Ó que imensa dor demonstram os teus olhos fundos!
Que de tão dáfana é a mais crassa dor do mundo,
A inesperada perda de Isabella.
A morte dela trás o simulacro em tom esfume,
Inebriante ante a taça do amrgo vinho do ciúme,
Que emoldura a ignóbil tela.
A insensível fera ataca, crava as afiadas garras na garganta,
E, em sua ira, na destreza de um felídeo a ninguém espanta,
Diante da angústia de Isabella.
Mas, os hematomas na epiderme não são o vil presságio?
De Isabella a morte infame não crível no sufrágio,
De um corpo que cai pela janela.
Por que razão a insensatez, o ódio do cálice derramado?
Por que razão um corpo frágil e infantil é destroçado?
No frio infanticídio que se entrela.
Ó vermes insanos que na oligofrenia, a mão espalma!
E matam o corpo, porém não têm como matar a alma,
De uma rosa chamada Isabella.
Esdrúxulos, covardes, escárnios vivos desta sociedade,
Replantam a rosa nos jardins férteis da perene eternidade,
Que sinaliza com a alma tão singela.
Da imensidão do cosmo, o seu perfume há de invadir o Terra,
E, na mesquinhez da alma, o remorso, ali, se encerra,
Pelo ceifar de uma vida tão singela.
E o perfume há de enxugar as mornas lágrimas da Carolina,
O pranto inconstante que na profundeza da dor a alma confina,
E o seu brilho enfim desvela.
O Direito Humanobusca nos fatos os elementos da condenação,
Mas, o Direito Divino não vê os fatos, julga pela intenção,
De matar à Carolina e à Isabella.
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