22 maio, 2008

"Habeas corpus".

Tendo em vista que o título refere-se a um dos dispositivos viáveis dentro da filosofia do direito, o soneto se apresenta, inicialmente, em língua latina, mas, depois, dar-se-á a sua versão em português.

Habeas Corpus

Nec parum prudenter, eum interrogo,
Per quod advocatus in hic tempus ignobile?
Intrant cum recursu ad habeas corpus; agile,
Adjunctu ad hic crimen infame quae abomino.

Habeas corpus ut Alexandre Nardoni et Ana Carolina?
Defendere est causam dico tam immerito,
Dormitantis in illo numero cum meritu,
Adjunctu ab semianimus cxorpus ad Isabella, insignia.

Habeas corpus... - cogito ergo non si danto nata,
Quae directu habea infanticida de anima innata,
Mactantis, sic, propria filia sua.

Habeas corpus... justitia non si danto; dammatur,
Postea duo nocensis ad his modus erunt absolvitur,
Et crimen erit semper impune.

"Soneto a habeas corpus".

Com muita prudência, eu pergunto, interrogo,
Por que os adogados nesse tempo ignóbil?
Entram com o recurso do habeas corpus; agil,
Associado a esse crime infame que abomino.

Habeas corpus para Alexandre Nardoni e Ana Carolina?
É o defender de uma causa tão injustamente,
Que dorme entre aqueles com merecimento,
Junto ao corpo semi morto de Isabella; insígnia.

Habeas corpus... - penso logo não se dê nada,
Que direito tem o infanticida de alma inata?
Que mata, sim, a sua propria filha.

Habeas corpus... - a justiça não se dê; é condenado,
Pois, dois condenados, desse modo, serão absolvidos,
E o crime será sempre impune.

Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha