11 abril, 2006

Dinha na área

Porque o poema também é vingança
Se esperança morre, a rua
se abre, o caminho
se abre e a sorte
escorrega na carne
e o gosto de chuva
batuca na laje,
e os prédios no longe
arranham-no-sonho,
no céu dessas bocas
caladas

cheinhas de grãos
de imaginação dentária
da piada
que ninguém contou.
Se eu rio
é porque num tenho lágrima.
Mas quando o poema se alastra
é pipoca explodindo na alma!

Dinha!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha