04 abril, 2006

Duas inéditas!

Olha lá!
O menino brincando com a garrafa de Coca-cola
Ele cheira cola...
porque a coca é cara
Precisa de grana...
grama, quadra, piscina e condomínio
Ei, olha!
Lá vai outro menino
vai passar e levar o celular...
e pra onde foi o menino?
Cadê o menino que estava ali?
A policia levou?
Ele apanhou?
A família perdeu
A sociedade esqueceu
O menino sumiu...
E ninguém, ninguém, o viu,
nem ouviu.
Tânia Canhadas
Estrela
(Rodrigo Ciríaco)
De um a cem,
gostaria de ser aquela que explode:
Violência galáctica,
Um bilhão de sóis.
Supernova
face a face,
num beijo frontal
com a morte.
Um brilho solitário,
que chame a atenção,
Mas não convide ninguém
A dançar.
Um gesto simples,
o único suficiente para
desprender,
de uma só vez
o meu Eu.
Este Eu que eu não entendo.
Este Eu que me chama e
eu não compreendo.
Este todo,
nada.
Este
Eu, eu, e.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Poesia nos muros

                                                               Inveja A idade adulta me trouxe a dor de cotovelo. As crianças são o meu alvo...