12 maio, 2008

"Soneto a Ana Carolina".

Ana Carolina Cunha de Oliveira entra na prosa,
Em sua crassa imagem de dor e de agonia,
Olhos cerrados, face sofrida, sentimentos em sintonia,
Para afirmar que Isabella era, sim, maravilhosa.

Sente, por fim, a dor de não poder tê-la defendido,
No quarto a abraça forte, dá-lhe um beijo e mais,
Promete: - [Filha a mamãe vai deixar você ir em paz.].
À eternidade com Cristo, eu tenho dito.

A sua imagem, ali, era a minha imagem simbolizada,
A sua presença, ali, era a minha presen ça confirmada,
Que o ódio infame, infelizmente, desfrutava.

Por isso, ali, acenderam-se as lucernas do ciúme,
E, diante dos fótons desse falso e ignóbil lume,
O manto da morte, sim, se desfraldava.

Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha