15 maio, 2008

"Soneto à Edileusa".

31 de maio a chuva cai em gotas finas,
E, o vento gélido lá no recôndito da alma,
Me empresta o tom roxo, na mão, a palma,
Ante o impenetrável da mente edileusina.

Nos trilhos, o trem, veloz, corre e desliza,
E a cabeça dela, leve, recosta no meu ombro,
E, na tempestade, de novo, um corpo aos escombros,
Em um quadro tétrico em uma imagem que desvela.

Desliza, sim, como se fosse um vídeo imaginário,
Na sucessão de cenas; partículas do cenário,
Que mais parece uma fita rota.

É hora de saltar, e, o corpo dela me enlaça,
E com o teu beijo, bebo, eu, na mesma taça,
Do vinho de nossas almas absortas.

Sobre choro e nó na garganta

Trecho do livro "Dente-de-leão: a sustentável leveza de ser" - Escritor Sacolinha