Pai; eu quero, apenas, sentar, e, conversar,
Sem dedo em riste, sem mágoa, e, sem rancor,
E, sem delongas, devotar-lhe o sincero amor,
O amor de filha que eu quero lhe dar.
Pai; em minha alma há um profundo questionamento,
Por que será que você, insensato, me matou?
Quando de sua lúdica janela, simplesmente, me jogou.
Gerando no vestíbulo de minha alma o vil lamento.
Já não lhe bastavam os hematomas na epiderme?
Por que me exclui, assim, como se eu fosse um verme?
E não se importou nem com a minha dor.
Você me privou de ser médica, dentista ou algo assim,
Privou-me de viver a vida que era minha enfim,
Mas, assim mesmo eu hei de lhe ofertar o amor.
Sobre choro e nó na garganta
Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha
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