Abro os meus olhos, acordo, lavo o rosto,
Recomponho a mente, e, solene, sento à mesa,
As janelas da alma captam Regina Tereza,
Encravada no oceano de pranto e de desgosto.
Retrocedo no tempo, desço à anos do passado,
Como se poder eu tivesse para rejuvenescer.
Tornar assim à minha mocidade para viver,
O sonho cálido de somente, à Tereza, ter me dado.
Ledo engano; ao tempo da mocidade adentro em pensamento,
E, ouço uma singela voz que a própria voz do meu lamento,
Perante o amor dela outrora recusado.
O tempo urge e, hoje, somos simples sexagenários,
E, personagens deste infame e vil cenário,
Que retrata a juventude plena do passado.
Sobre choro e nó na garganta
Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha
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