Porque o poema também é vingança
Se esperança morre, a rua
se abre, o caminho
se abre e a sorte
escorrega na carne
e o gosto de chuva
batuca na laje,
e os prédios no longe
arranham-no-sonho,
no céu dessas bocas
caladas
cheinhas de grãos
de imaginação dentária
da piada
que ninguém contou.
Se eu rio
é porque num tenho lágrima.
Mas quando o poema se alastra
é pipoca explodindo na alma!
Dinha!
Dinha!
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