31 janeiro, 2006
Chegando ao final
O livro A poesia dos deuses inferiores, de Sérgio Vaz, está chegando no seu milésimo exemplar. Lançado no final de 2004 o livro, editado de forma independente, está chegando ao final da primeira edição. Neste período não esteve à venda em nenhuma livraria. Foi comercializado de mão em mão, nas palestras, nas escolas nos bares, nas praças, diretamente ao leitor. As dificuldades para ser encontrado trouxe um certo desconforto para aqueles que não conseguiram, mas, em compensação, um certo charme para quem o adquiriu. Longe das livrarias, longe da mídia, longe das revistas literárias e longe de ser um ótimo livro de poesia, o poeta Sérgio Vaz, cumpre a sua sina, no mais velho e bom estilo Plínio Marcos. Assim como Romário, o poeta persegue o seu milésimo, o milésimo exemplar. A luta para a segunda edição já começou.
Últimos 50 exemplares!!!
A Poesia dos deuses inferiores (a biografia poética da periferia)
Sérgio Vaz
R$ 15,00
www.colecionadordepedras.blogspot.com
Oficina!!!
Ela é ministrada pelo crítico literário João Capozzoli e ocorrre duas vezes por semana dás 19h ás 21h.
Informações: 4747-4180 - Coordenadoria de Literatura.
APOIO: Asssociação Cultural Literatura no Brasil.
30 janeiro, 2006
Mais poesias!
(Dinha)
Ou: A educação pelo corpo
Naquele tempo o rei era morto
E estar viva era cachorro
Pra correr atrás do rabo.
Eis que um dia estive nua
de repente! em teus (a)braços
dando sentido ao inútil
tic-tac do relógio...
E foi a juventude - abertas as pernas –
mil instantes de caju e cólera,
de lições aprendidas com corpo,
e Amor e Poesia e Sexo.
Maria Nilda, Dinha!!!
Últimas Notícias!
Livrarias que estão vendendo o livro Graduado em Marginalidade:
Livraria Nobel: Suzano Shopping – Centro – Suzano – S.P.Livraria Musicultural: Rua Gal. Francisco Glicério, 1001 – Centro – Suzano – S.PLivraria Book Brasil: Av. Nove de julho - Centro – Poá – S.PLivraria Alpharrábio: Rua Eduardo Monteiro, 151 – Centro – Santo André – S.P
Sebo do Bactéria: Espaço dos Satyros II – Praça Roosevelt - Metrô República – S.P
Sebo do Silvio Diogo: Prédio da FFLCH (Ciências Humanas) – USP – S.P.
Livraria “O Autor na Praça”: Praça Benedito Calixto – Pinheiros – S.P.
Mais informações: (11) 4749-5744 / 8325-2368
Pavio da Cultura (Sarau Cultural)
A próxima edição do Sarau Pavio da “Cultura” será no dia 11 de fevereiro de 2006 às 20h00.
Local: Centro Cultural Moriconi
Rua Benjamin Constant, 682 – Centro – Suzano – S.P.
Outras informações: (11) 4747-4180
Adquira o livro “VÃO” do escritor Allan da Rosa
Saiba como: (11) 9315-7711
Logo os escritores Allan da Rosa e Sacolinha lançaram um texto produzido á duas mãos.
Adquira o Cadernos Negros vol. 28 – Contos afro-brasileiros.
Saiba como: (11) 6232-4211 / 4749-5744 / 8325-2368
www.quilombhoje.com.br / www.literaturanobrasil.blogspot.com
SARAU DA COOPERIFA
Presença do rapper Thaíde recebendo o prêmio Cooperifa
Dia 01 de fevereiro (quarta-feira) a partir das 20Hs30
Local: Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797
Chácara Santana São Paulo-SP
Zona Sul Inf. 011.5891.7403
Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia
CONVITE
O Secretário de Educação, Cesar Callegari, convida a todos para participar do 2º CAFÉ LITERÁRIO de Taboão da Serra.
APRESENTAÇÃO DO POETA SÉRGIO VAZ
Dia: 03 de fevereiro de 2006 A partir das 19hs
ENTRADA FRANCA
Local: Auditório da Secretaria de educação
Rua Elizabeta Lips, 166 Jardim Bom Tempo Taboão da Serra-SP
Fone: 4788.5822
WWW.COLECIONADORDEPEDRAS.BLOGSPOT.COM
28 janeiro, 2006
Graduado!
(Eita laiá, além de escritor, vendedor e modelo da capa, ainda tenho que ser marketeiro).
Graduado em Marginalidade
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 20,00 + Carta registrada: R$ 4,90 = 24,90
Deposite este valor no banco Bradesco:
Agência: 101-5
Conta Poupança: 1009809-2
Ademiro Alves de Sousa
Depois é só ligar: (11) 4749-5744 / 8325-2368
E avisar o dia e o horário do depósito.
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 20,00
Participações:
· Juan Perone (escritor cubano)
· Fernando Bonassi
· Ferréz
· Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
· Alessandro Buzo
· Sérgio Vaz
¹ Esta promoção é válida para quem comprar o livro diretamente com o autor, seja pelo correio ou pessoalmente.
Livrarias que estão vendendo o livro Graduado em Marginalidade:
Nas livrarias o valor é de R$ 25,00
Livraria Nobel: Suzano Shopping – Centro – Suzano – S.P.Livraria Musicultural: Rua Gal. Francisco Glicério, 1001 – Centro – Suzano – S.PLivraria Book Brasil: Av. Nove de julho - Centro – Poá – S.PLivraria Alpharrábio: Rua Eduardo Monteiro, 151 – Centro – Santo André – S.P
Sebo do Bactéria: Espaço dos Satyros II – Praça Roosevelt - Metrô República – S.P
Sebo do Silvio Diogo: Prédio da FFLCH (Ciências Humanas) – USP – S.P.
Livraria “O Autor na Praça”: Praça Benedito Calixto – Pinheiros – S.P.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 8325-2368
Fax: 4747-4180
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.brSite/Blog: www.literaturanobrasil.blogspot.com
Currículo/Biografia
Ademiro Alves de Sousa
(São Paulo – S.P - 1983).
Sacolinha, nome artístico de Ademiro Alves de Sousa.
TRAJETÓRIA
2002:
Março: Começa a pegar gosto pela leitura.
Junho: Começa a escrever.
Dezembro: Cria o Projeto Cultural Literatura no Brasil.
2003:
Setembro: Recebe Menção Honrosa no 2° Concurso “ARTEZ”, com o conto urbano “Um dia comum”.
2004:
Maio: Participa da revista Caros amigos "Literatura Marginal" ato III.
Outubro: Participa da coletânea “ARTEZ” vol. V - Meireles editorial.
Dezembro: Assume a presidência do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento Sócio cultural Negro Sim.
Escreve o conto “Pacífico Homem Bomba” que foi adaptado para o teatro.
Participa da Antologia “No limite da palavra”; editora Scortecci.
Participa da antologia poética: “O Rastilho da Pólvora” do Projeto Cooperifa, (Cooperativa Cultural da Periferia).
2005:
Janeiro: É convidado para assumir a Coordenadoria de Literatura na Secretaria Municipal de Cultura de Suzano – S.P.
Março: Assume oficialmente a Coordenadoria Literária em seu município.
Agosto: Lança o seu primeiro livro. O romance contemporâneo “Graduado em Marginalidade” em Suzano, São Paulo.
Lança o “Graduado em Marginalidade” em Cambuí, Minas Gerais.
Setembro: Escreve o Posfácio do livro “O trem – Contestando a Versão Oficial”, do escritor Alessandro Buzo.
Outubro: Começa a vender livros nas noites de São Paulo.
Novembro: Produz o Vídeo-documentário do Projeto Cultural Literatura no Brasil.
Dezembro: Lança em parceria com a Prefeitura de Suzano, a Revista “Trajetória Literária”.
Participa do livro Cadernos Negros vol. 28 – Contos Afro-Brasileiros.
Recebe o “1º Prêmio Cooperifa” juntamente com outros escritores.
Sacolinha é ativista cultural. Dá palestras sobre literatura e questão racial, e desenvolve freqüentemente eventos literários.
Contatos: (11) 4749-5744 / (11) 8325-2368
Fax: (11) 4747-4180
E-mail: sacolagraduado@bol.com.br/sacolagraduado@gmail.com
Blog/Site: www.literaturanobrasil.blogspot.com
27 janeiro, 2006
Utilidade Literária!
Precisamos urgentemente de livros para a Biblioteca que estamos montando na FEBEM Unidade Encosta Norte, no bairro Itaim Paulista. Retiramos em qualquer lugar da capital e grande SP, entre em contato se tiver como colaborar.
Alessandro Buzo
alessandrobuzo@terra.com.br
(11) 8218-7512
Na Bahia de...
POETA SÉRGIO VAZ PARTICIPA DE DEBATE EM SALVADOR-BA
Mesa-Redonda
Quando: 09/02 (quinta-feira)
Local: Teatro Gregório de Matos
Tema: Literatura Negra e Literatura Marginal
(9h)Abertura: recital com integrantes da mesa
Participantes: Douglas Almeida, Hamilton Borges Walê, José Carlos Limeira
Sérgio Vaz (Cooperifa – SP)
+ Poesias +
Marco Pezão (out/05)
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio...
Conjugue esse verbo
Errada consonância
Na maneira de dizer...
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio...
O nóis pra nós
É singular
O nóis pra nós
O plural é pessoal
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio...
Felicidade
Individuo
Coletividade
Não acredite
Que a esperança
Apareça sem cultivar
Não odeie
Ame sua própria idade...
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio...
Toque de lado
Receba na frente
Invada a área
E faça o gol...
É bola
Tá na malha da gaiola...
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio...
Não se subestime
Mostre força
Encare o real
Deixe de lado o mal
Sem ser bom de todo
Senão o mundo te faz tolo
E ninguém é biscoito
Pra se deixar comer...
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio...
Busque outra margem
Ser esperto não é vadiagem
Não importa cor, nem dor
Vermelho, Branco, Moreno, Amarelo, Mulato, Mameluco
Seja maluco numa boa
Assuma o leme
Atravesse a ponte...
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio...
Boi, boi, boi, boi da Ponte Preta
Ensine essa criança
A não ter medo de careta...
Nóis é Ponte e atravessa qualquer rio...
Escritor que processa TV Globo por plágio lançara 4ª edição de “Chuva de Novembro”
No dia 2 de fevereiro, às 20h, o escritor Carlos de Andrade estará autografando a 4ª edição do livro “Chuva de Novembro”, em Suzano. O evento será realizado no Centro de Educação e Cultura “Francisco Carlos Moriconi” (Rua Benjamin Constant, 682 – Centro).
A obra está no centro de uma polêmica judicial. Isso porque no dia 20 de setembro passado, Andrade entrou com um processo na 33ª Vara Cível de São Paulo, acusando a TV Globo de suposto plágio do livro na trama central da novela das seis, "Alma Gêmea". Na ação, Carlos de Andrade afirma que a trama de reencarnação de "Alma Gêmea" é um plágio de seu livro e pede 10% da receita da novela."Chuva de Novembro" conta a história do músico Caio (equivalente a Rafael/Eduardo Moscovis em "Alma Gêmea"), que se apaixona por Caressa (Luna/Liliana Castro) e dá a ela uma "rosa única", amarela (branca na novela), despertando a raiva de sua prima Regina (Cristina/Flávia Alessandra).
Regina se alia a Gaviola, um marginal (Guto/Alexandre Barilari) para provocar ciúmes em Caio. Mas o plano dá errado e Caressa morre. Assim como na novela, o mocinho adota uma vida reclusa, conversando com um retrato da amada, e a alma da mocinha reencarna imediatamente.
Mais informações pelo telefone (11) 7212-4438 ou através do site www.chuvadenovembro.com.br
26 janeiro, 2006
Aniversário de Sampa!
Sergio Vaz
Mil graus na terra da garoa São Paulo é uma cidade no cio. Por isso, transa com todo mundo e em todos os lugares. É bonita porque é feia, e como toda feia que se preza, beija mais gostoso. Que os Vínicius me perdoem, mas feiúra é fundamental. Do alto do prédio ou na superfície da alvenaria, a cidade dói nos olhos dos inocentes que transitam nas calçadas. De onde eu a vejo, minhas retinas são seletas e de como eu a vejo, as esquinas são espertas. A cidade de São Paulo, que está no mapa, não é todo daquele tamanho, muita gente já tirou um pedaço que falta na mesa do jantar. Ou levou pro fundo do mar ou depositou em conta corrente, que nada contra a corrente, de quem ama esse lugar. Essa maçã mordida que a massa não come, constrói o luxo que alimenta o lixo escondido debaixo do tapete. Essa cidade não é minha e não devia ser de ninguém, mas ela existe, e todo ano faz aniversário. Longe do estupro a céu aberto eu costuro meu poema sobre a torre de babel, que samba o rock triste, deste carnaval de concreto e de garrafas fincadas no chão. O cartão postal do meu coração não despreza o centro, nem esconde a periferia. São Paulo pra mim é pagode com feijoada nos botecos enfincados nas ladeiras. É samba da vela e samba da hora na segunda feira. É o sarau da Cooperifa no quilombo da piraporinha, onde a poesia nasce das ruas sem asfalto. É comprar livros nos sebos e ensebar nos bancos da praça. É ler caros amigos e Becos e vielas dentro do ônibus ou na fila de espera. É ser Um da sul, da norte, da leste ou oeste. É participar do favela toma conta, no Itaim paulista. Ou dançar samba de côco no panelafro. É jogar futsal nas quadras das escolas públicas, quase abandonadas pelo alfabeto. É conspirar tomando cerveja gelada no bar do Zé Batidão. É Carolina de Jesus de Jéferson De, saindo da tela. É as mina de vestidinho e chinelo de dedo no churrasco em cima da laje. É a rapaziada nos campos da várzea de canela em punho. Ser preto ou branco, mas principalmente verde. É o ensaio da vai-vai e das outras escolas. Ouvir Belchior na voz do ceará. Comer peixe na barraca do Saldanha. É Levar os espinhos na Casa das rosas. É não ouvir cd pirata nem original, quando o mesmo for caro. Ser enquadrado somente pelas lentes do Marcelo Min, QSL? É ser ¿nóis vai¿, mesmo quando a gente não for. É Falar errado, mas agir correto. É encontrar sempre as mesmas pessoas no muro das lamentações. É Empinar pipa nos dias sem vento. É ser mil graus na terra da garoa. É ser os quatros elementos se juntando a outros elementos. Enfim, São Paulo, é isso, mas também tem outros lugares.
Sérgio Vaz
poetavaz@ig.com.br
www.colecionadordepedras.blogspot.com
24 janeiro, 2006
Conto...
Íntimas e bêbadas
(Marcopezão)
Paula e Andressa cursaram o colegial e amizade intensa brotou em comunhão. Embora tenham escolhido faculdades diferentes, ambas prestaram cursinho e optaram pela mesma universidade. Desde essa época tornaram-se cúmplices quanto aos direitos feminis, e politicamente exerciam pensamentos esquerdistas sempre almejando a revolução, ainda que fictícia, a tomada do poder em prol dos menos favorecidos.
Terminado os estudos, Paula formou-se em Sociologia e Andressa diplomou-se em Direito Criminal. Devido às dificuldades de emprego imediato resolveram lecionar e conseguiram algumas aulas em uma escola, na zona leste da capital paulista.
Um dia, num barzinho de classe média, em Pinheiros, conheceram dois amigos também professores, e o relacionamento entre os casais acalentou enorme paixão. Depois de certo tempo, noite de sábado, quando reunidos na mesma curtição, como normalmente faziam, o duplo pedido de casamento fez crescer ainda mais o sentimento mútuo.
O consentimento veio selado por beijos apaixonados, porém, uma ressalva ficou esclarecida. Elas exigiam que, ao menos uma vez por mês, teriam liberdade de encontrarem-se sozinhas; resguardando, assim, o direito de mulheres livres e independentes.
O dúplice matrimônio não demorou acontecer, sem pompas maiores. Após a viagem de lua de mel, o prosseguimento das atividades e o bom relacionamento constante davam mostras de planejamento familiar. Os filhos viriam quando a situação econômica estivesse mais sólida.
Passado um ano de feliz convivência e respeito, Paula e Andressa mantiveram o combinado. Com regularidade percorriam a cidade paulistana indo a bairros longínquos, sempre com atenção voltada ao desenvolvimento. Em certas ocasiões, porém, o empobrecimento que tomou conta da periferia às deprimia e em algum bar desabafam toda sorte de críticas à sociedade dominante e a política de globalização. Mas, na maioria das vezes, bebiam pela alegria de viver, e pela felicidade encontrada cada qual em seu marido, que, até então, respeitavam o direito adquirido; não sem sentir uma ponta de ciúmes, pois, claro, trata-se de duas belas e fogosas mulheres. Mas, definitivamente, não havia sombra de leviandades nas atitudes. Elas empunhavam a bandeira feminista, sem deixar de serem femininas, e, com certeza, adoravam tomar um pileque.
Um dia, a trajetória às levou para as bandas da Vila Formosa. Se por prazer ou depressão, não se sabe, o fato é que as duas exageraram nas cervejas e caipirinhas. As horas passaram e ao darem conta os ponteiros do relógio marcavam meia-noite.
Andressa, se dizendo mais sóbria, assumiu o volante do carro. Dez minutos depois, a irresistível vontade de urinar às incomodou no ponto de desespero. Decidiram estacionar e quando desceram, perceberam que estavam à frente do maior cemitério de São Paulo. Íntimas e bêbadas caminharam até um portão e, que, ocasionalmente, estava entreaberto. Na escuridão plena entraram, e ao lado de um túmulo desaguaram. Andressa, ao terminar, usou a própria calcinha para se enxugar e limpar os respingos que atingiram as coxas.
Paula, de cócoras, demorou mais no ato. Viu que a amiga jogara fora a calcinha usada e sorriu zonza olhando sua lingerie, lembrando que o esposo adorava essa peça. Então, sobre o mausoléu, pegou uma fita da coroa de flores e secou-se. Desajeitadamente foram embora.
No desenrole aconteceu o seguinte: por volta das 9 horas da manhã os maridos falaram-se ao telefone:
-“Alô, Agenor! Porra, acabei! Porra, acabou meu casamento! Andressa chegou em casa de madrugada, embriagada e sem calcinha!”
-“E eu Carlão, e eu Carlão? A Paula me aparece às duas horas da manhã, com uma faixa presa na bunda escrito assim: - Jamais te esqueceremos – João, Paulo, Lucas e toda a turma da faculdade! - Não deu pra segurar, quebrei ela de porrada!”
Marcopezão é um dos maiores escritores da cidade de São Paulo, mas mesmo assim faz parte do time dos escritores ignorados pelas editoras.
Indicação da semana!
Dedo-duro e meninão do caixote
(João Antônio)
É uma obra onde você encontra os contos do excelentíssimo senhor João Antônio. Contos como: “Tony Roy Show”, “Milagre chué”, “Excelentíssimo”, “Uma memória imodesta no coração da pouca vergonha”, “Paulo melado do chapéu mangueira serralha”, “Bruaca”, “Frio”, “Lambões de caçarola”, “Bolo na garganta” e o título que dá nome a esta obra.
São dez contos suburbanos escritos por quem foi personagem desse mundo de horrores.
A crítica está bordada com linha corrente, porém, só quem vive nesse meio para entender. Jamais João Antônio foi perseguido por suas críticas. Precisa dizer o por quê?
Querô – Uma reportagem maldita
(Plínio Marcos)
Uma estória suja, totalmente marginal, onde os personagens não ocupam bancos de teatros e nem poltrona de cinema. Um livro limitado ao mundinho de uma essência mundana.
Uma obra de fácil leitura com linguagem totalmente humilde e sem censura alguma. Uma literatura sem papas na língua.
Informe!
Pauta:
Apresentação do Projeto de um Fanzine mensal
Procedimentos administrativos
Conferência Literária
Grupo de estudo
Planejamento 2006
Serviço: 24/01/2006 – 17h:30
Local: Centro Cultural Francisco Carlos Moriconi
Rua Benjamin Constant, 682 – Suzano – Centro.
Contato: (11) 9743-7129 - William (Presidente)
e-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Acessem...
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23 janeiro, 2006
+ Poesias!!!
Os homens
estão sofrendo
por culpa das palavras.
"Não há vagas", por exemplo,
já fez várias vítimas.
Ataca pelas manhãs
nas portas das fábricas
sem dó nem piedade.
É uma palavra
altamente periculosa.
Sérgio Vaz
*do livro A poesia dos deuses inferiores.
Brasinhas do espaço
Eram criaturas
de um planeta imaginário.
Herméticos neste mundo
todos se chamavam Speed racer,
e falavam uma língua estranha
que os adultos não entendiam.
Vorazes,
alimentavam-se de sonhos,
de liberdade, de vento,
de K-suco e pão com mortadela.
Esses monstrinhos
queriam dominar a terra.
Chegavam aos montes
descendo ladeiras,
pilotando naves exóticas
feitas de tábua de compensado
e rodinhas de rolimã.
Não fosse o tempo
teriam dominado o universo.
Sérgio Vaz
22 janeiro, 2006
Soco no estômago!
O INcrível Mundo Pixado
(Dinha, de São Paulo)
Cravo firme os pés na poeira da lua,
e no chão arenoso a cabeça matuta.
A distância e a gravidade
são o que me salvam do meu corpo
replicado no planetinha azul.
Súbito, sacode o poema.
Apocalipse unindo a poeira que me resta
ao corpo que me deram.
E um soco no estômago do ódio
esvazia a palavra e me devolve
ao incrível mundo pixado
do noticiário.
20 janeiro, 2006
Com a palavra...
Com a palavra...
Eita porra, o blog finalmente conseguiu cutucar alguém. Pensei dez vezes antes de responder esse comentário do internauta Caturra, que não teve sequer o trabalho de se identificar. O cara tem a moral de chamar a gente de pseudo-intelectuais, (diz que fala bonito). Não gosto de perder meu tempo com pessoas desse tipo, mas...
Vamos aos fatos: Ultimamente a periferia está produzindo uma avalanche literária de qualidade, e isso está mexendo com os invejosos que não tem pique e nem auto-estima pra fazer o que estamos fazendo. Isso ataca qualquer pseudo-crítico que não sabe ao menos fazer uma crítica que venha a contribuir com o instrumento que está sendo criticado.
Ele disse que nós precisamos estudar um pouquinho de literatura pra postar coisas "legíveis": Caralho, acho que o cara não tá conseguindo ler os textos desse blog.
Quer dizer então que escritores como Jorge Amado, Mário de Andrade, Maksim Gorki, Flaubert, Chordelos de Lacros, Allan Poe e Bocáccio, não são literatura?
Sim, por que é isso que estamos lendo no momento, e não estudando.
Acho que o leitor ou leitora "Caturra" é que não lê. Deveria ler um pouquinho só pelo menos; te indico alguns, anota aí: Alessandro Buzo, Sérgio Vaz, Alan da Rosa, Ferréz, Márcio Barbosa e todos os escritores do projeto "Cadernos Negros". Não esqueça também de ler as poesias da Maria Nilda, mais conhecida como Dinha, que publicamos aqui regularmente. Cuidado pra não ter uma overdose ao lê-la, pois a "muié" ataca na ferida hein...
Queremos que você entenda que o escritor não precisa de uma faculdade pra escrever. Que o diploma não ajuda em nada o poeta, e que academia nenhuma forma um bom regionalista.
Pedimos á você pseudo-crítico, que continue acessando este blog, precisamos de pessoas assim, pra saber se o que escrevemos está fazendo efeito. Só te peço uma coisa: seja mais construtivo nas suas críticas, tá bom?
E se for possível, se identifique, pois de anônimo já basta a gente.
Saudações Literárias!
Sacolinha, o Boca-Dura, com todo o orgulho quando é preciso!
Muito Prazer.
19 janeiro, 2006
Só Diretoria!
Conheça alguns dos diretores da Associação Cultural Literatura no Brasil, que assumiram este compromisso em dezembro de 2005, quando o projeto completava 3 anos de militância e produção literária.
Paulo Maurício, 60 anos, escritor e jornalista.
Diretor de Comunicação!
Paulo Pereira, 28 anos, Constista e empresário.
1° Tesoureiro
Francis Gomes, 33 anos, Poeta.
2° Tesoureiro!
Edson Luiz, 28 anos, escritor, universitário e militante de movimentos sociais.
2° Secretário!
João Capozzoli, 55 anos, Crítico Literário.
Conselheiro!
Sandra Gonçalves, 35 anos, Profª de Literatura e de música.
Diretora Cultural!
Eduardo Gerônimo, 28 anos, Escritor e ator.
Conselheiro Fiscal!
Rejane Barros, 20 anos, Poetiza.
1ª Secretária!
Magda Soares, 33 anos, Profª de Literatura.
Conselheira Fiscal!
Ademiro Alves, o Sacolinha, Escritor e Presidente do Movimento Negro de Suzano.
Idealizador!
Os membros abaixo estão sem fotos no momento:
Presidente: William de Lima, Escritor, Desenhista.
Vice Presidente: Edilene de Barros, Poetisa e auxiliar de limpeza no Hospital da Clínicas.
Conselheira Fiscal: Maria Varjão, Profª de Português.
Próximo evento
Participa da comemoração do 452º. Aniversário de São Paulo em Pinheiros!
Com exposição A mordacidade e o humor de Paulo Caruso, autógrafo dos livros São Paulo por Paulo Caruso e São Paulo Terra de toda gente pelo cartunista Maurício Pestana, além da participação do artista do grafitti Eduardo Kobra
O 452º. aniversário da cidade de de São Paulo será comemorado 25 de janeiro, quarta-feira, O Autor na Praça participa do evento no bairro de Pinheiros, com a seguinte programação:
Das 10 às 20h - Montagem do Espaço Plínio Marcos, Leituras e exposição de livros.
Das 10 às 20h - Exposição A mordacidade e o humor de Paulo Caruso, que reúne desenhos originais, ploters, banners e material de pesquisa e cadernos de esboços do artista para suas criações.
Das 15 às 19h - Autógrafos do livro São Paulo por Paulo Caruso.
Das 15 às 19h - Autógrafos do livro São Paulo Terra de toda Gente pelo cartunista Maurício Pestana.
Das 15 às 19h - Participação do artista do grafitti Kobra. (pintando o muro ou uma tela, precisa energia elétrica 110v)
Durante o evento haverão intervenções com leituras de textos sobre São Paulo.
(Informações sobre os convidados, a exposição e os livros abaixo)
O AUTOR NA PRAÇA - 452º. Aniversário de São Paulo em Pinheiros.
Dia 25 de janeiro, Quarta-feira, a partir das 10h.
Espaço Plínio Marcos - Praça Eder Sader - Vila Madalena - Pinheiros.
Informações: Edson Lima - Tel. 3085 1502 / 9586 5577 - oautornapraca@oautornapraca.com.br
A mordacidade e o humor de Paulo Caruso
Paulo Caruso - Como sempre faz todo dia 25 de janeiro, o cartunista Paulo Caruso promove uma exposição comemorativa pelo aniversário de seu pai, nascido no dia do aniversário da cidade, dia de São Paulo. Este ano a cidade comemora seus 452 aninhos e Caruso decidiu homenageá-la com uma mostra na Praça Benedito Calixto, em Pinheiros, integrando-se assim às inúmeras comemorações que terão ocasião por conta de tão prestigiada efeméride. Desenhos originais, ploters, bunners e material de pesquisa e cadernos de esboços do artista para suas criações, farão parte dessa mostra que trará um pouco de bom humor ao panorama tão sisudo da nossa metrópole. Com aquarelas de seu mais recente lançamento "São Paulo por Paulo Caruso", além de desenhos que farão parte do próximo livro,"Paulistanos Ilustres Ilustrados", o artista homenageia a cidade em grande estilo, abrindo a seus transeuntes uma mostra de qualidade e humor indispensáveis aos dias de hoje. Mais informações: http://sampacentro.terra.com.br/textos.asp?id=656&ph=71
Maurício Pestana é publicitário, cartunista, escritor e roteirista, com trabalhos publicados no Brasil e no exterior. Sua extensa obra tem se destacado, principalmente pela luta em favor dos direitos humanos e cidadania plena das minorias brasileiras, feito que lhe concedeu reconhecimento internacional. Seu trabalho inclui também cursos, workshops, oficinas e assessoria nas áreas de educação e diversidade para editoras, sindicatos, entidades governamentais e não-governamentais, fazendo com que seja considerado um dos mais importantes artistas iconográficos da atualidade. Autor e co-autor de diversas exposições e publicações, entre as quais: Ações Afirmativas: Este é o caminho, Fundação Cultural Palmares, 2003: Violência Histórica, Operagraphica Editora, 2002; Meu Brasil Brasileiro, Editora Escala, 2002; Racista, Eu!? De jeito nenhum..., Editora Escala, 2001; O Negro e a Cidadania 500 Anos Depois, Sesc/SP, 2000; Tudo Sobre a Convenção 111 da OIT, Conselho Estadual do Negro, 1999; Direitos Humanos no Cotidiano, Ministério da Justiça - UNESCO, 1998; Direito das Mulheres São Direitos Humanos, Conselho Estadual da Condição Feminina, 1998; Direitos do Consumidor no Mercosul, OAB/SP, 1997; Humor, Amor com Camisinha, DKT do Brasil, 1996; Lenda dos Orixás ara as Crianças-Exu, Fundação Cultural Palmares, 1996; A Transação da Transição, Editora Press, 1985. Em 2004, em homenagem aos 450 anos de São Paulo lançou seu mais importante trabalho pela Editora Noovha América o livro SÃO PAULO - TERRA DE TODA GENTE, A formação de São Paulo, a contribuição dos índios, dos europeus, dos negros asiáticos, árabes judeus e nordestinos a história de luta de todos esses povos na construção de uma das maiores metrópoles do mundo são descritos de forma didática e apaixonante neste trabalho inovador onde o cartunista utiliza mais do texto que do traço para dar uma radiografia étnica completa da cidade de São Paulo. Mais informações www.mauriciopestana.com.br
Junior Lopes - Nasceu em Castanhal - PA, 33 anos, há 15 vem trabalhando na área do Cartum. Fez caricaturas esportivas para o jornal De Gerderlander, em Nijmegen, Holanda. De volta o Brasil em 1997, foi ilustrador do jornal A Província do Pará. Em São Paulo fez ilustrações para diversos veículos de comunicação, destacando-se: Folha de S.Paulo, Rede Globo (Vinheta Jogo da Velha, 2003), editora Cia. das Letrinhas, Gazeta Mercantil, revistas Superinteressante, Caros Amigos, Veja, VIP. Participou de diversos salões de humor no Brasil e Exterior, recebendo vários prêmios: Salão de Humor do Rio de Janeiro, Volta Redonda, Piauí. Recentemente recebeu menção honrosa no 30º Salão de Humor de Piracicaba, na categoria Caricatura. No mesmo salão em sua 31ª. edição, em 2004 ganhou o prêmio pelo 2º. lugar na categoria Caricatura. Em 2005 ganhou o prêmio de melhor caricatura no VII Salão Internacional de Humor de Pernambuco. Na área publicitária foi o autor das ilustrações para a campanha da LEVI´S, produzida pela Agência de Publicidade NEOGAMA, que ganhou o prêmio Leão de Ouro em Cannes em 2003, na categoria Pôster. Trata-se de um trabalho pioneiro no designer gráfico, desenvolvido através da aplicação de recorte de tecidos na criação de imagens, integrando a particularidade de seu traço às propriedades e técnicas utilizadas, com o objetivo de uma familiaridade estética com o elemento/personagem retratado. Para conhecer esta nova proposta do cartunista: http://fotolog.terra.com.br/jugular:6. Junior Lopes atua como caricaturista especializado em eventos. Seus desenhos e caricaturas podem ser apreciados todos os sábados no projeto O Autor na Praça, no Espaço Plínio Marcos na Feira de Artes da praça Benedito Calixto, em Pinheiros.
Contatos juniorlopes1@ig.com.br / 9929 0986
Leia isto!
As mãos vêem, os olhos ouvem, o cérebro se move,
A luz desce das origens através dos tempos
E caminha desde já
Na frente dos meus sucessores.
Companheiro,
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma.
Sou todos e sou um,
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego,
Pelos gritos isolados que não entraram no coro.
Sou responsável pelas auroras que não se levantam
E pela angústia que cresce dia a dia.
Murilo Mendes.
Esta poesia foi enviada pelo artista plástico Policarpo Ribeiro, de Suzano. O Sacolinha costuma descrevê-lo como um artista inquieto, louco, sem juízo e nem aí com porra nenhuma.
18 janeiro, 2006
Diretamente de R.S
Quando Mariana pela primeira vez se abria
Fora motivo de espanto em toda família...
Sua mãe quando soubera
Quebrou o santo que ganhara de sua tia
E seu pai batera nela em plena luz do dia
Já o safado que dela se aproveitou
Saiu hoje na rua sorrindo e cantando
Ser o primeiro que a deliciou
Talvez isto até deixou-a chorando
E ele esta se lixando
Literalmente cagando e andando
Pensou até em fazer samba e enredo
Mas ai viu seu sogro e ficou com medo
E a pobre Mariana ficou mal falada
Sendo vista como mal criada
Sendo que odiou a coisa
Pois o prazer dele foi meio só
Era entre umas e outras tacadas
Que ele dava em Mariana sem ter o menor dó
Veja tamanha maldade
Sentida pela mulher na sociedade...Já é condenada
Logo em sua primeira vez,
Sendo apedrejada
E depois jogada no xadrez.
Juliana Gonçalves, é escritora, moradora da Candelária - R.S
17 janeiro, 2006
Indicações...
Maria Carolina de Jesus
“Quando eu não tinha o que comer ao invés de xingar eu escrevia...”
Nesse diário, a autora descreve com conhecimento de causa e alto teor poético-marginal, o seu dia-a-dia na favela do Canindé. Com os seus dois filhos menores, passou por todas as dificuldades de uma vida miserável, e nem por isso entrou na degradação que havia na favela: Prostituição, drogas e fofocas.
Mesmo em meio á dificuldade, nunca deixou faltar comida para os filhos:
- Hoje acordei ás 4h:30 da manhã, busquei água e depois fui catar papelão pra comprar o pão para o café.
Maria Carolina estudou até a terceira série do primeiro grau, sendo assim aprendeu a ler e a escrever fora da escola, sua cultura foi retirada do lixo.
Uma certa tarde, chegou na favela um jornalista de nome Audálio Dantas, e em meio ao alvoroço de pessoas querendo ser entrevistadas, o jornalista perguntou:
- Quem tem algo a dizer?
Maria Carolina gritou firme:
- Eu.
Entrou no seu barraco e logo voltou com um monte de cadernos velhos:
- Está aqui o que eu tenho pra dizer...
Dali a alguns meses, esses cadernos viraram um livro, que chamou a atenção do governo federal e foi traduzido em diversas línguas.
O Cortiço
Aluísio Azevedo
Escrito no ano de 1.850, mas até hoje é considerada uma obra recente, pois nunca terminou de dizer o que queria dizer. A versão antiga do “Reality Show”.
Um romance que gira em torno de João Romão, o dono do cortiço. Homem que para enriquecer comeu restos de comida, usou roupas velhas, dormiu mal e praticou o capitalismo selvagem. Daí surgiu o Mukifo, ou melhor o Cortiço, um aglomerado de cem casinhas.
Intrigas, rivalidade, capoeira, samba-viola, traição, ganância, inveja e ódio ao próximo, são algumas das palavras que acercam a história.
Poesias Inéditas!
por Carlos Silva
Procuro aqui,
o que acho que me espera
Noutro lugar, bém além daqui.
Dentro de mim,
as dúvidas estão fora da certeza.
Pensamentos voam por entre fios de torres de alta tensão, más não sinto o "choque" me impulsionar.
Contudo, fervilha no meu cerebro o magnetismo dos eletrodos amassando a massa cinzenta e tudo parece escurecer.
Tento alçar vôos, más os pés fincados não permitem o avanço.
Não, não permitirei estático que o meu figado seja dilacerado pelos bicos de aves de quem muito me PROMETEU.
Teimo, renasço a cada dia e me vejo feito FÊNIX.
Meus problemas, eu sei: Não são maiores do que a minha capacidade de resolvê-los.
Abro as asas, e a alta tensão serve apenas para eletrizar a rota que tenho que seguir,confiante rumo ao meu EU.
Abraços, Carlos Silva (feliz dois mil e tantos)
(11)9790-7789
(75)3612-1100
www.serradoapora.com.br
O CASULO E O BUEIRO
(Dedico o Axé dessa criação à Sílvia Lorenso)
Eu sou aquela que explode e voa.
Eu sou o barro no casco do bode
Sou a flor negra, a mulher-leoa.
A dos olhos queimando o lenço.
Sou o galão furado vazando silêncio.
A que geme no banho, sozinha, ginasta.
O mamilo vendido, a chana gasta.
Sou a gosma no caminho, a distância que se arrasta.
A casulo, o bueiro, a asfixia, a mulher-lesma
Que ainda encontra em si, a si mesma.
Sou a que banca a alforria do marido e do filho.
No bingo de domingo, sou o grão de milho.
A tramela trincada, o despejo, o exílio.
Sou a avenida tomada,
e a esperança cansada
que não quer entender mais nada.
A corrente de dentes pontudos.
A boca cheia de gritos mudos.
Sou o calendário em fatias de carne viva.
Sou a que xinga, a que ginga e se esquiva.
A que perturba, a que estuda
A que madruga em minas e canta, altiva.
Allan da Rosa
16 janeiro, 2006
Matérias!
Por Alessandro Buzo.
Não é de hoje que o povo brasileiro vive com medo. Existem varios tipos de medo, um deles é que o governo faça um loucura como fez o Collor e tome de assalto o dinheiro da população, como na época que o Collorido pres. secou a poupança de todos. Mas existem medos menores e que acompanham o povo diariamente. Esses medos impedem mudanças e melhorias, fazem as coisas ficarem mais ou menos iguais e mantem a ordem imposta pelo medo. Um dos maiores medos da população é a de perder o emprego, devido ao grande numero de desempregados e por causa disso a dificuldade de se arrumar uma nova ocupação, as pessoas morrem de medo de perder seu emprego. Com isso aceitam tudo que lhe é imposto pelo patrão, se tornando muitas vezes escravos modernos. Não pedem aumento de salário, não impoem nada, não debatem ou deixam de aceitar a uma ordem, por mais absurda que ela seja, tudo pela manutenção de seu emprego. Muitas empresas dispensam gente e contratam outra pro lugar ganhando menos, isso joga a média de salário cada vez mais para baixo, criando o SUB EMPREGO, só dá para sobreviver, nunca VIVER, cinema, teatros, livros, shows....isso não sobra para ver, mal dá para comer e mesmo assim as pessoas não querem perder. Nas periferias existem dois medos eminentes, uns tem medo da policia (que é racista e preconceituosa), outros tem medo dos ladrões e tem quem tenha medo dos dois. Até para se amar, tranzar, existe o medo. Antigamente sexo era livre, hoje com a AIDS temos medo até de tranzar. Todos esses medos fazem vivermos numa prisão ao ar livre, uns mais radicais se trancam em casa, outros com maior poder aquisitivo se trancam em prisões residenciais. Li um conto do Luiz Fernando Verissimo que falava de um condominio onde estava acontecendo assaltos, ai foi se criando cada vez mais formas de segurança até que um dia os assaltos acabaram, mas surgiu outro problema, a falta de liberdade, as pessoas tentavam fugir da fortaleza. Medo na dose certa é normal, em exagero ele impede seu crescimento e te priva da liberdade. Diz um ditado: - Quem tem medo de cagar não come.
ALESSANDRO BUZO
alessandrobuzo@terra.com.br
Cooperifa na área!
Depois da festa de premiação do 1º Prêmio Cooperifa que arrastou mais de 500 pessoas para o o bar do Zé Batidão, o sarau da Cooperifa volta das férias nesta quarta-feira (18.01.06). Por motivo de agenda algumas pesoas receberão o Prêmio nesta quarta-feira. Bar Zé Batidão Rua Barlomomeu dos Santos 797 Chácara Santana Perto da Igreja de piraporinha / Zona Sul Infs. 9333.6508 veja fotos da festa no blog: www.colecionadordepedras.blogspot.com
em 2006 o CD de poesia da cooperifa veja uma entrevista no blog: www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
até quarta-feira,
Sérgio Vaz
Uma poesia inédita do poeta Sérgio Vaz
Pra sempre
Cadê o menino?
É, o moleque de calças curtas
Que agora pouco corria
Sem destino por aqui?
Você não viu?
Mas ele passou bem diante dos teus olhos
Quase te derrubou,
Tamanha bagunça que fez no teu coração.
E a menina?
Como, que menina?
Aquela com tranças enormes
Arrastando pelo chão uma bonequinha.
Passou chupando o dedo
Pulando de pé em pé
Jogando amarelinha.
O menino,
Onde se escondeu o menino?
É, este barco sem rumo
Que te fez embarcação?
O traquina serelepe
Passou com uma pipa na mão:
Manda busca! Manda busca!
E a linha de cerol
Quase corta teu braço
Quase arranca o sol,Viu não?
A menina, está vendo ela?
Como, qual?
Aquela ruiva de sarda
Pintada de lápis de cera.
Ou a negra com dentes de estrela
No balanço da lua, tanto faz.
Não viu nenhuma delas?
Desataram na tua ladeira
Zombando das tuas rugas,
Das fugas que ficaram pra trás.
Está sentindo o mundo parar
E o tempo que não almejo?
Lá, no silêncio do universo
Sem passado nem presente
Eles se encontram para seu primeiro beijo.
Pode vê-los jurando amor eterno?
Não? Que pena.Estão diante dos teus olhos
Fazendo bagunça no teu coração.
Sérgio Vaz
14 janeiro, 2006
Mais novas...
(Eita laiá, além de escritor, vendedor e modelo da capa, ainda tenho que ser marketeiro).
Graduado em Marginalidade
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 20,00 + Carta registrada: R$ 4,90 = 24,90
Deposite este valor no banco Bradesco:
Agência: 101-5
Conta Poupança: 1009809-2
Ademiro Alves de Sousa
Depois é só ligar: (11) 4749-5744 / 8325-2368
E avisar o dia e o horário do depósito.
Assim que for confirmado enviaremos o livro.
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 20,00
Participações:
· Juan Perone (escritor cubano)
· Fernando Bonassi
· Ferréz
· Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
· Alessandro Buzo
· Sérgio Vaz
¹ Esta promoção é válida para quem comprar o livro diretamente com o autor, seja pelo correio ou pessoalmente.
Livrarias que estão vendendo o livro Graduado em Marginalidade:
Nas livrarias o valor é de R$ 25,00
Livraria Nobel: Suzano Shopping – Centro – Suzano – S.P.Livraria Musicultural: Rua Gal. Francisco Glicério, 1001 – Centro – Suzano – S.PLivraria Book Brasil: Av. Nove de julho - Centro – Poá – S.PLivraria Alpharrábio: Rua Eduardo Monteiro, 151 – Centro – Santo André – S.P
Sebo do Bactéria: Espaço dos Satyros II – Praça Roosevelt - Metrô República – S.P
Sebo do Silvio Diogo: Prédio da FFLCH (Ciências Humanas) – USP – S.P.
Livraria “O Autor na Praça”: Praça Benedito Calixto – Pinheiros – S.P.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 8325-2368
Fax: 4747-4180
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Site/Blog: www.literaturanobrasil.blogspot.com
Itaú Cultural
convida
Contamos com a presença dos amigos em mais um evento do Itaú Cultural.
Dias 27 e 28 (sexta e sábado) de janeiro, às 19h30. Entrada franca.
Av. Paulista, 149 - Instituto Itaú Cultural. Não há necessidade de reserva antecipada.
Confira programação no final do texto em tela.
Grato pela atenção,
Comunicação Dirigida - Itaú Cultural
Luiz Pedreira tel 8405-4664
pedrajr@terra.com.br
A Plenos Pulmões
Proesia amplificada
Encontro do Itaú Cultural reúne escritores que jogam
com as sutilezas e permeabilidades da poesia e da prosa.
Dias 27 e 28 de janeiro, às 19h30, na Sala Itaú Cultural,
Av. Paulista, 149. Entrada franca.
O jogo é o seguinte: dois saraus com seis poetas que fazem poesia com jeito de prosa e seis prosadores que fazem prosa com jeito de poesia. Noutras palavras, o espetáculo reunirá doze escritores cujo trabalho situa-se na confluência de dois territórios literários aparentemente distintos — a narrativa e a lírica —, seqüestrando e embaralhando os elementos próprios de cada território. Duração de cada sarau: uma hora e meia.
A curadoria do encontro é do escritor e ensaísta Nelson de Oliveira.
A Plenos Pulmões apresenta prosadores que estruturam suas narrativas com a matéria-prima da poesia (rimas internas, assonâncias, mergulho subjetivo, ambigüidade discursiva etc.) e poetas que estruturam seus poemas com os elementos próprios da prosa (personagens, enredo, ação, narrador etc). Nesse cruzamento da prosa com a poesia já trabalharam, entre outros, Lewis Carroll, James Joyce, Fernando Pessoa, Oswald de Andrade, Clarice Lispector, Guimarães Rosa e Paulo Leminski.
A literatura é sempre associada à leitura solitária e silenciosa, e os saraus, ao reunir autores e leitores no mesmo espaço e no mesmo momento, são a melhor forma de quebrar essa rotina demasiadamente individualista. O aspecto lúdico da leitura ao vivo de textos literários, feita pelos próprios autores, aproxima-se muito do teatro e da performance. Fazem parte desse jogo da sensibilidade os gestos e a voz amplificada do autor, o texto e a sua capacidade de cativar instantaneamente os espectadores, a temperatura da audiência e, é claro, o acaso e as contingências de cada apresentação. Razão pela qual cada leitura será, em maior ou menor grau, sempre única e irrepetível.
A Plenos Pulmões vem reforçar o trabalho do Itaú Cultural no registro e na compreensão do que se está produzindo em termos de literatura brasileira contemporânea. A este trabalho acrescentamos os já apresentados em nosso instituto como o Encontros de Interrogação, os dois anos de atividades do Poesia Viva, o festival Outros Bárbaros e as diversas participações de jovens escritores nas diversas atividades da instituição. O encontro de poetas e prosadores também faz parte da programação paralela da exposição Homo Ludens, que se encerra em 29 de janeiro.
Programação
Dia 27 de janeiro, 19h30
Andréa del Fuego
Douglas Diegues
Frederico Barbosa
Nelson de Oliveira
Renato Rezende
Ronaldo Bressane
Dia 28 de janeiro, 19h30
Ademir Assunção
Beatriz Bracher
Horácio Costa
Marcelino Freire
Valério Oliveira
Xico Sá
OS CONVIDADOS
Ademir Assunção é poeta e jornalista. Publicou, entre outros, LSD Nô (1994), A máquina peluda (1998), Zona branca (2001) e Adorável criatura Frankenstein (2003). Gravou o CD de poesia e música Rebelião na Zona Fantasma (2005).
Andréa del Fuego (Andréa Fátima dos Santos) é autora de Minto enquanto posso (2004) e Nego tudo (2005). Integra algumas antologias, entre elas: +30 Mulheres que estão fazendo a nova literatura brasileira (2005). Dirigiu os curtas Morro da Garça, O beijo e Ela.
Beatriz Bracher, nasceu em São Paulo em 1961, começou seu trajeto literário na revista 34 Letras e como co-fundadora da Editora 34, onde trabalhou de 1992 a 2000. Publicou os romances Azul e dura (2002) e Não falei (2004).
Douglas Diegues nasceu no Rio de Janeiro, em 1965, mas vive na fronteira do Brasil com o Paraguai (Ponta Porã, MS). Publicou dois livros de poesia: Dá Gusto Andar Desnudo Por Estas Selvas (2003) e Uma Flor Na Solapa Da Miséria (Buenos Aires, 2005). Dirige o programa O Outro Lado De La Fronteira para a TVE Regional de Mato Grosso do Sul.
Frederico Barbosa nasceu no Recife, em 1961. Hoje mora em São Paulo. Poeta e agitador literário, publicou diversos livros, entre eles Rarefato (1990), Nada feito nada (1993) e Louco no oco sem beiras (2001). Em 2002 organizou, com Claudio Daniel, a antologia Na virada do século: poesia de invenção no Brasil.
Horácio Costa nasceu em São Paulo, em 1954. Poeta, tradutor e ensaísta, publicou, entre outros livros, 28 Poemas / 6 contos (1981), Satori (1989), O Livro dos fracta (1990), O menino e o travesseiro (1998) e Quadragésimo (1999).
Valério Oliveira nasceu no Rio de Janeiro, em 1958. Poeta, atualmente mora em São Paulo e ganha a vida como garçom num restaurante de comida italiana.
Marcelino Freire nasceu em Sertânia, PE, em 1967. Vive em São Paulo desde 1991. É autor de, entre outros, eraOdito (2002), Angu de Sangue (2000), BaléRalé (2003) e Contos negreiros (2005). Organizou diversas antologias, entre elas, Os cem menores contos brasileiros do século (2005).
Nelson de Oliveira nasceu em 1966, em Guaíra, SP. Escritor e designer gráfico, publicou mais de vinte livros, entre eles Subsolo infinito (romance, 2000) e A maldição do macho (romance, 2002). Em 2001 organizou a antologia Geração 90: manuscritos de computador e em 2003, Geração 90: os transgressores.
Renato Rezende nasceu em São Paulo, em 1964. Poeta, é autor de Aura (1997), Passeio (2001) e Ímpar (2005), entre outros. É também tradutor de livros e artigos de história, filosofia e arte contemporânea, além de poetas de língua inglesa e espanhola.
Ronaldo Bressane nasceu em São Paulo, em 1970. Trabalha como jornalista e é autor da trilogia de contos A outra comédia, formada por Os infernos possíveis (1999), 10 presídios de bolso (2001) e Céu de Lúcifer (2003), além do volume de poemas O impostor (2002).
Xico Sá (Francisco Reginaldo de Sá Menezes) nasceu no Cariri (CE), em 1963, foi criado no Recife e vive atualmente em São Paulo. Jornalista e escritor, é autor de Modos de macho & modinhas de fêmea (2003), Divina comédia da fama (2004), Se um cão vadio aos pés de uma mulher-abismo (2004) e Catecismo de devoções, intimidades et pornografias (2005).
13 janeiro, 2006
1º Sarau do ano
Neste sábado dia 14 de janeiro, ás 20hrs, a Secretaria de Cultura de Suzano, promoverá a 1ª edição do ano do sarau Pavio da Cultura.
O sarau ocorrerá dás 20h ás 22h com recital de poesias, interpretação de textos, peças curtas de teatro, musica e exibição de vídeos.
Quem quiser apresentar o seu trabalho, basta chegar meia hora antes e se inscrever.
Esta atividade tem o apoio cultural da Associação Cultural Literatura no Brasil.
Mais informações: 4747-4180 / 8325-2368
literaturanobrasil@bol.com.br
Novidades!
De: Carlos Silva
O poeta
é um louco... más não mora num hospicio
é um lunático...más não vive no mundo da lua
é um sonhador...más não vive dormindo
é um vagabundo... más está sempre trabalhando (NATO)
O Poeta faz sonetos prá voar, vai no infinito beijar a lua, pega o sol com as mãos, conversa com Deus, faz das estrelas bolinhas de gude,acaricia os peixes, mergulha no fogo do inferno, más sempre volta molhado.
Chora na dor e dela faz poesia que penetra fundo feito golpe de punhal no coração de quem respeita sentimentos.
É MULEQUE É PALHAÇO
É ESCRAVO É SENHOR
É MARRETA E É BIGORNA
É ODIO EM FORMA DE AMOR
É O PONTO DE PARTIDA
ONDE NINGUÉM "INDA" FOI
NASCEU PARA SER FERRÃO
PRÁ "NUM" SER BUNDA DE BOI
POR ISSO SOU UM POETA
SEM RELOGIO E SEM CARTÃO
ANDARILHO PELOS VERSOS
NÃO SEI O QUE É PATRÃO
SOU CANTADOR COM ORGULHO
ESSA É MINHA PROFISSÃO
O SARAU DA COOPERIFA ESTÁ DE VOLTA
O SARAU DA COOPERIFA VOLTA NESTE DIA 18 DE JANEIRO DE 2006.
Depois da festa de encerramento que arrebatou nada mais do que 600 pessoas o movimento cultural da cooperifa volta com força total neste ano. Muitas coisas estão sendo programada para o 1º sarau do ano. Muita gente está sendo convidada para que a gente possa reunir todo mundo no primeiro do ano para dar aquela energia que vamos precisar neste ano que há muito para conquistar.
Sarau da cooperifa
dia 18 de janeiro de 2006
20hs30
Bar do Zé Batidão
Rua Bartolomeu dos Santos, 797
Jd. guarujá F. 5891.7403
12 janeiro, 2006
Novo Conto!
Luis Fernando Veríssimo (verídico)
Acha seu dia às vezes difícil?
Então leia este fato verídico.
Aeroporto Santos Dumont, 15:30.
Senti um pequeno mal estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma urinada ou uma barrigada não aliviasse.
Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas.Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão."Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta, tranqüilo, o avião só sairía às 16:30".Entrando no ônibus, sem sanitários.Senti a primeira contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto.Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil falei: "Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso largar um barro."Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de vontade para trabalhar e segurei a onda.O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse pelo alto falante: "Senhoras e senhores, nossa viagem entre os dois aeroportos levará em torno de 1 hora, devido a obras na pista."Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo.Fiz um esforço hercúleo para segurar o trem merda que estava para chegar na estação anus a qualquer momento.
Suava em bicas.
Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para tirar um sarro.O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo menos por enquanto as coisas tinham se acomodado.
Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo que alguém poderia botar seu almoço nele.E o papel higiênico então: branco e macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu traseiro e o assento do ônibus e percebi, consternado, que havia cagado.Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor.Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a apreciar na privada. Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal.Mas sem duvida, a situação tava tensa.Olhei para o meu amigo, procurando um pouco de piedade, e confessei sério:"Cara, caguei."Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a relaxar, pois agora estava tudo sob controle."Que se dane, me limpo no aeroporto", pensei, "Pior que isso não fico".Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte.Arregalei os olhos, segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação, veio a segunda leva de merda. Desta vez, como uma pasta morna.
Foi merda para tudo que é lado, borrando, esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha, calças, meias e pés.E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líqüida, das que queimam o fiofó do freguês ao sair rumo a liberdade.E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar.Afinal de contas, o que era um peidinho para quem já estava todo cagado....Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa.E me caguei pela quarta vez.Lembrei de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto.Mas era tarde demais para tal artifício absorvente.Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a limpar a sujeirada.Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos, supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei falta de papel higiênico em todos os cinco.Olhei para cima e blasfemei: "Agora chega, né?"Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha situação (que concluí como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade no meu dia.Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o "check-in" e ia correndo tentar segurar o vôo.Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de qualquer protesto de minha parte."Ele tinha despachado a mala com roupas". Na mala de mão só tinha um pulôver de gola "V".A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus.Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo, aproveitáveis.Minha cueca, joguei no lixo.A camisa era história.As calças estavam deploráveis e assim como minhas meias, mudaram de cor tingidas pela merda.Meus sapatos estavam nota 3, numa escala de 1 a 10.Teria que improvisar.A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma magnífica máquina de lavar.Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte atingida na água.Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se desprendeu.Estava pronto para embarcar.Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola "V", sem camisa.Mas caminhava com a dignidade de um lorde.Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o "RAPAZ QUE ESTAVA NO BANHEIRO" e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado do meu amigo que sorria.A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo.Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro de fossa transbordante e uma gilete para cortar os pulsos, mas decidi não pedir: "Nada, obrigado."Eu só queria esquecer este dia de merda.Um dia de merda...
Luis Fernando Veríssimo (fato verídico)
11 janeiro, 2006
Próximo Lançamento!
(Parte do próximo Livro do Escritor Austregésilo Carrano Bueno, a ser lançado este ano).
AUSTREGÉSILO CARRANO BUENO
A mistura de cocaína nos canos e o álcool foi o suficiente para lhe causar a over-dose. A over-dose varia de acordo com a constituição física orgânica de cada usuário, o que para um seria uma viagem fantasiosa para outros se torna uma bomba química em seu organismo. Pode ser o encontro com o Sinistro. A falta de ar, convulsões em fogo que queimam as veias como ácido, acelerando o coração com a sensação que ira explodir, sensações de inchaço pelo corpo todo, dores musculares e órgãos internos, pele em chamas, até a perca da consciência que são efeitos da imensa dor generalizada... O pesadelo sem volta, com raríssimas exceções.
Nunca tinha presenciado alguém morrendo de over-dose. Aquele olhar de seu filho com os olhos esbugalhados quase saindo de seu rosto, o inchaço avermelhado na face como se estivesse sendo estrangulado, jamais lhe sairia da memória. Esta lembrança não teria fim, até sua morte, a apagar... Se é que apaga!
Juarez hoje tem uma posição sua sobre o uso de drogas. Acha que o verdadeiro combate às drogas não é sua proibição e punição de usuários e pequenos traficantes, que muitas vezes traficam para poderem usar. Sua opinião é que a conscientização, conhecimento constante dos efeitos que causam cada uma das drogas, as mais diversificadas jogadas a todo o momento para consumo. O Conhecimento das ações e efeitos de cada uma, suas misturas com álcool e outras, seja o verdadeiro combate às drogas.
Os pais estarem sempre atualizados, lendo, pesquisando junto com os filhos, criando esses vínculos, pode ajudar e muito na conscientização dos jovens, que na hora que se defrontarem com as drogas, terão pelo menos mais cuidado de uso, ou não usarão.
Uma soma de atitudes desde a quebra de preconceito dos pais em falar e pesquisar o assunto, e com conhecimento de causa poder levar o debate para dentro de casa. A orientação do profissional da psicologia que tenha conhecimento suficiente do assunto, e não como na maioria são preconceituosos e desinformados neste assunto, desses pais ao tomarem conhecimento do uso de drogas por seus filhos em contatos com amigos, parentes e etc. Também deve ser priorizada.
Falarmos sobre as drogas como falamos de política, economia, piadas e outros assuntos. Sem darmos um certo endeusamento ao papo sobre as drogas. Quanto mais as ridicularizarmos e banalizá-las (drogas) menos curiosidades estaremos levantando sobre seu experimento e uso, desde que tenhamos conhecimento suficiente sobre este assunto.
Um dos pontos fundamentais, e perigoso que os pais cometem, é não pesquisarem as ações e efeitos das variantes drogas hoje disponíveis facilmente, até no portão de nossas casas. Deixando-se fantasiar por comodismo ou por acharem que seja obrigação da escola, estado, polícia, religião tocarem nesse assunto.
Muitos pais acompanham a questão das drogas apenas pelos noticiários ou por politiqueiros que falam um monte de merda sobre drogas, com um único intuito de angariarem votos.
Esses politiqueiros se intitulam como os palatinos do combate às drogas, que priorizam a prisão e a tortura aos traficantezinhos pé de chinelo, que vende a droga para poder consumir, dando muitas vezes como garantia a sua vida. E como é comum o usuário de drogas ser preso, apanhar muito, na maioria das delegacias, ser humilhado, aviltado, até provar que é um usuário... E chamam isso de combate as drogas.
Podemos ter a certeza que essas atitudes repressivas agem ao contrario. Como uma poderosa fonte de incentivo e fermentação a rebeldia natural do adolescente, que irá sair de alguma dessas delegacias mais revoltado por ter apanhado na cara, cuspido, humilhado, aviltado por todos as conjecturas denegríveis, como se fosse ele o maior responsável por todo o tráfico no mundo... E chamam essas atitudes de combates as drogas... O que todos podemos fazer é... (Segue, aguardem o livro!).
Austregésilo Carrano Bueno.
10 janeiro, 2006
Conto!!!
(Cláudia Canto)
Ela me olhou, o seio a mostra, num decote absolutamente intencional, um olhar cheio de ironia pedinte. Fingi desinteresse, passei a olha-la disfarçadamente, como numa opereta, nossos olhares se encontravam num ritmo fugidio, incansável, analizando-se orgulhosamente. Aquela mulher estava começando a me deixar curioso, tinha algo de diferente não sabia dizer realmente o que seria, estava me expondo a uma análise fria, exatamente igual aos malditos interrogatórios que já sofri. Muito tempo depois já cansado daquele cenário, resolvi chamar a garçonete, que logo se mostrou animada em lhe entregar meu telefone. Ela não poderia imaginar, que aquela brincadeira não era tão ingênua como estava parecendo. Não poderia prever, que aquele homem que ela estava interessada, era um homem marcado pelo cárcere com toda aspereza e agressividade. Um homem bomba, que mantinha o coração preso a exatos vinte dois anos, que era capaz de explodir nas mais delicadas situações. Aquele primeiro contato iria mudar as nossas vidas, sete números, que iriam torturar nossos destinos. Começava naquele momento, uma história que envolveria todos que estavam a nossa volta. Quanto a mim, não poderia imaginar, que ali estava alojada a criatura mais perspicaz, que encontrei na minha vida bandida. Fiquei esperando extremamente ansioso, como um adolescente preste a copular pela primeira vez, com um olhar absorto, estático, nervoso. Não pude acreditar na sua reação! Que gana arrogante, premeditada... Como pode ter feito aquilo, um despropósito. Pegou o telefone das mãos da garçonete, e como se fosse um pedaço de entulho, depositou em cima da mesa, sem ao menos ler, nenhum sinal de interesse, como se tivesse acabado de receber um panfleto qualquer de alguma propaganda mentirosa. Aturdido, passei a me interessar desmesuravelmente por ela, inquieto e cheio de sobressaltos, passei a olhá-la com mais cobiça, ameaçador, como um cão, como meu cão Dick... Meu velho e querido Dick. Nunca esqueci meu cachorro Dick, éramos como dois gatunos á solta, quando Dick arrumava uma cadelinha, eu ficava imensamente satisfeito, era como se fosse eu próprio. Exercia sobre mim, um grande magnetismo. Pensava comigo: Quando eu crescer, vou ser macho igual ao Dick. Dizem que os cachorros absorvem a personalidade do seu dono, mas no meu caso, fui diferente eu absorvi completamente a personalidade dele. Ele agia diferente dos outros cães: cheirava a cadela inteirinha, depois lambia seu corpo com muita gana, um verdadeiro ritual dedicado a Vênus. Sempre acreditei que ele conversava com as cadelinhas, ficava observando de longe seu exorcismo, com um sorriso vitorioso nos lábios... Era um lindo vira - lata, inteligente e astuto como poucos. Íamos juntos buscar o jornal, o pão estávamos sempre unidos, unidos como dois foras da lei. Nos entendíamos pelo faro, hoje sei que meu Dick era um homem no corpo de um cachorro, astuto e viril, mais até do que muitos que conheci na cadeia. Como o Dick, gosto do cheiro do cio, do sangue, do suor nas entranhas, da animalidade do ato. Naquele dia o sol batia forte ali naqueles confins de São Paulo, ruas de paralelepípedos eram o alicerce de casas com rebocos incompletos e pássaros presos em gaiolas, que mais tarde viria a sentir na pele o gosto amargo de estar preso como eles. Inúmeras residências perpendiculares eram separadas por pequenas muralhas, que serviam de testemunhas nas rotineiras discussões entre os vizinhos. Meu primeiro contato com a justiça aconteceu quando tinha sete anos de idade, hoje ainda me lembro deste julgamento, cruel e genocida, que me trouxeram profundas impressões. Sai humilhado, embrutecido, em desamparo, sozinho. Foi também a primeira vez que tive contato com a morte. Das outras vezes, os golpes eram esquecidos com muita rapidez, logo que cessavam a dor, logo que saia a passear com o meu pai, que minutos antes açoitará o meu corpo frágil. Aquele maldito travesseiro de penas estava de novo ali reluzindo sobre sol. O travesseiro, era para o Dick, a própria personificação de um frango assado, pronto para ser saboreado. Por diversas vezes atrapalhamos seu intento, se pudesse se comunicar, jogaria-nos as mais sangrentas pragas, por frustramos sempre as suas tentativas de abocanhar o insidioso travesseiro. São Paulo, crescia desproporcionalmente, naqueles idos da decáda de sessenta, a poluíção se fazia a cortina da cidade. Chuva que inundava casas e atolava de lama, os pés dos famigerados trabalhadores, na grande maioria bravos imigrantes. Aquele maldito travesseiro exposto ao sol... Enquanto isto os bares das redondezas, fervilhavam de ébrios, que exaltavam sua masculinidade, comparando o tamanho dos pés, passavam longas horas a contar mentiras vãs, sonhando com mulheres que não eram as suas. E do outro lado da rua, suas esposas, se queixavam da falta do feijão com arroz, dos intervalos cada vez maiores de carinho e principalmente da decadência sexual do casamento. Aquele maldito travesseiro exposto no sol... A expulsar os sonhos insonháveis, daqueles que seriam responsáveis por uma das maiores tristezas, que tive na minha vida. Um simples travesseiro tirou a vida do meu melhor amigo, do melhor parceiro que já tive. Voou pena para tudo quanto foi lado, com uma só mordida, meu Dick, tinha acabado de assinar sua sentença de morte. Entre xingos, ameaças e gritos, ficou prometido ali naquele momento, que o meu amigo teria seus dias contados. Foi terrível, a dor mais cruel que senti, não podiam ter feito aquilo, me atingiram pelas costas, feriram o âmago da minha alma. A cena ainda é viva na minha mente, meu cachorrinho ali estendido no chão, agonizante, com um fio de vida, me esperando, sofrendo, sujo de sangue, banhado de vômito, restos de um veneno mortal que lhe ofereceram. Morreu também parte da minha inocência, enterrou-se parte da minha pureza de menino. Passei a me alimentar com raiva, ódio. Na minha cabeça de criança, procurava um meio de me vingar, sofri como um louco, eu era todo sofrimento, uma dor palpável e lenta. O quintal da minha casa era, meu depósito de brinquedos e idéias, e foi ali naquele pequeno espaço, que premeditei tudo: um velho tronco de uma árvore serviu de base, preguei diversos pregos pontiagudos, martelava cada um pensando na dor que meu Dick sentirá, foi com grande prazer que escondi de todos um velho tronco, que agora se transformará na minha primeira. Num esconderijo esperei o grande momento, como se aquele momento fosse diminuir minha dor. O filho da assassina uma criança de dez anos de idade, mais velho que eu, veio como um passarinho para minha armadilha. Sem piedade açoitei suas costas num ritmo alucinante, o sangue jorrava, enquanto os pregos ficaram encravados na suas costas. A fúria agressiva já estava incubada na minha alma, sem que os meus pais percebessem. O animal falou em mim, um animal de sete anos de idade. Meus pais não entederam que minha reação, era um sintoma do que eu seria anos mais tarde. O castigo viria de maneira errada, não consigo reproduzir toda a cena, juntando alguns pontos, lembro dos berros do meu pai, e aquela maldita cinta a inundar minhas costas de sangue vivo, a minha tremura infeliz. Minha cabeça a rodar, e as lágrimas a cair, naquele momento tive um único pensamento.
Nunca mais teria um amigo de verdade.
Cláudia Canto é autora do livro "Morte às Vassouras".
09 janeiro, 2006
Mais Livros!
Graduado em Marginalidade
Quem quiser adquirir a obra é só fazer o pedido pela Internet ou pelo correio e receberá em casa em dois dias úteis (48 horas) a contar da data de confirmação do depósito bancário.
Modo de fazer: Valor do livro: R$ 20,00 + Carta registrada: R$ 4,90 = 24,90
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Assim que o depósito for confirmado enviaremos o livro.
Obra: Graduado em Marginalidade
Autor: Ademiro Alves (Sacolinha)
Estilo: Romance contemporâneo / Ficção
Editora: Scortecci
Número de páginas: 168
Capítulos: 29
Número de personagens: 311
ISBN: 85-366-0370-4
Valor: R$ 20,00
Participações:
· Juan Perone (escritor cubano)
· Fernando Bonassi
· Ferréz
· Bruno Capozolli (Instrutor técnico literário)
· Alessandro Buzo
· Sérgio Vaz
Livrarias que estão vendendo o livro Graduado em Marginalidade:
Livraria Nobel: Suzano Shopping – Centro – Suzano – S.P.Livraria Musicultural: Rua Gal. Francisco Glicério, 1001 – Centro – Suzano – S.PLivraria Book Brasil: Av. Nove de julho - Centro – Poá – S.PLivraria Alpharrábio: Rua Eduardo Monteiro, 151 – Centro – Santo André – S.P
Sebo do Bactéria: Espaço dos Satyros II – Praça Roosevelt - Metrô República – S.P
Sebo do Silvio Diogo: Prédio da FFLCH (Ciências Humanas) – USP – S.P.
Livraria “O Autor na Praça”: Praça Benedito Calixto – Pinheiros – S.P.
Informações e vendas: (11) 4749-5744 / 4747-4180 / 8325-2368
E-mail: literaturanobrasil@bol.com.br
Site/Blog: www.literaturanobrasil.blogspot.com
Buzianismo!
Por Alessandro Buzo.
Não ficará pedra sobre pedra. Não deixaremos nenhuma porta se fechar na nossa cara, nem que tenhamos que arromba-lá. Os boy tem grana, nós favelados temos disposição. A elite despreza, nós idem. A midia finge não nos ver, a gente divulga onde der, seja no lambe lambe, nos blogs, nos zines, nos sites e onde tiver espaço. Se a guerra civil for oficialmente declarada estarei do lado do gueto, porque nós já vivemos numa guerra faz tempo e somos treinados. Tipo os E.U.A. que treinaram o Bin Laden um dia, nós também fomos treinados pelo inimigo. O que nos tornou fortes foi os varios dias de sofrimento pelas faltas constantes, foi ter que sobreviver com o salário que eles nos ofereceram desde sempre, foi ter que comer a marmita fria, o pão amanhecido, enfrentar as conduções lotadas que ofereceram para nos locomovermos, foi o olhar de medo que a madame olhou quando a gente passou, foi o patrão que nos mandou embora quando mais precisavamos de trampar, foi os meses desempregados, foi o chefe que nos tratou como lixo, foi o boy ostentando, foi a madame dando festa pro seu cachorro, foi as cadeias que construiram em vez de escola, foi a roupa usada doada pela patroa feito esmola, foi a criança que teve que trabalhar aos 13 em vez de estar na escola. Em São Paulo, já disse os Racionais Mc's (simbolo maior de desprezo a midia), Deus é uma nota de cem. Nos guetos sobram igrejas e botecos, falta educação, esporte, oportunidades, lazer e cultura. Mas aprendemos com essa vida dura. O rap nacional e a literatura marginal estão ai para provar que a elite criou um exército de bin ladens.
Quando o dia chegar, de que lado vc vai estar?
ALESSANDRO BUZO escritor e arte educador.
PALESTRAS E LIVROS: alessandrobuzo@terra.com.br
07 janeiro, 2006
Siga as instruções!
Pegue um litro de otimismo. Duas lágrimas - de preferência escorridas no passado. Duas colheres de muita luta e sonhos à vontade. Duzentos gramas de futuro e meio quilo de presente. Pegue a solidão, descasque-a toda e jogue fora a semente. Coloque tudo dentro do peito e acenda no fogo brando das manhãs de sol. Mexa com muito entusiasmo. Ao ferver, não esqueça de colocar uma dose de esperança algumas gotas de liberdade, sorrisos largos e abraços apertados para dar um gosto especial. quando pronto, assim que os olhos começarem a brilhar, sirva-o de braços abertos!
Sérgio Vaz, Poeta da periferia!
Relação de sites e blogs indicados pelo Literatura no Brasil:
www.literatura-urgente.com.br
zonabranca.blog.uol.com.br
jaguadarte.zip.net
peledelontra.zip.net
eraodito.blogspot.com
literaturaeriodejaneiro.blogspot.com
www.gargantadaserpente.com.br
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www.otaboense.com.br/sergiovaz
www.abarata.com.br/sites
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colecionadordepedras.blogspot.com
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06 janeiro, 2006
Informativo do Buzo!
ESCRITOR ALESSANDRO BUZO 001/2006.
Acesse site: www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
Palestras e livros: alessandrobuzo@terra.com.br
Fone/Fax: (11) 6567-9379 (11) 8218-7512.
PROGRAMA SUBURBANO CONVICTO ON LINE.
Um programa quinzenal de entrevistas apresentado por Alessandro Buzo no site da produtora de cinema DGT FILMES, sempre com duas atrações da literatura, do hip hop e da cultura periférica em geral.
www.dgtfilmes.com.br
No ar a partir de 01 de fevereiro de 2006.
MAS PARA APRESENTAR O PROGRAMA IREMOS FAZER UM ESPECIAL DE ESTRÉIA COM 3 ESCRITORES.
Mas a estréia será exclusivamente no site da revista RAP BRASIL.
www.magazinerapbrasil.com
Com.....
AUSTREGÉSILO CARRANO BUENO, autor do livro CANTO DOS MALDITOS que inspirou o filme BICHO DE SETE CABEÇAS.
LUIZ ALBERTO MENDES autor dos livros MEMÓRIAS DE UM SOBREVIVENTE, TESÃO E PRAZER e recentemente AS CEGAS.
Além do idealizador do projeto Literatura no Brasil, SACOLINHA de Suzano-SP. Autor do livro GRADUADO EM MARGINALIDADE.
Dia 15/01.
www.magazinerapbrasil.com
A partir de fevereiro/2006
www.dgtfilmes.com.br
SITE/BLOG SUBURBANO CONVICTO
www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
Atualizado diariamente, em 2006 são 3 anos no ar.
Entrevistas exclusivas, textos, contos, dicas culturais, literatura marginal e hip hop.
ACESSA MANO, O BARATO É LOKO.
Vem ai entrevista com AO CUBO !!!!!
Suburbano Convicto Produções.
Palestra dos escritores Alessandro Buzo, Sergio Vaz e Sacolinha.
Juntos ou individualmente !!!!
Shows dos grupos: Tribunal Mc’s , Filosofia de Rua, Os Guerreiros, Enganjaduz, Horus, Livre Ameaça, Walter Limonada, Dudu de Morro Agudo, Breakdow e Porte Pesado.
alessandrobuzo@terra.com.br
www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
Fone/Fax: (11) 6567-9379
(11) 8218-7512
Sessão de autógrafos
Escritor Sacolinha lança livro na Bienal de SP na próxima quarta-feira “A Alanda ainda está de pijama” novo livro infantil do escritor s...
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Neste sábado 13/01 às 10h a Casa de Cultura Pq. São Rafael recebe a terceira edição do projeto Minha Literatura, Minha Vida...
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Saudações a todos e todas. Este é o Fanzine Literatura Nossa nº 21. Mais um meio de divulgação dos trabalhos literários da Associação Cultu...
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Currículo/Biografia 1983 Nasce no Hospital e Maternidade Pq. Dom Pedro II, em São Paulo, Ademiro Alves de Sousa, filho de Maria Natalina Alv...