OVER-DOSE! CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE DROGAS.
(Parte do próximo Livro do Escritor Austregésilo Carrano Bueno, a ser lançado este ano).
AUSTREGÉSILO CARRANO BUENO
A mistura de cocaína nos canos e o álcool foi o suficiente para lhe causar a over-dose. A over-dose varia de acordo com a constituição física orgânica de cada usuário, o que para um seria uma viagem fantasiosa para outros se torna uma bomba química em seu organismo. Pode ser o encontro com o Sinistro. A falta de ar, convulsões em fogo que queimam as veias como ácido, acelerando o coração com a sensação que ira explodir, sensações de inchaço pelo corpo todo, dores musculares e órgãos internos, pele em chamas, até a perca da consciência que são efeitos da imensa dor generalizada... O pesadelo sem volta, com raríssimas exceções.
Nunca tinha presenciado alguém morrendo de over-dose. Aquele olhar de seu filho com os olhos esbugalhados quase saindo de seu rosto, o inchaço avermelhado na face como se estivesse sendo estrangulado, jamais lhe sairia da memória. Esta lembrança não teria fim, até sua morte, a apagar... Se é que apaga!
Juarez hoje tem uma posição sua sobre o uso de drogas. Acha que o verdadeiro combate às drogas não é sua proibição e punição de usuários e pequenos traficantes, que muitas vezes traficam para poderem usar. Sua opinião é que a conscientização, conhecimento constante dos efeitos que causam cada uma das drogas, as mais diversificadas jogadas a todo o momento para consumo. O Conhecimento das ações e efeitos de cada uma, suas misturas com álcool e outras, seja o verdadeiro combate às drogas.
Os pais estarem sempre atualizados, lendo, pesquisando junto com os filhos, criando esses vínculos, pode ajudar e muito na conscientização dos jovens, que na hora que se defrontarem com as drogas, terão pelo menos mais cuidado de uso, ou não usarão.
Uma soma de atitudes desde a quebra de preconceito dos pais em falar e pesquisar o assunto, e com conhecimento de causa poder levar o debate para dentro de casa. A orientação do profissional da psicologia que tenha conhecimento suficiente do assunto, e não como na maioria são preconceituosos e desinformados neste assunto, desses pais ao tomarem conhecimento do uso de drogas por seus filhos em contatos com amigos, parentes e etc. Também deve ser priorizada.
Falarmos sobre as drogas como falamos de política, economia, piadas e outros assuntos. Sem darmos um certo endeusamento ao papo sobre as drogas. Quanto mais as ridicularizarmos e banalizá-las (drogas) menos curiosidades estaremos levantando sobre seu experimento e uso, desde que tenhamos conhecimento suficiente sobre este assunto.
Um dos pontos fundamentais, e perigoso que os pais cometem, é não pesquisarem as ações e efeitos das variantes drogas hoje disponíveis facilmente, até no portão de nossas casas. Deixando-se fantasiar por comodismo ou por acharem que seja obrigação da escola, estado, polícia, religião tocarem nesse assunto.
Muitos pais acompanham a questão das drogas apenas pelos noticiários ou por politiqueiros que falam um monte de merda sobre drogas, com um único intuito de angariarem votos.
Esses politiqueiros se intitulam como os palatinos do combate às drogas, que priorizam a prisão e a tortura aos traficantezinhos pé de chinelo, que vende a droga para poder consumir, dando muitas vezes como garantia a sua vida. E como é comum o usuário de drogas ser preso, apanhar muito, na maioria das delegacias, ser humilhado, aviltado, até provar que é um usuário... E chamam isso de combate as drogas.
Podemos ter a certeza que essas atitudes repressivas agem ao contrario. Como uma poderosa fonte de incentivo e fermentação a rebeldia natural do adolescente, que irá sair de alguma dessas delegacias mais revoltado por ter apanhado na cara, cuspido, humilhado, aviltado por todos as conjecturas denegríveis, como se fosse ele o maior responsável por todo o tráfico no mundo... E chamam essas atitudes de combates as drogas... O que todos podemos fazer é... (Segue, aguardem o livro!).
Austregésilo Carrano Bueno.
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