Por Alessandro Buzo.
Não é de hoje que o povo brasileiro vive com medo. Existem varios tipos de medo, um deles é que o governo faça um loucura como fez o Collor e tome de assalto o dinheiro da população, como na época que o Collorido pres. secou a poupança de todos. Mas existem medos menores e que acompanham o povo diariamente. Esses medos impedem mudanças e melhorias, fazem as coisas ficarem mais ou menos iguais e mantem a ordem imposta pelo medo. Um dos maiores medos da população é a de perder o emprego, devido ao grande numero de desempregados e por causa disso a dificuldade de se arrumar uma nova ocupação, as pessoas morrem de medo de perder seu emprego. Com isso aceitam tudo que lhe é imposto pelo patrão, se tornando muitas vezes escravos modernos. Não pedem aumento de salário, não impoem nada, não debatem ou deixam de aceitar a uma ordem, por mais absurda que ela seja, tudo pela manutenção de seu emprego. Muitas empresas dispensam gente e contratam outra pro lugar ganhando menos, isso joga a média de salário cada vez mais para baixo, criando o SUB EMPREGO, só dá para sobreviver, nunca VIVER, cinema, teatros, livros, shows....isso não sobra para ver, mal dá para comer e mesmo assim as pessoas não querem perder. Nas periferias existem dois medos eminentes, uns tem medo da policia (que é racista e preconceituosa), outros tem medo dos ladrões e tem quem tenha medo dos dois. Até para se amar, tranzar, existe o medo. Antigamente sexo era livre, hoje com a AIDS temos medo até de tranzar. Todos esses medos fazem vivermos numa prisão ao ar livre, uns mais radicais se trancam em casa, outros com maior poder aquisitivo se trancam em prisões residenciais. Li um conto do Luiz Fernando Verissimo que falava de um condominio onde estava acontecendo assaltos, ai foi se criando cada vez mais formas de segurança até que um dia os assaltos acabaram, mas surgiu outro problema, a falta de liberdade, as pessoas tentavam fugir da fortaleza. Medo na dose certa é normal, em exagero ele impede seu crescimento e te priva da liberdade. Diz um ditado: - Quem tem medo de cagar não come.
ALESSANDRO BUZO
alessandrobuzo@terra.com.br
Cooperifa na área!
Depois da festa de premiação do 1º Prêmio Cooperifa que arrastou mais de 500 pessoas para o o bar do Zé Batidão, o sarau da Cooperifa volta das férias nesta quarta-feira (18.01.06). Por motivo de agenda algumas pesoas receberão o Prêmio nesta quarta-feira. Bar Zé Batidão Rua Barlomomeu dos Santos 797 Chácara Santana Perto da Igreja de piraporinha / Zona Sul Infs. 9333.6508 veja fotos da festa no blog: www.colecionadordepedras.blogspot.com
em 2006 o CD de poesia da cooperifa veja uma entrevista no blog: www.suburbanoconvicto.blogger.com.br
até quarta-feira,
Sérgio Vaz
Uma poesia inédita do poeta Sérgio Vaz
Pra sempre
Cadê o menino?
É, o moleque de calças curtas
Que agora pouco corria
Sem destino por aqui?
Você não viu?
Mas ele passou bem diante dos teus olhos
Quase te derrubou,
Tamanha bagunça que fez no teu coração.
E a menina?
Como, que menina?
Aquela com tranças enormes
Arrastando pelo chão uma bonequinha.
Passou chupando o dedo
Pulando de pé em pé
Jogando amarelinha.
O menino,
Onde se escondeu o menino?
É, este barco sem rumo
Que te fez embarcação?
O traquina serelepe
Passou com uma pipa na mão:
Manda busca! Manda busca!
E a linha de cerol
Quase corta teu braço
Quase arranca o sol,Viu não?
A menina, está vendo ela?
Como, qual?
Aquela ruiva de sarda
Pintada de lápis de cera.
Ou a negra com dentes de estrela
No balanço da lua, tanto faz.
Não viu nenhuma delas?
Desataram na tua ladeira
Zombando das tuas rugas,
Das fugas que ficaram pra trás.
Está sentindo o mundo parar
E o tempo que não almejo?
Lá, no silêncio do universo
Sem passado nem presente
Eles se encontram para seu primeiro beijo.
Pode vê-los jurando amor eterno?
Não? Que pena.Estão diante dos teus olhos
Fazendo bagunça no teu coração.
Sérgio Vaz
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