internacional da Mulher
O Autor na Praça & SOF - Sempreviva Organização Feminista, realizam evento pelo Dia Internacional da Mulher. No próximo sábado, teremos uma tarde de autógrafos do carderno Desafios do livre mercado para o feminismo, organizado por Nalu Faria e Richard Poulin. Haverá participação de integrantes da SOF, convidados e do cartunista Luciano Meskyta, realizando caricaturas do público. Lembramos que no dia 8 de março, quarta-feira, haverá a Marcha Mundial das Mulheres, concentração às 14h, no Vão livre do MASP. Saiba mais sobre a Marcha: http://www.sof.org.br/.
O Autor na Praça - Dia 11 de março de 2006 - Sábado - 15h
Espaço Plínio Marcos - Feira de Artes da Praça Benedito Calixto - Pinheiros - SP
Informações: Edson Lima 3085 1502 / 9586 5577 - http://fmail3.uol.com.br/cgi-bin/webmail.exe?
Realização: O Autor na Praça, SOF & AAPBC
Apoio Cultural: Jornal da Praça http://plazajornal.blig.ig.com.br/
Sobre Desafios do livre mercado para o feminismo - Nalu Faria e Richard Poulin (orgs.)
Este caderno apresenta a compreensão e a denúncia de como o capitalismo atual se apropria da opressão das mulheres, no caso olhando para a prostituição como como uma monetarização das relações sociais, e a trajetória e as lacunas do movimento feminista latino-americano no enfrentamento da ordem capitalista e patriarcal. Os artigos de Nalu Faria e Richard Poulin têm em comum o fato de apresentarem de forma precisa seus posicionamentos sobre o feminismo da América Latina e a prostituição.
Luciano Meskyta - O cartunista paraense Luciano Meskyta ilustrou este ano, ao lado de Junior Lopes o famoso camarote do Bar Brahma, do sambódromo de São Paulo. O tema é "Olé, Brasil", no clima da seleção brasileira na Copa do Mundo.Veja algumas imagens: http://juniorlopes.zip.net/ / http://lucianomeskyta.zip.net/
07 março, 2006
+ Livros...
Autores:
Ademiro Alves (Sacolinha)
Allan da Rosa
Conceição Evaristo
Cuti
Décio de Oliveira Vieira
Esmeralda Ribeiro
Fausto Antônio
Helton Fesan
Lepê Correia
Lia Vieira
Márcio Barbosa
Oubí Inaê Kibuko
Rubens Augusto
Sergio Silva
Sidney de Paula Oliveira
Suely Nazareth Henry Ribeiro
Tico de Souza
Preço: R$ 20,00 (vinte reais)
Informações: sacolagraduado@bol.com.br
06 março, 2006
Próximos eventos
11/03 – Semana da Mulher
15h- Palestra “Literatura brasileira de autoria feminina”
Palestrante: Profº José Maria Rodrigues – Doutorado em literatura comparada – USP.
17h- Pavio Feminino – Sarau cultural
A edição do projeto Pavio da Cultura deste mês será comandada pelas mulheres da Associação Cultural Literatura no Brasil.
19h- Lançamento do livro “Feminino” de Valeria de Oliveira.
Em seu quinto livro a autora enfoca o universo feminino, onde a mulher desenvolve diversos papéis.
06 à 13 – 09h – Abertura das inscrições da III Oficina Literária – Curso de Letras
Desde o mês de agosto de 2005 a Coordenadoria de Literatura está promovendo um curso de letras composto por nove oficinas. Esta terceira voltará ao tema “Literatura e técnicas de redação”, dando chance para quem não conseguiu se inscrever na primeira oficina que tratou do mesmo tema.
III Oficina Literária
14 à 30 – Terças e quintas – Dás 19h ás 21h
25 - Sábado
20h- Pavio Erótico*
A primeira edição do Pavio Erótico, ocorreu no dia 26 de novembro de 2005, e foi o maior sucesso. A atividade que ocorre de quatro em quatro meses tem por objetivo tirar o preconceito com relação à literatura erótica e trabalhar a prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis. Pra isso a Coordenadoria de Literatura conta com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde.
* Proibido para menores de 18 anos.
Novos Textos...
Marco Pezão
Desde Maria - mãe de Cristo - Aparecida, Joana D’Arc, Chica da Silva, Anita Garibaldi, Chiquinha Gonzaga, Marina Silva, Carolina de Jesus, Laurita Ortega Maris, Zezé Mota, Maria Auxiliadora Venâncio, Cora Coralina, Márcia’s, Madalenas, Kátia’s ou Elza’s...; os nomes agora não importam. O fato é que a trajetória da humanidade - leia-se homens - têm uma dívida histórica para com este ser feminil.
Na semana comemorativa ao 8 de março, quando o mundo celebra o Dia Internacional da Mulher, ou em qualquer hora diária, elas estão de corpo presente. E, com honestidade, há de se reconhecer que o progresso das relações sociais - não somente conjugais - está fundamentado nesta que é criatura e criadora, progenitora da existência que habita o planeta Terra.
O homem, na verdade, embora fundamental, é mero coadjuvante do processo embrionário. Forte o bastante, fisicamente, se fez poderoso e, como tal, não poupou atos injustos.
Servis e colocadas em degrau inferior - a história é testemunha - quando naquele trágico ano de 1857, um grupo de 159 mulheres operárias de uma indústria têxtil, em Nova York, rebelou-se contra a carga horária a que eram sujeitas trabalhar - 16 horas diárias – e, com coragem, reivindicaram também salários equiparados aos trabalhadores homens. Cruzaram os braços e pararam as máquinas. Proclamaram, pela primeira vez, uma greve em defesa de seus legítimos direitos.
A resposta foi curta e breve. Covardemente trancadas dentro da própria fábrica - foram incendiadas vivas - para que o exemplo de manifestação e ousadia não se propagasse.
Mas, às chamas submetidas fortaleceu a luz. A evolução é uma engrenagem lenta. A atitude quando correta, mesmo ceifada, germina em nova estação.
Elas, que, são continuamente motivo de exploração sexual, deram passos fecundos em grandeza.
No Brasil, as mulheres conquistaram o direito ao voto podendo concorrer a cargos eletivos somente em 1932. Mas, até o final da década de 1960, tolhidas pelos preconceitos, não podiam entrar no bar e tomar um cafezinho no balcão; sem serem tachadas por vulgar impropério. Isto em São Paulo, uma cidade cosmopolita.
Passam os anos, e as conquistas no plano feminino crescem. Nunca são gratuitas, acontecidas ao acaso. A brutalidade usa diversas máscaras. Porém, o importante, é tê-las rolando face abaixo neste século XXI.
Desmascarada a violência pela força persuasiva e inteligente destas parceiras; podemos respirar um pouco mais aliviados. Apesar de o caminho adiante exigir sucessivo e renovado empreendimento, seguem empenhadas em fazer acontecer o que a respeitabilidade exige.
Estende-se esta projeção às colegas de tantas diferentes profissões. Elas, ainda, acumulam serem donas de casa, mães, filhas, avós e esposas. Sejam merendeiras, serventes, domésticas, operárias, estudantes, motoristas, jornalistas, poetisas, atrizes, cientistas, políticas, atletas, professoras, diretoras e secretárias, que, com ação e palavras, alimentam a vida.
O carinho textual com que tratam a família. Na labuta cotidiana rezam e lutam pela sorte dos entes queridos. Enfrentando e vencendo desafios que, na maioria das vezes, vão desde o raiar do dia até o calar da noite. Não há ônibus lotado que às impeçam de trabalhar. Não existem enchentes impossíveis de atravessar. Sem esmorecimento traduzem e transformam. Tornando possível a felicidade no repleto e complexo amor. Não importa a cor. Nem a dor. Não implica o momento e nem o tamanho do tormento - acima de tudo e sobre tudo - são mulheres!
"Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando. Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo, quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade. Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim... Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível... E que esse momento será inesquecível... Só quero que meu sentimento seja valorizado. Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre... E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor. Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém... e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto. Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras, alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho... Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como "sim". Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento. Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas, que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim... e que valeu a pena!!"
(Mário Quintana)
Enviado por Fernanda Hanna
Música, literatura & poesia, a vida com essências...
http://fragmento.zip.net
03 março, 2006
Entrevista...
O autor nasceu em 1967, no alto sertão de Pernambuco. Vive em São Paulo, vindo do Recife, desde 1991. É um dos principais nomes (e agitadores) da nova geração de escritores brasileiros, designada “Geração 90”. Escreveu, entre outros, “Angu de Sangue” (Contos, 2000), “eraOdito” (Aforismos, 1998 / 2002) e “BaléRalé” (Contos, 2003), todos publicados pela Ateliê Editorial, São Paulo. É também editor, tendo idealizado e lançado, em 2002, a “Coleção 5 Minutinhos” (eraOdito editOra), com livros inéditos, distribuídos gratuitamente, de nomes como Moacyr Scliar, Glauco Mattoso, Valêncio Xavier e Manoel de Barros. Em 2003, lançou a segunda versão da Coleção, desta vez destinada às crianças e reunindo escritores como Luis Fernando Verissimo, Ignácio de Loyola Brandão, Haroldo de Campos, Tatiana Belinky, entre outros. Para o ano de 2005, prepara o lançamento da “Coleção 5 Minutinhos”, agora na versão erótica, para ser distribuída em espaços noturnos de São Paulo. É um dos editores da revista de prosa “PS:SP”, lançada, em número único, no ano de 2003. Freire é um dos destaques das antologias “Geração 90 – Manuscritos de Computador” (2001) e “Os Transgressores” (2003), organizadas por Nelson de Oliveira para a Boitempo Editorial e que reúnem “Os melhores contistas brasileiros surgidos na última década do século XX”. Participou, também, de algumas importantes antologias no Brasil e no Exterior, como a “Ficções Fraternas” (editora Record, 2003), “Contos para Ler na Cama” (Record, 2005) e a “Putas”, lançada em Portugal (Quasi Edições, 2002). Alguns de seus contos foram adaptados com sucesso para teatro no Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, e interpretados, em especiais na TV, por atores como Beatriz Segall e Walmor Chagas. Alguns, idem, foram publicados em revistas e jornais do México, França, Estados Unidos e Itália. Em 2004, idealizou e organizou a antologia “Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século” (Ateliê Editorial e eraOdito editOra), reunindo 100 autores, como Dalton Trevisan, Millôr Fernandes, Marçal Aquino, Raimundo Carrero, João Gilberto Noll, em microcontos inéditos de até 50 letras. Representou o Brasil no III Encontro de Novos Narradores da América Latina e da Espanha, realizado no final de 2003 em Bogotá, Colômbia. Foi um dos destaques da Jornada Literária de Passo Fundo, RS, edição de 2003. E foi um dos escritores convidados para a segunda edição da Festa Literária Internacional de Paraty, a FLIP, que aconteceu em julho de 2004, sendo apontado, pela imprensa em geral, como uma das “revelações” da Festa. Em julho deste ano, lançou o livro “Contos Negreiros”, o primeiro pela Editora Record. Mais informações sobre o autor e obra, você encontra no www.eraodito.blogspot.com.
L.B: Quem é Marcelino Freire?
Puxa! Que pergunta difícil! Posso responder amanhã? Ou quando morrer? Eta danado! Vamos ver. Creio que eu seja um teimoso. Sou um cara guiado pela teimosia. Inquieto, essas coisas. Tenho isso no sangue por ser sertanejo, filho de sertanejos. Tudo o que eu faço é porque sou teimoso. Não me conformo. Quero questionar. Quero interferir geograficamente nas coisas, enfim. O que mais? Gosto de escrever. Gosto imensamente de escrever. É com essa paixão que vou construindo os meus textos. Movido por essa danação, não sei. Espero que os leitores se contaminem. Teimarei para que isso aconteça. Insistirei...
L.B: Você costuma dizer que escreve para se vingar. Fale-nos sobre isso.
É tanta coisa no meu juízo. Escrevo para exorcizar essas coisas. Soltar os cachorros do peito. Quando eu leio uma notícia, ouço uma frase qualquer, vejo o mundo doente em que vivemos, a minha vontade é de vingança. Escrevo para me enfurecer. Para soltar um grito, sei lá. A vida é uma coisa muito maluca. Eu só não me mato porque tenho medo da morte. Brincadeirinha... Eu escrevo porque não tenho coisa melhor para fazer. Sei lá. Porque é a única coisa que eu não preciso de dinheiro para fazer. Só somos eu e eu. E o mundo.
L.B: O que levou você a escrever o livro “Contos Negreiros”?
Eu queria muito fazer um livro "abolicionista" em pleno começo do novo milênio. E aí eu notei que havia muitos personagens negros em meus contos. Quis reuní-los em um volume. Queria fazer um livro à la Castro Alves, à la Cruz & Sousa. Então fui organizando a coisa. Queria provocar, de alguma forma. Escrevo para provocar idem. Tirar as coisas do lugar. No meu livro [lançado em 2005 pela editora Record) há contos sobre trabalho escravo, tráfico de órgãos, turismo sexual... Livro, assim, sem ser panfletário - e com humor, que é o que alivia a barra. É uma fotografia de nosso tempo, não sei. Sempre dizem que escrevo sobre violência. Costumo dizer que escrevo "sob" violência, entende? Enfim. Ah! No livro, chamo os contos de "cantos". É um livro musical idem. Escrevo sons. Do rap ao repente. Minha literatura segue assim.
L.B: O que você pensa sobre a relação AUTOR NOVO – EDITORA?
Acho que a gente tem vivido um momento muito vigoroso literariamente falando. Muita gente publicando, etc. e tal. No meu tempo (olha como estou ficando velho...) não havia internet, essas coisas. O autor novo hoje não precisa ficar esperando demais por um editor. Pode fazer (e deve) circular os seus textos pela internet. Mas olhe: o importante, sempre, é o cara não ficar sentado na reclamação. Bravejando, gingando o mundo, achando que é um gênio incompreendido. Vá à luta. Publique seu próprio livro, participe de antologias, conheça outros escritores. Movimente-se. Uma editora não pode ser a única culpada. Vá batendo nas portas, chutando espaços, uma hora a sua hora aparece. Insista. Outra coisa: mostre seus textos para quem entende. Quem possa criticar de forma isenta para você ir avançando. Construindo melhor os seus parágrafos. E vamos que vamos.
L.B: Você encontrou dificuldades para lançar o seu primeiro livro?
Como falei, quando comecei a escrever meus primeiros textos não havia essa coisa de internet. A gente tinha mesmo que publicar, correr atrás. Hoje, com um computador, você mesmo pode publicar seu livro, fazer uma tiragem mínima. Meu primeiro livro fui eu mesmo quem publicou: chama-se "AcRústico". Um livro de contos ruim pra caralho, mas que foi importante para eu desovar aqueles textos que estavam na gaveta. Precisava exorcizar aquilo. Então procurei uma gráfica barata e paguei em suaves e humilhantes prestações. Nunca tive muita paciência para ficar esperando editor. Um editor lá no Recife me disse um "não" uma vez. Ele teve todo o direito de dizer "não", mas eu não tinha e não tenho esse direito. Precisava acreditar. Daí nunca mais procurei editores. Publiquei por conta própria também o meu livro "eraOdito", de 98. Aí foi quando apareceu o crítico João Alexandre Barbosa, que conheceu os meus contos e perguntou se eu tinha editora e me indicou para a Ateliê Editorial. Em 2000, publiquei o livro de contos "Angu de Sangue" por lá. João Alexandre além de indicar a editora, escreveu o prefácio, publicou o prefácio na revista Cult e por aí foi indo. Pela Ateliê, publiquei ainda o "BaléRalé" (2003) e organizei a antologia "Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século" (2004), além de editar a revista "PS:SP", em número único. Hoje, estou contratado pela editora Record... Lancei o "Contos Negreiros" o ano passado e tenho mais um livro, esse para o final do ano que vem, começo de 2007. Ufa! E tudo só foi possível porque dei a minha cara para bater com a publicação do "AcRústico", entende? É preciso começar de alguma forma.
L.B: Quais são as suas referências literárias?
Várias. Costumo dizer que escritor tem influência de tudo. Da vida ao seu redor, entende? Tudo e todos viram matéria para a sua prosa, sua poesia. É preciso estar de ouvidos abertos. É sacanagem, por exemplo, dizer que escritor só tem influência de escritor. O porteiro do meu prédio me influencia tanto quanto o Guimarães Rosa. Minha mãe cantarolando Luiz Gonzaga na cozinha foi fundamental para a minha literatura. E por aí vai. Tenho influência do cinema idem, da TV, do DVD, de tudo que vier e ouvir. Repito: é preciso estar aberto. De alma ligada, entende? Mas olhe: o primeiro poeta que li na vida foi o Manuel de Bandeira. Quando o li, quis ser tuberculoso igual ele. Bandeira muito me influenciou. E Graciliano Ramos também. E tanta gente boa que foi aparecendo...
L.B: Comente sobre o romance que está escrevendo.
Pois é, rapaz. Aproveitei o feriadão de Carnaval para retomar alguns parágrafos e detonei tudo. Não gostei de nada. Vou deixar de molho mais um tempo. O romance tem o nome provisório de "Gonza-H". É a história de um adolescente pervertido. Frio, maluco. Daqueles que, do nada, matam a família, depois vão à lan house, essas coisas. Mas, enfim. Aproveitei o Carnaval para mexer em outros textos antigos. E um que avançou legal é um longo texto, romance quase, que mistura Clarice Lispector a Campos de Carvalho. Aproveito os dois escritores para falar de algumas loucuras minhas, algumas doenças existenciais, sei lá. Está ficando malucamente divertido. Vamos ver...
L.B: Na sua cidade natal você atuava no teatro, hoje na literatura pretende produzir dramaturgia?
Então... Eu comecei escrevendo para teatro. Por isso mesmo meus textos têm essa carga dramática. São verdadeiros monólogos. Ladainhas, essas coisas. O teatro muito me influenciou. Mas não me atrevo mais a escrever diretamente para o teatro não. Tem uma carpintaria ali que eu não domino. Prefiro ver os meus contos, hoje, sendo encenados. Houve um espetáculo, lá no Recife, chamado "Angu de Sangue", que fez muito sucesso, ganhou vários prêmios pelo Nordeste (vai até voltar em temporada, agora em abril). Há pouco, os atores Beatriz Segall e Walmor Chagas interpretaram contos meus em um especial para a TV. Fico eu todo orgulhoso. Essa minha volta aos palcos, indiretamente, me anima. Resgata essa paixão que sempre tive pelo teatro. Maravilha!
L.B: Para encerrar, comente sobre o projeto “Coleção 5 Minutinhos”.
Essa Coleção surgiu em 2002. Reuní, à época, dez escritores em textos inéditos, pequenos, feitos exclusivamente para o projeto. São livrinhos curtos, distribuídos gratuitamente em filas de cinema, de teatro, de ônibus. Em salões de beleza, em consultórios dentários. O pessoal diz que não lê porque não tem tempo, então foi por isso que bolei a "Coleção 5 Minutinhos". Saiu uma edição em 2003, também com dez autores, dedicada às crianças. Essa foi distribuída gratuitamente para algumas bibliotecas do país. Ambas as edições estão esgotadíssimas. Há uma previsão de a versão infantil ganhar uma nova tiragem em outubro deste ano. Estou na batalha. Na gaveta, tenho a versão erótica da Coleção, para ser distribuída em filas de motel, portas de cinema pornô, boites gays, etc. Talvez saia ainda este ano também. Já participaram deste projeto nomes como os de Manoel de Barros, Moacyr Scliar, João Gilberto Noll, Luiz Fernando Verissimo, entre outros. E vamos que vamos. Sabe a microantologia "Os Cem Menores Contos Brasileiros do Século"? Ela faz parte da Coleção 5 Minutinhos. Infelizmente, essa não pôde ser distribuída gratuitamente, mas está dentro dessa filosofia: vapt, vupt. Gosto disso. De tirar um pouco a cara sisuda que a literatura tem. A literatura precisa ir aonde o leitor está. Essa é a minha luta. Xô, naftalina, não é? O meu sonho é ser Roberto Carlos, sabia? Pois é.
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Obs: Essa entrevista será republicada no Fanzine "Literaturanossa", zine que será lançado pela Associação Cultural Literatura no Brasil. Aguardem!
POESIA!
onde moram as rainhas do carnaval.
Rainhas por três dias alegres.
Escravas o resto do ano”.
Solano Trindade
+ eventos
SARAU DO DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES
DIA 08 DE MARÇO QUARTA-FEIRA 20HS
A Cooperifa, movimento cultural que celebra as mulheres todos os dias do ano, apresenta no dia 08 de março um sarau dedicado, produzido, apresentado e tudo o mais pelas mulheres.
Programação:
20hs30 será apresentado curtas e documentários produzidos por jovens da periferia.
21hs, bom, aí nós os homens não sabemos o que vai acontecer.
23hs encerramento com os homens ajoelhando no solo sagrado da Cooperifa, para pedir perdão por tudo que nós já fizemos de ruim para elas ao longo da existência. Acha pouco? Então, se for macho apareça.
Distribuição de livros, revista e rosas (gratuitamente)
Sarau da Cooperifa
Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797 Chácara Santana
Ref: igreja de Piraporinha zona sul/São Paulo
Inf. Sérgio Vaz 9333.6508
02 março, 2006
Próximo evento
"A musa do Cinema Novo" Helena Ignez
autografando o livro "Tudo é Brasil" - Projeto Rogério Sganzerla
Na semana do Dia Internacional da Mulher (8 de março) e, em meio a duas homenagens internacionais, O Autor na Praça recebe a atriz Helena Ignez, autografando o livro Tudo é Brasil - Projeto Rogério Sganzerla - Fragmentos da Obra Literária, organizado por ela em parceria com Mario Drumond. Helena integrou inúmeros movimentos de vanguarda, atuou em vários filmes do cinema novo, produziu e dirigiu tantos outros. Com 40 anos de produção e inclusão nos vários campos das artes cênicas, plásticas e cinematográfica. Helena se divide hoje entre sua produçao e a guarda e o tratamento da obra deixada pelo cineasta Rogerio Sganzerla, falecido em 2004, seu marido e companheiro por 35 anos. A Tarde de Autógrafos no projeto O Autor na Praça é parte de um contexto de reconhecimento internacionail para a atriz, que será homenageada com a exibição de 25 filmes em que ela atua e/ou dirige no 20o. Festival Internacional de Films de Fribourg, entre 12 a 19 de março, e para o cineasta brasileiro com uma cine-instalação de sua obra, a Eletric Sganzerland, organizada por Helena a convite da organizaçao do Fri-Art Art - Centré D'Art Contemporain, onde acontece a instalaçao, ambos na Suiça. Na tarde de autógrafos acontecerá o Lançamento do Jornal da Praça no. 42 e a participação dos cartunistas Junior Lopes e Luciano Meskyta realizando caricaturas do público. Informações abaixo, ou:
Sobre Helena Ignez: www.feminafest.com.br/2005/homenagem.html
Sobre Rogério Sganzerla: www.osignodocaos.com.br/diretor_filmo.htm
O Autor na Praça - Dia 04 de março de 2006 – Sábado - a partir das 14h
Espaço Plínio Marcos – Feira de Artes da Praça Benedito Calixto – Pinheiros - SP
Informações: Edson Lima 3085 1502 / 9586 5577 – oautornapraca@oautornapraca.com.br
Realização: Co-produção por Vani Fátima e O Autor na Praça
Apoio Cultural:
Dep. Estadual Adriano Diogo (PT-SP), Mercúrio Produções (mercurioproducoes@uol.com.br), Jornal da Praça http://plazajornal.blig.ig.com.br e Circuito Alternativo de Cinema
EM BREVE no projeto O AUTOR NA PRAÇA - Dia 11 de março, 14h
Dia internacional da mulher- SOF Sempre Viva Organização Feminista e Etty Fraser
Sobre o livro Tudo é Brasil – Projeto Rogério Sganzerla – Fragmentos da Obra Literária - A arte total de Rogério Sganzerla, cineasta, escritor e roteirista, situa-se no apogeu do cinema brasileiro, sendo seu pensamento fulgurante e crítico e auge desse processo histórico. Metafísico e político, detentor de um original senso de humor, que só poderia ser brasileiro, erudito e enraizado na cultura popular literária e cinematográfica (como seus semelhantes Oswald de Andrade e Nelson Rodrigues e na bem sucedida "chanchada") Rogério Sganzerla é autor de percepções proféticas e metafísicas (é para se conhecer O Abismu, filme reconhecido internacionalmente na Itália, Festival de Turim e Roma 2004, como grande "Capo Lavore") e escrita humanista (clara no seu último roteiro "Luz nas Trevas" e também no seu filme O Bandido da Luz Vermelha, destacado pela UNESCO como Patrimônio Cultural da Humanidade). O artista catarinense homenageado em seu próprio estado com a Medalha do Mérito Cultural Cruz e Souza no governo de Luiz Henrique da Silveira, começa a ser reconhecido amplamente, recebendo também o diploma da Ordem do Mérito Cultural entregue pelo Presidente Lula em dezembro de 2003. Como Nietzsche, intuiu que o homem aspira a imortalidade, mas que isso nada importa já que a realidade é o eterno retorno. “A vida não merece nossos sonhos" escreve Sganzerla que jamais deixou de se exprimir autobiograficamente. "Na caçapa de Joaçaba aprendi que firmeza e respeito são uma coisa só”. Parabéns a Santa Catarina pelos seus filhos, pelo seu filho Rogério Sganzerla. Parabéns ao governo de Santa Catarina e ao seu líder, o governador Luiz Henrique, pela sua sensibilidade de homem público e seu empenho em viabilizar a cultura, apoiando na sua gestão uma obra de vitalidade orgânica onde se encontra o fulgor do pensamento do seu autor. (Texto Breve Introdução do livro por Helena Ignez)
Filmes que serão exibidos no 20º FESTIVAL DE FILMS DE FRIBOURG:
"A Miss e o Dinossauro 2005 - Bastidores da Belair" de Helena Ignez, 2005
"Helena Zero", de Joel Pizinni, 2006
"O Signo do Caos" de Rogério Sganzerla, 2003"Reinvenção da Rua" de Helena Ignez, 2003
"Elogio da Luz", de Joel Pizzini, 2003
"São Jerônimo" de Julio Bressane, 1999"Perigo Negro" de R.Sganzerla, 1992
"Perdi a Cabeça na Linha do Trem" de Estevão Ciavatta, 1992
"Anônimo e incomum" de R. Sganzerla, 1990"Ondas – Waves", Ninho Moraes, 1986"Nem Tudo é Verdade" de Rogério Sganzerla, 1985"O Abismu" de Rogério Sganzerla, 1977"A Família do Barulho" de Júlio Bressane, 1970"Sem Essa, Aranha" de Rogério Sganzerla, , 1970"Copacabana Mon Amour" de Rogério Sganzerla, 1970"Cuidado, Madame" de Júlio Bressane, 1970"A Mulher de Todos" de Rogério Sganzerla, 1969"O Bandido da Luz Vermelha" de Rogério Sganzerla, 1968"Cara a Cara" de Júlio Bressane, 1968"O Padre e a Moça" de Joaquim Pedro de Andrade"O Grito da Terra" de Olney São Paulo, 1964"Assalto ao Trem Pagador", Roberto Farias, 1962"A Grande Feira", Roberto Pires, 1961"O Pátio" de Glauber Rocha, 1959.
Junior Lopes e Luciano Meskyta - Os cartunistas paraenses foram chamados para ilustrar o famoso camarote do Bar Brahma, do sambódromo de São Paulo, que reúne celebridades nacionais. O tema é “Olé, Brasil”, no clima da seleção brasileira na Copa do Mundo.
Vejam algumas imagens: http://juniorlopes.zip.net / http://lucianomeskyta.zip.net
Sessão de autógrafos
Escritor Sacolinha lança livro na Bienal de SP na próxima quarta-feira “A Alanda ainda está de pijama” novo livro infantil do escritor s...
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Saudações a todos e todas. Este é o Fanzine Literatura Nossa nº 21. Mais um meio de divulgação dos trabalhos literários da Associação Cultu...
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Currículo/Biografia 1983 Nasce no Hospital e Maternidade Pq. Dom Pedro II, em São Paulo, Ademiro Alves de Sousa, filho de Maria Natalina Alv...